242 CARLOS TEIXEIRA
das restantes extremidades e que por isso era conhecido pelo
vinte e cinco.
O numero de casos portugueses de heptadactilia fica, pois, com o caso que juntamos hoje, elevado a sete.
O caso presente, que 6 diferente de todos os oułros, 6 o primeiro caso portugues, conhecido, de heptadactilia das quatro extremidades, sendo mais notdvel ainda, porque, alćm disso, a anomalia ć familia).
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Pelo Sr. Dr. Nicolau Gonęalves, meu antigo professor e mćdico ilustre do Hospita! de S. Marcos, de Braga, foi operada, hd tempos, Inocfencia P. M., de dezoito anos, natural de urna fre-
guesia próxima daquela ci-dade, que era heptaddctila dos pćs e das mdos (fig. 1).
Por gentil deferćncia da-quele distinto opcrador, pude obter as respectivas radio-grafias e algumas informa-ęóes de sumo interesse para o estudo da curiosa e pouco vulgar anomalia.
Examinemos as radio-grafias (Est. I):
Os ossos do carpo e do tarso sflo normais; nflo en-contro neles deformaęOes no-ldveis. Pordm nos restantes hd alteraęóes profundas.
Na mdo esquerda en-contramos o quinto metacdrpico com urn prolongamento no bordo cubital, dirigida para fora em angulo recto, vestfgio, talvez, de um outro metacdrpico, córa o qual se articula ura dedo supranume-
rie. 2
rdrio com duas falanges.
No polegar hd duas falangetas articuladas com a falangę normal, existindo, pordm, urna s<5 unha.
Sfio notfivelmente desenvolvidos os ossos sesamoideos.
Na rafio dircita hd tambćm, nascido fi altura da base da primeira falangę, um post--minimo com duas falanges, menos desenvolvidas, no enianto, que as do dedo simćtrico da mfio esquerda e sem conexfio com os restantes ossos. No polegar, hd, do mesmo modo, duas falangetas, articuladas com uma falangę normal e com uma s<5 unha, sendo os sesamoideos identicamente bem desenvo!vidos. 0 polegar direito, parece ser em desenvolvimento um pouco superior ao esquerdo.
Numa fotografia das mfios da Inoc&ncia obtida ap<5s a ope-raęfio notam-se ainda os polegares espatula-dos, com unha unica, que acima descrcvemos (fig. 2).
Nos pćs as anoma-lias sfio mais profundas (fig. 3).
No pć direito o pri-meiro metotarsiano € muito diferente do normal. £ curto e largo, com a forma de cunha, a sua face externa 6 arredondada e sóbre ela se articulam