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JORNAL UO BRASU. CIDADE quinta-fciru. 13/1,94 *15

-Nader pode ter impugnada sua volta ao PDT

Diretório municipal de Barra Mansa ąuestiona decisao da direęao nacional do partido, de abonar filiaęao do presidente da Alerj

GLORIA SANTOS

• A filiaęSo ao PDT do presidente da Assemblćia Lcgislativa do Rio (Alcrj), Josć Nader, esta por urn triz. Embora o iramitc burocratico do proccsso ainda nao tenha sido concluido pcla Justięa Eleitoral, o diretório de Barra Mansa ja i adiantou a direęao regional do partido ; quc vai impugnar. por unanimidadc, a ! accitaęao de Nader. O presidente do di-j retório, Jose Abel Mariano, considcrou i “autoritaria" c “desrespeitosa" a decisdo da direędo nacional, de abonar 3 ficha do deputado, cxpulso do PDT cm I990.

Sem partido ha trćs anos, o deputado podera ficar sem legenda para concorrer as próxim3S elcięócs, ja quc o prazo dc filiaęSo partidaria terminou domingo passado. Após a impugnaęilo oficial, o presidente da Alcrj podera recorrcr da decisao, cm primeira instancja, junto ao diretório regional do partido, mas dificil-mentc ganhara o aval da executiva.

De acordo com o deputado federai Carlos Luppi, primeiro-seeretario do PDT no Rio. a rcsistćncia ao nome dc Josć Nader ć ampla. “Comprecndemos a nc-cessidade do governador Brizola de nego-ciar para ter maioria na Alcrj c adminis-trar o estado. Mas, accitar a filiaęao seria urna oitrdose de compreensSo", dispara, alegando quc a rcputaęao dc Nader “nao condiz com a historia dc łuta do PDT’.

Josć Nader podera recorrcr ainda ao diretório nacional, em terceira e ultima instancia. O presidente nacional do partido, Nciva Morcira, nao quis comentar o assunto antes da oficializaęilo da im-pugnaęao c dos recursos. "A executiva nacional apenas encaminhou a ficha dc filiaęao do deputado a Justięa Eleitoral. numa atitudc rotineira, porque nao havia nenhum pedido previo de impugnaęao”, defendcu-sc Morcira.

Ontcm, Carlos Luppi rcccbcu urn fax da direęao municipal de Barra Mansa, no qual os 44 membros do diretório amcaęam uma rcniincia co!ctiva. Mas o presidente Josć Abel Mariano adraite quc esta pode nao ser a melhor alternativa. “Abandonar-mos o barco seria uma vitória para o Nader". rcconhece. Em rcuniao ontcm. mili-tantes daqucle municipio csludavam a possibilidadc de lotar tres ónibus para vir ao Rio pedir explicaędes a Lconcl Brizola c ao secretario dc Fazcnda. Cibilis Yianna, sobre a decisdo do diretório nacional, dc abonar a ficha dc Nader sem consultar a base. Segundo Gildano Carlos de Melo, cx-dirctor do Sindicato dos Metalurgicos dc Barra Mansa, "a base vai pedir retrata-ęao" porquc foi informada de que Brizola c Cibilis abonaram a ficha dc filiaędo.

Fl*vla Ca:


A vez dos clinicos


■ Curso vai provar que especialistas nem sempre sao necessarios

Da opini5ode quea maioria dos probkmas clinicos podem ser resolvidos sem a necessidade de urn cspccialista, o diretor do Servięo Cli-nico da 20* c 4* Enfcrmarias da Santa Casa, o mćdico e professor Clemcnti-no Fraga Filho, realizara, a partir dc abril, o segundo Curso dc Espcciali-zaęao cm Clinica Medica. Credencia-do pdo Conselho Federai de Educa-ęao e rcconhccido pcla Sociedade Brasileira de Ginica Medica, o curso surgiu da necessidade dc atualizar a formaęao clinica geral do mćdico.

As aulas, que se estenderao atć novcmbro, scriio ministradas das 8h as I2h. As inscriędes ja estao abertas e


podem ser fcitas na secretaria da 20* Enfermaria. O curso pretende estimu-lar a capacidadc do mćdico para in-terpretar os dados colhidos, dcscnvol-Ycndo o raciocinio critico. Tambćm intenciona ajudar o clinico a formular hipóteses diagnóslicas e detectar ąuando precisa cncaminhar o pacien-te a um espccialista.

Alćm dc disciplinas como Epidemiologia Clinica, os alunos rcccberao noęócs dc £tica para saber iidar com os novos progressos dentificos e tcc-nológicos. Nao só professores c assis-tentes do Servięo ministrarao as aulas. O curso contara com a participaęao de convidados c autori-dades reconhccidas nas diversas iireas do conhccimento. As aulas siło dirc-donadas a mćdicos com cxpcrićncia c aos recem-graduados.


Reioltados, camelós cxcluidos do codastramento fc


13BFU LJLJ:    '

Administrativa para acusar um dos guarlŁ


miuncipats


Idoso denuncia panfletagem contra passagens gratuitas


Camelos enfrentam



Um grupo de aposentados denundou i ontem ao coordenador nadonal de dirci-; tos humanos da Ordem dos Advogados • do Brasil, Josć Carlos Cataldi. uma esti-j mulaęao i agressao, atravćs de panfleta-I gem, aos que tćm direito a passagem gratuita nos ónibus. O panfleto, assina-do pelo Sindicato das Empresas de j Transportcs Rodoviarios do Estado do Rio de Janeiro (Setreij), atribui o au-mento constantc das tarifas dc ónibus a diminuięao do numero de pagantes, ja que idosos, defidentes fisicos e estudan-tes da redę publica. entre oulros, tćm acesso livrc aos colctivos.

“E um crime dc incitamcnto a pratica > de agressao", explicou Cataldi. "O dirci-j to da gratuidade ć garantido pcla Cons-| tituięita". afirraou o vicc-prcsidcntc da : Associaęóo dos Aposentados c Pcnsio-{ nistas da Prcvidćncia Social do Estado do Rio dc Janeiro. Roberto Pires, dc 70 anos. Ele dassificou de “nazista" o pan-fieto, quc vcm sendo distribuido por mc-ninos nos pontos de ónibus de Sio Gon-■ ęalo, Bangu c na Lcopoldina.

“Querem jogar a populaęóo, que ja e pobre, contra os mais pobrcs, quc sita os aposentados. O campo e muito lertil para dcscncadcar uma onda de violencia", disse Roberto Pires. Segundo cle. a passagem gratuita nao representa scquer 0,5% no total das tarifas.

O presidente do Setrerj, o empresario Francisco Cactano. 52 anos. dono da Viaęao Nossa Scnhoru do Amparo, em Maridi. nega que tenha sido o scu sindicato o re$ponsavel pela distribuięao dos panfletos, mas comparulha com as idćias

divulgadas pdo mesmo. "Quando o uni-vcrso de p3gantes diminui, aumenta o preęo da passagem”, disse ck. O texto. reconhccido pdo empresario, ć o mesmo publicado no jornal O Fluminense, dia 1* de novembro dc 1993, numa materia sobre o assunto, assinada pelo Sindicato das Empresas de Transportcs Rodovi£-rios de Manaus. "Mas em nenhum mo-mento discriminanos o idoso", afirmou.

Mesmo assim, dc concorda com o titulo do panfleto (Quando eles entram pela parta da frente, voce e passado pra tras). ‘’Quem fica na fila esta sendo pre-judicado. A pessoa esta sendo passada para tras dc alguma forma. £ a tornada do lugar no ónibus...", disse. Ele tam-bem alega que o numero dc beneficiados e muito grandę. "Cartciros, ex-comba-tentes, yigilantes, połiciais cm scrvięo, fiscais...£ uma loucuru. Todos entram pcla frcnlc. Alćm dos idosos que tern Mercedes c andam de grnęa...", rccla-mou. "As vczcs, a fila da frente ć maior que a de tras”, cxagcrou.

Ontcm, Cataldi enviou um ofido e um abaixo-assinado dos aposentados a presidente da Comissita de Direitos Humanos da OAB/RJ, Abigail Paranhos “para que sejam tomadas medidas pre-vcntivas urgentes" e ao Procurador-Gc-ral da Justięa, Antonio Carlos Biscaia, para quc seja aberto um inqucrito. Ao secretario de Policia Civil. Nilo Batista, foi solicitado um "aprofundamento nas investigaęóes" c ao comundanle da Poli-ciu Militar, coroncl Nazareth Cerqueira. a garantia de seguranęa dos beneficiados com a gratuidade.

Os camelós e a Guarda Municipal sc cnfrentaram ontcm na Estrada do Portcla, em Madurdra. O amfronto comeęou de manh3. durante a passeata organizada pc-los ambulantes que forum excluidos do cadastramcnto dn prcfeitura. Na confu-sao, guatro tiros chegaram a ser dispara-dos. Dois guardas ficaram feridos por pe-dradas nos braęos e nas costas. O guarda municipal Augusto, da 15* Rcgiao Administrują, foi levado a 29* DP (Madurci-ra), ondc um inqućrito policia! foi aberto para apurar as de-nuncias dos camc-lós. quc o acusaram dc ter feito os dispa-ros.

Ccrca dc 100 camelós nao cadastra-dos pda prefeitura atiraram pedras por-tuguesas nos guardas c os amcaęaram com pcdaęos dc ferro. Os camdós acu-saram a Guarda Municipal dc ter oo-meęado a briga. ao intimida-los com cassetetcs. Ja os guardas alegaram quc lentayam aaxi-liar a fiscalizaęao da prefeitura, que apreendeu mercado-rias dos ambulantes nao cadastrados.

Varias lojas c uma caminhonete da fiscalizaęao foram apc-drejadas c o comer-cio fcchou as portas.

Odimade guerra intemificou-sc a lar-dc. cm frente as Lojas Americanas —

quando foram fcitos quatro disparos paru o ar —, e só acalmou-se com a chegada dc do 9° BPM (Rocha Miranda), uma testemunha, os tiros foram disparados de uma janeta na sobrcloja do Shopping Sao Lurs. situado cm frente ao local do confronto.

O supenisor Laino. da Guarda Municipal. foi agarrado por um dos camelós c ferido por uma pedra. Os dcz homens da Guarda rcfugiaram-sc dentro do shopping. com medo dc serem linchados. Na outra saida do shopping. um poli-cial dvil Ibes dava cobertura, empu-nhando um fuzil. Eks foram escolta-dos ale a 15* Rcgiao Administrativa, se-guidos pdos camelós. quc só foram embora depois quc o guarda Augusto foi levado a 29* DP.

Segundo a Asso-ciaę2o dos Ambu-lantes, a rcvo!ta co-mcęou na ultima teręa-feira, com a fiscalizaęao dos 404 pontos liberados pe-la prefeitura no centro comercial dc Madureira c no ca-melódromo, embai-xo do Viaduto Nc-gr2o de Lima. Os camelós promełe-ram voltar hojc para montar suas barra-cas e afirmaram quc reagir2o novamentc sc os guardas muni-cipais teniarem reti-ra-los.

guardas

Exercito vai apoiar a Guarda Municipal

A Guarda Municipal deve ganhar. a partir de abril. o reforęo de homens treina-dos pelo Exćrcito para o patrulhumcnto dc ruas e praęas da cidade e repressao aos camelós. Este contingente sera formado pelo exccsso de alistados no servięo militar quc quiscrcm participardo programu. Eks rcccberao Ireinamento dc tres semanas nos ąuarteis e depois serio repassados a Guarda Municipal. onde deverao trabalhar por um prazo de novc c 12 meses.

O acordo entre o Comando Militar do Leste (CML) c a prefeitura esta cm fasc dc esludos c. por isso. nao foi determinudo o numero dc homens quc farao parte do programa. Depois dc incorporados a prefeitura. a rcmuncraęao dos soldados ficara a cargo do municipio. “Eks nao scriio considerados militares e continuarao fun-cionarios do municipio”. cxplicou o chcfe substituto da 5* Scęao (rełaęóes publicas) do Comando Militar do Lcstc. coroncl Ronaldo Portelb.

Enquanto cstivcrcm no quartel. os homens usarao farda c ficarao submetidos ao Rcgulamento Disciplinar do Exćrcito. Assim que passarcm i Guarda Municipal. terao quc scguir as normas da corporaęao municipal. Para Portella. a importincia do acordo esta em edaborar com os poderes da cidade. "Sera um servięo militar social quc o Exercito vai realizar”. resumiu.

Atravćs dc nota oficial, o superinten-dente da Guarda Municipal. coronel Paulo Cesar Amćndola, disse ontcm quc os rc-crutas serao orientados pela superinten-dćncia. para quc tenham condięócs de cumprir suas tarefas. Dc acordo com o documento. o órg2o esta aguardando “ins-truęócs superiores para quc possa sc estru-turar. a firn de cumprir esta missao".

Texto critica subsidio


Comeęa retirada na Zona Sul

□ "Quando cics entram pcla porta da frente, vocć ć passado pra tras.

O exagcro na concessao da gratuidade no transporte colctivo ć um dos principais fatores para o aumento das tarifas. A razao ć simpks. Sempre quc o onivcno das pcssoas quc p3gam diminui. o preęo das tarifas sobc. O cuslo do sistem.i de transporte ć rateado entre os usuarios. Menos genie pagando resulla cm tarifas


maa altas. ou seja. o preęo dc suu passagem suhsidia o transporte daqude$ que andam de graęa. Sc vocć n3o comcęar a cxigir mais racionalizaęao na disiribuięao da gratuidade. as tarifas vao continuar altas. E toda vez quc algućm entrar pela frente. vocć vui ser passado pra Iris." Valc-Transpoftcs. E direito. E deser. E ki. Sindicato das Empresas dc Transportcs Rodo\i:iriosdo Estado do Kio (Setrerj)


Fiscaisda Secretaria dc Dcscnvolvimcn-to Económico, com apoio de połiciais militares c guardas municipais, comeęaram na madrugada de ontem a opcraęao para a retirada dos camelós dc Ipancma c Leblon. recolhendo produtos c barracas quc enchc-ram tres caminhóes da Comlurb. A sub-prefcitura da Zona Sul pretende cadastrar c reorganizar a distribuięao dos ambulan-tes pclos dois bairros atć o fim dc fcvcrc»-ro.

Na próxima semana. comeęam a ser distnbuidas notificaęóes para quc os camelós dcsocupem as ruas no prazo de 15 dias. O ultimo lcvantamcnto, feito em dezembro pch Inspctoria Regional dc Licenciamento e Ftscalizaędo da 6* Regino Administrati-va. rcsponsasel pcla arca. mclou quc Ipa-nema c Leblon tćm 350 ambulantes na Rua Yisconde de Piraja c Avcnida Ataulfo de Paiva. Este numero dcvcra ser reduzido para 100 ambulantes. segundo estudos da Prefeitura.

Os camelós quc \endem produtos im-portados. por csemplo. serao impedidos dc armar suas bancas. As novas barraquinhas serao padronizadas e deverao ficar concen-tradas em areas como o Jardim de Ala c a Praęa General Osório. Todas mediróo 1,10 metro por 50 centimetros e ficarao a dis-tancias dc aproximadamcntc dois met ros.

DIARIAMENTE NO SEU JB.

o ritio w mm


I


Alć 19 de maręo, o Jornal do Brasil vai publicar, na se$o Cidade, o Especial Dicas de \fer§o. Trazendo malćrias e reportagens especiais para vocfi ficar por dentro de tudo que rola de mais quenle no ver5o da cidade: modismos, novidades, dicas e servięos, alćm de mapas com as condkjóes do mar e dos ventos e os registros das temperaturas. E, aos domingos, o Tś Quenle k T4 Frio. As pessoas, locais e espetieulos in e out do ver5o carioca. Nśo durma no point.



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