34 J. R. DOS SANTOS JONIOR
da execuęfio cadcociada dc ccrtos laęos, e sempre interessante no entrechocar dos paulitos a compasso (ł).
Esta danęa, de feiędo marcia!, que outrora era executada e mesmo dominantę, em qudsi t5da, senflo cm t6da a regido de Trdsos-Montes, viu o sua vasta drea dc dispersflo reduzir-se nos tempos de hoje As terras de Miranda, ld longe, no leste trasmon-tano.
Urge, portanto, que se faęa o registo etnogrdfico cuidado dos restos do extraordindrio ciclo coreogrdfico trasmontano dontros tempos.
Foi dentro deste critdrio que, em 1930, consegui fósse organi-zada em Moncorvo a danęa dos prttos, que jd hd uns anos ali se ndo realizava. Assim pude assistir A sua execuędo, tomar as nota* precisas e tirar algumas fotografias. Fiz ainda urn curto mas de-monstrativo registo cinematogrdfico.
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A danęa dos prćtos ć assim chamada, por os que nela tomam parte trazerem a cara pintada de negro.
Era organizada pela irmandade de Nossa Senhora do Rosdrio de Moncorvo, no dia 6 de Janeiro de cada ano, isto ć, na vds-pera do Dia de Reis.
Tern cardcter acentuadamente liturgico, e i posstvcl que seja de origem remota. Nada pude averiguar neste sentido.
{>) Sóbrc a danęa dos paulitos vd.: J. M. Martins Pereira, As Urras de Enlrt Sabor e Douro, 1908, pdg. 296-305; Perreira Dcusdado, Eseórfos Trasmon• (anos, Angra do Herolsmo, 1912, pig. 152-153; P.» Francisco Manuel Alves, A Tesla dos rapasts, cit., gravura reproduzindo o grupo dos que danęam com a sua inducnentdria a respectivos paulitos; P.e Francisco Manuel Alves, Trds-os-•Montes, publicaęflo da ExposięIo de Sevilha, 1929; Raul Teixcira, A Terra <łtr-randtsa, art go no jornal «0 Primeiro dc Janeiro* de 20 de Maręo dc 1934.
Sei apenas que hd cćrca de SO anos, quando o velho abade e arcipreste Rev. Francisco Antdnio Tavares veio paroquiar a vila de Moncorvo, jd ali encontrou o velho uso de ul danęa, realizada em moldes que se conservavam, por assim dizer, invaridveis. Havia apenas de dilcrente e a mais, o costume de, na vo!ła
•V I — 0<»po do* prdtot łtompanh ido> por don uaAriot di coilrar■»
pela vi 1 a. os danęarinos serem acompanhados pela bandeira da Irmandade.
Nessa ćpoca ndo passava ano algum sem que, na vćspera do Dia de Reis, se ndo fizesse a danęa dos prźios.
Todos os anos eram convidados para ingressar na irmandade de Nossa Senhora do Rosdrio dois ou tres indiviJuos. A estes novos irmdos competia dar o almdęo e o jantar aos prCtos no dia da danęa. Naquelas rcfeięóes tomavam parte alguns convi-dados, geralmente os grandcs da terra.