Rkj do Jonołro — Sogunda-folm, 17 do ócrcmbro do IWO
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JORNAL DO BRASIL
Dolar
Cr$
■ Paralelo
stndrea Assrf
1M2 13.12 14.12
/Ortlo a**CO C*nv*! 9 An&ms
Mercado %
Or«r......................... |
3.90 •0.29 0.84 3^8 -3.40 «1 |
DOUr....................- | |
Ouro....................... | |
BTNrtscol.......... | |
I8V..........-........... | |
tt>ovospa------- Ooclloędot na aamana p | |
Inflaęao | |
FIPE/IPC |
% |
Agosto........................ |
11.83 |
Solombro----------- |
13.13 |
Outubro...................... |
15,83 |
MobWibro............ |
18.56 |
Acumulodo/tno.......... |
1.398.85 |
Em 12 moses............. |
2.175.50 |
DIEESE/ICV |
% |
Agoato__________
Setembro.....—
Oulubro--------
Novombro.—. Acumulado/ano. Em 12 mosc*
13.83 13,74 16.90 16.01
1.586.00
2.354.00
Com a liquidaęio da Embrafilme, o cinema nacional pcrdeu o guarda-chuva quc durantc muitos anos o protestu do mau tempo prosocado por bribeterias fracas e insuccssos d-ncmalograficoi Agora dc comeęa a andar com as próprus pcmas c sc dcp.ua com um campo mina do-, de um lado Talia interesie da iniciativa prirada cm inwlir no setor; do ou-tro, ha ausćncia dc credibilidadc nas produęócs nacionais. Por alguns mo-mentos o cincma ftcou muao. Mas. aqui e ali, despontam moiuncntaęócs na arca.
Nessc primeiro ano rós-Embrafil-mc. coca dc sos novos Ulmcs — a um custo mćdio dc USS 300 mil cada — foram fcitos e pngos das mais varia-das formas: asscoaęao com a emprt-sa dntribuidoo, utilizaęio de tteur-sos próprios do produtor c atć sistemas coopentivot Tudo i sio para tentar cncrcnar uma miquina en-fenujada pola falta dc uso.ja qoc nio
Ferreira (E) acha que faltou ao cincma a presenęa dc homens dc negócios, c Marcondcs aposta nas associaęócs
IBGE/1PC
Agosto------------
Acumulodo/cno Em 12 mesea •....
IBGE/IRVF
Aooato------------
Solembro..-™..
Outubro........—.
Novembro---------
Acumulado/ano.
Ouro
%
12.03
12.76
14,20
15.58 1.501.72 2359.45
%
10.58 12.85 13.71
16.84 100.98
no.jaauc
era preciso rccorrcr ao mercado sc fazer um filme no Brasil.
Dos filmcs quc estio saindo do forno estc ano. pclo menos don fazom parte da catcgoria dc filmes-evemo. voltados para o publico juve-nil. cocn sucesso carantido: Sortim dc Yerdo, com Sćrtpo Mallandro e Pa-quitas. produzido peta Drcammion, quc entra cm cartaz no dia 21 deste mes. e Xuxa c oi Traprthies e o Se-gredo de Robin II'ood, da Renato Aragio Produęócs. que estreou rc-ccntcmcntc. As duas produtoras en-conlraram o mesmo caminho para a viabilizoęao dos filmes: co-produędo com distribuidores.
Son/roi de Yerdo faturou dc bilbe-teria algo cm toroo dc USS 6 milMes, para um invcstimcnlo dc USS I mi-Ihao e 100 mil. o que significa um bom rcsultado no mercado braalciro. Mas. alćm desse filio dos filmes vol-tados ao publico infanto-juvcnil, sio
para
poucas as produęócs quc cncontram mvestidorcs ou o interesse dc distri-buidoras.
“O cincma no Brasil nao se deseń-voI\«u porouc foi feilo apenas por cineauas. nao por produtores c nomem de negócto, como no rcslo do mundo”, analisa Paulo Cezar Ferrci-ra. da ptodutora Cininuest. Setundo cle, o cinema e um cegócio ae alto risco, que durantc muito tempo lcvc um “mau produtor gowrnamentar. Outra difteukłade da industria e eon-seguir quc um filme sc pague c renda o suficicntc para. pclo menos, cobrir os gastos. “No meu caso, dos ouatro filmes quc produzi de 88 a 90. nc-nhura gerou lucro suficiente para cobrir os custos". lamenta.
Com a iKjuidaęao da Embrafilme, logo no iniao do gosemo Collor, a cstatal desatisou oito filiais c um cs-critóóo etn Brasilia. Cerca de 61 eon-tratos de finandamento e co-produ-(do ja foram rescindidos e ha na lista das rccisócs outros 121. Ainda faltam 460 filmes. Dc acordo com tecnicos
do governo. a csistencia da Embrafil-mc acabou infiacionando o mercado. Assim. os filmes cram apresentados a cstatal com um custo mćdio de USS 332 mil. enquanto o mamo tipo de filme, sc apróscnlado a miciatn-a pri-vada, poderia sair por USS 100 mil.
Essa andlise do govcrno ć contcs-tada pdos cincastas. “Nao e uma quatao dc inllacionar o mercado e sim dc optar por uma produęao com o minimo de qualidadc. Ate porque urna produęao cincmatografica de USS 300 m:l ć irrisória. perto dos filma amcncanos. que sacm por USS 20 milhó«“. diz Sćrgio Rczcr.dc, da Morena Produęócs. que esta traba-Ihando junto com Mariza Leao cm yirios projetos dncmatograficos para o próximo ano.
Segundo elc. nta analise do go-semo e muito simplista. “Nao sc pode colocar todos do setor num mesmo babio c dizer que mamavamos nas tetas do govcmo. A Morena Pił-m«. por excmplo. nio tem nenhum dćbito coo a Embrafilme. Alias, fo-
mos prejudicados cocn a intemipęao do filme Doida demais, com Vcra Faber c Paulo Betti. De acordo com ck, o filme foi assistido por 750 mil pes-soas enlre outubro de I9S9 e janciro deste ano. quando tevc que sair dc cartaz justamente porquc era distri-buido pda Embrafilme.
Devido ao pouco inlcresse dos m-Ycstidores no mercado dc cinema, as mobilizaęócs acabaram surgindo no próprio setor. Um c.xemp!o disso ć a relomada do grupo Scvcriano Ribci-ro na produęio e distribuięio dc fil-m«. ó grupo. quc ja foi o maior produtor dc fihncs do pais nos aureos Icmpos das chandiadus da Atlanlica, na oćcada de 50, firmou um consór-cio com Marco Aurelio Marcondcs (ex-Arl Films e ex-Embrafilmc) para rcalizar o projcto."Quercmos come-ęar a distnbuięóo ainda atc ano. o quc sera o prar.ciro passo para a produęio". explica Marconda.
Novas salaa — Enlre OS filma distribuidos pclo grupo «tio Strłi-rtia. dc Miguel Fanas. e Dias Mciiw-
res Virdo. dc Caca Diccues. Para mhar a e\pansao d;is areas de o grupo mais 40 saias no anos. "Em 1991 vamos iniciar as produęócs com oręamcntos modestos, cmtomodcCrS25millłócs. Masesó o comcęo", garantc Marcondcs. quc possui 30% do consórcio. O grupo Scieriano Ribciro. com 70% da asso-ciaęlo, vai atuar cm conjunto com produtores cdiretores.
Qucm tambem esta apostando nesse noso filio e a Andima (Asso-ciaęio Nacional das Instituięócs do Mercado A berto). que aiou a Bolsa de Cincma para inerementar a ativi-dade via iniciativa privada. A idćia e fazer com quc um prpjcto cincmato-grafico. a semelhanęu dc um lanęa-mento dc aęócs. possa ir ao mercado para caplaęao dc rccursos. alrasćs aas instituięóes financciras reponsa-veis peta colocuęao primaria das co-tas junto aos imrestidores. Os deten-lores das cotas dc uma produęao poderiam vcndć-las litrremcnlc.
acompan
atuaęao. o grupo pretende consiruir nos prónimos cinco
Cr*
2050.00
Salario Minimo
Sotembro..—........Cr* 6 056.31
Outubro................Cr$ 6 425.14
Novombro____________OS 8.329.55
Oezombro----------OS 8 836.82
Caderneta
No ano pauado. nen Estados Uni-dos. a industria dc oudioróual — que engloha o cincma. o home rkico c a TV a cabo — faturou cerca de USS 30 btlbdcs. De acordo córa Stcve Solc*. »icc-pro»-denic para America Lauru da Motion Pictum Exporl Awodaiion — auocu-ędo des dntnbtudores amcncanos de cincma como Pararaouct. Columbia-Pic-tum. UnivcrsaL Orion e oiflros —. a produęao dc filmes do grupo aumentou 30% nos ultinx» tres anos. passa odo dc llópora 151 porano.
"O pcincipal problrma do mercado amcncino i que, dos 472 filmes produzi-doi no ano. apenat 6% geraram USS 20 rmlhdes. Iiso e muito ruim. >a que uma produę-Jo nos EUA sai em raedia por USS 23 milhócs", comcnu SoIol Scpin-do dc. paises como o Brasil — 10* lugar no ranimg dos paises coasumidores de filmes amcncanos — sio muito impor-unlcs para rccupcrar o cumo das produęócs. Na optniło do ex«utivo. o desejo da comissio que elabora a nova Icgjsh-ęio para o cincma naciooal. de ncabar com a copugera ohriguória dos filmes csirangeiros. ć ewcknic. “E preciso ternu nar com a resena dc mercado no w-lor". diz o sice-prcsidenle da Motioo. Rcaęao — Os dneasias brasileirot
........... SflUwnhro |
13 41% |
iuo gostartm nem um pouco ócstt roc-d>da quc esta sendo cstudida peb comis-sao. ,łS6 e.\hicm oo Bod dois Uborotó- |
Outubro. |
............ 14,28% | |
17 |
nos dc copugem dc filmes: Lider c Curl | |
iiuvaiiH/iu>..... |
-............ XCY% |
Alei Sc clc$ acaba rem nós terem os que copinr do&sos fikncs ta Arecntitw. Isso t um abtitfdo", <fcr Mtriii Lcio, da Morena Produc^cs. Para o dncMU Roberto Farias. quc foi presidente do Consdho Naciooal dc Cincma (Coocioc). o pcind-pal problcma ć a remesu dc locros dos distnbuidorcs intemncionais "O filme curangciro c subsidiado no Brasil. Agora que oio havcri mais ura |
BTN |
• | |
Sotombro....... |
........ Cr$ 59.0576 | |
Outubro........ |
...... Cr$ 68.6485 | |
Novembro— Dezembro |
------Cr$ 75.7837 ........ CrS 86.3941 | |
BTN Fiscal c* fU/!9 AOOlAO |
controdc serj uma fcv.a para a remessi licgal dc divisasM. diz Farm. O Imposto dc Renda cobndo dos distribuidores baisoo dc 40% pin 25% cm 1970. “Nos ultimos 20 anos. o gosemo cedeu as empresa* diMribuidoras estrangeiras | |
05/12........... |
89 6382 | |
06/12 |
90.2668 | |
07/12 |
908998 |
quasc 40% do imposto cobndo antc- |
10/12.............. |
91 5372 |
nocDcnte . “Eks preferem compmr « dircitos dc ciplonwdo no Brasil dc 20 ou 30 |
11/12.............. |
92.1791 | |
12/12............. |
92 8256 |
filmes csiranpriro*. dos ąuais des ficarao com loda a b>lhdcm. sem davidir com |
13/12.............. |
93 4765 | |
14/12.............. |
94 1320 |
o produtor roooiui , anausa. a khu-ęło. segundo ck. seria uma aliquou quc cqmfabnssc a compctiędo do filme cv |
17/12........... |
94 7921 | |
tnngeiro com o naoooal. alćm da co- | ||
IBV |
(em pontos) |
brańęa dc 40% dc IR sobrt 100% da rrmessa. |
10*48
FGTS
A^OStO ..... Sotembro Outubro Novombfo
10.85%
13.13%
13,99%
16.93%
Nłlton Dtućlro
JofHy: sc o Estado nao atrapalhar, o cincma evohn
Nem todos os cincastas apos- ęio do órgło tenha sido felta de Uram na rttnęio do setor roaoclra tlo melaocółica. Alćm ciataatogrłflco para o ano dc disso, test muita gente que fol
1990. .UgiuK, apesar dc todas as dificuMada. optarara por partir para a prodoęio dc fibms crisndo nom nuatiras de getir rccursos.
Um bom esemplo dŁiso iod-neasta Josć Joffly, qoc acaba dc twminar o fibne polldal Sampa-ko — o ołbo da ambięóo. Esse filme castou USS 250 mil e foi
fmandado pclos próprios partlci- oiaęio de nosos projetos siascis pantes do elenco e da produęio.
prcjudicada do ido aos contratos ji firmados ate com produtoras estrangekas", diz ek.
Quem tambćm esti com as mlos na massa para colocar no forno nom prodoęóes ć a Morena Filmes, dc Mariza Leio e Sćr-glo RescBde. Nos ultimos sete mes« eks Insestiram somente na
‘Nós dhldimos o custo on 10 cotas, com porcentagens raria-das. Entraram os trfcs sóclos da produęio, a Coesos FOmes, a Sa-gres Home Vidco e a prodotora franccsa D.W.D, alćm dos atores prindpils, Pafrida Pillar, Feflpe Camargo e Sćrgio Brito, e pes-soas da «julpe tćcnica”, conta Jofll). Na oplnlio dełe, o firn da Embrafilme foi oma ótimi sołu-ęio para a qoestio do patcnalh-no.
Ele entende qee pora o cinema nacional eioluir basta o Estado
econoroleamentc. “Tlscraos que reeąuackmar os custos para »ia-Hlnr as produęócs", coota Sćr-glo Rtsende. Atualmcntc eks es-tio com dols roteiros prontos.
Sun acctćncia o candidalo, com Ludnha Lins e Renato Borg-hi, Cliodio Mambtrti c lara Jan-ra ć um dos filmes que teie parti-clpaęio da Morena Filmes no rołciro. Produzido por Ricardo Pinto e Sflsa e por Kaito Jon-queira, o filme, que cmtou USS 600 mil. foi totatmentc bancado por cle*. "Estaaos apostando na eioluęio do cinema no Brasil1',
nio atrapalhar, połs o próprio se- disse Piąto e SU™. Segnndo cle,
tor tem eoodlęóes de se aoto-fi- existe um mercado potendal i
oandar. “Só lamento que a extin- apera de bons produtos.
Apesar de loda a crise gerada no mereado cincmatografico. hi aquelcs que continuara fazendo accknta negócios. E o caso da Art-Films que ati issociadi i Renato Aragio Produęóa e i Dreams-ision (que faz os filma da Xuxa). De acordo com o diretor Ugo Sorrcntino. a Art. quc łem 30 anos dc atisidada ro Brasil c comcęou disiri-buindo filma curopcus, ati apostaodo cada scz mais no filio do fihnc-csenlo. yoltado para o publico infanto-juvcml. “Hoje somos a empresa quc mais pro-duz no pais e jł estamos córa sos proje-tos para o ano quc vcm“. exulta Sorren-lino.
Lar/ęado nas fćrias de junho. Lua de cristol, estrelido por Xuu, ja rendcu mais de USS 6 milbóa só com a venda de ingrasos, para um filme dc USS 1 milhio. No pófcimo mes. ek atrtia na Argentina. Mńko. Venczueła. Giik e Porto Rico. dijtribuido pda Columbia Pktura. sócia da Art-Films no Brasil. E tambem a Art qoe co-produz O mis-lino dc Hobin Wood. coen Xuu c os Trapalhóes, qoe entra em ca rur cm dezembro. Dc acordo com os cikulos dc Sorrenlino. o mercado para cada um dasa filma e de sete milbóes de espee-Udora.
Aluando no tripć produęio. distri-
buięao e exibięao. a Art-Films. que p«-sui 84 salas tiibidoras. sendo 31 do Rio ao Nortc do pais e o rato era Sio Paulo, cm associaęło com a empresa S«L continua a lodo vapor cm moo lis dificuldada cnconlradas pclo setor. Sorrcntino capika a razao: "Nosadap-Umos a noia realidade de mercado. Qucm ficou ancorado na visio dos anos 60 de fazer cincma acabou defasado. O alto custo do insestimento cincmato-grifico nos obriga a olhar para um retórno mais ripido, quc hoje só i pos-sivel com os filmes-evcntos“.
A produtora Drcamvision tambćm parte para o mamo caminho. “Esta-raos muito ativos pois nunca dependc-mos da Embrafilme”. diz David Son-nenschcio, um dos sóóos da empresa. Esic ano. a Drcami ision foi a produto-ra de Ijia de Crisicd c de Sadku de Yerdo — nos don casos com participa-ęao da Art e da Columbia.
Para 91 serao initstidos USS 2.5 railhóa na produęio de quatro filma: Inipelor Foundo c Malbiuiro — com Fausto Silni e Sćrgio Mahndro. Xnio-:inbo e Xonró, A ura e o Gaitcho da Ftcmieiro c um outro ainda sem tituSo córa Xuxa e um ator meiicano. Cste ultimo seri lanęado tambćm no mcrca-do latino-americano e nos Estados Uni-dos.
Mon
Sorrcntino: Art-Films ć a empresa quc mais produz
SEU PATR1MÓNIO MERECE OS MOVIMENTOS DE UM Y1RTUOSE.
O Boflco do CIłonlt
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ofctciido pclo Mofiircalbar.k
lofocmacóo comumci c fice» sobcc o indamcnio dc *cui ncn6ck»
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