266 VAR!A
Candria; um gdnigo (nome guanche que designa um vaso de barro de forma bemisfćrica e de factura rude), que teria sido encontrado em 1859 ou 1860 por F. Kreitz numa galeria aberta sob a tova (camada de pedra pomes), com um fragmento de md manuał, um maxilar inferior humano, cinzas e conchas calcinadas (hoje tudo extraviado); rcstos de drvores sob a tova na Ord Candria e em Tenerife; algumas peęas ceramicas mais perfeitas do que as guan-ches, cncontradas em La Portalina e noutros pontos — sdo, com algumas consideraędes geoldgicas, argumentos invocados pelo Autor para fundamento da hipótcse das Candrias terem pertencido d Atlantida de Platfio. Ndo 6 dificil notar o que hd de precdrio e incerto ncsses argumentos para conclusdo dc tamanha monta.
OTTO SlLBERMANN — Un coniinentperdu — /,'Atfantide - Paris, 1930. Segundo este A., a Atlantida estava na Africa do Norie ou ligada a esta. A civilizaędo atlante era libifenfcia. A hi*t<5ria da Atlantida ndo 6 anterior a 1100 a. C. Nota-se que o elefame per-tence d fauna africana. O cavalo fó epareceu em Africa no sdc. XVI a. C., com a ocupaędo pelos Hicsos. Silbermann entende que n narrativa libifenicia da Atlantida foi levada para o Egito, onde exageraram a sua antiguidade. Os gregos tnmbdm teriam defor-mado as narrativas fenicia e libi-egipcia... I: vasto o domfnio das hipdteses.
JEAN GATTEEOSSft — UAtlantide et le Tritonis Occidental — «Buli. de la Socićtć de Prćhistoire du Maroc>, 1932 (anal. de Paul Le Cour no n.° 45 de <Atlantis>, Paris, 1933). Estudo dumas 150 pdginas, em que o A. procura demonstrar que a Atl/intida da Platdo ndo 6 a Amćrica, mas se deve procurar na Africa. O mar Atlantico seria o lago Tritonis Occidental, existente no Saard de oeste, entdo ainda nao seco, e que teria vdrias ilhas e comunica-ria com o Oceano. Os Atlantes seriam Hiperbóreos, emigrados para ali. A sua civiliz*ędo seria neolitica (entdo os metais da narrativa de Platdo?). M. Gattefossd espera que invesligaęóes no Djouf virdo a revelar os vestigios das cidades atlantes. No mcsmo n.° da revista Atlantis, se alude tambćm ńs pesquizas do P.e Azats e de R. Chambard na Etiópia, outrora chamada, segundo Plinio, Atiantia, e se notam analogias impressivas entre as descrięfies daqueles autores e a narrativa de Platdo. No entanto, M. Paul Le Cour, autor das duas andlises, escreve que a Elidpia dos antigos ndo coincide com a actual e que as reiaędes entre a Atlantida de outrora e a Etidpia de hoje sdo longinquas... Tudo isto 6 na verdade muito longinquo...
JlILCS FONTAIN—Poseidon, Roi de 1'Atlantide; son vćritable caractire dans la mylhologie et dans la religion grecgue—«L’Ethno-graphie*, nouv. sćrie, n.° 27, Paris, 1933. Sem se pronunciar sóbre o sentido a dar A narrativa de Platfio, o A., nesta cotnuni-caęfio A Sociedade de Etnografia de Paris, em sua sessfio de 4 de F«vereiro de 1933, sfirma que Poseidon foi primitivamente mais que o deus do mar, estendendo-sc o seu dominio fi terra firmę. Dai te-lo a imaginaęfio de Platfio, ou as tradięóes recolhidas por ósle, aprescntado como o rei da Atlantida.
G. POISSON — Le róte de la Prihisloirc dans 1'itude de VAllan• tide — Ibid. Na mesma sessfio da Sociedade de Etnografia, Poisson mostrou que a Pre-historia contradiz o que o Crilias diz da Atlfin-tida e que seria apenas produto da imaginaęfio do fildsofo <pour les besoins de ses thdories>. Pelo contrdiio, a nnrrativa do Tańcu, muito mais simples e sem indicaęóes sóbre a civilisaęfio, poderia ajustar-se aos elementos fornecidos pela pre historia. Os Atlantes seriam da raęa de Cro-Magnon, que — diz o A. — se parece muito com os Pcles-Vermelhas do NE. da Amćricn. Pormada na Allan-tida, a raęa de Cro-Magnon talvez tivesse emigrodo para os dois Indos do Atlantico, no momento do cataclismo que submergiii a Atlantida, cu seja no meio do quaterndrio....
Al.EXANDRK BESSMERTNY — UAtlantide — Trąd. do Prof. F. Oidon — Paris, 1935. £ um volume dc mais de 250 pdginas com 23 figuras e caitns. N6!e se expóem vdrias hiprfteses sóbre a Atlantida, especialmcnte as que localizam esta na Africa Ocidental (Elgee, Frobenius), no nortc de Africa (Berlioux, Kndlel, Roux, Borchardt. Herrmann, etc.), em Tartessos (Schulten, H^nnig, Neto-lilzky, etc.), no Oceano Atlantico (Cadet, Donnelly, Lewis Spence, etc.), as doutrinas de Herman Wirth e dc Gorslebcn, que preten-dem numerosas e ampłas difusóes migratdrias dos Atlantes na Europa Ocidental. na Africa, na Amćrica, etc., as doutrinas de Hórbiger, Grorg. Fischer, etc. que baseiam a ideia atlantidiana na cosmogonia glacidria, emfim a teoria de Karst que pretende terem existido... duas Atlantidas, a de Oeste e a de Leste, a Atlantida Hbica e hespćrica com um vorland hiperbóreo e europeti ocidental e urna Atlantida pźrsico-indo-oceanica continuada a NE. com o hinterland turaniano e asidtico oriental. A etnologia e sobretudo o lexicogrnfia fornecem elementos a esta ultima construęfio, avisi-nhando os Incas do Peru dos Innuit da terra esquim<5, dos Machiolas do Peloponeso, dos Enakim da Palestina, dos AYnos do N. do Japfio. Eneas —Aineas, o chefe pre-italiota, «rcflete > o nome de Anahuac, do pais dos Tolteques... E quem nos diria