RBurgente
F E S I I V A I.
Rock e samba, mil promessas de luz
Comeęar o ano com a frasc dc Vinfctus dc Mora i* 4 scmprc bom c esperanęoso. Nestc verio certamcnte *'havtri no c4u mil promessas dc luz**. Confraterruzaędo dc credo*, pes-soas. corrcntes musicais. Terminado o Rock In Rio. comeęa o carnaval In Rio.
Imaglncm o quc rolari dc energia, orgia e provavelmente perigosat comunhócs Certa-menlt acontecer* o cncontro fntimo entre mubtas c lourot. negros e ruivas. Scr.\o ines-gotivcis as entrevistas c reportagen* "com o* gringo*, ton to* com tanio requcbrado e batu-que. Mtsctgenaęlo. adverre-mc Chko Ba tera -na v4spcra do seu embarque para a Africa - 4 scmprc imporumce. Vamos polulr a* cores
lom Jobim. chegudo a urn retiro. confcssa-me que esse jogo 4 pengoso at4 em v Id cole i pc. Seri o memon(vel cncontro entre os tambores c a turmą que 4 “sdcia da Lieht". o pcssoal cktrificado Reccbo telefonem* Fag-ner. li da longfnqua Foru.eza e dc promelc amecipar seu regresso ao Rio para nio pen! er - o finał que seja - a cha mada festa do arromba.
Enquanto tudo isso ocorrc. Tinhorio engor* da *ua tłleera. Nio 4 necessino. grandę imagi-naęio para quc a gentc confirmc a frasr que o poetinha engastou na mdsica dc Carlinhos Lyra: “hi no c4u mil promessas de !uz*\ Naturalmente.S. Fedro nio estari de piantio Out ras iguas. certamcnte rolardo
Ncsse tempo, a coluna fica mdsico-socłal. Elba Ramalho rcccbeu a mie de presentc natalłno. Vek> dc Camplna Grandę. E foi homenageada na Ptataforma. • lvi Uns continua en%alando - estddlo* da Barra -para seu encontro com Georgc Benson no Rock In Rk>. Seri memorivel. • Ao contririo do que fol tnformado. Rita Lee nio pintou os cabclos Perucou-o. No Fcstival estari cenourinha com cert cza. • Qucm. łndlfe-ren te aos festejos. parte para seu segundo LP para a PolyGrom i Jorry Adrian!. # Os irmios Bosco. JoSo c Tunay fora m passar a mudanęa dc ano na terra Natal: a mincira ctdade dc Fontc Nova Terra do queridio Jasi Cunha. • Imi ra-diofOnka: Josi Carlos Ara ii jo e Kkber Lei te nunca estiseram nu ma boa. O Garotlnho entrou pra Globo, o Klebcr ji csid rumando para a Tu-pi. • Nahim fecha uma boite em S. Paulo e di fcstanca para seus milsi-cos. coJegas e auxiltares. Belo gęsto, belo gęsto. • Ti płntando uma dupla nova. Ful provocado por Erasmo Carlos c aceltei o desafio. O Tremcndio. pek> Jeito, di uma pausa na renovacio. • William Morris, aos maiores agtncias norie-
Caetano Veloso ja rumou para Salvador, onde
passara o róveillon. Marina tern planos mais ambiciosos: em janeiro se manda para Nova lorque. Foge do rock.
americanas. contratou o* servięos da cantora Perlą. Invcstidas na irca latina? • Ainda nio esti pronto o Espcclal de Gal Costa. Maurkc Caposil-la pretende enxertar al-gumas externa%. O bolo
esti pronto. Esti faltan-do confełt4-k>. • Simone fecha o ano abrindo as portas para seu antigo guru. • Fagner faJou de For ule za uma hora com Zlco. O Galinho, por4m. flcou por aqui.
Me prometeram at^ |
x__________ |
um emprego de gente! |
/Om MiOisrtRid) |
Jd pensou |
vou A ViPA- |
almoęar e jantar semanalmente? | |
Ouemsabe | |
sofrer um pouco menos |
fej _ |
ah, vou dar um show! |
/JI |
talvez participar | |
do que sobrou... | |
Calar mas a conrite | |
nao a imperio! | |
E me levar | |
(se me levarem) | |
a sdrio... |
Hf 1 Jlf |
Ser testemunha ocular de alauma esoeranca |
JL |
nao só de crime... |
A/OCC APA\XO^flP^/SAB£pS>. |
jogar ou só torcer |
^FOROUTKO? |
mas ter um time! |
( a T£.u AnFfmpo) 1 j \JA SAgg?^/\QuŁSAB£!j |
Sim! Em 85 |
JfT'—7 |
nao vou morrer | |
vou sonhar com afinco! |
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“Nao sel o que atnbuir meu sucesso nesse show de Aguas Lind as. Eu continuo fazendo muska musical". Joio Gilberto, para seu amlgo e parceiro Jo&o Donato. Ano: 1983.
Miele, dcpoK de uma via-m entre a Europa e Estados nidos: “Gustei Coda minha parte em shows e musical*. Agora tenho certeza. Ells Regina esta entre as dez maiores cantora* brancas do mundo”. Ano: 1983.
E
Ladr&o assalta a si mesmo, reage e da um tiro na cabeęa...
85 nao vai ser difrcil. Quem viver, vera!
Fontesmilitares declaram: aconteęaoque acontecer, nao vai
acontecer nada...
Jornilia
• "Nossa mic. o que 4 aqueie / veatłdo naquete pręgo? i Minhas fUhas. i o vcstido / de uma dona que pa sio u Passou quando. nona mie? / Era nossa conheck&a? / Minhas filhas. boca presa Vosso pa i ev4ro chcgando** (Carlos Drummond de Andrade em A Rosa do Powo.cd. Record).
EDUARDO
MASCARENHAS
Tern gentc que nio acaba mais quc susplru aliviada quando ter-minam as chamadas festas do firn de ano. Realnienie o fato do Natal calr uma semanu antes do 31 de dezembro i mcia-noit** 4 uma •*dVBfdose" de cmoęfog. Sd mesmo nervos de aęo e coraęóes dc pedra podcm pa star ilesos a dias tio densos e intenso* dc signlfl-caęlo £ emoęio demais para ser digcridu em tempo de meno* E tomc dc ressaca. indigestio c em-panturmmento. Nio mc refiro aos exccssos fisteos. Rcfiro-mc aos cxccssos psfquicos aos quals ningu4m conscgue cscapar.
E cngraęuda a menie humana. Ela * capa/, de digerir quasc tudo Pordm requer uma condiqio: que
Ihe sc|a dado tempo para diges tio. £ como aquelr caipira ao qual foi perguniado m capa/ de comcr um boi Desa-pressadamente respondeu: *£ claro quc sou. £ só me dar um ano. De churrasco em churrasco eu chego 14”.
Como a cada firn de ano somos quase obrigados a comcr um "boT em somente uma semana. fłcamos cxpostos As rcstacas. in-digestóes c empanturramentos pslqulcos. Os sintomas sio: vul-nerabilidade cmocional. turbu-lincias intertores. ansiedade*. agonia* e tristezas. tudo ccrcado por um clima dc aoreensio e irritabilidade. £ uma prcguli;ada« nada. sinal de exausiio c desejo de recolhimento e repotno
Nio bastassem esses sintomas gerais quc ocorrcm sempre quc estamos vivendo sobrccargas ainda cxtstem os sintomas espe-clficos quc corrrm por conta do stgnifkado de cada uma dessas festas
Semana pussada cKrevi sobrc o Natal. abordando as emot^es. agonia*, tristezas e alcgnas nata-linas O Natal. acima de tudo, d um«i festa da familia. Kecvoca nosso passado fumilur. com loda* nossas alcgrias e tristezas de memnu. akm de nosso
presente e futuro conjugal. Nou-tras palavras. o Natal ^ tempo de balanęo da qualidadc doi % Bk »■ los que ntabelecemos com aque łes que nos sio mais prdximov £ tempo de avalia<;io do a mor quc damo* e reerbemos Nio do amor
pObłtco. soctal. abstrato. unlver-sal. quase impessoal. mas do amor mais fntimo. concreto e pcrsonallzado que existc
Nesse sen lido. o Natal i o oposto do carnaval As emoędes carnavalescas nio dizem respeito ao nossos a mores permanentes e cotidianos. Dizem respeito aos encontros e desencontros doi pierrfo. artequins c colombfnas quc cada um traz dentro de si O carnaval(assim. conta i.ossas realizaęócs e frustraęóes dos se-c ret os sonhos de amor que todos sonhamoi. Os encontros e desencontros cnamorados. o* na moro* bem e malsucedidos Ocamaval portanto 4 tempo de balanęo da nossa capaodade de despertar n^agia e sedu^io.
Ji a festa da passagem do ano 4 uma festa hfbrida. Cont4m todos os elementos do Natal e tam-b4m do camaval. NAo 4 i toa quc tanta gente cumpre sempre um mesmo ntual At4 a meia-notte passa com a familia para. em seguKia, afogar as migoas sam-bando pelas ruas e pclos salóes. em cadćncia de folia
Mas a passagem de ano 4 mais complexa ainda. AI4m de contcr emoi^es natalinas e camavales-cas. contćm cmoęóes mais ampUs ainda. Na reaUdade 4 tempo de balanęo. Mas sd do balanęo fami-liar e dos a mores cnamorados. £ balanęo geral que inclui todos os aspectos de nossa vida. Tudo o que fomos c deixamo* de ser. Tudo quc rcalizamos c nio eon-scguimos rcaltzar. desdc o passa-do mas ling»nquo ao presentc mais i media to. E agrega-ie a tudo isso as esperanęas e npreen-sóes de um novo ano que se maugura. Scri nosso futuro mats .i u spici oso do que o passado?
Sem dilvidii. intensas reflexócs. Nio 4 i toa que tanta gente vive com apreensio um momento tio denso e concentrado de cmoęóe* Finalmente a passagem do ano 4 a 4pocą da confratemizaęio universal. Evoca assim nossa qualidadc de relacionamcnto com o mundo £ uma festa que nos avalia (anto no piano privado quanto no piano pOblico Dcftcilmente hi comemoraęio comumtirta mais compkxa do queessa
A rlegincta do presldentr dos Es lado* Unśdoa, Ronald Reagan. MMr# causou curioaldade aos jornaMius. Afl-nml mesmo drpolt de kx»*as vlagena. o Paladmo da Amdrica dnembarcaya do avlio prtsidrockl ftmpe<avelfnenle m tldo. Um foidgrafo da UPI consegulu deswndar e»tr mbUrk. Quindo em vlagem. Reagaa troca as yftacadat calca* do terno por um jogging bem eon-fortirel. Fale pequeno macete fol reve-Udo ao mundo no dla • de abriL E mesmo tendo moiłvo para comenUrlot loco*o* de um. ełe nio se tmportoo. poi* sempre deu tudo peta ekglncla.
O furaedo Tornado tambćm aprontou das suas em 84. Na Ca roli na do Sul, por eiemplo, matou, em 28 de maio, cerca de 74 pensoas. Para se ter uma idłia de sua cioUncta, basta reparar no tamanho das tri* drcores que ele arrancou, aUm de ter destruido esta casa. Especificamente al, ndo houie cltimas. Mas muitos ainda ndo gostam de se lembrar delt.
A campanha prrstdencial amencana ocupou grandę cspaęo na Imprrnsa mundial. Logo, mw Estados Vnidos, foi o assunto do ano. Esta foto foi tirada em 8 de outubro, Dia da Hispanidade, data reserrada pelo Gooer• no do Estado de Nova lorque ós minor i as que morom em sua capital. Ló estiveram, alim do gouernador, o anfitrido. os candida-tos derrotados Walter Mondatc e Geraldine Ferraro. Animado e ainda confiante numa utóna. Mondale ensaia a Ig uns passinhos de danęa. enquanto Geraldine mostra-se desa-/eitada e Mano Cuomo, o governador, parę-ce gostar da nova atwidade.
O desarmamento foi tema que durou todo o ano. Acusaędcs se fizeram de Mfte a parte De um lado. Ronald Reagan. Dc outro. Yun Andropov. inl-cialmentc. e Konstantin Chemenko. depots. trocaram acusaęóes Quando essas acusaędes nio eram fcitas pelos respectivos presidentes. ficavam a cargo de seus ministros das relaęóes exte-riores. Andrei Gromyko c George Shultz. A foto foi tłmda durante a Assembkia Geral da ONU. cm sessio do dm 9 de setembro. Gromyko. como sempre. fez duras acusaędes aos Estados Unldos. cujo secretirio de Estado. pelas feięóes. parece nfto ter gostado nada do que ouviu.
As ytagem do Papa Jolo Psuk II nio csu-sam mais a mesms scassęlo das anterlo-rta. Aflnal. Karol Wojtyła 4. aegurwnen-tt. o chefe da Igreja oue mais veze* deUou Roma. De suaa ytogens em M. a que mata co-mentlrlot provo<ou fol ao Canodi. quando o auceoaor de Sio Fedro conversou com aa llderancat Indfgenat. As na<dei łndtgena* se ytrmm. do dla para a nofte. fotografadai em todo o mundo. E nio era para meno*. Nio 4 todo dla qoe o branco deUa o tnóSo aparecer mato do que tle.