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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da 

Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios - Aula 03 

Professor Marcelo Seco 

Força, preclaros alunos!!! 

Prossigamos no mundo da Contabilidade! Iniciaremos hoje o estudo das 

formas de mensuração e avaliação dos itens de ativo e passivo. Não se pode 
fazer isso sem conhecer alguns conceitos elementares trazidos pelo processo 

de convergência às normas internacionais. Portanto, veremos hoje o que diz o 
CPC em seus pronunciamentos de número 12, sobre Ajuste a Valor Presente e 
de número 46, sobre Valor Justo. Por questões didáticas, optei por dividir este 
assunto em duas aulas. A aula de hoje ficou com uma parte teórica um pouco 
maior, mas não temos como fugir dos conceitos, pois podem ser explorados 
pela banca. Além disso, temos o CPC 46, que foi aprovado pelo Conselho 

Federal de Contabilidade apenas em 2013. Essa é uma novidade no edital 

deste ano, e o tema ainda não foi explorado em concursos. Então, preparei eu 
mesmo algumas questões sobre ele. Na próxima aula faremos muitos 
exercícios, principalmente da Esaf, e completaremos o assunto com os ditames 
da lei 6404 a respeito da avaliação dos itens patrimoniais e com o CPC 01, 
sobre Teste de Recuperabilidade. 

Nosso objetivo: garantir a maioria dos pontos em contabilidade na prova 

objetiva. Temos que trabalhar durante as aulas com uma meta de 90% de 
acertos nas questões para que, na prova, obtenhamos entre 75% e 80%. 

Galera, o concurso é uma batalha, e é assim que temos que encará-lo. Para 

vencer, é preciso estar preparado. 

"Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não 

precisa temer o resultado de cem batalhas/' 

Sun Tzu 

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Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios - Aula 03 

Professor Marcelo Seco 

Estamos na aula 03 e, ao final do curso, eu pretendo que vocês estejam 
prontos e seguros para DESTRUIR a sabatina de contabilidade da Esaf. 

Estrutura Conceituai para Elaboração e Divulgação de Relatório 
Contábil-Financeiro aprovado pelo Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC). 
Fatos contábeis e respectivas variações patrimoniais. Princípios de 
Contabilidade. Regime de caixa e Competência Despesas 

antecipadas, receitas antecipadas. Alterações na lei 6404/76. 
Tratamento dos saldos existentes do ativo diferido e das Reservas 
de Reavaliação. Impacto das alterações dispostas na MP 627/13. 

Patrimônio: componentes patrimoniais, ativo, passivo e situação 
líquida. Equação fundamental do patrimônio. Sistema de contas, 

contas patrimoniais e de resultado. Plano de contas. Balancete de 
verificação: conceito, forma, apresentação, finalidade, elaboração. 

Escrituração: conceito e métodos; partidas dobradas; lançamento 

contábil - rotina, fórmulas; processos de escrituração. 

Mensuração a valor justo e apuração dos ativos líquidos: 

conceitos, cálculos, apuração e tratamento contábil. CPC 12 -
Ajuste a valor presente. CPC 46 - Valor Justo. 
Ativos: estrutura, grupamentos e classificações, conceitos, 
processos de avaliação, registros contábeis e evidenciações. 

Passivos: conceitos, estrutura e classificação, conteúdo das 

contas, processos de avaliação, registros contábeis e 
evidenciações. Mensuração, registro contábil, reversão. CPC 01 -

Redução do valor recuperável de ativos. 

Tratamento das Participações Societárias, conceito de coligadas e 

controladas, definição de influência significativa, métodos de 
avaliação, cálculos, apuração do resultado de equivalência 
patrimonial, tratamento dos lucros não realizados, recebimento de 
lucros ou dividendos de coligadas e controladas, contabilização. 

Apuração e tratamento contábil da mais valia, do goodwill e do 
deságio: cálculos, amortizações e forma de evidenciação. 
Operações com mercadorias, fatores que alteram valores de 
compra e venda, forma de registro e apuração do custo das 

mercadorias ou dos serviços vendidos. Estoques, inventários, 

tributos recuperáveis. CPC 16 Estoques - CFC 1273/10. 
Apuração do Resultado, incorporação e distribuição do resultado, 
compensação de prejuízos, tratamento dos dividendos e juros 

sobre capital próprio, transferência do lucro líquido para reservas, 

forma de cálculo, utilização e reversão de Reservas. 

Demonstrações Contábeis, obrigatoriedade de apresentação e 
elaboração de acordo com a Lei n. 6.404/76 e suas alterações e as 
Normas Brasileiras de Contabilidade atualizadas. CPC 26 -

Apresentação das Demonstrações Contábeis. Balanço Patrimonial: 

obrigatoriedade, apresentação; conteúdo dos grupos e subgrupos. 
Patrimônio líquido: capital social, adiantamentos para aumento de 
capital, ajustes de avaliação patrimonial, ações em tesouraria, 
prejuízos acumulados, reservas de capital e de lucros, cálculos, 
constituição, utilização, reversão, registros contábeis e formas de 
evidenciação. 

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Professor Marcelo Seco 

Demonstração do Resultado do Exercício, estrutura, evidenciação, 

características e elaboração. Apuração da receita líquida, do lucro 
bruto e do resultado do exercício, antes e depois da provisão para 
o Imposto sobre Renda, contribuição social e participações. 

Demonstração do Resultado Abrangente, conceito, conteúdo e 

forma de apresentação. Demonstração de Mutações do Patrimônio 

Líquido, forma de apresentação e conteúdo. 
Demonstração do Fluxo de Caixa: obrigatoriedade de 
apresentação, métodos de elaboração e forma de apresentação. 
Demonstração do Valor Adicionado - DVA: conceito, forma de 
apresentação e elaboração. Notas explicativas 

Tratamento das Participações Societárias - Consolidação das 
demonstrações. 

CPC 27 Imobilizado. Tratamentos de Reparo e conservação de 
bens do ativo, gastos de capital versus gastos do período. Ganhos 
ou perdas de capital: alienação e baixa de itens do ativo. 

Tratamento da depreciação, amortização e exaustão, conceitos, 
determinação da vida útil, forma de cálculo e registros. 

Operações de Duplicatas descontadas, cálculos e registros 
contábeis. Operações financeiras ativas e passivas, tratamento 
contábil e cálculo das variações monetárias, das receitas e 
despesas financeiras, empréstimos e financiamentos: apropriação 
de principal, juros transcorridos e a transcorrer. 

Tratamento de operações de arrendamento mercantil. Ativo Não 

Circulante Mantido para Venda, Operação Descontinuada e 
Propriedade para Investimento, conceitos e tratamento contábil. 

Ativos Intangíveis, conceito, apropriação, forma de avaliação e 

registros contábeis. CPC 06 Arrendamento Mercantil. CPC 28 
Investimentos. CPC 04 Intangível. 
Debêntures, conceito, avaliação e tratamento contábil. 

Tratamento das partes beneficiárias. Subvenção e assistência 
governamental: conceitos, tratamento contábil, avaliação e 
evidenciação. CPC 08 Custos de Transação e Prêmios. CPC 07 
Subvenção Governamental. 

Provisões Ativas e Passivas, tratamento das Contingências Ativas 

e Passivas. Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e 

Retificação de Erro. Folha de pagamentos: elaboração e 
contabilização. Passivo atuarial, depósitos judiciais, definições, 

cálculo e forma de contabilização. CPC 23 Omissões e erros. 
Análise das Demonstrações. Análise horizontal e indicadores de 
evolução. índices e quocientes financeiros de estrutura e 
econômicos. 

Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital. 

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Apresentação 

1 - CPC 12 Ajuste a Valor Presente - CFC 1151/09 

2 - CPC 46 - Valor Justo - CFC 1428/13 

10 

Exercícios Resolvidos 

26 

Lista das Questões Apresentadas 

40 

Gabarito 

44 

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Professor Marcelo Seco 

1 - CPC 12 Ajuste a Valor Presente - CFC 1151/09 

O ajuste a valor presente (AVP) foi introduzido nas normas contábeis 
brasileiras em virtude do processo de convergência às normas internacionais. 

Está previsto no artigo 183 da 6404 e regulamentado no CPC 12, e deve ser 

aplicado aos itens do ativo decorrentes de operações longo prazo, podendo 
também ser aplicado aos decorrentes de curto prazo. 

6404 - "os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão 
ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante". 

6404  - " a s obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não 
circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados 
quando houver efeito relevante". 

No que diz respeito a AVP, para ativo e passivo, as contas de longo prazo 

sempre serão trazidas a valor presente. As de curto prazo deverão ser 
ajustadas apenas se houver efeito relevante. 

Atenção!!! 

1.1 - Objetivo do CPC 12 

O objetivo do CPC 12 é estabelecer os requisitos básicos na apuração do Ajuste 
a Valor Presente de elementos do ativo e do passivo, dirimindo algumas 
questões controversas advindas de tal procedimento, do tipo: 

O se o AVP é aplicável tão-somente a fluxos de caixa contratados ou se 

porventura seria também para fluxos de caixa estimados ou esperados; 

O em que situações é requerido o AVP, se no momento de registro inicial 

de ativos e passivos, se na mudança da base de avaliação de ativos e 
passivos , ou se em ambos os momentos; 

Ativo e Passivo de longo prazo serão sempre ajustados 

a valor presente. Os de curto prazo, somente quando 

houver efeito relevante. 

CPC 

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se passivos não contratuais, como aqueles decorrentes de obrigações 
não formalizadas ou legais, são alcançados pelo AVP; 

qual a taxa apropriada de desconto; 

qual o método de alocação de juros recomendado; 

se o AVP deve ser efetivado líquido de efeitos fiscais. 

O AVP deve ser aplicado no reconhecimento inicial de ativos e passivos. 

Apenas em situações excepcionais, como numa renegociação de dívida em que 

novos termos são estabelecidos, o AVP deve ser aplicado como se fosse nova 
medição de ativos e passivos. 

A aplicação do AVP nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor 

justo. Por isso, valor presente e valor justo não são sinônimos. 

1.2 - Quando fazer o AVP? 

transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou 

a uma despesa ou outra mutação do patrimônio líquido cuja 
contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação financeira em 
data diferente da data do reconhecimento desses elementos; 

reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou 
substância de ativos ou passivos similares; 

conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente 
associado a um ativo ou a um passivo; 

Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos devem ser 

mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por 
ser este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value). 

Por isso, quando aplicável, o custo de ativos não monetários deve ser ajustado 

em contrapartida a conta de receita, despesa ou outra conforme a situação. 

Uma vez ajustado o item não monetário, não deve mais ser submetido a 
ajustes subsequentes no que respeita à figura de juros embutidos. 

Nem todo ativo ou passivo não-monetário está sujeito ao efeito do ajuste a 

valor presente; por exemplo, um item não monetário que, pela sua natureza, 
não está sujeito ao ajuste a valor presente é o adiantamento em dinheiro para 

recebimento ou pagamento em bens e serviços. 

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No AVP deve ser utilizada para desconto a taxa contratual ou implícita (esta 
para o caso de fluxos de caixa não contratuais) e, uma vez aplicada, deve ser 

adotada consistentemente até a realização do ativo ou liquidação do passivo. 

Os ativos e passivos decorrentes de operações de longo prazo, ou de curto 
prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor presente 
com base em taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do 
mercado. 

As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários 

qualificáveis devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras, a 
não ser que a entidade possa devidamente fundamentar que o financiamento 

feito a seus clientes faça parte de suas atividades operacionais, quando então 
as reversões serão apropriadas como receita operacional. 

O desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos contratuais, 
quer se trate de passivos não contratuais, sendo que a taxa de desconto 
necessariamente deve considerar o risco de crédito da entidade. 

Para fins de desconto a valor presente de ativos e passivos, a taxa a ser 

aplicada não deve ser líquida de efeitos fiscais, e, sim, antes dos impostos 

1.3 - Qual a diferença entre AVP e valor justo? 

Valor justo (fair value) - é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, 

ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e 
independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a 
liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 

Valor presente (present value) - é a estimativa do valor corrente de um 
fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade. 

Com base nessas definições, devemos distinguir AVP de valor justo da seguinte 

forma: 

AVP: tem como objetivo efetuar o ajuste para demonstrar o valor presente de 

um fluxo de caixa futuro. Esse fluxo de caixa pode estar representado por 
ingressos ou saídas de recursos. Para determinar o valor presente de um fluxo 
de caixa, três informações são requeridas: valor do fluxo futuro, data do 
referido fluxo financeiro e taxa de desconto aplicável. 

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Valor justo: tem como primeiro objetivo demonstrar o valor de mercado de 

determinado ativo ou passivo; na impossibilidade disso, demonstrar o provável 

valor que seria o de mercado por comparação a outros ativos ou passivos que 
tenham valor de mercado; na impossibilidade também dessa alternativa, 

demonstrar o provável valor que seria o de mercado por utilização do ajuste a 
valor presente dos valores estimados futuros de fluxos de caixa vinculados a 
esse ativo ou passivo; finalmente, na impossibilidade dessas alternativas 

todas, demonstrar o valor do item pela utilização de fórmulas econométricas 

reconhecidas pelo mercado. 

Nesta última hipótese o Valor justo seria igual ao valor obtido por AVP. 

1.4 - Calculando Ajuste a Valor Presente no Ativo 

Vejamos um exemplo. 

A entidade efetuou uma venda a prazo no valor de 121, classificada como 

recebível no longo prazo em duas parcelas anuais. O valor da venda à vista 
seria de 100. Nesse caso, temos receita de vendas de 100 e receita financeira 
de 21. Não podemos reconhecer o total como receita de vendas, pois a parte 
referente ao financiamento só vai ser auferida como receita com o passar do 

tempo. Suponha que o cliente resolva antecipar o pagamento, o que 

aconteceria? Você teria que dar um desconto e aí, cadê a receita? Não é 
mesmo? 

Existem duas maneiras de se contabilizar. Vamos aos lançamentos. 

Modo 1, lançando a receita total e jogando os juros para despesa com AVP: 

D Contas a receber longo prazo 

C Receita de vendas 121 

D Despesas com AVP 

C AVP retificadora de contas a receber 21 

Dessa forma, o ativo aumentou em 100, e o resultado aumentou em 100. 

Atenção: a conta de despesa não pode se chamar despesa financeira, tem que 

ser despesa com AVP. E também fiquem atentos a contas de ajuste de 
avaliação patrimonial, que nada têm a ver com esse caso, mas a banca vai 
procurar confundi-los. 

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Modo 2, lançando apenas a receita de vendas, não há despesa envolvida: 

D Contas a receber longo prazo 121 

C Receita de vendas 100 

C AVP retificadora de contas a receber 21 

Também aqui, o ativo aumentou em 100, e o resultado aumentou em 100. 

Essa é a forma clássica e mais adotada de se fazer registro. O funcionamento é 

semelhante ao da conta de juros ativos a transcorrer. 

Nos dois casos, com o passar do tempo, a receita vai sendo apropriada e a 

conta de AVP vai sendo estornada em contrapartida de receita de juros. 

Reconhecimento no primeiro ano: 

D AVP retificadora de contas a receber 

C Receita financeira 11 

1.5 - Calculando Ajuste a Valor Presente no Passivo 

No passivo temos apenas uma forma de reconhecer o evento, e não existe 

contrapartida no resultado. O ativo é reconhecido pelo seu valor à vista e 
diferença fica em uma retificadora do passivo e só vai para o resultado na 
apropriação. O funcionamento é semelhante ao da conta de juros passivos a 
transcorrer. 

Vamos ver um exemplo. 

A sociedade comprou no longo prazo um equipamento por 121. O valor à vista 

seria de 100, então temos 21 de juros na operação. 

Vamos ao lançamento: 

D Equipamento 100 

D AVP retificadora Contas a pagar 21 

C Contas a Pagar PNC 121 

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Qual o fundamento disso? 

Ora, o equipamento que eu comprei na verdade só vale 100, não posso 
registrá-lo por mais do que isso. O restante do que eu paguei deveu-se a 
encargos de financiamento por ter comprado a prazo. 

Reconhecimento das despesas de juros no primeiro ano: 

D Despesas financeiras 

C AVP retificadora Contas a pagar 11 

Meus caros, em alguns casos os valores não serão dados, e teremos que usar 
um pouco de matemática financeira para chegar ao valor presente. No mais 

das vezes, são contas simples. Veremos durante a resolução dos exercícios. 

2 - CPC 46 - Valor Justo - CFC 1428/13 

Objetivos 

definir valor justo; 
estabelecer a mensuração do valor justo 
estabelecer divulgações sobre mensurações do valor justo. 

2.0 - Definição de termos 

Mercado ativo 

Mercado no qual transações para o ativo ou passivo ocorrem com frequência e 

volume suficientes para fornecer informações de precificação de forma 
contínua. 

Notem que essa definição é diferente da que consta, por exemplo, no CPC dos 
intangíveis. 

Abordagem de custo 

Técnica de avaliação que reflete o valor que seria exigido atualmente para 

substituir a capacidade de serviço de um ativo (normalmente referido como o 
custo de substituição ou reposição). 

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Preço de entrada 

Preço pago para adquirir um ativo ou recebido para assumir um passivo em 
uma transação de troca. 

Preço de saída 

Preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para transferir um 
passivo. 

Fluxo de caixa esperado 

Média ponderada por probabilidade (ou seja, a média da distribuição) de 
possíveis fluxos de caixa futuros. 

Valor justo - nova definição 

Preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela 

transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes 

do mercado na data de mensuração. 

Melhor uso 

Uso de um ativo não financeiro por participantes do mercado que maximizaria 
o valor do ativo ou o grupo de ativos e passivos (por exemplo, um negócio) 
dentro do qual o ativo seria utilizado. 

Abordagem de receita 

Técnicas de avaliação que convertem valores futuros (por exemplo, fluxos de 

caixa ou receitas e despesas) em um valor único atual (ou seja, descontado). 

A mensuração do valor justo é determinada com base no valor indicado pelas 

expectativas de mercado atuais em relação a esses valores futuros. 

Informações (inputs) 

Premissas que seriam utilizadas por participantes do mercado ao precificar o 

ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco, como, por exemplo: 

risco inerente a uma técnica de avaliação específica utilizada para 
mensurar o valor justo (por exemplo, um modelo de precificação); e 
risco inerente às informações da técnica de avaliação. 

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Informações podem ser observáveis ou não observáveis. 

Informações de Nível 1 

Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos 
idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração. 

Informações de Nível 2 

Informações que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou 
indiretamente, exceto preços cotados incluídos no Nível 1. 

Informações de Nível 3 

Dados não observáveis para o ativo ou passivo. 

Abordagem de mercado 

Técnica de avaliação que utiliza preços e outras informações relevantes 

geradas por transações de mercado envolvendo ativos, passivos ou grupo de 
ativos e passivos idênticos ou comparáveis (ou seja, similares), como, por 
exemplo, um negócio. 

Informações corroboradas pelo mercado 

Informações que são obtidas principalmente a partir de (ou corroboradas por) 
dados de mercado observáveis por meio de correlação ou por outros meios. 

Participantes do mercado 

Compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) para o 
ativo ou passivo, os quais têm todas as características a seguir: 

são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas, 
conforme definido no Pronunciamento CPC 05, embora o preço em uma 
transação com partes relacionadas possa ser utilizado como informação 

(input) na mensuração do valor justo se a entidade tiver evidência de 
que a transação foi realizada em condições de mercado; 
são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou passivo e da 

transação com a utilização de todas as informações disponíveis, incluindo 

informações que possam ser obtidas por meio de esforços usuais e 
habituais com a devida diligência; 
são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo; 

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estão interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou 
seja, estão motivados, mas não forçados ou, de outro modo, obrigados a 
fazê-lo. 

Mercado mais vantajoso 

Mercado que maximiza o valor que seria recebido para vender o ativo ou que 
minimiza o valor que seria pago para transferir o passivo, após levar em 

consideração os custos de transação e os custos de transporte. 

Risco de descumprimento 

Risco de que a entidade não cumprirá uma obrigação. O risco de 

descumprimento (non-performance) inclui, entre outros, o risco de crédito 
próprio da entidade. 

Dados observáveis 

Informações (inputs) que são desenvolvidas utilizando-se dados de mercado, 

tais como informações disponíveis publicamente sobre eventos ou transações 

reais, e que refletem as premissas que participantes do mercado utilizariam ao 
precificar o ativo ou o passivo. 

Transação não forçada 

Transação que presume exposição ao mercado por um período antes da data 

de mensuração para permitir atividades de marketing que são usuais e 
habituais para transações envolvendo esses ativos ou passivos; não se trata de 
uma transação forçada (por exemplo, liquidação forçada ou venda em situação 
adversa). 

Mercado principal 

Mercado com o maior volume e nível de atividade para o ativo ou passivo. 

Prêmio de risco 

Compensação buscada por participantes do mercado avessos ao risco por 
suportar a incerteza inerente ao fluxo de caixa de um ativo ou passivo. 

Denominada também como "ajuste de risco". 

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Custo de transação 

Custos para vender um ativo ou transferir um passivo no mercado principal (ou 
mais vantajoso) para o ativo ou passivo que sejam diretamente atribuíveis à 

venda do ativo ou à transferência do passivo e que atendam ambos os 

seguintes critérios: 

resultem diretamente da transação e sejam essenciais para ela; 
não teriam sido incorridos pela entidade se a decisão de vender o ativo 
ou de transferir o passivo não tivesse sido tomada (similares aos custos 
para vender, conforme definido no Pronunciamento CPC 31). 

Custos de transporte 

Custos que seriam incorridos para transportar um ativo de seu local atual para 
o seu mercado principal (ou mais vantajoso). 

Unidade de contabilização 

Nível no qual um ativo ou passivo é agregado ou desagregado para fins de 
reconhecimento. 

Dados não observáveis 

Informações em relação às quais não há dados de mercado disponíveis e as 
quais são desenvolvidas utilizando-se as melhores informações disponíveis 
sobre as premissas que seriam utilizadas pelos participantes do mercado ao 
precificar o ativo ou o passivo. 

2.1 - O Valor Justo (fair value) 

O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma 
mensuração específica da entidade. 

Valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não 

uma mensuração específica da entidade. 

Atenção!!! 

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Com ou sem preços observáveis para comparação, o objetivo da 
mensuração do valor justo é sempre estimar o preço pelo qual uma 

transação não forçada para vender o ativo ou para transferir o passivo 

ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração sob condições 
correntes de mercado. 

A definição de valor justo se concentra em ativos e passivos porque eles 
são o objeto primário da mensuração contábil. 

Pessoal, a definição literal de valor justo foi alterada. No fundo, o conceito é o 
mesmo, mas as palavras utilizadas são outras. 

Vamos ficar atentos para essa definição. E mais, temos duas novas 
definições!!! 

Primeira nova definição de valor justo 

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que 
seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não 
forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. 

Mais adiante no CPC, vocês encontrarão uma outra definição para valor justo. 

Segunda nova definição de valor justo (fair value) 

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou 

pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada 
no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas 

condições atuais de mercado (ou seja, um preço de saída), 

independentemente de esse preço ser diretamente observável ou 
estimado utilizando-se outra técnica de avaliação. 

Definição antiga de valor justo (só para comparar) 

Valor justo - é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo 

liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes 

entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da 
transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 

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Valor justo 

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de 

um ativo ou que seria pago pela transferência de um 
passivo em uma transação não forçada entre 
participantes do mercado na data de mensuração. 

Atenção!!! 

Existem ainda os conceitos de valor justo definidos na 6404, que veremos na 

aula seguinte. 

2.2 - Mensuração 

A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em 

particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade deve levar em 

consideração as características do ativo ou passivo que os demais participantes 
do mercado também consideram. Exemplo disso são a condição e a localização 
do ativo e restrições, se houver, para a venda ou o uso do ativo. 

O ativo ou o passivo mensurado ao valor justo pode ser qualquer um dos 
seguintes: 

ativo individual 

passivo individual 
grupo de ativos 
grupo de passivos 
grupo de ativos e passivos (uma unidade geradora de caixa ou um 
negócio). 

A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do 
ativo ou transferência do passivo ocorre: 

no mercado principal para o ativo ou passivo; ou 
na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso. 

A entidade não necessita empreender uma busca exaustiva de todos os 

possíveis mercados. 

Na ausência de evidência em contrário, presume-se que o mercado no qual a 

entidade normalmente realizaria a transação é o mercado mais vantajoso. 

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A entidade deve mensurar o valor justo de um ativo ou passivo utilizando as 

premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou 
o passivo, presumindo-se que os participantes do mercado ajam em seu 
melhor interesse econômico. 

Na mensuração devem ser considerados os seguintes itens: 

o ativo ou passivo; 
o mercado principal (ou mais vantajoso) 
os participantes do mercado com os quais a entidade realizaria uma 

transação 

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela 
transferência de um passivo em uma transação não forçada no mercado 

principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais de 
mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse preço ser 
diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação. 

Os custos de transação não incluem custos de transporte. Se a 
localização for uma característica do ativo (como pode ser o caso para, por 
exemplo, uma commodity), o preço no mercado principal (ou mais vantajoso) 
deve ser ajustado para refletir os custos, se houver, que seriam incorridos para 

transportar o ativo de seu local atual para esse mercado. 

A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro leva em 
consideração a capacidade do participante do mercado de gerar 

benefícios econômicos utilizando o ativo em seu melhor uso possível ou 

vendendo-o a outro participante do mercado que utilizaria o ativo em seu 

melhor uso. 

2.3 - Melhor Uso - (Highest and best use) 

O melhor uso possível de um ativo não financeiro leva em conta o uso do 

ativo que seja fisicamente possível, legalmente permitido e financeiramente 

viável. 

O melhor uso possível é determinado do ponto de vista dos participantes 
do mercado, ainda que a entidade pretenda um uso diferente. 

O melhor uso possível de um ativo não financeiro estabelece a premissa de 
avaliação utilizada para mensurar o valor justo do ativo. 

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O melhor uso possível de um ativo não financeiro pode oferecer o valor 
máximo aos participantes do mercado por meio de seu uso em combinação 
com outros ativos como um grupo (conforme instalados ou, de outro modo, 
configurados para uso) ou em combinação com outros ativos e passivos (por 
exemplo, um negócio). 

O melhor uso possível de um ativo não financeiro poderia fornecer o valor 
máximo para os participantes do mercado de forma individual. Se o melhor 
uso possível do ativo for utilizá-lo de forma individual, o seu valor justo deve 
ser o preço que seria recebido em uma transação atual pela venda do ativo a 
participantes do mercado que o utilizariam de forma individual. 

Atenção!!! 

Melhor uso de ativo não financeiro leva em conta, do 

ponto de vista do mercado, o uso: 

fisicamente possível 

legalmente permitido 

financeiramente viável 

2.4 - Mensuração do passivo 

A mensuração do valor justo presume que um passivo financeiro ou não 
financeiro ou o instrumento patrimonial próprio da entidade (por 
exemplo, participações patrimoniais emitidas como contraprestação em 
combinação de negócios) seja transferido a um participante do mercado na 

data de mensuração, e que: 

o passivo permaneceria em aberto e o cessionário participante do 
mercado ficaria obrigado a satisfazer a obrigação. O passivo não seria 
liquidado com a contraparte nem seria, de outro modo, extinto na data 
de mensuração; 
o instrumento patrimonial próprio da entidade permaneceria em 
aberto e o cessionário participante do mercado assumiria os direitos e 
as responsabilidades a ele associados. O instrumento não seria cancelado 
nem, de outro modo, extinto na data de mensuração. 

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2.5 - Dados observáveis e não observáveis na mensuração de passivo 

A entidade deve maximizar o uso de dados observáveis relevantes e deve 

minimizar o uso de dados não observáveis para atingir o objetivo da 
mensuração do valor justo. 

O objetivo da mensuração é estimar o preço pelo qual uma transação não 

forçada para a transferência do passivo ou instrumento patrimonial ocorreria 

entre participantes do mercado na data de mensuração nas condições 
atuais de mercado. 

Quando um preço cotado para um passivo ou instrumento patrimonial próprio 
da entidade idêntico ou similar não está disponível, e o item idêntico é 
mantido por outra parte como um ativo, a entidade deve mensurar o valor 

justo do ponto de vista de um participante do mercado que detenha o item 

idêntico como ativo na data de mensuração. 

Nesses casos, a entidade deve mensurar o valor justo do passivo ou 
instrumento patrimonial da seguinte forma: 

utilizando o preço cotado em mercado ativo para o item idêntico mantido 
por outra parte como um ativo, se esse preço estiver disponível; 
se esse preço não estiver disponível, utilizando outros dados 
observáveis, tais como o preço cotado em mercado que não seja ativo 
para o item idêntico mantido por outra parte como um ativo; 

se os preços observáveis acima não estiverem disponíveis, utilizando 
outra técnica de avaliação, como, por exemplo abordagem de receita ou 
abordagem de mercado. 

Quando um preço cotado para a transferência de um passivo ou instrumento 
patrimonial próprio da entidade idêntico ou similar não está disponível, e o 
item idêntico não é mantido por outra parte como um ativo, a entidade 
deve mensurar o valor justo do passivo ou instrumento patrimonial utilizando 
uma técnica de avaliação do ponto de vista de um participante do 
mercado que deva o passivo ou tenha exercido o direito sobre o 
patrimônio. 

Por exemplo, ao aplicar a técnica de valor presente, a entidade pode levar 

em conta qualquer dos seguintes parâmetros: 

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as saídas de caixa futuras em que um participante do mercado esperaria 
incorrer ao satisfazer a obrigação, incluindo a compensação que um 
participante do mercado exigiria por assumir a obrigação. 
o valor que um participante do mercado receberia para celebrar ou emitir 
um passivo ou instrumento patrimonial idêntico, utilizando as premissas 
que participantes do mercado utilizariam ao precificar o item idêntico 
(por exemplo, que tenha as mesmas características de crédito) no 
mercado principal (ou mais vantajoso) para a emissão de um passivo ou 
instrumento patrimonial com os mesmos termos contratuais. 

2.6 - Risco de descumprimento 

O valor justo de um passivo reflete o efeito do risco de descumprimento (non-
performance). O risco de descumprimento inclui, entre outros, o risco de 

crédito próprio da entidade. Presume-se que o risco de descumprimento 

seja o mesmo antes e depois da transferência do passivo. 

O valor justo de um passivo reflete o efeito do risco de descumprimento 
com base em sua unidade de contabilização. 

O emitente de um passivo emitido para um instrumento de melhoria de crédito 
de terceiros indissociável que seja contabilizado separadamente do passivo, 
não deve incluir o efeito da melhoria de crédito (por exemplo, garantia de 
dívida de terceiro) na mensuração do valor justo do passivo. Se a melhoria de 
crédito for contabilizada separadamente do passivo, o emitente deve levar 
em conta sua própria situação de crédito, e não a do terceiro avalista, 
ao mensurar o valor justo do passivo. 

2.7 - Restrição que impede a transferência 

Ao mensurar o valor justo de um passivo ou de um instrumento patrimonial 

próprio, a entidade não deve incluir uma informação separada ou um 
ajuste a outras informações relativas à existência de restrição que impeça a 

transferência do item. 

Por exemplo, na data da transação, tanto o credor quanto o avalista aceitaram 

o preço da transação para o passivo com pleno conhecimento de que a 
obrigação inclui uma restrição que impede a sua transferência. Como resultado 
da inclusão da restrição no preço da transação, não se exige uma informação 

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separada ou um ajuste a uma informação existente na data da transação para 
refletir o efeito da restrição sobre a transferência. 

2.8 - Passivo financeiro com elemento à vista 

O valor justo de um passivo financeiro com elemento à vista (por exemplo, 
depósito à vista) não é menor que o valor a pagar à vista, descontado 
desde a primeira data em que o pagamento desse valor poderia ser exigido. 

2.9 - Exceção na aplicação 

A entidade que detém um grupo de ativos financeiros e passivos financeiros 

está exposta a risco de mercado e a risco de crédito de cada uma das 
contrapartes. Se a entidade gerencia esse grupo de ativos financeiros e 
passivos financeiros com base em sua exposição líquida a risco de mercado ou 
a risco de crédito, ela pode aplicar uma exceção a este Pronunciamento 
para a mensuração do valor justo. 

Essa exceção permite que a entidade mensure o valor justo de um grupo de 

ativos financeiros e passivos financeiros com base no preço que seria 
recebido pela venda de posição comprada líquida (ou seja, um ativo) 
para uma específica exposição a risco ou pago pela transferência de posição 
vendida líquida (ou seja, um passivo) para uma específica exposição a risco 
em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de 
mensuração nas condições de mercado atuais. Consequentemente, a entidade 
deve mensurar o valor justo do grupo de ativos financeiros e passivos 

financeiros consistentemente com a forma pela qual os participantes do 

mercado precificariam a exposição a risco líquida na data de 
mensuração. 

2.10 - Técnicas de avaliação 

A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que sejam apropriadas nas 

circunstâncias e para as quais haja dados suficientes disponíveis para 
mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados observáveis relevantes e 
minimizando o uso de dados não observáveis. 

Três técnicas de avaliação amplamente utilizadas são: 

abordagem de mercado 
abordagem de custo 
abordagem de receita 

w w w . p o n t o d o s c o n c u r s o s . c o m . b r |  P r o f e s s o r  M a r c e l o  S e c o 21 

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Em alguns casos, uma única técnica de avaliação é apropriada (por exemplo, 

ao avaliar um ativo ou um passivo utilizando preços cotados em mercado ativo 
para ativos ou passivos idênticos). Em outros casos, múltiplas técnicas de 
avaliação são apropriadas (esse pode ser o caso, por exemplo, ao avaliar uma 
unidade geradora de caixa). Se múltiplas técnicas de avaliação forem 
utilizadas para mensurar o valor justo, os resultados (ou seja, as respectivas 
indicações do valor justo) serão avaliados considerando-se a razoabilidade da 

faixa de valores por eles indicada. A mensuração do valor justo é o ponto 
dentro dessa faixa que melhor represente o valor justo nas 

circunstâncias. 

Se o preço da transação for o valor justo no reconhecimento inicial, e uma 

técnica de avaliação que utilizar dados não observáveis for utilizada para 

mensurar o valor justo em períodos subsequentes, a técnica de avaliação deve 
ser calibrada de modo que, no reconhecimento inicial, o resultado da técnica 
de avaliação seja igual ao preço da transação. 

Revisões decorrentes de mudança na técnica de avaliação ou em sua aplicação 

devem ser contabilizadas como mudança na estimativa contábil 

2.11 - Informações (inputs) 

Princípios gerais 

As técnicas de avaliação utilizadas para mensurar o valor justo devem 

maximizar o uso de dados observáveis relevantes e minimizar o uso de 

dados não observáveis. 

A entidade deve selecionar informações que sejam consistentes com as 
características do ativo ou passivo, as quais seriam levadas em conta por 

participantes do mercado em transação com o ativo ou passivo. 

Informações baseadas em preços de compra e de venda 

Este Pronunciamento não impede o uso de precificação média de 
mercado ou outras convenções de precificação que sejam utilizadas por 
participantes do mercado como expediente prático para mensurações do valor 

justo dentro do spread entre os preços de compra e de venda. 

w w w . p o n t o d o s c o n c u r s o s . c o m . b r | Professor Marcelo Seco 

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Hierarquia de valor justo 

Para aumentar a consistência e a comparabilidade nas mensurações do valor 

justo e nas divulgações correspondentes, este Pronunciamento estabelece uma 

hierarquia de valor justo que classifica em três níveis as informações aplicadas 
nas técnicas de avaliação utilizadas na mensuração do valor justo. 

A hierarquia de valor justo dá a mais alta prioridade a preços cotados (não 

ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos (informações 
de Nível 1) e a mais baixa prioridade a dados não observáveis 
(informações de Nível 3). 

Informações de Nível 1 

Informações de Nível 1 são preços cotados (não ajustados) em mercados 
ativos para ativos ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na 
data de mensuração. 

Informações de Nível 2 

Informações de Nível 2 são informações que são observáveis para o ativo 
ou passivo, seja direta ou indiretamente, exceto preços cotados incluídos no 

Nível 1. 

Se o ativo ou o passivo tiver prazo determinado (contratual), a informação de 

Nível 2 deve ser observável substancialmente pelo prazo integral do ativo ou 
passivo. 

Informações de Nível 3 

Informações de Nível 3 são dados não observáveis para o ativo ou passivo. 

Dados não observáveis devem ser utilizados para mensurar o valor justo na 
medida em que dados observáveis relevantes não estejam disponíveis, 

admitindo assim situações em que há pouca ou nenhuma atividade de mercado 

para o ativo ou passivo na data de mensuração. 

Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo permanece o mesmo, ou 
seja, um preço de saída na data de mensuração do ponto de vista de um 
participante do mercado que detém o ativo ou deve o passivo. Portanto, dados 
não observáveis refletem as premissas que os participantes do mercado 
utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco. 

w w w . p o n t o d o s c o n c u r s o s . c o m . b r | Professor Marcelo Seco 23 

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Premissas sobre risco incluem o risco inerente a uma técnica de 
avaliação específica utilizada para mensurar o valor justo (como, por exemplo, 
um modelo de precificação) e o risco inerente às informações utilizadas na 

técnica de avaliação. Uma mensuração que não incluísse um ajuste para 

refletir o risco não representaria uma mensuração do valor justo se, ao 
precificar o ativo ou o passivo, os participantes do mercado incluíssem um 

ajuste. Por exemplo, pode ser necessário incluir ajuste de risco quando houver 

incerteza significativa na mensuração.Por exemplo, quando tiver havido 
diminuição significativa no volume ou nível de atividade em comparação à 
atividade normal do mercado para o ativo ou passivo, ou para ativos ou 
passivos similares, e a entidade tiver determinado que o preço da transação ou 
o preço cotado não representa o valor justo. 

2.12 - Divulgação 

A entidade deve divulgar informações que auxiliem os usuários de suas 

demonstrações contábeis a avaliar ambas as seguintes opções: 

para ativos e passivos que sejam mensurados ao valor justo de forma 
recorrente ou não recorrente no balanço patrimonial após o 
reconhecimento inicial, as técnicas de avaliação e informações utilizadas 
para desenvolver essas mensurações; 
para mensurações do valor justo recorrentes que utilizem dados não 
observáveis significativos (Nível 3), o efeito das mensurações sobre o 
resultado do período ou outros resultados abrangentes para o período. 

A entidade deve considerar todos os itens seguintes: 

o nível de detalhamento necessário para atender aos requisitos de 
divulgação; 
quanta ênfase se deve dar a cada um dos diversos requisitos; 
quanta agregação ou desagregação se deve efetuar; e 
se os usuários de demonstrações contábeis necessitam de informações 
adicionais para avaliar as informações quantitativas divulgadas. 

A entidade deve divulgar informações detalhadas para cada classe de 

ativos e passivos mensurados ao valor no balanço patrimonial após o 
reconhecimento inicial. 

w w w . p o n t o d o s c o n c u r s o s . c o m . b r | Professor Marcelo Seco 24 

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A entidade deve determinar classes apropriadas de ativos e passivos com base 

no seguinte: 

natureza, características e riscos do ativo ou passivo; e 
nível da hierarquia de valor justo no qual a mensuração do valor justo 

está classificada. 

O número de classes pode precisar ser maior para mensurações do 

valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma vez 

que essas mensurações têm grau maior de incerteza e subjetividade. 

Uma classe de ativos e passivos frequentemente exige uma desagregação 
maior que as rubricas apresentadas no balanço patrimonial. Contudo, a 

entidade deve fornecer informações suficientes para permitir a conciliação com 
as rubricas apresentadas no balanço patrimonial. 

Muito bem! Tivemos bastante teoria hoje, mas foi preciso, pois são 

conhecimentos indispensáveis. Espero que a aula tenha sido produtiva. 

Agora, vamos exercitar! 

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Exercícios Resolvidos 

Pessoal, quase não temos questões da Esaf versando diretamente sobre 

esses assuntos, vamos nos valer de questões de outras bancas e, no caso do 
CPC 46, que é muito novo, utilizaremos questões elaboradas por este 

Professor. Na próxima aula mataremos as saudades da Esaf. Para quem pulou 

a parte inicial e está vindo direto para as questões, repito que dividi o assunto 
em duas aulas, uma mais teórica (esta) e a outra com mais aspectos práticos. 

1 - Esaf 2010 CVM - Assinale a opção que não corresponde à verdade. 

Entre as definições contidas nas resoluções do Conselho Federal de 
Contabilidade para o correto reconhecimento e mensuração de estoques 

encontramos a seguinte: 
a) Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos 

negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos 
estimados necessários para se concretizar a venda. 
b) Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo 
liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes 

entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da 
transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 
c) O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera 

realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. 
d) O valor justo reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado 

entre compradores e vendedores conhecedores e dispostos a isso. 
e) O valor justo é um valor específico para a entidade, ao passo que o valor 

realizável líquido não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode 
não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a 
respectiva venda. 

Muito bem, como podem ver, a questão é de 2010, mas versa sobre valor 

justo. Mesmo com a alteração da definição literal, os conceitos das letras B e D 

continuam válidos. Os conceitos de valor realizável líquido também se 
encontram corretos. 
O problema está na letra E, que está incorreta e é o nosso gabarito. 
O valor justo não é específico para a entidade, ele é um valor para o mercado. 
O valor realizável líquido, esse sim, é específico para a entidade. 

Por isso, o valor justo dos estoques pode não ser (e normalmente não é) 

equivalente ao valor realizável líquido deduzido dos gastos necessários para a 

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Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios - Aula 03 

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respectiva venda. 

Gaba: E 

2 - CESPE - 2013 - ANP - A legislação societária estabelece que as 
obrigações classificadas no passivo não circulante devem ser apresentadas no 
balanço patrimonial pelo seu valor presente, desde que o efeito desse ajuste 
seja relevante. 

CPC e 6404 

Ativo e Passivo de longo prazo serão sempre ajustados 

a valor presente. Os de curto prazo, somente quando 

houver efeito relevante. 

Atenção!!! 

Gaba: E 

3 - CESPE - 2013 - ANP - O saldo positivo apresentado na conta ajustes de 
avaliação patrimonial, do patrimônio líquido, decorrente da avaliação a valor 

justo dos títulos classificados na categoria disponíveis para venda, é um item 

que deve ser apresentado, pelas companhias abertas, na demonstração de 
resultado abrangente do período. 

Opa! Bonita questão. Vamos adiantar um pouquinho dos conhecimentos, 

falando de DRA e avaliação de investimentos, para termos uma ideia de como 
se utiliza o valor justo. 

Aparentemente está tudo certo. Títulos disponíveis para a venda têm os seus 
valores ajustados a valor justo e a contrapartida vai para ajustes de avaliação 

patrimonial (AAP) no PL. Perfeito até aqui, como veremos na aula seguinte. 

Mas e na hora do resultado? Esse valor da correção vai para a DRA? Vai! Mas é 

o saldo da conta de AAP que vai para a DRA! NÃO!!! Não é o saldo da conta 
que vai para a DRA, é apenas o valor das variações ocorridas no período em 
questão. O saldo da conta de AAP (positivo ou negativo) representa o valor 

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acumulado e ainda não apropriado de vários exercícios. Se o levássemos para 
o resultado, poderíamos ter duplicidade de valores. 

Nas palavras do CPC 26, que estudaremos em aula futura: 

Por exemplo, o ganho realizado na alienação de ativo financeiro disponível 
para venda é reconhecido no resultado quando de sua baixa. Esse ganho pode 

ter sido reconhecido como ganho não realizado nos outros resultados 

abrangentes do período corrente ou de períodos anteriores. Dessa forma, os 
ganhos não realizados devem ser deduzidos dos outros resultados abrangentes 
no período em que os ganhos realizados são reconhecidos no resultado líquido 
do período, evitando que esse mesmo ganho seja reconhecido em duplicidade. 

Gaba: E 

4 - CESPE - 2011 - FUB - As contas a receber devem ser avaliadas pelo valor 
dos títulos que as compõe menos as devidas estimativas de perdas prováveis 

na realização. 

CPC e 6404 

Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão 
ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante. 

As contas a receber serão avaliadas por AVP. 

Fique claro que isso não descarta a provisão de EPCLD (Expectativa de perdas 

com clientes de liquidação duvidosa), mas isso nada tem a ver com a 
avaliação. 

Gaba: E 

5- CESPE - 2010 - ABIN - O critério para avaliação de elementos do passivo 
não circulante - obrigações, encargos e riscos - é o método de ajuste ao valor 
presente, apenas se houver efeito relevante no resultado. 

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CPC e 6404 

Ativo e Passivo de longo prazo serão sempre ajustados 

a valor presente. Os de curto prazo, somente quando 

houver efeito relevante. 

Atenção!!! 

PNC sempre será reajustado. 

Gaba: E 

6 - CESPE - 2010 - ABIN - A determinação do custo inicial do direito de uso 
de uma propriedade, para investimento obtido por meio de um arrendamento 

financeiro, deve ser feita pelo menor entre o valor justo do direito de uso sobre 
a propriedade e o valor dos pagamentos mínimos do arrendamento. 

Arrendamento financeiro é reconhecido no imobilizado. O reconhecimento 

inicial é pelo custo de aquisição, trazido a valor presente. Depois do 
reconhecimento inicial, os imobilizados serão avaliados pelo custo de aquisição 
deduzido da depreciação, amortização ou exaustão acumuladas, conforme o 

caso, ou por teste de recuperabilidade. 

Gaba: E 

7 - CESPE - 2010 - MPU - Alvo de constantes críticas, o custo histórico como 
base de valor sofreu alterações com a aprovação da Lei n.° 11.638/2007. 

Segundo a própria CESPE: 

'Refletindo a discussão em torno da questão da avaliação dos itens 

patrimoniais, recentes alterações na Lei n.° 6.404/1976 introduziram o 

conceito de valor justo de itens do ativo, conceito que possui aplicações 
variadas, dependendo do ativo que se quer avaliar" 

Gaba: C 

8 - CESPE - 2010 - Banco da Amazônia - Acerca dos reflexos da inflação no 
patrimônio das empresas, julgue o item a seguir. 

A correção monetária das demonstrações contábeis foi criada para recompor o 

poder de compra dos ativos das organizações e foi adotada com eficiência ao 

w w w . p o n t o d o s c o n c u r s o s . c o m . b r |  P r o f e s s o r  M a r c e l o  S e c o 29 

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longo e vários anos. Ao se adotar o método da correção monetária integral, as 

contas patrimoniais monetárias figuram no balanço pelos valores atualizados 

pelo indexador médio do período de apuração. 

Errado. A correção monetária é apenas um aspecto do Princípio do Registro 
pelo Valor Original. Não existe norma determinando correção monetária 
integral. Os itens patrimoniais são avaliados e têm o seu valor corrigido pelas 

diversas maneiras que estamos estudando nesta aula. 

Gaba: E 

9 - FCC Infraero 2011 - Uma empresa varejista de utilidades domésticas, 
organizada na forma de sociedade por ações, efetuou, na mesma data, várias 

vendas com prazo de recebimento de 30 dias no valor total de R$ 

1.264.725,00. Sabe-se que: 

I. O valor das vendas é relevante no balanço patrimonial da companhia. 
II. A taxa de juros ajustada para o risco da carteira de clientes é de 5% ao 
mês. 

Em consequência, observando o disposto no Pronunciamento Técnico do CPC 

12, a Companhia deverá registrar, nessa data, em sua escrituração contábil, 

um ajuste a valor presente: 

A) positivo, no valor de R$ 60.225,00. 

B) negativo, no valor de R$ 60.225,00. 

C) positivo, no valor de R$ 60.000,00. 

D) de nenhum valor, porque esses ajustes somente são aplicados a operações 

de longo prazo. 

E) negativo, no valor de R$ 60.000,00. 

Vamos lá! 

O valor pago, com juros embutidos é de 1 264 725,00. 

Embora seja circulante, foi informado que o valor é relevante, então temos que 

aplicar o AVP. 

Taxa de juros 5% 

Período 1 mês 

VP = 1 264 725 / 1,05 = 1 204 500 
Juros = 60 225 

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Lançamento: 

D Contas a receber curto prazo 1 264 725 

C Receita de vendas 1 204 500 
C AVP retificadora de contas a receber 60 225 

Logo, o AVP é negativo. Está diminuindo o valor do ativo. 

Gaba: B 

10 - FCC Sabesp 2012 - A Cia. Água Ardente, em 31/12/2010, realizou uma 

venda de seus produtos no valor de R$ 500.000, para ser recebida em 

31/01/2012. Se a venda tivesse sido feita à vista, seu valor seria de R$ 

475.000 (valor presente). De acordo com as normas vigentes e considerando o 
ciclo operacional de 90 dias, a Cia. Água Ardente teve que reconhecer, no 

momento da venda, receita de vendas de, em reais: 

A) 500.000. 

B) 475.000. 

C) 475.000 e receita financeira de 25.000. 

D) 500.000 e despesa financeira de 25.000. 
E) 475.000 e ajuste de avaliação patrimonial de 25.000. 

Muito bem! 

A receita de vendas foi de 475 000. Mas houve receita financeira no momento 

da venda? Não! A receita financeira só será reconhecida e apropriada com o 
decorrer do tempo, com o pagamento. 

Lançamento: 

D Contas a receber longo prazo 500 000 

C Receita de vendas 475 000 
C AVP retificadora de contas a receber 25 000 

No reconhecimento da receita: 

D AVP retificadora de contas a receber 

C Receita financeira 25 000 

Gaba: B 

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Com base no CPC 46, que define valor justo e estabelece a forma de 
sua mensuração, julgue os itens a seguir: 

11 - Professor 2013 - Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser 

negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras 
do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que 
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação 

compulsória. 

Errado! A definição de valor justo mudou. Embora traga o mesmo conceito, a 
literalidade é outra. Vamos a ela: 

Valor justo 

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de 

um ativo ou que seria pago pela transferência de um 
passivo em uma transação não forçada entre 
participantes do mercado na data de mensuração. 

Atenção!!! 

Gaba: E 

12 - Professor 2013 - Uma transação forçada presume a exposição ao 

mercado por um período antes da data de mensuração para permitir atividades 
de marketing que são usuais e habituais para transações envolvendo esses 
ativos ou passivos. 

Errado! Essa é a definição de transação não forçada. 

Transação não forçada 

Transação que presume exposição ao mercado por um período antes da data 

de mensuração para permitir atividades de marketing que são usuais e 
habituais para transações envolvendo esses ativos ou passivos. 

Transação forçada é, por exemplo, liquidação forçada ou venda em situação 

adversa. 

Gaba: E 

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13 - Professor 2013 - A entidade que tem obrigação futura de entregar, no 
Porto de Santos, uma carga de soja produzida no Mato Grosso, não deve 

incluir na avaliação a valor justo os custos do transporte, pois esses custos 
serão tratados como custos de transação. 

Errado! 

Os custos de transação não incluem custos de transporte. Se a 
localização for uma característica do ativo (como pode ser o caso para, por 
exemplo, uma commodity), o preço no mercado principal (ou mais vantajoso) 

deve ser ajustado para refletir os custos, se houver, que seriam incorridos 

para transportar o ativo de seu local atual para esse mercado. 

Gaba: E 

14 - Professor 2013 - O melhor uso de um ativo não financeiro por 

participantes do mercado é o uso que maximizaria o valor do ativo ou o grupo 
de ativos e passivos (por exemplo, um negócio) dentro do qual o ativo seria 
utilizado. Em razão disso, os aspectos financeiros não devem ser considerados 
ao se estabelecer o melhor uso de um ativo ou grupo de ativos. 

Errado! 

Vamos ver: 

Melhor Uso - (Highest and best use) 

O melhor uso possível de um ativo não financeiro leva em conta o uso do 
ativo que seja fisicamente possível, legalmente permitido e financeiramente 
viável. 

Gaba: E 

15 - Professor 2013 - As informações utilizadas por participantes do 

mercado ao precificar o ativo ou o passivo, informações estas que podem ser 

classificadas em observáveis ou não observáveis, incluem premissas sobre 

risco. 

Correto! 

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Informações (inputs) 

Premissas que seriam utilizadas por participantes do mercado ao precificar o 

ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco, como, por exemplo: 

risco inerente a uma técnica de avaliação específica utilizada para 
mensurar o valor justo (por exemplo, um modelo de precificação); e 
risco inerente às informações da técnica de avaliação. 

Informações podem ser observáveis ou não observáveis, e são divididas em 
níveis. 
Informações de Nível 1 

Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos 
idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração. 

Informações de Nível 2 
Informações que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou 
indiretamente, exceto preços cotados incluídos no Nível 1. 
Informações de Nível 3 

Dados não observáveis para o ativo ou passivo. 

Gaba: C 

16 - Professor 2013 - A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou 

passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade não 
deve levar em consideração as características do ativo ou passivo que os 
demais participantes do mercado consideram. 

Errado! 

A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em 

particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade deve levar em 

consideração as características do ativo ou passivo que os demais 

participantes do mercado também consideram. Exemplo disso são a 

condição e a localização do ativo e restrições, se houver, para a venda ou o 

uso do ativo. 

O ativo ou o passivo mensurado ao valor justo pode ser qualquer um dos 
seguintes: 

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ativo individual 
passivo individual 
grupo de ativos 
grupo de passivos 
grupo de ativos e passivos (uma unidade geradora de caixa ou um 
negócio). 

Gaba: E 

17 - Professor 2013 - Compradores e vendedores do mercado principal (ou 

mais vantajoso) para o ativo ou passivo não precisam entender sobre os ativos 
e passivos. Apenas se requer que tenham entendimento razoável da transação 

e das informações disponíveis. 

Errado! 

Vamos ver: 

Compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) para o 
ativo ou passivo devem ter todas as características a seguir: 

são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas, 
conforme definido no Pronunciamento CPC 05, embora o preço em uma 

transação com partes relacionadas possa ser utilizado como informação 

(input) na mensuração do valor justo se a entidade tiver evidência de 
que a transação foi realizada em condições de mercado; 

são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou 

passivo e da transação com a utilização de todas as informações 
disponíveis, incluindo informações que possam ser obtidas por meio de 

esforços usuais e habituais com a devida diligência; 
são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo; 
estão interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou 
seja, estão motivados, mas não forçados ou, de outro modo, obrigados a 
fazê-lo. 

Gaba: E 

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18 - Professor 2013 - A entidade não necessita empreender uma busca 

exaustiva de todos os possíveis mercados. Na ausência de evidência em 
contrário, presume-se que o mercado no qual a entidade normalmente 

realizaria a transação é o mercado mais vantajoso. 

Certo! É o que diz o CPC 

Mensuração 

A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do 

ativo ou transferência do passivo ocorre: 

no mercado principal para o ativo ou passivo; ou 
na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso. 

A entidade não necessita empreender uma busca exaustiva de todos os 

possíveis mercados. 
Na ausência de evidência em contrário, presume-se que o mercado no qual a 
entidade normalmente realizaria a transação é o mercado mais vantajoso. 

A entidade deve mensurar o valor justo de um ativo ou passivo utilizando as 

premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou 
o passivo, presumindo-se que os participantes do mercado ajam em seu 
melhor interesse econômico. 

Gaba: C 

1 9 - Professor 2013 - O objetivo da mensuração é estimar o preço pelo qual 

uma transação não forçada para a transferência do passivo ou instrumento 
patrimonial ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração 
nas condições atuais de mercado. Na busca por essa mensuração a valor justo, 
a entidade pode usar igualmente dados observáveis e não observáveis. 

Errado. O começo está perfeito, mas temos um errinho no final. Vamos ver. 

Dados observáveis e não observáveis na mensuração de passivo 

A entidade deve maximizar o uso de dados observáveis relevantes e deve 

minimizar o uso de dados não observáveis para atingir o objetivo da 
mensuração do valor justo. 

O objetivo da mensuração é estimar o preço pelo qual uma transação não 

forçada para a transferência do passivo ou instrumento patrimonial ocorreria 

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entre participantes do mercado na data de mensuração nas condições 
atuais de mercado. 

A utilização de dados não observáveis deve ser minimizada. 

Gaba: E 

20 - Professor 2013 - A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que 
sejam apropriadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes 
disponíveis para mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados 
observáveis relevantes e minimizando o uso de dados não observáveis. 

Certo! 

Técnicas de avaliação 
A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que sejam apropriadas nas 
circunstâncias e para as quais haja dados suficientes disponíveis para 

mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados observáveis relevantes e 
minimizando o uso de dados não observáveis. 

Três técnicas de avaliação amplamente utilizadas são: 

abordagem de mercado 
abordagem de custo 
abordagem de receita 

Gaba: C 

21 - Professor 2013 - Para aumentar a consistência e a comparabilidade nas 
mensurações do valor justo e nas divulgações correspondentes, foi 

estabelecida uma hierarquia de valor justo que classifica em três níveis as 

informações aplicadas nas técnicas de avaliação utilizadas na mensuração do 

valor justo. 

Certo!.Vamos ver do que se trata. 

Hierarquia de valor justo 
Para aumentar a consistência e a comparabilidade nas mensurações do valor 

justo e nas divulgações correspondentes, o CPC 46 estabelece uma hierarquia 

de valor justo que classifica em três níveis as informações aplicadas nas 

técnicas de avaliação utilizadas na mensuração do valor justo. 

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A hierarquia de valor justo dá a mais alta prioridade a preços cotados (não 

ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos (Nível 1) e a 
mais baixa prioridade a dados não observáveis (Nível 3). 
Informações de Nível 1 
São preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou 
passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração. 
Informações de Nível 2 
São informações que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta 
ou indiretamente, exceto preços cotados incluídos no Nível 1. 
Se o ativo ou o passivo tiver prazo determinado (contratual), a informação de 

Nível 2 deve ser observável substancialmente pelo prazo integral do ativo ou 
passivo. 

Informações de Nível 3 
São dados não observáveis para o ativo ou passivo. 

Dados não observáveis devem ser utilizados para mensurar o valor justo na 
medida em que dados observáveis relevantes não estejam disponíveis, 

admitindo assim situações em que há pouca ou nenhuma atividade de mercado 
para o ativo ou passivo na data de mensuração. 

Gaba: C 

22 - Professor 2013 - O emitente de um passivo emitido para um 
instrumento de melhoria de crédito de terceiros indissociável que seja 

contabilizado separadamente do passivo, não deve incluir o efeito da melhoria 
de crédito (por exemplo, garantia de dívida de terceiro) na mensuração do 
valor justo do passivo. Se a melhoria de crédito for contabilizada 
separadamente do passivo, o emitente deve não levar em conta sua própria 
situação de crédito, e sim a do terceiro avalista, ao mensurar o valor justo do 

passivo. 

Errado. Mesmo na situação de crédito garantido, a situação que deve ser 
levada em conta é a da entidade devedora. Vamos ver. 

Risco de descumprimento 

O valor justo de um passivo reflete o efeito do risco de descumprimento (non-
performance). O risco de descumprimento inclui, entre outros, o risco de 

crédito próprio da entidade. Presume-se que o risco de descumprimento 

seja o mesmo antes e depois da transferência do passivo. 

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O valor justo de um passivo reflete o efeito do risco de descumprimento 
com base em sua unidade de contabilização. 

O emitente de um passivo emitido para um instrumento de melhoria de crédito 
de terceiros indissociável que seja contabilizado separadamente do passivo, 
não deve incluir o efeito da melhoria de crédito (por exemplo, garantia de 
dívida de terceiro) na mensuração do valor justo do passivo. Se a melhoria de 
crédito for contabilizada separadamente do passivo, o emitente deve levar 
em conta sua própria situação de crédito, e não a do terceiro avalista, 
ao mensurar o valor justo do passivo. 

Gaba: E 

Continuarei em busca de questões recentes sobre esse CPC. Se encontrarem 
algo, por gentileza, podem enviar que eu comento para vocês. 

Até a próxima. 

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Lista das Questões Apresentadas 

1 - Esaf 2010 CVM - Assinale a opção que não corresponde à verdade. 
Entre as definições contidas nas resoluções do Conselho Federal de 

Contabilidade para o correto reconhecimento e mensuração de estoques 
encontramos a seguinte: 
a) Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos 
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos 
estimados necessários para se concretizar a venda. 
b) Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo 
liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes 
entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da 

transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 
c) O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera 

realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. 
d) O valor justo reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado 

entre compradores e vendedores conhecedores e dispostos a isso. 
e) O valor justo é um valor específico para a entidade, ao passo que o valor 

realizável líquido não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode 
não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a 
respectiva venda. 

2 - CESPE - 2013 - ANP - A legislação societária estabelece que as 
obrigações classificadas no passivo não circulante devem ser apresentadas no 
balanço patrimonial pelo seu valor presente, desde que o efeito desse ajuste 
seja relevante. 

3 - CESPE - 2013 - ANP - O saldo positivo apresentado na conta ajustes de 
avaliação patrimonial, do patrimônio líquido, decorrente da avaliação a valor 

justo dos títulos classificados na categoria disponíveis para venda, é um item 

que deve ser apresentado, pelas companhias abertas, na demonstração de 
resultado abrangente do período. 

4 - CESPE - 2011 - FUB - As contas a receber devem ser avaliadas pelo valor 
dos títulos que as compõe menos as devidas estimativas de perdas prováveis 

na realização. 

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5- CESPE - 2010 - ABIN - O critério para avaliação de elementos do passivo 
não circulante - obrigações, encargos e riscos - é o método de ajuste ao valor 
presente, apenas se houver efeito relevante no resultado. 

6 - CESPE - 2010 - ABIN - A determinação do custo inicial do direito de uso 
de uma propriedade, para investimento obtido por meio de um arrendamento 

financeiro, deve ser feita pelo menor entre o valor justo do direito de uso sobre 

a propriedade e o valor dos pagamentos mínimos do arrendamento. 

7 - CESPE - 2010 - MPU - Alvo de constantes críticas, o custo histórico como 
base de valor sofreu alterações com a aprovação da Lei n.° 11.638/2007. 

8 - CESPE - 2010 - Banco da Amazônia - Acerca dos reflexos da inflação no 

patrimônio das empresas, julgue o item a seguir. 

9 - FCC Infraero 2011 - Uma empresa varejista de utilidades domésticas, 
organizada na forma de sociedade por ações, efetuou, na mesma data, várias 
vendas com prazo de recebimento de 30 dias no valor total de R$ 

1.264.725,00. Sabe-se que: 

I. O valor das vendas é relevante no balanço patrimonial da companhia. 
II. A taxa de juros ajustada para o risco da carteira de clientes é de 5% ao 
mês. 

Em consequência, observando o disposto no Pronunciamento Técnico do CPC 
12, a Companhia deverá registrar, nessa data, em sua escrituração contábil, 
um ajuste a valor presente: 

A) positivo, no valor de R$ 60.225,00. 

B) negativo, no valor de R$ 60.225,00. 

C) positivo, no valor de R$ 60.000,00. 

D) de nenhum valor, porque esses ajustes somente são aplicados a operações 

de longo prazo. 
E) negativo, no valor de R$ 60.000,00. 

10 - FCC Sabesp 2012 - A Cia. Água Ardente, em 31/12/2010, realizou uma 

venda de seus produtos no valor de R$ 500.000, para ser recebida em 

31/01/2012. Se a venda tivesse sido feita à vista, seu valor seria de R$ 

475.000 (valor presente). De acordo com as normas vigentes e considerando o 
ciclo operacional de 90 dias, a Cia. Água Ardente teve que reconhecer, no 

momento da venda, receita de vendas de, em reais: 

A) 500.000. 

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B) 475.000. 

C) 475.000 e receita financeira de 25.000. 

D) 500.000 e despesa financeira de 25.000. 
E) 475.000 e ajuste de avaliação patrimonial de 25.000. 

Com base no CPC 46, que define valor justo e estabelece a forma de 
sua mensuração, julgue os itens a seguir: 

11 - Professor 2013 - Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser 

negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras 
do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que 
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação 

compulsória. 

12 - Professor 2013 - Uma transação forçada presume a exposição ao 

mercado por um período antes da data de mensuração para permitir atividades 
de marketing que são usuais e habituais para transações envolvendo esses 

ativos ou passivos. 

13 - Professor 2013 - A entidade que tem obrigação futura de entregar, no 
Porto de Santos, uma carga de soja produzida no Mato Grosso, não deve 

incluir na avaliação a valor justo os custos do transporte, pois esses custos 
serão tratados como custos de transação. 

14 - Professor 2013 - O melhor uso de um ativo não financeiro por 

participantes do mercado é o uso que maximizaria o valor do ativo ou o grupo 
de ativos e passivos (por exemplo, um negócio) dentro do qual o ativo seria 
utilizado. Em razão disso, os aspectos financeiros não devem ser considerados 

ao se estabelecer o melhor uso de um ativo ou grupo de ativos. 

15 - Professor 2013 - As informações utilizadas por participantes do 

mercado ao precificar o ativo ou o passivo, informações estas que podem ser 

classificadas em observáveis ou não observáveis, incluem premissas sobre 

risco. 

16 - Professor 2013 - A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou 

passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade não 
deve levar em consideração as características do ativo ou passivo que os 
demais participantes do mercado consideram. 

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17 - Professor 2013 - Compradores e vendedores do mercado principal (ou 

mais vantajoso) para o ativo ou passivo não precisam entender sobre os ativos 
e passivos. Apenas se requer que tenham entendimento razoável da transação 

e das informações disponíveis. 

18 - Professor 2013 - A entidade não necessita empreender uma busca 

exaustiva de todos os possíveis mercados. Na ausência de evidência em 
contrário, presume-se que o mercado no qual a entidade normalmente 
realizaria a transação é o mercado mais vantajoso. 

1 9 - Professor 2013 - O objetivo da mensuração é estimar o preço pelo qual 

uma transação não forçada para a transferência do passivo ou instrumento 
patrimonial ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração 
nas condições atuais de mercado. Na busca por essa mensuração a valor justo, 

a entidade pode usar igualmente dados observáveis e não observáveis. 

20 - Professor 2013 - A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que 

sejam apropriadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes 
disponíveis para mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados 
observáveis relevantes e minimizando o uso de dados não observáveis. 

21 - Professor 2013 - Para aumentar a consistência e a comparabilidade nas 
mensurações do valor justo e nas divulgações correspondentes, foi 

estabelecida uma hierarquia de valor justo que classifica em três níveis as 

informações aplicadas nas técnicas de avaliação utilizadas na mensuração do 

valor justo. 

22 - Professor 2013 - O emitente de um passivo emitido para um 
instrumento de melhoria de crédito de terceiros indissociável que seja 

contabilizado separadamente do passivo, não deve incluir o efeito da melhoria 
de crédito (por exemplo, garantia de dívida de terceiro) na mensuração do 
valor justo do passivo. Se a melhoria de crédito for contabilizada 
separadamente do passivo, o emitente deve não levar em conta sua própria 
situação de crédito, e sim a do terceiro avalista, ao mensurar o valor justo do 

passivo. 

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Gabarito 

1 E 

6 E 

11 E 

16 E 

21 C 

26 

31 

36 

41 

46 

2 E 

7 C 

12 E 

17 E 

22 E 

27 

32 

37 

42 

47 

3 E 

8 E 

13 E 

18 C 

23 

28 

33 

38 

43 

48 

4 E 

9 B 

14 E 

19 E 

24 

29 

34 

39 

44 

49 

5 E 

10 B 

15 C 

20 C 

25 

30 

35 

40 

45 

50 

11 

16 

21 

26 

31 

36 

41 

46 

12 

17 

22 

27 

32 

37 

42 

47 

13 

18 

23 

28 

33 

38 

43 

48 

14 

19 

24 

29 

34 

39 

44 

49 

10 

15 

20 

25 

30 

35 

40 

45 

50 

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