JORNAL DO BRASU
BRASIL
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qumta-feira. 13/1/94 • 7
FŁAMlNIOARARIPC
FORTALEZA — O procura-dor-chcfc da Procuradoria da Rcpiiblica no Ceara. Francisco dc Maccdo Filho, pediu ontem a Policia Federal abertura de in-ąuerito para idcntificaęao dos responsaveis por perdas de USS 2.482 milhóes causadas ao Dc-partamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) com reajustes na construęao do aęu-dc Trussu, em Iguatu (CE), a cargo da emprcitcira E1T. O pre-sidentc da empresa. Geraldo Rola. e diretores do DNOCS dc-serao ser intimados a depor.
As perdas nutadas pda em-preilcira EIT 1'oram apontadas em pericia tćcnica feita por dois geólogos e dois engenheiros da Univcrsidade Federal do Ccani, a pedido da Procuradoria. Con-cluido o inąuerito, o procurador
Francisco Macedo pretende pe-dir a indisponibilidadc dos bens dos envolvidos e seu enquadra-mento no crimc dc estelionato.
Macedo enviou ontem có-pias dos relatórios da pericia a Policia Federal. DNOCS c ao ministro da Administraęao e da Integraęjo Regional, Ro-mildo Canhin, para que sustc a liberaęao dc recursos do DNOCS a cmpreitcira EIT, venccdora da licitaęao para construir o aęude Trussu, jś com 90% das obras conclui-das.
Outra cópia seguiu para o ministro Marcos Vilaęa. do Tribunal de Contas da Uniao (TCU). relator dc auditoria no DNOCS, para subsidiar as in-vestigaęóes. Scgundo Macedo, houvc superfaturamento, mo-dificaęao irregular do projeto e
nao-cxccuęiio de servięos e obras cobrados.
O procurador informou quc as investigaęócs na obra do aęude Trussu vao prosseguir com nova pericia. Segundo ele, a investigaęao do DNOCS co-mcęou com o mquerito dos po-ęos, ja entreguc a Policia Federal. e desaguou numa serie de 15 dcnuncias. O ex-dirctor-ge-ral do DNOCS Luiz Marqucs deixou o cargo ao entregar sua defesa ao TCU. Maccdo disse quc o seu substituto, Udclberto Araujo, tambćm esta cnvolvido nas irregularidades.
Na avaliaęao dos peritos que trabalham para a Procuradoria, pode chegar a USS 40 milhóes a soma de recursos dcsviados de projetos de irriga-ęao do DNOCS, nos quais se inclui o aęude Trussu.
Contrato foi alterado duas vezes
O contrato para construęao do aęude Trussu, dc USS 4.2 milhóes. preęo dc 1989-90, foi ctcvado para USS 7.7 milhóes por mcio dc dois termos aditivos firmudos pclo DNOCS com a cmpreitcira EIT, para reajuste da płanilha dc custos. Scgundo a pericia. o primeiro aditivo foi ąssinado cm julho de 1991 e o scgundo, cmjulho de 1992.
Do total acrescentado ao va-lor do original, 81.33% referem-śe a altcraęóes no projeto, o quc ferc o artigo 55 do Dccrcto-Lei 2.300, dc 1986. Com base nesse
dispositivo, a Procuradoria pediu a anulaęao dos aditivos. Foi considcrada fraudulcnta a des-pesa de USS 50 mil pclo desma-tamento dc 93 hcctarcs c limpeza da area da barragem.
Segundo a pericia, a mudan-ęa no local do sangradouro bc-neficiou a EIT em USS 144 mil. As modificaęóes na tornada d’a-gua, pagas sem licitaęao, rendc-ram mais USS 681 mil. Mudan-ęas no projeto das fundaęóes da barragem elevaram o custo em USS 1,484 milhao.
A Procuradoria apurou que a EIT subwnprcitou a perfuraęao a Tccnogeo, que tern como sócio Luis Hcnrique dc Carvalho, chc-fc da Divisao de Barragens do DNOCS. Canalbo foi autor das modificaęoes do projeto. O seu filho. engenheiro Walfrido Josć Brandao Carralho, gcrenciou os servięos de perfuraęao. A pericia apontou ainda que o DNOCS pagou pelo rcbaixamcnto do lenęol d agua USS 133 mil. o dobro do previsto.
□ O deputado federal Moro-ni Torgan (PSDB-CE). com dc-legados da Policia Federal, ini-ciou, a pedido do presidente da CP1 do Oręamcnto. senador Jarbas Passarinho. diligencia no DNOCS para apurar o quc
ava!ia como desvio de USS 300 milhóes no órg.io. apoiitado cm relatório do TCU. Um dos problemas quc o deputado ten-ta csclarecer e o dcsaparcci-mento de USS 2.81 milhóes do
projeto Tabuleiros de Sio Ber-nnrdo. sediado no Maranhao. A obra esta parada desdc 1989. mas o dinheiro foi pago cm quairo parcelas, de Fevcreiro a julho de 1991.
Nety foi ięada pęto carro-guindastc de seu 'habitat' e le\ada para tan alojamento mais perto do wterinario
BRASiLIA — A elefanta Ndy, de 54 anos, a mais an-tiga moradora do Zoo de Brasilia e que, devido a uma artrose, esta ha dois dias sem poder se lewintar. foi removida para uma area em frentc ao setor dc vctcrinaria. Dois guindastes — da Companhia de Elctricidadc de Brasilia c do Cor-po de Bombciros —. fizeram a rcmoęao do animal, quc pesa 3 toncladas, c o Zoológico permane-ceu fechado durante todo o dia. “Queremos evitar que a Nclinha fiquc mais estressada”. explicou a merinuria Lucia Magalhacs.
A cxpectaliva e quc. em uma semana, a elefanta reaja aos mcdi-camentos e consiga se łevantar. Caso contrario, disse Lucia Maga
lhacs, a rcsistćncia do organismo bai.xara e o animal estara sujeito a outras docnęas. como pneumonia, o que agruvara a siluaęao. Para evitar que as dores nas articula-ęócs fiquem mais fortes, devido ao clima frio, a chuva, e a imobślida-dc de Nely, quc esta deitada ha dois dias, os funcionarios do Zoológico ergucram uma cabana para abriga-Ia e prowdenciaram cober-tores dc plaslico.
“A gente só vai perder a espe-ranęa se a Nclinha deixar dc respi-rar", dcsabafou o tratador dc ani-mais Walter Lima. que durante 27 anos cuidou da elefanta. “Ela e a rainha daqui", disse, lembmndo quc durante dcz anos participou dc shoKS com a elefanta no teatro de arena do Zóo. Ele disse quc aprendeu com a elefanta a apurar a sensibilidade c a ser humildc.
A esperanęa ć a mesma entre os 20 funcionarios quc se revezam 24
horas para cutdar de Nclinha. To-dos sc comportam como se ela integrassem uma grandę familia. "A gente preferiu nuo avisar o Raul (Raul Gonzalcz. diretor do Zoológico) sobrc a docnęa dii Nclinha porquc cle esta no extcrior buscando recursos para o Zoológico", disse o chefe de gabinele, Arthur Seabra. “Ele ia se sentir impotente porque esta longe.” Para tratar da elefanta. os funcionarios compram mcdicamentos e comida com o próprio dinheiro e só depois pędem recmbolso i Fun-dacao Luis Estcvao, madrinha dc Nely no projeto Adote Urn Ani* mai. Mais de CRS 100 mil ja fo-ram gastos. A elefanta ja tomou mais de 50 doses dc medicamcn-tos, entre antibióticos. soro, sitami nas. analgesicos c imuno-csti* mułantes. “A Nely ć especial", cxplicou Lucia Magalhacs.
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