1SS REYISTA BIBLIOGRAFICA
havendo mais elemcntos, temos de nos fundar exclusivamente nelas, salvaguardando com prudfincia redificaęOes futuras.
M. C.
A. DaRPEIX — Słation prehistorlque de La Forge — Exłr. do «Buli de la Soc. Histor. et Archćol. du Pdrigord*, Pćri-gueux, 1934.
Com o seu saiidoso sogro, M. Bourrinet, o A. deste artigo fez em 1925 a exploracdo desta estaędo madalenense da comuna de Plazac (Dordogne). Dd nos a descriędo do local, a estatigrafia, o invenldrio das peęas liłicas. Ausencia de fauna, de ossos huma-nos, de industria em osso ou chifre, de gravuras ou esculturas. Peła industria Jiłica o A. fixa-se no madalenense (III ou IV).
M. C.
COMTE BF.GOUEN— Femmos prehisforiąues — Toulousc, 1935.
Pequenina brochura sdbre as conhecidas estatuetas femininas do paleolitico superior. Contra Luquel, que atribui ds estatuetas aurinhacenses um firn eslćtico, o Conde Bćgouen considera-as relacionadas com um rito mdgico da fecundidade. No madalenense esta idea desaparece. Muito interessantes os consideraęóes do A. sdbre a tatuagem, a pintura corporal, o penteado, etc., nas mulheres prehistóricas.
M. C.
IlUGO OBKRAtAIER—■ Estudios prohistóricos en la provincia de Granada — Extr. do <Anudrio de Archiveros, Bibliotecdrios y Arquedlogos>, vol. 1, Madrid, 1934.
O sdbio professor Obermaier explorou em 1916 a regiflo do Serra de Hdrana, entre Moreda e Granada. Descobriu ai quatro abrigos com pinturas rupestres, e vdrios jazigos paleoliticos. £ dćstes ultimos que se ocupa no presente artigo. Trata-se, na sua maioria, de estaędes de superflcie, com industrias liticas mnis ou menos misturadas, mas predominantemente do mustierense e do aurinha-cense. surgindo, nalgumos, tambćm peęas ncoliticas.
Como diz o A., os achados do paleolitico interior da Serra de Marana relacionam geogrAficamente os das provfncias de Cddiz e Mdlaga com os das provlncIas de Almeria e Miircia. Quanto aos do paleolitico superior, teem grandę importancia por se conhece-rem atć hoje apenas estaędes do aurinhacense a leste dcsta reguło e poderem contribuir, como novos achados, para o csclarecimento de relaęóes com o N. de Africa.
O Prof. Obermaier cntende que mais urna vez se verifica haverem sido cxageradas a drea e importancia do cepsense, das quais, por exemplo, cabe ao aurinhacense reivindicar grandę parte. Recentes descobertas levariam a imaginar a pdtrin do aurinhacense na Asia Ocidental, donde se estabeleceriam vdrias correntes de expansdo, duas das quais — urna atravds da Europa e outra pelo N. de Africa — viriam convergir na Peninsula Ibćrica. Depois dos trabalhos de Vaufrey, ć admissivel que o capsense mais antigo seja urna civiliźac&o local, limitada ao S. da provincia de Constantina e ao de Tunis. O paleolitico superior europeu teria tido muito maior influAncia na Peninsula Ibćrica do que antes se supunha. As <gentes do norte>, de caęadores da rena e do ma-mute, penetraram aqui mais do que se julgava. No paleolitico superior mais antigo foram atć ao S. da Peninsula; depois, ter-se-ia dado urna evoluędo local ou um prolongamento tardio do aurinhacense, um epi-aurinhacense, sincrdnico do soliitreo-madalenense europeu. £ entflo que surgem na Peninsula os primeiros indicios do capsense, mas a erte rupestre estabelece nitidamenle o cardcter mediterraneo, nSo derivado de Franęa, da unidade cultural levan-tina e meridional da Espanha, unidade que entflo se conslitue. A propósito, o A. afirma que ningućm pode hoje duvidar sfcria-mente da idade quoterndria das pinturas rupestres do levante espa-nhol, sobretudo depois da aparię&o cm Parpalld, em niveis solti-Ireo-madalenenses, de gravuras de eslilo Ievantino oo lado das de eslilo cantdbrico.
Em suma o Prof. Obermaier, reconhecendo a existencia dum dominio aurinhacense mediterraneo e apenas, entAo, de algumas infiltraędcs capscnses na Peninsula, cntende que a principal vaga capsense nAo se cspraiou ali marcadamente durante o aurinhacense e o epi-aurinhacense, mas s<5 na fasę finał do capsense, coeianeo do azilensc^ do N. de Espanha e do mais antigo tar-denoisensc frances. £ a vaga que se apresenta *na sua forma pura> nos concheiros de Muge, c ao capsense finał pertenceria tambdm a mais antiga arte rupestre esquemdtica da Andaluzia, Serra Morena e Extremadura. A ondn capso-tardenoiscnse inva-diria no periodo subseqiiente a Franęa, a Bćlgica e a inglaterra e chegaria A Dinamarca (desenhos do estilo capsense nos jazigos maglemosenses).