•64 REYISTA BIBLIOGRAFIA
naquela classe de Vertebrados, mencionando as dimensóes dos canais e a sua topografia.
Adoptando o mesmo mćtodo, estudou os canais semi-circula-res dos Reptis e dos Batrdąuios (Cobra. Tartaruga e Ra) e cm seguida os das Aves (onze espćcies difercntes).
Passa depois a estudar os canais semi-circulares nos Mami-leros (Oato, Cercopiteco, Gorila e, por ultimo, no Hornem).
A forma, dimensóes e orientaęSo dos canais semi-circulares e suas ampolas sdo estudadas no Hornem com particular desen-volvlmento.
Na segunda parte da sua valiosa tese, o Dr. Beauvieux interpreta os numerosos factos que observou, discute muito sen-satamente a opiniSo de diversos autores a respeilo da orientaędo dos canais semi-circulares no Hornem e confessa estar de acórdo com o ponto de vista de Fernando Pdrez (de Buenos Aires), a <juem se deve a seguinte lei: «colocando-se, em qualquer Mamf-fero, o canal semi-circular externo em posię&o horizontal. com €sse movimento dd-se ao cranio a atitude caracteristica da espć-cie, isto ć a atitude normal do repouso fisiológico ». (SocUti d'An-thropotogie de Paris, 20-lV-22). Pćrez chama-lhe Piano Veslibiano e propóe que 61e seja considerado como urna refer€ncia anatd-mica da linha horizontal do crdnio de qualquer Mamifero.
Beauvieux estuda as relaęóes entre o piano ampular e o piano vestibiano em tódas as classes de Vertebrados, chegando A conclusdo que o angulo vestlbio-ampular aumenla & medida que se ascende na sćrie animal, sendo nulo nos Peixes e atingindo 55° a 88° no Hornem.
Estuda igualmente o angulo vestibio-foraminiano de Pdrez -(piano dos canais semi-circulares horizontais em relaęSo com o piano do buraco occipital) conclmndo que a orientaędo do buraco occipital muda A medida que a coluna vertebral se vai aproximando da vertical.
Como se v6, sdo curiosas as aplicaęóes ó Antropologia das observaęóes de Pćrez e de Beauvieux: o angulo Ycsiibioampular i maior nos braquicćfalos que nos dolicocófalos.
A autor tira dos seus estudos numerosas conclusóes de ca-rdcter anatómico, antropológico e embriológico.
A tese 6 valorizada com urna vasta bibliografia referente ao -assunto.
Pires de Lima.
J. A. PlRES DE LIMA— Luis de Freiłas Viegas —Sep. do «Anud-rio da Faculdade de Medicina do Pórto», vol. XV, Pdrto, 1934; Nouveau cas de muscle presternal chez un monstre exencephalien — Sep. das «Folia Anatomica Universitatis Conimbrigensis >, vol. IX, 1934.
O prirneiro opusculo do iluslre professor J. Pires de Lima 6 o elogio do antigo presideme da nossa Sociedade, proferido na sessfio de homenagem prestada h sua memdria pela Faculdade de Medicina de que o professor Viegas foi um dos valores mais bri-Ihantes. Nflo se trata duma oraęflo tecida de bipćrboles retóricas, mas dum elogio cheio de verdade e de imparcialidade, fcito com limpida eloqiiencia por algućm que conheceu muito de perto o saudoso professor e soube apreciar as qualidades raras de inicli-
fencia, de exposięfio, de saber e de austeridade que o distinguiam.
flo ali postos em devido relevo os servięos prestados pelo Prof. Viegas h Antropologia criminal em Portugal.
No segundo trabalho, o sr. Prof. J. Pires de Lima descreve um caso de musculo presternal num monstro cxenccfaliano, do gdnero notencćfalo. Em 15 monstros teratencćfalos dissecados pelo autor, 5 apresentavam ćste musculo cuja origem o Prof. Pires de Lima expiica pelo desvio dum feixe do grandę peitoral e tam-bćm por urna compensaęfio em caso de reduęao da musculatura do pescoęo.
De acdrdo com Lufs de Pina, que dissecou tambćm um exen-cefaliano, portador de duplo presternal, o A. entende que a pcr-centagem diminui k medida que aumentam as sćries. E de pouco mais de 40 %, emquanto que nos indivfduos nflo monstruosos, a perceotagem 6 apenas duns 4 %.
MENDES CORRfU.
ARMANDO LeAO — Anomalias raras dos miisculos do pescoęo — Sep. da (Medicina Contemporanea>, 1934.
O A., assistente do Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina do Pórto, dcscreve o caso duma mulher, morta com 67 anos de idade, e que apresentava, k dissecęflo, as seguintes anomalias da musculatura do pescoęo: inseręfio bffida do ventre
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