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Fragmentos de um diário inexistente - VII

O poder da palavra

De todas as poderosas armas de destruição que o homem foi capaz de inventar, a mais terrível - e a mais covarde - é a palavra.

Punhais e armas de fogo deixam vestígios de sangue. Bombas abalam edifícios e ruas. Venenos terminam sendo detectados.

Mas a palavra destruidora consegue despertar o Mal sem deixar pistas. Crianças são condicionadas durante anos pelos pais, artistas são impiedosamente criticados, mulheres são sistematicamente massacradas por comentários de seus maridos, fiéis são mantidos longe da religião por aqueles que se julgam capazes de interpretar a voz de Deus.

Procure ver se você está utilizando esta arma. Procure ver se estão utilizando esta arma em você. E não permita nenhuma destas duas coisas.

Apolo e Daphne

O deus Apolo persegue a ninfa Daphne pelo bosque. Está apaixonado por ela, mas Daphne - sempre cortejada por todos - não aguenta mais o seu próprio brilho, e pede ajuda aos deuses, dizendo:

“ Destroi esta beleza que nunca me deixa em paz”

Os deuses escutam o apelo de Daphne e a transformam numa árvore, o loureiro. Apolo não consegue mais encontra-la, pois agora ela é apenas uma parte da vegetração.

Daphne agiu de uma maneira que todos nós conhecemos bem: muitas vezes matamos nossos talentos, porque não sabemos o que fazer com eles.

É mais confortável a mediocridade de ser apenas “mais um”, do que a luta para mostrar tudo aquilo do que somos capazes de fazer com os dons que Deus nos deu.

Não há dois caminhos iguais

Em um dos seus raros escritos, o sábio sufi Hafik comenta a busca espiritual.

"Aceite com sabedoria o fato de que o Caminho está cheio de contradições. O Caminho muitas vezes nega-se a si mesmo, para estimular o viajante a descobrir o que existe além da próxima curva.

" Se dois companheiros de jornada estão seguindo o mesmo método, isto significa que um deles está na pista falsa. Porque não há fórmulas para se atingir a verdade do Caminho, e cada um precisa correr os riscos de seus próprios passos.

"Só os ignorantes procuram imitar o comportamento dos outros. Os homens inteligentes não perdem seu tempo com isto, e desenvolvem suas habilidades pessoais; sabem que não existem duas folhas iguais numa floresta de cem mil árvores. Não existem duas viagens iguais no mesmo Caminho"

Dona Baratinha e a moeda

Uma velha estória infantil nos fala de D. Baratinha - que encontrou uma moeda ao varrer sua casa. Depois de ficar muito tempo na janela, escolhendo o pretendente adequado aos seus medos e anseios, terminou casando-se com João Ratão. Como todos sabemos, João Ratão caiu na panela do feijão.

Muitas vezes em nossas vidas, encontramos uma moeda que nos é dada pelo destino, e achamos que este é o único tesouro de nossas vidas. Terminamos por valoriza-lo tanto, que o destino - o mesmo que nos entregou esta moeda - se encarrega de toma-la de volta.

Quem tem muito medo de escolher, sempre escolhe errado.

Paulo Coelho

Oh Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós. Amém



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