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Prezado Aluno, 

Vamos à quarta aula do Curso de Auditoria para AFRFB. 

Hoje falaremos sobre amostragem em auditoria. 

Como sempre, não se esqueça de participar do nosso Fórum e lembre que 
colocaremos as questões discutidas na aula no final do arquivo, caso você 
queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários. 

Vamos em frente... 

S u m á r i o 

A m o s t r a g e m 2 

Questões comentadas 30 

Lista de Questões 49 

Bibliografia 56 

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Amostragem 

A amostragem

2

 quando utilizada corretamente, é uma poderosa técnica de 

auditoria, por isso, vamos estudar seus principais pontos. 

Você sabe que um teste de auditoria eficaz deve fornecer evidência apropriada 

(qualidade) e suficiente (quantidade) para as finalidades do auditor. 

Portanto, ao selecionar os itens a serem testados, o auditor deve determinar a 
relevância e a confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência 

de auditoria, bem como a quantidade de evidência necessária para formar sua 
opinião. 

Imagine, por exemplo, que o auditor queira formar uma opinião sobre o 
"Contas a Receber" de uma entidade. Para isso, decide verificar se as faturas a 

receber foram registradas com o valor correto. Ele pode, portanto, optar por 

três abordagens: 

a) analisar todas as faturas (exame de 100% dos itens ou censo); 

b) analisar apenas as faturas do cliente Alpha (seleção de itens 

específicos); 
c) analisar uma amostra do universo de faturas (amostragem). 

Veja que a aplicação de qualquer uma dessas abordagens ou de uma 

combinação delas pode ser apropriada dependendo das circunstâncias 
específicas - vai depender do julgamento profissional do auditor. 

O auditor pode decidir que será mais apropriado examinar toda a população de 

itens que constituem uma classe de transações ou saldo contábil

2

 (ou um 

estrato dentro dessa população). Um exame de 100% pode ser apropriado 
quando, por exemplo: 

• a população constitui um número pequeno de itens de grande valor; 
• há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de 

auditoria apropriada e suficiente: ou 

• a natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado 

automaticamente por sistema de informação torna um exame de 100% 

rápido e eficiente, ou seja, a realização do censo não é custosa. 

1

 Resolução CFC n° 1.222/09 - NBC TA 530 - Amostragem em Auditoria. 

" E improvável um exame de 100% no caso de testes de controles; contudo, e mais comum para testes de detalhes-, 

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Por outro lado, é possível selecionar itens específicos de uma população (sem 
realizar amostragem). Um exemplo seria a seleção de itens específicos dentro 

de uma população porque têm valor elevado, ou exibem alguma característica 
suspeita/não usual, ou são propensos a risco, ou tenham histórico de erros. 

Ao tomar essa decisão, é preciso ter em mente que se está sujeito ao risco de 

não amostragem. Em outras palavras, embora o exame seletivo de itens 

específicos possa ser um meio eficiente de se obter evidências, isso não 
constitui amostragem e, consequentemente, os resultados de procedimentos de 
auditoria aplicados a itens selecionados dessa maneira não podem ser 

projetados para a população inteira. 

Finalmente, existe a possibilidade da realização de amostragem - tirar 

conclusões de uma população inteira com base no teste de amostra extraída 
dela. 

As normas do CFC definem amostragem como a aplicação de procedimentos em 

menos de 100% dos itens da população relevante para os fins da auditoria, de 
maneira que todas as unidades de amostragem

3

 tenham a mesma chance de 

serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o 
auditor concluir sobre toda a população. 

Assim, é possível extrair algumas conclusões importantes dessa definição: 

• Trata-se de um processo que é aplicado em parte da população (menos 

de 100%), por exemplo, se o objetivo for tirar conclusões sobre o "Contas 
a Receber", analisa-se apenas algumas faturas de clientes. 

• Os itens selecionados para fins de amostragem devem ter sido 

escolhidos randomicamente (aleatoriamente), ou seja, sem viés. 

• O auditor, por meio desse processo, é capaz de ter uma resposta para 

toda a população. Por exemplo, analisando apenas 50 faturas de clientes, 
consegue formar uma opinião sobre o total do "Contas a Receber". 

J

 Unidades de amostragem são os itens que compõem lima população, ou seja. são os itens passíveis de serem 

amostrados. Cuidado! Muitos pensam, de forma incorreta, que imidades de amostragem são os itens da amostra, 

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Enfim, com esse procedimento o auditor chega a uma 

conclusão para toda a população, com base no exame 
de parte dessa população (amostra). 

A amostra é selecionada a partir de unidades de 

amostragem - itens que constituem a população 

analisada e que podem ser físicos (por exemplo, 

cheques relacionados em comprovante de depósito, 

faturas de venda) ou unidades monetárias. 

Unidade de  a m o s t r a g e m 

População 

Cada um dos itens individuais que 

constituem uma população. 

Conjunto completo de dados sobre o 

qual a amostra é selecionada e 

sobre o qual o auditor deseja 

concluir. 

Ora, seria extremamente custoso aplicar os testes de auditoria na totalidade 

dos itens de uma população muito grande, assim, o auditor, de acordo com seu 

julgamento profissional, pode utilizar o método da amostragem ao determinar a 

extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a testar, 

Por exemplo, a circularização de uma população de 10.000 clientes pode 

apresentar uma relação custo-benefício inviável, de tal forma que, por técnicas 
estatísticas, é possível selecionar uma amostra dessa população - digamos 1% 

( = 100 clientes). Aplica-se, então, os testes nessa amostra e as conclusões 

tiradas desses testes são consideradas não só para a amostra, mas, com a 

devida interpretação, para toda a população, ou seja, para os 10.000 clientes. 

O auditor pode utilizar amostragem para obter informações sobre muitas 
características de uma população. No entanto, geralmente se está preocupado 
em obter respostas para dois tipos de problemas: 

1) a taxa de desvios nos controles da entidade; ou 

2) para as distorções relevantes presentes nos saldos contábeis. 

Assim, dizemos que amostragem de atributos é aquela utilizada para estimar a 
taxa de desvios da população e amostragem de variáveis é aquela utilizada 

para estimar um total monetário ou o valor monetário de erros em uma 
população. 

População 

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Técnica de 

A m o s t r a g e m 

Tipo de teste 

Finalidade 

A m o s t r a g e m de 

atributos 

Teste de controle 

estimar a taxa de desvios 

da população 

A m o s t r a g e m de 

variáveis 

Teste de detalhes 

estimar um total monetário 

ou o valor monetário de 

erros em uma população 

V a m o s dar dois  e x e m p l o s , para que  e n t e n d a  m e l h o r  c o m o  f u n c i o n a este 

p r o c e s s o . . . 

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Exemplo de  a m o s t r a g e m em testes de controle 

(Amostragem de Atributos) 

Suponha que o auditor esteja avaliando os controles internos da área de Estoques 
da Cia Alpha, com foco especial nos controles de saída de mercadoria. Ao longo do 
trabalho, o auditor verificou que existem normativos disciplinando que todas as 
guias de saída de mercadoria devem ser assinadas pelo supervisor. Além disso, o 
auditor, por meio de uma observação, acompanhou esse processo durante uma 

manhã. 

Com base nessas evidências, o auditor definiu que o nível de risco de controle é 
baixo. No entanto, para confirmar essa afirmação o auditor decide testar esse 
controle (assinatura das guias de saída de mercadoria pelo supervisor) verificando 

uma amostra dessas guias. 

No entanto, há mais de 5.000 guias a serem verificadas. Para viabilizar o trabalho, 

o auditor decide analisar uma amostra de 50 guias. 

O auditor sabe que, se mais de 2% das guias analisadas na amostra não estiverem 

devidamente assinadas (taxa de desvios menor que 2%), o seu pressuposto de 
que o risco de controle é baixo não será verdadeiro. 

População Amostra 

Tamanho + que 5.000 guias Tamanho 100 guias 

Risco esperado baixo Qte de desvios encontrado ? 

Assim, se o auditor, após analisar a amostra encontrar 0, 1 ou 2 desvios, poderá 
ter segurança de que o risco de controle realmente é baixo. 

Mas, e se eíe encontrar mais de 2 desvios, ou seja, encontrar mais de 2 guias sem 
preenchimento? O que isso significa? 

Ora, isso significa que o teste de controle executado não permite que o auditor 
afirme que o risco de controle é baixo. Esse risco deverá ser, portanto, reavaliado 

para cima. Consequentemente o risco de detecção será reavaliado para baixo. 

(Você deve lembrar da relação entre esses riscos, não é mesmo?) 

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Exemplo de  a m o s t r a g e m em testes de detalhes 

(Amostragem de Variáveis) 

Suponha, agora, que o auditor decida verificar se o saldo da conta

  , v

Receitas" está 

correto. Para isso, decide conferir o valor presente nas notas fiscais emitidas com 
os valores registrados na contabilidade. 

Mo entanto, há mais de 10.000 notas fiscais e o saldo total das Receitas é de 
R$ 12 milhões. 

O auditor também sabe que a materialidade (lembra desse conceito?) definida no 
seu planejamento é de R$ 50 mil. Assim, para poder ter segurança de que as 
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante, o auditor precisa 

verificar se as distorções na conta "Receitas" são menores que R$ 50 mil. 

Como fazer isso? 

Bom, o auditor pode decidir verificar uma amostra de 50 dessas notas fiscais e, as 

distorções que encontrar nessas notas, pode projetar para a população como um 

todo (por enquanto, não se preocupe em como fazer isso... veremos adiante) 

População Amostra 

T a m a n h o -» + que 10,000 NFs  T a m a n h o -> 50 NFs 

Saldo total -> R$ 12 milhões Saldo total -> R$ 60 mil 

Vamos supor que o auditor verificou que os registros da amostra estavam 

superavaliados em R$ 700 (distorção da amostra). Por meio de técnicas 
estatísticas, o auditor consegue determinar a distorção para a população como um 

todo, e chegou ao resultado de que o saldo total está superavaliado em R$ 25 mil. 

O que isso significa? Ora, como a distorção da população (R$ 25 mil) é menor que 
a materialidade (R$ 50 mil), o auditor pode ter segurança de que o saldo está livre 
de distorções relevantes. 

E se a distorção fosse maior que a materialidade? Nesse caso, essa segurança não 

seria possível e o auditor terá que fazer novos testes para verificar se as distorções 

de fato existem. 

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Risco de Amostragem 

Devemos saber que a técnica de amostragem, por implicar na não realização 

dos testes de auditoria na totalidade dos itens, envolve alguma incerteza. Se, o 
auditor necessitasse obter total certeza sobre alguma população, teria de 
aplicar testes em todos os seus componentes (exame de 100% ou censo), mas 
como já foi falado, isso na maioria das vezes é inviável. 

Existe, portanto, o que chamamos de risco de amostragem, definido como o 
risco de que a conclusão do auditor, com base na amostra, pudesse ser 

diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de 
auditoria. 

Esse risco, de acordo com a conclusão errônea que pode levar e com o tipo de 

teste em questão (controle ou detalhes), pode ser classificado em: 

• Testes de Controle (Amostragem de Atributos) 

Risco de subavaliação da confiabilidade

4

: controles são considerados 

menos eficazes do que realmente são. Nesse caso, a amostragem 

faz com que o auditor conclua que os controle não são adequados, 
quando na realidade eles o são. 

Risco de superavaliacão de confiabilidade

5

: controles são 

considerados mais eficazes do que realmente são. Nesse caso, a 
amostragem faz com que o auditor conclua que os controles são 
adequados, quando na realidade eles não o são. 

• Testes de Detalhes (Amostragem de Variáveis) 

Risco de rejeição incorreta: seja identificada distorção relevante, 

quando, na verdade,, ela não existe. Nesse caso, a amostragem faz 
com que o auditor conclua que as afirmações contábeis (saldos e 
transações) contêm distorções relevantes, quando na realidade elas 

não contêm. 

Risco de aceitação incorreta: não seja identificada distorção 
relevante, quando, na verdade, ela existe. Nesses casos, a 

4

 Também chamado de "risco de avaliação do risco de controle em nível alto demais'". 

Também chamado de "risco de avaliação do risco de controle em uivei baixo demais". 

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amostragem faz com que o auditor conclua que as afirmações 
contábeis (saldos e transações) não contêm distorções relevantes, 
quando na realidade elas contêm. 

Nota-se que o risco de subavaliação da confiabilidade e o risco de 
rejeição incorreta afetam a eficiência da auditoria,
 visto que, 
normalmente, conduziriam o auditor a realizar trabalhos adicionais, o que 

estabeleceria que as conclusões iniciais eram incorretas. Ou seja, tornariam a 
auditoria mais onerosa (mais horas de trabalho, mais recursos financeiros 
gastos). 

Por outro lado, o risco de superavaliação da confiabilidade e o risco de 

aceitação incorreta afetam a eficácia da auditoria e têm mais 

probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea sobre determinados 

controles, saldos de contas ou classe de transações do que o risco de 
subavaliação da confiabilidade ou o risco de rejeição incorreta. 

Esse último tipo de risco é mais problemático, pois tem maior probabilidade de 

afetar as conclusões da auditoria e nesse caso os efeitos podem ser muito 
danosos. 

Por fim, é importante ter bem claro o que é risco de amostragem e o que é 

risco não resultante da amostragem. 

Este último é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por 

qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem, como o 

uso de procedimentos de auditoria não apropriados ou a interpretação errônea 

da evidência de auditoria e o rião reconhecimento de uma distorção ou de um 
desvio. 

Testes de Detalhes 

Testes de Controle 

Eficiência 

Risco de rejeição incorreta 

Risco de subavaliação da 

confiabilidade 

Eficácia 

Risco de aceitação incorreta 

Risco de superavaliação de 

confiabilidade 

Maior problema 

para o auditor 

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Tudo tranquilo até aqui? Vamos em frente.. 

Tipos de Amostragem 

Ao executar os testes de auditoria o auditor pode utilizar dois tipos de 

amostragem: estatística e a não-estatística (por julgamento). 

A amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada 
cientificamente com a finalidade de que os resultados obtidos possam ser 
estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras 
estatísticas. De tal forma que esse processo tem as seguintes características: 

• seleção aleatória dos itens da amostra; e 

• o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das 

amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem. 

Uma amostragem que não tem as características acima descritas é 

considerada não estatística, ou seja, aquela em que a amostra é determinada 

pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade, 

mas sem base científica. 

A escolha entre os dois tipos de abordagem envolve principalmente a 

consideração da relação custo-benefício do processo. 

O emprego de amostragem estatística é recomendável quando a população a 

ser auditada < grande e os itens da população apresentam características 

homogêneas. Em uma confirmação de contas a receber de uma grande 

empresa de varejo, por exemplo, seria extremamente caro fazer a confirmação 

com todos os clientes que devem para a empresa. 

Ainda nesse contexto, é importante discutir uma espécie particular de 

amostragem estatística: amostragem estratificada ou estratificação. 

Esse tipo particular de amostragem consiste em dividir uma população em 

subpopulações (estratos), cada uma sendo um grupo de unidades de 
amostragem com características semelhantes.
 Assim, a amostragem e 

realizada separadamente em cada estrato, e os resultados de cada uma dessas 

amostras são combinados em um resultado final. 

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População 

Estrato 

Estrato 

Mas quando se deve realizar uma 

estratificação e qual é a vantagem dessa 

técnica? 

O objetivo da estratificação é o de reduzir a 

variabilidade dos itens de cada estrato e, 

portanto, permitir que o tamanho da 

amostra seja reduzido sem aumentar o 

risco de amostragem. 

Assim, a eficiência da auditoria pode ser 

melhorada, pois o auditor consegue analisar 

amostras menores (menos trabalho) e obter o 

mesmo resultado (o risco não aumenta). 

Por exemplo, imagine um conjunto (população) de notas fiscais, cujos valores 
individuais variam de R$ 10,00 a R$ 10.000,00. Note que há uma alta 

variabilidade dessas unidades de amostragem. 

Essa característica da população faz com que uma amostragem simples (sem 

estratificação) resulte em tamanhos de amostra grandes, que geram muito 

trabalho para o auditor, tornando a auditoria custosa. 

Uma forma de contornar esse problema é dividir essa população em estratos -

por exemplo: 

• Estrato (1) contendo notas fiscais de até R$ 100,00. 
• Estrato (2) contendo notas fiscais acima de R$ 100,00. 

Essa técnica gera subpopulações (estratos) com menor variabilidade dos seus 
itens, o que permite amostras menores e, consequentemente, um menor custo 
para a auditoria. 

Contudo, ressalte-se que os resultados dos procedimentos de auditoria 
aplicados a uma amostra dentro de um estrato só podem ser projetados para os 
itens que compõem esse estrato. 

Para concluir sobre toda a população, o auditor precisa considerar o risco de 

distorção relevante em relação a todos os outros estratos que compõem a 

população. Assim, se um saldo de conta tiver sido dividido em estratos, as 

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distorções projetadas para cada estrato separadamente são combinadas na 
consideração do possível efeito das distorções no total. 

Portanto, a estratificação permite que a eficiência da auditoria seja melhorada 

se o auditor estratificar a população, dividindo-a em subpopulações distintas, 

reduzindo dessa maneira a variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto, 

permitindo que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de 

amostragem. É essa diminuição da variabilidade (conseguida graças à formação 

de grupos homogêneos) que permite a redução do tamanho da amostra. 

A estratificação pode ser feita de diversas formas. Na execução dos testes de 

detalhes, por exemplo, a população é geralmente estratificada por valor 

monetário, permitindo que o trabalho maior de auditoria possa ser direcionado 
para os itens de valor maior, uma vez que esses itens podem conter maior 
potencial de distorção em termos de superavaliação. 

Da mesma forma, a população pode ser estratificada de acordo com uma 

característica específica que indica maior risco de distorção como, por exemplo, 

no teste da provisão para créditos de liquidação duvidosa, os saldos podem ser 

estratificados por idade ou clientes. 

Definição da Amostra (Plano de  A m o s t r a g e m ) 

Vimos que a amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a 

evidência de auditoria em relação a algumas características dos itens 
selecionados de modo a formar uma conclusão sobre a população da qual a 
amostra é retirada. Para isso, é preciso definir a amostra, executar o chamado 

plano de amostragem. 

As melhores práticas de auditoria

6

 nos ensinam que o plano de amostragem 

deve seguir as seguintes fases: 

6

 Conforme  B O Y N T O N . Willian C. Auditoria. São Paulo: Ed. Atlas. 2QQ2. 

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A m o s t r a g e m de Atributos 

Determinara finalidade do 

procedimento de auditoria 

A m o s t r a g e m de Variáveis 

Determinar a finalidade do 

procedimento de auditoria 

Definir população e unidade de 

amostragem 

Especificação do controle de 

interesse (atributo) 

Determinar o  t a m a n h o da amostra 

Definir população e unidade de 

amostragem 

Determinar o tamanho da amostra 

Determinar o método de seleção 

da amostra 

Executar o plano de amostragem 

(procedimento de auditoria) 

Avaliar resultados da amostra 

Determinar o método de seleção 

da amostra 

Executar o plano de amostragem 

(procedimento de auditoria) 

Avaliar resultados da amostra 

Vamos falar de cada uma dessas etapas.. 

1- Finalidade do procedimento de auditoria 

Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do 

procedimento de auditoria. 

Assim, deve considerar os fins específicos a serem alcançados e a combinação 

de procedimentos que devem alcançar esses fins, incluindo um claro 
entendimento do que realmente constitui desvio ou distorção. 

Os testes de controle, com sabemos, são planejados para determinação da 

eficácia do controle interno. O auditor deve, portanto, entender como 
determinado controle afeta sua avaliação de risco < s controle relacionado a 

certa afirmação ou objetive da auditoria. 

Por exemplo, um controle computacional para assegurar que todas as compras 

sejam contabilizadas (garantir integridade ou abrangência da afirmação) pode 

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não ser útil se o objetivo do auditor for saber se os valores das compras foram 

corretamente registrados (averiguara exatidão). 

Portanto, realizar uma amostragem nesses controles computacionais para obter 

evidência sobre o risco de controle relacionado à exatidão no registro das 

compras talvez não seja o procedimento mais adequado. 

Já o objetivo mais comum de um teste de detalhes obter evidência de que o 

saldo de uma conta não contém distorções relevantes. Dessa forma, a evidência 
obtida com a amostra se relaciona com o procedimento de auditoria que será 

utilizado. 

Por exemplo, para verificar a existência de contas a receber, um registro 

errôneo entre as contas de clientes (p. ex. a dívida é lançada no cliente errado), 

não afeta o saldo total das contas a receber, portanto, pode não ser apropriado 

considerar que isso seja uma distorção na avaliação dos resultados da 
amostragem desse procedimento em particular, por mais que isso possa ter um 
efeito importante em outras áreas da auditoria, como por exemplo, na 
avaliação do risco de fraude ou da adequação da provisão para créditos de 

liquidação duvidosa. 

2 - População e unidade de amostragem 

Em amostragem de atributos, a população é definida pelo controle interno de 
interesse e é constituída pela classe de transações que está sendo testada (ex.: 

total de compras que deveriam ser registradas por um sistema computacional). 
A unidade de amostragem é o elemento individual da população, pode ser um 

documento, o registro de um documento etc.. 

O auditor deve também, com base no conhecimento da estrutura de controles 
internos, ser capaz de identificar atributos que se relacionam com a eficácia do 

controle que será testado. Ou seja, deve representar a forma como o auditor 

identifica o desempenho desse controle interno. No caso do nosso exemplo, um 

atributo pode ser especificado como "compra registrada ou compra não 

registrada pelo sistema computacional". 

Já em amostragens de variáveis, a população consiste na classe de transações 

ou saldo a ser testado (ex.: Contas a Receber: R$ 100 mil; Estoque: R$ 500 

mil, etc.). 

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A unidade de amostragem em testes de detalhes, por sua vez, é a unidade 

monetária individual (ex.: R$ 1.000,00). Assim, a população é uma quantidade 

de unidades monetárias igual ao valor monetário da população. 

Por exemplo, se a população é a conta "Estoques (R$ 500 mil)" e a unidade 

monetária é "R$ 1.000,00", a população terá 500 unidades de amostragem. 

Assim a cada unidade monetária da população <_ dada a mesma probabilidade 

de pertencer a amostra. Contudo, na prática, o auditor não examina unidades 

monetárias individuais, mas sim contas, transações, documentos DU itens 

associados a essas unidades monetárias. 

Ora, isso é bem lógico... observe o exemplo que demos da conta "Estoques", o 
que o auditor analisa não é um valor monetários (R$ 1.000,00), mas os itens 
que compõem o estoque da entidade. Cada um desses itens é chamado de 

unidade lógica de amostragem. 

Para que entenda melhor, vamos ficar ainda com o exemplo da conta 

"Estoques". 

Suponha que há 500 itens no estoque de uma empresa de bicicletas, de três 

tipos diferentes (A: R$ 100,00; B: R$ 900,00; e C: 9.000,00). 

Veja que cada bicicleta do tipo C é composta por 9 unidades monetárias e cada 

bicicleta do tipo A é composta apenas por 0,1 unidade monetária. Ou seja, a 
probabilidade de uma bicicleta do tipo C pertencer a amostra é maior que a do 

tipo A. 

Portanto, se nossa amostra tiver 10 itens, a probabilidade de uma bicicleta do 

tipo C ser um desses itens é maior que a do tipo B, que por sua vez é maior 

que a do tipo A. 

Agora veja como isso faz sentido... se você tivesse que analisar alguns itens 

que compõem a conta estoque, não seria melhor analisar aqueles de maior 

valor? Isso não traria mais segurança de que o saldo está adequado? Pense 

nisso... 

Isso é o que chamamos de amostragem de probabilidade proporcional ao 

tamanho (amostragem PPT). Esse é um dos tipos de amostragem de 
variáveis mais comuns em trabalhos de auditoria. 

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Agora já sabemos como são definidas a população e as unidades de 
amostragem, não é mesmo? Pois t em, vamos ei frente . 

3 - Tamanho da amostra 

Outro passo importante no processo de definição da amostra é a determinação 
do tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um 
nível mínimo aceitável. 

Vamos tentar entender como isso é feito em testes de controle e em testes de 
detalhes. 

3.1 - Amostragem de atributos (testes de controle

1

No caso de testes de controle (amostragem de atributos), o auditor deve 

considerar três elementos

7

1. Risco de amostragem (nesse caso, o risco de superavaliação de 

confiabilidade). 

Os auditores geralmente mensuram esse risco de acordo com o risco de 
controle planejado (alto, moderado ou médio), conforme a tabela abaixo: 

Risco de controle 

planejado 

Risco de superavaliação de 

confiabilidade 

Baixo 

5% 

Moderado 

10% 

Alto 

15% 

2. Taxa esperada de desvio, ou seja, o erro que o auditor espera 

encontrar em determinado procedimento de controle. 

Esse erro esperado é definido com base no entendimento do auditor dos 

controles relevantes ou no exame de pequena quantidade de itens da 

população. Se a taxa esperada de desvio for inaceitavelmente alta, o 

auditor geralmente decide por não executar os testes de controles (nesse 
caso, o auditor terá que considerar um risco maior nos testes de 
detalhes). 

Em populações razoavelmente grandes (> 5.000 unidades), o tamanho da amostra independe do tamanho da população 

e pode ser calculada diretamente ccm os parâmetros acima citados. 

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3. Taxa aceitável de desvios, ou seja, o erro máximo de um 
procedimento de controle estabelecido que o auditor está disposto a 

aceitar, baseado na avaliação preliminar de risco de controle. 

Geralmente, a definição do tamanho da amostra, com base nas 3 variáveis 
acima citadas é feita com base em fórmulas ou tabelas estatísticas. 

Assim, se soubermos o valor do risco de amostragem, da taxa aceitável de 

desvios e da taxa esperada de desvios, conseguimos identificar na tabela o 

tamanho da amostra. 

Tabela I: 5% de risco de superavaliação de confiabilidade (risco baixo) 

Taxa aceitável de desvios 

Taxa Esperada de desvio da 

população (o/o) 

20/o 

3 % 

4"/o 

50/0 

6% 

0,00 

149 

99 

IA 

59 

49 

0,50 

157 

117 

93 

78 

1,00 

156 

93 

78 

1,50 

124 

103 

2,00 

127 

Nota: Tamanho da amostra nos Itens marcados com (*) é grande demais para ser eficiente, do 

ponto de vista de custos, para a maioria das auditorias. 

Tabela II: 10% de risco de superavaliação de confiabilidade (risco moderado) 

Taxa aceitável de desvios 

Taxa Esperada de desvio da 

2% 

3% 

4°/o 

5% 

6 % 

população (%) 

0,00 

114 

76 

57 

45 

38 

0,50 

194 

129 

96 

77 

64 

1,00 

176 

96 

77 

64 

1,50 

132 

105 

64 

2,00 

198 

132 

88 

2,50 

158 

110 

3,00 

Mc 

Mc 

132 

Nota: Tamanho da amostra nos itens marcados com (*) é grande demais para ser eficiente, do 

ponto de vista de custos, para a maioria das auditorias. 

Por exemplo: 

• se o risco de controle for baixo (risco de superavaliação de 

confiabilidade de 5%); 

• a taxa de desvios esperada for de 1%; e 
• a taxa aceitável de desvios for de 5%. 

Logo, o tamanho da amostra será 93 - basta procurar nas tabelas. 

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Além disso, note que ao observar as tabelas podemos tirar algumas conclusões 

interessantes: 

• quanto maior o risco de amostragem que o auditor aceita, menor pode 

ser o tamanho da amostra necessário para satisfazer seu teste; 

• quanto maior a taxa esperada de desvio, maior deverá ser o tamanho 

da amostra; 

• quanto maior a taxa aceitável de desvios, menor poderá ser o tamanho 

da amostra. 

Bom... mas isso também é bem lógico, não? 

Ora, se o risco é maior, preciso de uma amostra maior. Se aceito um erro maior 
(sou mais tolerante ao erro), posse utilizar uma amostra menor. Se espero que 
haja mais erros, devo ter uma amostra maior. E vice-versa! 

O apêndice 2 da NBC TA 530 traz diversos fatores que o auditor pode levar em 
consideração ao determinar o tamanho da amostra em testes de controle: 

Fator 

Efeito no  t a m a n h o 

da amostra 

1. Aumento na extensão na qual a avaliação de risco do 

audito- leva em consideração os controles relevantes 

Aumento 

2. Aumento na taxa tolerável de desvio 

Redução 

3. Aumento na taxa esperada de desvio da população a ser 

testada 

Aumento 

4. Aumento no nível de segurança desejado do auditor de 

que a taxa tolerável de desvio não seja excedida pela taxa 

real de desvio na população 

Aumento 

5. Aumento na quantidade de unidades de amostragem na 

população 

Efeito negligenciável 

Vale a pena também destacar um método particular (mais simples) de definição 

do tamanho da amostra em testes de controle, utilizando o chamado Fator de 
Confiança. 

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O fator de confiança (ou de confiabilidade) é um parâmetro tomado com base 
em um cenário de d -isvio nulo. Ou seja, a amostra é determinada com base na 
expectativa de que não haja desvio, e utiliza a seguinte fórmula: 

T a m a n h o da amostra Fator de Confiança -r Taxa aceitável de desvios 

Esse fator de confiança é dado em tabelas, como função do risco de 

amostragem. 

Risco de amostragem (superavaiiação de confiabilidade) 

1% 

5% 

10% 

15% 

20% 

25% 

30% 

37% 

50% 

Fator de 

Confiança 

4,61 

3,00 

2,31 

1,90 

1,61 

1,39 

1,21 

1,00 

0,70 

Assim, se o auditor quiser determinar o tamanho de uma amostra, quando o 

risco de amostragem é 5% (risco de controle baixo) e a taxa aceitável de 

desvios é de 3%, deverá fazer: 

T a m a n h o da amostra = Fator de Confiança (3,00) 4- Taxa aceitável de desvios (0,03) 
T a m a n h o da amostra = 100 

Tudo bem até aqui...? 

3.2 - Amostragem de variáveis PPT (testes de detalhes) 

INo caso de testes de controle (amostragem de atributos), o auditor deve 
considerar cinco elementos: 

1. Valor contábil (VC) da população testada. 

Lembre que o valor contábil está relacionado com o tamanho da 
população e a unidade monetária considerada. Assim, a magnitude do 

valor contábil tem efeito direto sobre o tamanho da amostra - quanto 

mais alta, maior a amostra. 

Tamanho da amostra = 

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2. Distorção esperada na população (DEP), ou seja, o erro que o 

auditor espera encontrar em determinado saldo avaliado em um teste de 
detalhes. 

Como nos testes de controle, é definida com base na experiência do 
auditor ou no exame de pequena quantidade de itens da população. Se a 
distorção esperada for alta, o exame completo ou o uso de amostra maior 

pode ser apropriado ao executar os testes de detalhes. 

3. Distorção tolerável (DT): é a distorção máxima aceita pelo 

auditor, ou seja, um valor monetário definido pelo auditor para obter um 

nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja 

excedido pela distorção real na população. É o que n s já definimos como 

materialidade para execução. 

4. Fator de confiabilidade (FC): mesmo definido para a 
amostragem de atributos. 

Risco de amostragem (aceitação incorreta) 

1% 

5% 

10% 

15% 

20% 

25% 

30% 

37% 

50% 

Fator de 

Confiança 

4,61 

3,00 

2,31 

1,90 

1,61 

1,39 

1,21 

1,00 

0,70 

5. Fator de Expansão (FE) da distorção prevista: exigido apenas 

quando há previsão de erros (distorção esperada t diferente de zero), é 

um parâmetro multiplicado à distorção tolerável, conforme a tabela 

abaixe: 

Risco de amostragem (aceitação incorreta) 

1% 

5% 

10% 

15% 

20% 

25% 

30% 

37% 

50% 

Fator de Expansão 

1,90 

1,60 

1,50 

1,40 

1,30 

1,25 

1,20 

1,15 

1,00 

Por exemplo: 

• se o risco de aceitação incorreta for de 5% -> FC = 3,00 e FE = 1,60 

(vide tabelas); 

• a distorção esperada para a população for de R$ 1.000,00; 
• a distorção aceitável for de R$ 5.000,00; e 
• o valor contábil for de R$ 100.000,00. 

Logo, o tamanho da amostra será de 88 - basta substituir os valores na 

fórmula. 

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Além disso, note que ao observar a fórmula podemos também tirar algumas 
conclusões interessantes: 

• quanto maior o valor contábil, maior será o tamanho da amostra; 
• quanto maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra; 
• quanto maio' a distorção tolerável, menor o tamanho da amostra. 

O apêndice 3 da NBC TA 530 traz diversos fatores que o auditor pode levar em 
consideração na sua determinação do tamanho da amostra em testes de 

detalhes. 

Fator 

Efeito no  t a m a n h o 

da amostra 

1. Aumento na avaliação do risco de distorção relevante do 

auditor 

Aumento 

2. Aumento no uso de outros procedimentos substantivos 

direcionados à mesma afirmação 

Redução 

3. Aumento no nível de segurança desejado pelo auditor de 

que uma distorção tolerável não é excedida pela distorção 

real na população 

Aumento 

4. Aumento na distorção tolerável 

Redução 

5. Aumento no valor da distorção que o auditor espera 

encontrar na população 

Aumento 

6. Estratificação da população, quando apropriado 

Redução 

7. Quantidade de unidades de amostragem na população 

Efeito negligenciável 

Assim como explicamos para os testes de controle, existe uma forma 

simplificada de definir o tamanho da amostra em testes de detalhes, 
considerando que não há distorção esperada. 

Tamanho da amostra = 

4 - Métodos de seleção de amostra 

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Sabemos que o auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que 
cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser 
selecionada (princípio da aleatoriedade). IMa amostragem estatística, os itens 
da amostra são selecionados de modo que cada unidade de amostragem tenha 
uma probabilidade conhecida de ser selecionada. 

Já na amostragem não estatística, o julgamento é usado para selecionar os 

itens da amostra. 

Contudo, independente do tipo de amostragem, como a finalidade do processo 
é a de fornecer base razoável para o auditor concluir quanto à população da 
qual a amostra é selecionada, é importante que a amostra seja representativa, 
de modo a evitar tendenciosidade mediante a escolha de tens da amostra que 

tenham características típicas da população. 

Vamos ver os principais métodos para selecionar amostras: 

1. Seleção aleatória (randômica): é a que assegura que todos os 

itens da população ou do estrato fixado tenham idêntica possibilidade de 

serem escolhidos. Exemplo: em um conjunto com 1.000 notas fiscais, 

numeradas de 1 a 1.000, são sorteadas para teste por intermédio de 

algum mecanismo aleatório, como por exemplo, aqueles globos utilizados 

nos sorteios da loteria. 

2. Seleção sistemática (por intervalo): é aquela em que a seleção 

de itens é procedida de maneira que haja sempre um intervalo constante 
entre cada item selecionado, seja a seleção feita diretamente da 

população a ser testada, ou por estratos dentro da população. Ou seja, no 

exemplo anterior, você estabelece qual o intervalo a ser aplicado - por 
exemplo, 100 - faz o sorteio da primeira nota, digamos que seja a de 

número 225, então, as notas selecionadas para a amostra serão as de 
número 025, 125, 225, 325 ... 925. 

Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que as 

unidades de amostragem da população não estão estruturadas de modo 

que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão em particular 
da população. 

3. Amostragem de unidade monetária: é um tipo de seleção com 
base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra 
resultam em uma conclusão em valores monetários. 

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4. Seleção ao acaso: é aquela feita a critério do auditor, baseada em 
sua experiência profissional. 

Esse método pode ser uma alternativa aceitável para a seleção, desde 

que o auditor tente extrair uma amostra representativa da população, 
sem intenção de incluir ou excluir unidades específicas, evitando qualquer 
tendenciosidade ou previsibilidade consciente (por exemplo, evitar itens 
difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros ou os 

últimos lançamentos de uma página). A seleção ao acaso não é 

apropriada quando se usa a amostragem estatística. 

5. Seleção de bioco: envolve a seleção de um ou mais blocos de 
itens contíguos da população. 

A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de 
auditoria porque a maioria das populações está estruturada de modo que 
esses itens em sequência podem ter características semelhantes entre si, 

mas características diferentes de outras itens de outros lugares da 
população. Embora, em algumas circunstâncias, possa ser apropriado que 
um procedimento de auditoria examine um bloco de itens, ela raramente 

seria uma técnica de seleção de amostra apropriada quando o auditor 

pretende obter inferências válidas sobre toda a população com base na 

amostra. 

O auditor deve, portanto, escolher um desses métodos de seleção da amostra 
para coletar as unidades de amostragem que serão analisadas. 

Vejamos o caso da amostragem de variáveis PPT (testes de detalhes)... 

Nesse caso, geralmente é utilizado um método de seleção sistemático. IMele, a 

população (i.e., o valor monetário total) é dividida em intervalos iguais, ou seja, 

em valores monetários iguais. Dessa forma, uma unidade lógica de amostragem 

(lembra desse conceito?) é escolhida a cada intervalo. 

O intervalo de amostragem é definido como: 

IA = VC -r Tamanho da amostra; ou 

IA = DT -r FC (no caso simplificado em que não há distorção esperada). 

Assim, geralmente são necessários os seguintes passos: 

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• Definir o tamanho da amostra; 
• Definir o intervalo da amostra; 
• Sortear o valor monetário inicial (esse valor deve ser entre 1 e o valor 

do intervalo da amostra); 

• Selecionar os demais itens da amostra a cada intervalo de amostragem. 

Vamos tentar, por meio de um exemplo, explicar melhor esse processo: 

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Exemplo: seleção sistemática em  a m o s t r a g e m PPT 

A empresa Alpha tem no seu "Contas a Pagar": 

• Valor Contábil: R$ 100.000 
• Risco de amostragem (aceitação incorreta): 5% -> FC = 3,00 
• Materialidade (distorção tolerável): R$ 3.000 
• Distorção esperada da população: Zero 

Logo, se aplicarmos nossas fórmulas (modelo simplificado, pois DEP = 0), teremos: 

T a m a n h o da Amostra = (VC x  F C H D T = 100 

IA = VC -r  T a m a n h o da amostra = R$ 1.000 

Suponha também que as unidades lógicas de amostragem são as faturas de 

diferentes valores que compõem o Contas a Recebe, variando de R$10 a R$500. 

Agora, imagine que essas faturas estivessem dispostas uma ao lado da outra até 
somar o total do saldo contábil: 

Notas fiscais 

Saldo 
acumulado 

100.000 

Pois bem, o que temos que fazer agora é selecionar as notas fiscais que farão parte 

da amostra. 

Para fazer isso pelo método sistemático, basta sorteamos um valor monetário 
inicial (por exemplo, R$ 12,00) e selecionar os demais itens a cada intervalo 

constante. No nosso exemplo, seria algo como... 

R$ 12,00 

R> 1.012,00 

P$ 2.012,00 

Note que as faturas (unidades lógicas de amostragem) de maior valor monetário 

acabam tendo maior probabilidade de pertencer à amostra. 

2.000 

1.000 

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5 - Executar o plano de amostragem (procedimento de auditoria) 

Nesta fase, o auditor aplica o procedimento de auditoria adequado e determina 

se há ou nãc desvie (amostragem de atributos) ou o valor real de cada unidade 

lógica de amostragem (amostragem de variáveis). 

Ou seja, o auditor vai avaliar cada item selecionado para amostra. Assim, as 
diferenças entre o valor real e o valor registrado na contabilidade (erros) são 
anotados pelo auditor. 

Nesse processo, o auditor analisa, portanto, os desvios e as distorções 
identificadas. O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer 

desvios ou distorções identificados e avaliar o possível efeito causado por eles 

na finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria. 

Assim, o auditor talvez observe que muitos desvios ou distorções têm uma 
característica em comum como, por exemplo, o tipo de operação, local, linha de 

produto ou período de tempo. Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir 
identificar todos os itens da população que tenham a característica em comum 

e estender os procedimentos de auditoria para esses itens. Além disso, esses 
desvios ou distorções podem ser intencionais e podem indicara possibilidade de 

fraude. 

Ademais, dentro desse processo, vale à pena destacar a existência de 

"anomalias" - distorções ou desvios que são comprovadamente não 

representativos de distorção ou desvio em uma população. É o que chamamos 

de ponto fora da curva. Assim, quando a distorção tiver sido estabelecida como 

uma anomalia, ela pode ser excluída da projeção das distorções para a 
população ou ser devidamente tratada, de forma a não comprometer a análise 

da projeção das distorções não anômalas. 

Quando o auditor considera que uma distorção ou um desvio descoberto são 
anomalias, deve obter um alto grau de certeza de que não sejam 
representativos da população, mediante a execução de procedimentos 
adicionais de auditoria. 

O próximo e último passo é fazer a extrapolação para a população e a avaliação 
dos resultados da amostragem. 

6 - Avaliar resultados da amostra 

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Feita a análise da natureza dos desvios (testes de controle) e das distorções 
(testes de detalhe), é necessário que se faça a projeção dos erros encontrados 

na amostra para a população. 

Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as 

distorções encontradas na amostra para obter uma visão mais ampla da escala 
de distorção. Geralmente uma distorção encontrada na amostra é ampliada 
quando projetada para a população. 

Por exemplo, o exame de uma amostra de notas fiscais revelou uma distorção 

de R$ 1.000 na amostra, quando projetada para a população, essa distorção 

pode ser aumentada para, por exemplo, R$ 25.000. 

Já para testes de controles, não é necessária qualquer projeção explícita dos 

desvios uma vez que a taxa de desvio da amostra também é a taxa de desvio 

projetada para a população como um todo. 

Tipo de teste 

Projeção da distorção ou desvio 

Teste de Detalhes 

É necessária 

Teste de Controle 

Não é necessária 

Assim, ao avaliar os resultados da amostra o auditor pode se deparar com as 

seguintes situações: 

• para os testes de controles, uma taxa de desvio da amostra 
inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco de controle e, 

consequentemente, no risco identificado de distorção relevante; 

• para os testes de detalhes, o valor de distorção inesperadamente alto 

em uma amostra pode levar o auditor a acreditar que uma classe de 
operações ou o saldo de uma conta está distorcido de modo relevante. 

Vimos que, no caso específico de testes de detalhes, a distorção projetada é a 

melhor estimativa do auditor de distorção real na população. Assim, quando 

esse resultado exceder uma distorção tolerável (materialidade), a amostra não 

fornece uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada, 

Além disso, se a distorção projetada for maior do que as expectativas de 

distorção do auditor usadas para determinar o tamanho da amostra, o auditor 

pode concluir que há um risco inaceitável de amostragem e pode decidir por 

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realizar uma nova amostragem. Podemos resumir a discussão nas seguintes 

expressões: 

Testes de Detalhes 

distorção projetada para população > distorção tolerável (materialidade) 

Não é possível afirmar que a população está livre de distorções relevantes 

Tfestas de Controle 

taxa de desvio da amostra > taxa tolerável de desvio 

Os resultados da amostra não dão suporte para o risco de controle planejado e ele deve ser 

reavaliado 

Essa análise pode ainda ser feita a partir de outra abordagem, que considera, 

respectivamente para testes de controle e de detalhes, o Limite Superior de 

Desvios (LSD) e o Limite Superior de Erros (LSE). 

Esse limite superior é a taxa máxima de desvios ou distorções admitida pelo 

auditor na avaliação de seu processo de amostragem, assim, se o desvio ou 
distorção encontrado para a população somado a uma provisão de risco de 
amostragem (PRA) for superior a esse limite, o processo de amostragem 
conduzido pelo auditor foi falho. 

Lembre-se que o risco de amostragem relaciona-se com a possibilidade de que 
uma amostra adequadamente selecionada não seja representativa da 
população, e por esse motivo essa provisão de risco somada a taxa de 

desvios e/ou distorções encontradas para definir um limite para se comparar 

aos erros toleráveis. 

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Testes de Controle 

LSD = Taxa de Desvios da Amostra + PRA 

LSD > taxa tolerável de desvio 

Os resultados da amostra não dão suporte para o risco de controle planejado e ele deve ser 

reavaliado 

Testes üe Detalhes 

LSE = Erro Projetado para População + PRA 

LSE > distorção tolerável (materialidade) 

Por fim, se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma 

base razoável para conclusões sobre a população que foi testada, o auditor 
pode: 

• realizar uma nova amostragem; 

• solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e 

faça quaisquer ajustes necessários; ou 

• ajustar a natureza, época e extensão de procedimentos adicionais para 
melhor alcançar a segurança exigida (ex.: realizar nova amostragem; 

aumentar tamanho da amostra; modificar os procedimentos substantivos 
etc.). 

Não é possível afirmar que a população está livre de distorções relevantes 

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Questões comentadas 

01. (FCC/TRT 12 - Analista Judiciário - Contabilidade/2013) A técnica 

utilizada para que, estatisticamente, seja possível formar um conceito mais 

seguro do todo a ser auditado é chamada de 

(A) seleção objetiva. 

(B) inspeção por pontos relevantes. 

(C) auditoria especializada. 

(D) exame qualitativo. 

(E) amostragem. 

Comentários: 

Essa é bem fácil, não? Como vimos, amostragem nada mais é do que formar 
uma conclusão sobre uma população por meio da análise de uma amostra. 

Gabarito: E. 

02. (CESPE/CNJ/Ana lista Contabilidade/2013) Considere que, na 
determinação da quantidade de processos licitatórios a serem analisados em 

uma auditoria, o auditor tenha determinado o nível de confiança estatística em 

95% e um erro tolerável de 5%, com emprego da amostragem aleatória 
simples. Nessa situação, durante o processo de revisão, se a supervisão da 
equipe de auditoria sugerir reduzir o erro tolerável, será necessário aumentar o 

tamanho da amostra, mantendo-se o mesmo nível de significância 

Comentários: 

Ora, se o erro tolerável for reduzido isso quer dizer que o auditor quer mais 
precisão no resultado dos testes, assim, se não forem alterados os demais 

fatores, parece lógico que ele necessitará de uma amostra maior. 

Lembre-se do apêndice 2 da NBC TA 530: 

Fator 

Efeito no  t a m a n h o 

da amostra 

1. Aumento na extensão na qual a avaliação de risco do 

auditor leva em consideração os controles relevantes 

Aumento 

2. Aumento na taxa tolerável de desvio 

Redução 

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3. Aumento na taxa esperada de desvio da população a ser 

testada 

Aumento 

4. Aumento no nível de segurança desejado do auditor de 

que a taxa tolerável de desvio não seja excedida peia taxa 

real de desvio na população 

Aumento 

5. Aumento na quantidade de unidades de amostragem na 

população 

Efeito negligenciável 

Veja que o item 7 corrobora essa impressão, se o aumento na taxa tolerável de 

desvio causa uma redução no tamanho da amostra, o contrário também í 

válido, a diminuição na taxa tolerável de desvio causa um aumento no tamanho 

da amostra. 

Gabarito: Certa 

03. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização - CGU/ 2012) Nos casos em que o 

auditor independente desejar reduzir o tamanho da amostra sem aumentar o 

risco de amostragem, dividindo a população em subpopulações distintas que 

tenham características similares, deve proceder a um(a) 

(A) Estratificação. 

(B) Seleção com base em valores. 

(C) Teste de detalhes. 

(D) Seleção sistemática. 

(E) Detalhamento populacional. 

Comentários: 

Quando a população tem alta amplitude (variância) entre suas unidades de 

amostragem, o auditor pode utilizar a estratificação como forma de reduzir o 

tamanho da amostra analisada. 

Gabarito: A. 

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04. (FGV/SAD-PE - Analista de Controle Interno: Finanças 

Públicas/2008) Ao determinar a extensão de um teste ou ao selecionar os 

itens a serem testados, o auditor: 

(A) pode empregar técnicas de amostragem estatística, levando sempre em 

consideração o risco de auditoria. 

(B) não deve empregar técnicas de amostragem estatística, já que isso 

aumentaria o risco de auditoria. 

(C) deve examinar 100% de seu universo, levando sempre em consideração o 

risco de auditoria 

(D) não pode empregar técnicas de entrevista estatística. 

(E) deve utilizar sua experiência, bem como testar 100% de seu universo. 

Comentários: 

Item (A): pode empregar técnicas de amostragem estatística, levando sempre 

em consideração o risco de auditoria. 

Correto. O auditor pode aplicar procedimentos de auditoria em menos de 

100% dos itens de população (amostragem), para proporcionar uma base 

razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população. Além disso, o 

risco de auditoria deve ser sempre considerado. 

Item (B): não deve empregar técnicas de amostragem estatística, já que isso 

aumentaria o risco de auditoria. 

Errado. Vimos que o auditor pode empregar amostragem estatística. O risco de 

amostragem é inerente a esse processo, pois sempre lidamos com segurança 

razoável (nunca absoluta). 

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Item (C): deve examinar 100% de seu universo> levando sempre em 

consideração o risco de auditoria. 

Errado. Nem sempre o auditor deve realizar um censo. A norma fala que esse 

processo é cabível quando, por exemplo, a população constitui um número 

pequeno de itens de grande valor. 

Item (D): não pode empregar técnicas de entrevista estatística. 

Errado. Entrevistas estatísticas??? Esse é um processo um pouco estranho. O 

item simplesmente misturou conceitos para confundir os candidatos. 

Item (£): deve utilizar sua experiência <, bem como testar 100% de seu 

universo. 

Errado. Mais uma vez, nem sempre o auditor deve realizar censos ou seleção 

de itens específicos, pois existe a possibilidade de amostragem. 

Gabarito: A. 

OS. (FGV/Técnico de Controle Externo - Senado Federai/2012) -

adaptada - No que diz respeito à auditoria governamental, julgue o item: 

O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de 

ações de controle e situações onde o objeto alvo da ação se apresenta em 

grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. A 

amostragem é, também, aplicada em função da necessidade de obtenção de 

informações em tempo hábil, em casos em que a ação, na sua totalidade, se 

torne impraticável. 

Comentários: 

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De fato a utilização da amostragem é indicada nos casos em que é muito 

custoso aplicar os testes de auditoria na totalidade dos tens de uma população 

muito grande. 

Gabarito: Certo. 

06. (FGV/Técnico de Controle Externo - Senado Federal/2012) -

adaptada - No que diz respeito à auditoria governamental, julgue o item: 

A amostragem é particularmente recomendável quando (1) a população é 

considerada muito pequena, (2) as características da população são de fácil 

mensuração e (3) há necessidade de alta precisão. 

Comentários: 

Veja que as características apontadas no enunciado indicam para a utilização de 

um exame de 100% da população, (1) a população constitui um número 

pequeno de itens; (3) há um risco significativo e outros meios não fornecem 

evidência de auditoria apropriada e suficiente; e (2) a natureza repetitiva de um 

cálculo ou outro processo executado automaticamente por sistema de 

informação torna um exame de 100% rápido e eficiente. 

Gabarito: Errado. 

07. (FCC/ISS-SP/2012) A estratificação da amostra pode ser útil quando 

(A) superar a 100 unidades a quantidade de tens que compõe a amostra. 

(B) existir risco de mais de 10% da amostra conter erros. 

(C) houver uma grande amplitude nos valores dos itens a serem selecionados. 

(D) for identificada uma linearidade nos valores dos itens a serem selecionados. 

(E) for pequeno o número de itens que compõe a amostra. 

Comentários: 

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Já foi destacado que se utiliza a estratificação quando existe uma alta amplitude 

nos valores das unidades de amostragem (itens que compõem a população). 

Gabarito: C. 

08. (FUNCAB/Auditor Financeiro e Contábil - DER/2010) - A NBC TA 530 

- "Amostragem em Auditoria", explicita que há riscos de amostragem e outros 

não resultantes da amostragem. Conforme determina a referida norma, qual 

das opções a seguir descreve, corretamente, o risco de amostragem? 

(A) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão, uma opinião de 

auditoria não apropriada decorrente do teste de controles, no qual os controles 

são considerados mais eficazes do que realmente são. 

(B) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão, uma opinião de 

auditoria não apropriada decorrente do teste de detalhes, no qual não seja 

identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe. 

(C) É o risco que pode afetar a eficácia da auditoria, contudo < improvável que 

leve o auditor a emitir uma opinião de auditoria inapropriada. 

(D) É o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser 

diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de 

auditoria. 

(E) É o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer 

razão que não seja relacionada ao risco inerente 

Comentários: 

Não se esqueça da definição de risco de amostragem, é um dos assuntos mais 

recorrentes nas provas... 

background image

Risco de amostragem é o risco de o processo de amostragem não funcionar, ou 

seja, as respostas obtidas pela análise da amostra não corresponderem à 

realidade da população. 

Gabarito: D 

09. (FMP/APE - TCE RS/2011) Quanto ao processo de amostragem na 

auditoria, assinale a alternativa correta. 

(A) O risco que o auditor está disposto a aceita não afeta o tamanho exigido da 

amostra. 

(B) Para a definição do tamanho da amostra não permitido ao auditor usar o 

julgamento profissional, dado que poderá comprometer a parcialidade que 

deverá ter no exame dos registros auditados. 

(C) De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, dentre os principais 

métodos para selecionar amostras, se encontram: a seleção aleatória, a seleção 

sistemática e a seleção ao acaso. 

(D) A amostragem, a critério do auditor e com vistas a aumentar a sua 

confiabilidade, pode abranger até 100% dos itens da população analisada. 

(E) Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou 

procedimentos alternativos adequados em um item selecionado, o auditor deve 

tratar retirar esse item da amostra de modo a não comprometer o exame. 

Comentários: 

Essa é a típica questão que você pode esperar em sua prova. Vamos analisar 

cada um dos itens e ver como é bem tranquilo: 

Item A: errado. Vimos que a definição do tamanho da amostra é afetada pelo 

risco de amostragem, assim como pelos desvios e distorções. 

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Item B: errado. Em amostragens não estatísticas, o tamanho da amostra é 

determinado pelo auditor utilizando sua experiência, sem base matemática ou 

científica. 

Item C: certo. Falamos sobre cada um desses três métodos de seleção, lembra? 

Item D: errado. Quando o auditor analisa 100% dos itens, não se trata mais de 

amostragem, mas de censo. Amostragem exige que exista uma amostra, ou 

seja, o exame de parte da população para se extrair uma resposta para o todo. 

Item E: errado. Essa questão foi um copia e cola muito mal feito das normas de 

auditoria. 

Vejamos o que diz a IMBC TA 530: 

"Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou 

procedimentos alternativos adequados em um item selecionado, o auditor deve 

tratar esse item como um desvio do controle previsto, no caso de testes de 

controles ou uma distorção, no caso de testes de detalhes." 

A banca escreveu "o auditor dever tratar retirar esse item (...)". Não é prova de 

português, mas já dava para pressupor que o item estava errado sem saber 

nada de auditoria, não? rsrs 

Enfim, em certas ocasiões, o auditor não pode aplicar um procedimento em um 

elemento da amostra. Por exemplo, o auditor não pode conferir se o saldo de 

uma fatura está correto, pois o documento foi extraviado. 

Nesses casos, o auditor deve considerar o fato como um desvio ou distorção, e 

não desconsiderar o elemento da amostra. 

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Gabarito: C 

10. (FCC/ Analista de Controle Externo - TCE AM/2008) Ao utilizar o 

método de amostragem estatística em substituição ao não-estatístico para a 

seleção de base de dados, o auditor está reduzindo a possibilidade de risco de 

(A) controle decorrente da utilização de critérios aleatórios. 

(B) detecção por não utilizar critérios probabilísticos e não-probabilísticos 

conjuntamente. 

(C) seleção originada do direcionamento da amostra para uma escolha 

conduzida. 

(D) informação devido à falta de critério na seleção pelo método não-

estatístico. 

(E) amostragem decorrente da não utilização das leis de probabilidades. 

Comentários: 

Ao utilizar o método de amostragem estatística em substituição ao não-

estatístico para a seleção de base de dados, o auditor está reduzindo a 

possibilidade de risco de amostragem decorrente da não utilização das leis de 

probabilidades. 

Note que, em um processo não estatístico de amostragem, como não é possível 

utilizar a teoria das mensurar do risco de amostragem, esse risco aumenta, pois 

fica fora de controle. 

Gabarito: E. 

11. (FGV/SAD-PE - Analista de Controle Interno: Finanças 

Públicas/2008) Assinale a alternativa que apresente a definição de Erro 

Amostrai. 

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(A) É a diferença entre o valor máximo e mínimo, considerando ainda a 

tendência de erro. 

(B) É a diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro 

valor do parâmetro que se deseja estimar. 

(C) É a diferença entre o valor que a estatística não pode acusar e o verdadeiro 

valor do parâmetro que se deseja estimar. 

(D) É a soma do desvio-padrão e do erro-padrão da média. 

(E) É a soma do intervalo de confiança e do desvio-padrão. 

Comentários: 

A definição de Erro Amostrai é a diferença entre o valor que a estatística pode 

acusar (aquele encontrado no processo de amostragem) e o verdadeiro valor do 

parâmetro que se deseja estimar. 

Gabarito: B. 

12. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2007) -  A D A P T A D A - Avalie as 

afirmativas a seguir: 

I. A amostragem de atributos um teste de controle. 

II. A amostragem de variáveis í um procedimento substantivo. 

III. A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de uma 

população ou o valor monetário de erros em uma população. 

IV. A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em uma 

população. 

Assinale: 

(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 

(B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 

(C) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 

(D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. 

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 

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Comentários: 

Você se lembra desse quadro? 

Técnica de 

A m o s t r a g e m 

Tipo de teste 

Finalidade 

A m o s t r a g e m de 

atributos 

Teste de controle 

estimar a taxa de desvios 

da população 

A m o s t r a g e m de 

variáveis 

Teste de detalhes 

estimar um total monetário 

ou o valor monetário de 

erros em uma população 

Vejamos agora os itens: 

Item (I): A amostragem de atributos é um teste de controle 

Correto. Vide tabela acima. 

Item (II): A amostragem de variáveis é um procedimento substantivo. 

Correto. Vide tabela acima. 

Item (III): A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de 

uma população ou o valor monetário de erros em uma população. 

Errado. Essa é a definição de amostragem de variáveis. 

Item (IV): A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em uma 

população. 

Errado. Essa é a definição de amostragem de atributos. 

Gabarito: A. 

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13. (ESAF/AFTE - Sefaz RN/2005) - Dadas as tabelas fornecidas a 

seguir, responda: 

Tabela I: 5% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 

Taxa aceitável de desvios 

Taxa Esperada de desvio da população 

2% 

3% 

4% 

5% 

6% 

0,00 

151 

101 

76 

61 

51 

0,50 

159 

119 

95 

80 

1,00 

158 

95 

80 

1,50 

126 

105 

2,00 

90 

Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 

Taxa aceitável de desvios 

Taxa Esperada de desvio da 

população (%) 

2% 

3% 

4% 

5% 

6% 

0,00 

116 

78 

59 

47 

40 

0,50 

196 

131 

98 

79 

66 

1,00 

178 

98 

79 

66 

1,50 

134 

107 

66 

2,00 

160 

134 

90 

2,50 

160 

112 

3,00 

132 

Ao analisar a área de Contas a Receber, constata-se um risco de avaliação de 

10%. No ano anterior a empresa de auditoria constatou desvio de 4% e a taxa 

esperada do desvio da população do ano foi de 1,0%. Determine o tamanho da 

amostra a ser utilizada. 

(A) 200 

(B) 107 

(C) 158 

(D) 178 

(E) 98 

Comentários: 

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Essa questão ilustra um tipo de tabela que o auditor pode utilizar para 

determinar o tamanho da amostra. 

O procedimento para definir o tamanho da amostra é o seguinte: 

• Escolher a tabela que corresponde ao nível especificado de risco de 

avaliação do risco de controle em nível baixo demais. 

• O enunciado nos trouxe que o risco de avaliação do risco de controle em 

nível baixo demais é de 10%, portanto, vamos selecionar a tabela II. 

• Localizar a coluna referente ao nível especificado da taxa aceitável de 

desvios. 

• O enunciado nos trouxe que a taxa de desvio no ano anterior foi de 4%. 
Portanto, selecionaremos a 3

a

 coluna da tabela (veja tabela abaixo). 

• Localizar a linha que contém a taxa esperada de desvios da população. 

• O auditor ao determinar o erro esperado em uma população, deve 

considerar aspectos como, por exemplo, os níveis de erros identificados em 
auditorias anteriores, mudança nos procedimentos da entidade e evidência 
obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria. 

• Esta taxa foi determinada pelo enunciado em 1%, ou seja, escolheremos 

a 3

a

 linha da tabela (veja tabela abaixo). 

• Ler o tamanho da amostra, na intersecção da coluna com a linha 

escolhidas, no caso, coluna 3 e linha 3. 

Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 

Taxa aceitável de desvios 

Taxa Esperada de desvio da 

população (%) 

2% 

3% 

4% 

ÍP/O 

6% 

0,00 

116 

78 

59 

47 

40 

0,50 

196 

131 

98 

79 

66 

1,00 

178 

79 

66 

1,50 

134 

107 

66 

2,00 

160 

134 

90 

2,50 

160 

112 

3,00 

132 

Portanto, o tamanho adequado da amostra para os dados informados é 98. 

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Nível de Confiança  Fator de Confiança 

99% 

4,6 

98% 

3,7 

95% 

3,0 

90% 

2.3 

85% 

1.9 

80% 

1.6 

75% 

1.4 

14. (ESAF/AFRFB/2012) Considerando que o auditor estabeleceu um grau de 

confiança de 95% para a amostra e que determinou uma taxa tolerável de 

desvio de 5%, o número de itens a serem testados é [utilize a tabela acima] 

(A) 19. 

(B) 05. 

(C) 60. 

(D) 30. 

(E) 10. 

Comentários: 

Essa questão da última prova da Receita pegou os candidatos de surpresa, pois 

geralmente as questões de concurso não exigiam o cálculo do tamanho da 

amostra. 

No caso em tela, a questão s 3 pode ser resolvida se assumirmos que a taxa de 

desvios esperadas é zero, e utilizarmos a fórmula simplificada: 

T a m a n h o da amostra = Fator de Confiança t Taxa aceitável de desvios 

Gabarito: E. 

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Para um grau de confiança de 95%, ou seja, risco de amostragem de 5%, 

temos que o fator de confiança é 3,00. Substituindo na fórmula, temos: 

T a m a n h o da amostra - 3,00+ 0,05 = 60 

Gabarito: C. 

15. (FCC/APOFP - SP/2010) Para propiciar representatividade da população 

contábil aplicada nos testes de auditoria, o auditor pode estipular intervalos 

uniformes entre os itens a serem selecionados como um método de seleção de 

amostras denominado 

(A) amostragem ao acaso. 

(B) números aleatórios. 

(C) amostragem de atributos. 

(D) amostragem sistêmica. 

(E) amostragem por bloco 

Comentários: 

O método de seleção sistemática ( = sistêmica ou por intervalo) é aquele onde é 

observando um intervalo constante entre as transações realizadas. 

Gabarito: D 

16. (ESAF/AFRFB/2002) - adaptada - O risco de amostragem em auditoria 

nos testes de detalhes pode ser assim classificado: 

(A) subavaliação e superavaliação da confiabilidade. 

(B) aceitação incorreta e superavaliação da confiabilidade, 

(C) superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta 

(D) rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade. 

(E) rejeição incorreta e aceitação incorreta. 

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Comentários: 

O enunciado fala de testes de detalhes, ou seja, se os valores estão 

apropriadamente refletidos nas demonstrações contábeis. 

Sabemos que os riscos de subavaliação e superavaliação de confiabilidade estão 

relacionados ao adequado funcionamento dos controles internos. Portanto, os 

itens "A", "B", "C" e "D" estão errados. 

O item "E" está correto, pois rejeição incorreta é o risco de concluir que o saldo 

está errado, mas, efetivamente, não está; e aceitação incorreta: < o risco de 

concluir que o saldo está correto, mas, efetivamente, está errado. 

Gabarito: E 

17. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor, ao realizar o processo de escolha da 

amostra, deve considerar: 

I. que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de 

amostragem; 

II. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações, 

cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características 

homogêneas ou similares; 

III. na determinação do tamanho da amestra, o risco de amostragem, sem 

considerar os erros esperados. 

(A) Somente a I é verdadeira. 

(B) Somente a II é verdadeira. 

(C) I e III são verdadeiras. 

(D) Todas são falsas. 

(E) Todas são verdadeiras. 

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Comentários: 

Vejamos cada um dos itens.. 

Item I: Errado. Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que 

constituem uma população, não a amostra, como afirma o item. 

Item II: Certo. Estratificação é o processo de dividir uma população em 

subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com 

características semelhantes (geralmente valor monetário). 

Item III: Errado. Ao considerar as características de uma população, para 

testes de controles, o auditor faz uma avaliação da taxa esperada de desvio 

com base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no exame de 

pequena quantidade de itens da população. Essa avaliação é feita para 

estabelecer a amostra de auditoria e determinar o tamanho dessa amostra. 

Importante relembrar que a NBC TA 530, que substituiu a NBC T 11.11, dando 

maior precisão terminológica aos conceitos, alterou a denominação de erro, no 

que diz respeito aos testes de controle, para taxa de desvio e, no que diz 

respeito aos testes de detalhes, para distorção. 

Portanto, somente a afirmação II é correta. 

Gabarito: B. 

18. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal - SEFIN SP/2006) Quando 

o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência profissional, 

está utilizando uma técnica denominada amostragem 

(A) por conglomerado. 

(B) casual. 

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(C) por intervalos. 

(D) estratificada. 

(E) randômica. 

Comentários: 

Quando o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência 

profissional, está utilizando uma técnica denominada amostragem casual. 

Gabarito: B. 

19. (FGV / ICMS-RJ / 2010) O Conselho Federal de Contabilidade - CFC, 

com relação à amostragem em auditoria, define o termo anomalia como: 

(A) o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, possa ser 

diferente se toda a população estiver sujeita ao mesmo procedimento de 

auditoria. 

(B) a distorção ou o desvio comprovadamente não representativo de distorção 

ou desvio em uma população. 

(C) o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo 

um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes. 

(D) um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de 

segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na 

população. 

(E) o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre 

o qual o auditor deseja concluir. 

Comentários: 

O CFC, na NBC TA 530, define "Anomalia" como a distorção ou o desvio que é 

comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma 

população. 

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Gabarito: B. 

20. (FCC/ ISS-SP/2012) O aumento no uso de procedimentos substantivos 

no processo de auditoria para confirmação dos saldos do contas a receber da 

empresa Financia S.A. 

(A) exige a estratificação da amostra. 

(B) obriga que a amostra seja aleatória 

(C) possibilita um aumento da amostra. 

(D) causa uma diminuição da amostra. 

(E) não influencia no tamanho da amostra. 

Comentários: 

Para resolver essa questão relembre as tabelas da página 22 (apêndice 3). 

Veja que o aumento no uso de outros procedimentos substantivos causa uma 

diminuição no tamanho da amostra. 

Em outras palavras, quanto mais o auditor confia em outros procedimentos 

substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para 

reduzir a um nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população 

em particular, menos segurança o auditor precisa da amostragem e, portanto, 

menor pode ser o tamanho da amostra. 

Gabarito: D. 

Bom... hoje paramos por aqui. Não se esqueça de participar do nosso Fórum. 

A gente se vê na próxima aula. 

Forte abraço, 

Davi e Fernando, 

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Lista de Questões 

01. (FCC/TRT 12 - Analista Judiciário - Contabilidade/2013) A técnica 

utilizada para que, estatisticamente, seja possível formar um conceito mais 

seguro do todo a ser auditado é chamada de 

(A) seleção objetiva. 

(B) inspeção por pontos relevantes. 

(C) auditoria especializada. 

(D) exame qualitativo. 

(E) amostragem. 

02. (CESPE/CNJ/Analista Contabilidade/2013) Considere que, na 

determinação da quantidade de processos licitatórios a serem analisados em 

uma auditoria, o auditor tenha determinado o nível de confiança estatística em 

95% e um erro tolerável de 5%, com emprego da amostragem aleatória 
simples. Nessa situação, durante o processo de revisão, se a supervisão da 
equipe de auditoria sugerir reduzir o erro tolerável, será necessário aumentar o 

tamanho da amostra, mantendo-se o mesmo nível de significância. 

03. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização - CGU/ 2012) Nos casos em que o 
auditor independente desejar reduzir o tamanho da amostra sem aumentar o 

risco de amostragem, dividindo a população em subpopulações distintas que 

tenham características similares, deve proceder a um(a) 

(A) Estratificação. 

(B) Seleção com base em valores. 
(C) Teste de detalhes, 
(D) Seleção sistemática. 
(E) Detalhamento populacional. 

04. (FGV/SAD-PE - Analista de Controle Interno: Finanças 

Públicas/2008) Ao determinar a extensão de um teste ou ao selecionar os 
itens a serem testados, o auditor: 

(A) pode empregar técnicas de amostragem estatística, levando sempre em 

consideração o risco de auditoria. 

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(B) não deve empregar técnicas de amostragem estatística, já que isso 

aumentaria o risco de auditoria. 

(C) deve examinar 100% de seu universo, levando sempre em consideração o 
risco de auditoria 

(D) não pode empregar técnicas de entrevista estatística. 
(E) deve utilizar sua experiência, bem como testar 100% de seu universo, 

05. (FGV/Técnico de Controle Externo - Senado Federai/2012) -

adaptada - No que diz respeito à auditoria governamental, julgue o item: 

O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de 
ações de controle e situações onde o objeto alvo da ação se apresenta em 
grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. A 
amostragem é, também, aplicada em função da necessidade de obtenção de 
informações em tempo hábil, em casos em que a ação, na sua totalidade, se 

torne impraticável. 

06. (FGV/Técnico de Controle Externo - Senado Federai/2012) -
adaptada
 - No que diz respeito à auditoria governamental, julgue o item: 

A amostragem é particularmente recomendável quando (1) a população é 

considerada muito pequena, (2) as características da população são de fácil 

mensuração e (3) h< necessidade de alta precisão. 

07. (FCC/ISS-SP/2012) A estratificação da amostra pode ser útil quando 

(A) superar a 100 unidades a quantidade de itens que compõe a amostra. 

(B) existir risco de mais de 10% da amostra conter erros. 
(C) houver uma grande amplitude nos valores dos itens a serem selecionados. 
(D) for identificada uma linearidade nos valores dos itens a serem selecionados. 
(E) for pequeno o número de itens que compõe a amostra. 

08. {FUNCAB/Auditor Financeiro e Contábil - DER/2010) - A NBC TA 530 
- "Amostragem em Auditoria", explicita que há riscos de amostragem e outros 

não resultantes da amostragem. Conforme determina a referida norma, qual 

das opções a seguir descreve, corretamente, o risco de amostragem? 

(A) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão, uma opinião de 

auditoria não apropriada decorrente do teste de controles, no qual os controles 
são considerados mais eficazes do que realmente são. 

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(B) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão, uma opinião de 

auditoria não apropriada decorrente do teste de detalhes, no qual não seja 

identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe. 

(C) É o risco que pode afetar a eficácia da auditoria, contudo é improvável que 

leve o auditor a emitir uma opinião de auditoria inapropriada. 

(D) É o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser 

diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de 
auditoria. 

(E) É o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer 
razão que não seja relacionada ao risco inerente 

09. (FMP/APE - TCE RS/2011) Quanto ao processo de amostragem na 
auditoria, assinale a alternativa correta. 

(A) O risco que o auditor está disposto a aceita não afeta o tamanho exigido da 

amostra. 

(B) Para a definição do tamanho da amostra não - permitido ao auditor usar o 

julgamento profissional, dado que poderá comprometer a parcialidade que 

deverá ter no exame dos registros auditados. 

(C) De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, dentre os principais 
métodos para selecionar amostras, se encontram: a seleção aleatória, a seleção 

sistemática e a seleção ao acaso. 

(D) A amostragem, a critério do auditor e com vistas a aumentar a sua 

confiabilidade, pode abranger até 100% dos itens da população analisada. 

(E) Se o auditor não puaer aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou 

procedimentos alternativos adequados em um item selecionado, o auditor deve 

tratar retirar esse item da amostra de modo a não comprometer o exame. 

10. (FCC/ Analista de Controle Externo - TCE AM/2008) Ao utilizar o 

método de amostragem estatística em substituição ao não-estatístico para a 

seleção de base de dados, o auditor está reduzindo a possibilidade de risco de 

(A) controle decorrente da utilização de critérios aleatórios. 

(B) detecção por não utilizar critérios probabilísticos e não-probabilísticos 

conjuntamente. 

(C) seleção originada do direcionamento da amostra para uma escolha 

conduzida. 

(D) informação devido ; falta de critério na seleção pelo método não-

estatístico. 

(E) amostragem decorrente da não utilização das leis de probabilidades. 

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11. (FGV/SAD-PE - Analista de Controle Interno: Finanças 

Públicas/2008) Assinale a alternativa que apresente a definição de Erro 

Amostrai. 

(A) É a diferença entre o valor máximo e mínimo, considerando ainda a 

tendência de erro. 

(B) É a diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro 

valor do parâmetro que se deseja estimar. 

(C) É a diferença entre o valor que a estatística não pode acusar e o verdadeiro 

valor do parâmetro que se deseja estimar. 

(D) É a soma do desvio-padrão e do erro-padrão da média. 
(E) É a soma do intervalo de confiança e do desvio-padrão. 

12. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2007) -  A D A P T A D A - Avalie as 

afirmativas a seguir: 

I. A amostragem de atributos é um teste de controle. 
II. A amostragem de variáveis é um procedimento substantivo. 
III. A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de uma 
população ou o valor monetário de erros em uma população. 
IV. A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em uma 
população. 

Assinale: 

(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 

(B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 

(D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. 

(E) se todas as afirmativas estiverem carretas. 

13. (ESAF/AFTE - Sefaz RN/2005) - Dadas as tabelas fornecidas a seguir, 

responda: 

Tabela I: 5% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 

Taxa aceitável de desvios 

Taxa Esperada de desvio da população 

(%) 

2% 

3% 

4% 

5% 

6% 

0,00 

151 

101 

76 

61 

51 

0,50 

159 

119 

95 

80 

1,00 

158 

95 

80 

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1,50 

126 

105 

2,00 

90 

Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 

Taxa aceitável de desvios 

Taxa Esperada de desvio da 

população [%) 

2% 

3% 

4% 

5% 

6% 

0,00 

116 

78 

59 

47 

40 

0,50 

196 

131 

98 

79 

66 

1,00 

178 

98 

79 

66 

1,50 

134 

107 

66 

2,00 

160 

134 

90 

2,50 

160 

112 

3,00 

132 

Ao analisar a área de Contas a Receber, constata-se um risco de avaliação de 

10%. No ano anterior a empresa de auditoria constatou desvio de 4% e a taxa 

esperada do desvio da população do ano foi de 1,0%. Determine o tamanho da 
amostra a ser utilizada. 

(A) 200 

(B) 107 

(C) 158 

(D) 178 

(E) 98 

14. (ESAF/AFRFB/2G12) Considerando que o auditor estabeleceu um grau de 

confiança de 95% para a amostra e que determinou uma taxa tolerável de 

desvio de 5%, o número de itens a serem testados é [utilize a tabela acima] 

(A) 19. 

(B) 05. 

(C) 60. 

(D) 30. 
(E) 10. 

15. (FCC/APOFP - SP/2010) Para propiciar representatividade da população 

contábil aplicada nos testes de auditoria, o auditor pode estipular intervalos 

uniformes entre os itens a serem selecionados como um método de seleção de 

amostras denominado 

(A) amostragem ao acaso. 

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(B) números aleatórios. 
(C) amostragem de atributos. 
(D) amostragem sistêmica. 

(E) amostragem por bloco, 

16. (ESAF/AFRFB/2002) - adaptada - O risco de amostragem em auditoria 

nos testes de detalhes pode ser assim classificado: 

(A) subavaliação e superavaliação da confiabilidade. 

(B) aceitação incorreta e superavaliação da confiabilidade. 
(C) superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta 

(D) rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade. 

(E) rejeição incorreta e aceitação incorreta. 

17. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor, ao realizar o processo de escolha da 

amostra, deve considerar: 

I. que cada item que compõe a amostra e conhecido como unidade de 
amostragem; 
II. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações, 
cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características 

homogêneas ou similares; 

III. na determinação do tamanho da amostra, o risco de amostragem, sem 
considerar os erros esperados. 

(A) Somente a I é verdadeira. 

(B) Somente a II é verdadeira 

(C) I e III são verdadeiras. 

(D) Todas são falsas. 

(E) Todas são verdadeiras. 

18. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal - SEFIN SP/2006) Quando 

o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência profissional, 
está utilizando uma técnica denominada amostragem 

(A) por conglomerado. 

(B) casual. 

(C) por intervalos. 

(D) estratificada. 

(E) randômica. 

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19. (FGV / ICMS-RJ / 2010) O Conselho Federal de Contabilidade - CFC, 

com relação à amostragem em auditoria, define o termo anomalia como: 

(A) o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, possa ser 

diferente se toda a população estiver sujeita ao mesmo procedimento de 

auditoria. 

(B) a distorção ou o desvio comprovadamente não representativo de distorção 

ou desvio em uma população. 

(C) o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo 
um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes. 

(D) um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de 

segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na 

população. 

(E) o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre 

o qual o auditor deseja concluir. 

20. (FCC/ 1SS-SP/2012) O aumento no uso de procedimentos substantivos 

no processo de auditoria para confirmação dos saldos do contas a receber da 

empresa Financia S.A. 

(A) exige a estratificação da amostra. 
(B) obriga que a amostra seja aleatória. 
(C) possibilita um aumento da amostra. 
(D) causa uma diminuição da amostra. 
(E) não influencia no tamanho da amostra. 

Gabaritos: 

01 

02 

03 

04 

05 

06 

07 

08 

09 

10 

Certo 

Certo 

Errado 

11 

12 

13 

14 

15 

16 

17 

18 

19 

20 

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B i b l i o g r a f i a 

BRASIL Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.203/09 - NBC TA 

200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em 
Conformidade com Normas de Auditoria), 

BRASIL Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.206/09 - NBC TA 

230 (Documentação de Auditoria). 

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.222/09 - NBC TA 
530 (Amostragem em Auditoria). 

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São 

Paulo: Ed. Atlas, 2007. 

ATTIE, Wiliam. Auditoria - Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. 

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