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JORNALDO BRASU.
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quinta-fcini. 13/1/W o T
Cinema chega a Buzios em maręo com festival
^ A»Qurvo
*L .imCk. ■*
O cincasta Spike Lee 6 um dos convidados do festival
dos POEMAS
A HUGOSUKMAN
Tt hojc a rełaęao dc Buzios com o cinema limitou-sc a cćlcbrc visita dc Brigitlc Bardot a cntao vi!a dc pcscadorcs, acompanhada do namorado brasilciro. Agora, 30 anos dcpois, o balncório vo!ta uo mapa cincmatografico por urn snotivo mais palpivcl: o 1° Buzios One Dinncrs Oub Festiwal, uma mostra dc setc filmcs brasileiros e intcrnacionais inćditos, que ocor-rera nos dias 18,19 e 20 de maręo, inaugurando o primtiro cinema k>cal, o Gran One Bardot (se a BB permitir) ou simplcsmcntc Ci-nedube Buzios. "Nossa inlenęao ć transformar Buzios na Cannes do ano 2000. A cidadc ć mais charmosa c conta com uma efi-cicnlc industria dc turismo", diz o diretor comcrcial do Dinncrs (pa-trocinador do cvento). Josć Eduardo Vaz Guimaracs. A orga-nizaęao esia a cargo do Centro Cultural Rio Cne, quc nao poupa sonhos. "Nos estamos negocian-do para trazer o filme Tango fe-raz, dc Marcelo Pynciro, a maior bilheteria da história da argenti-na, urn filme inćdito do Ncil Jordan. alćm dos próprios diretores dos filmcs. Estamos uinibćm ten-Lando trazer cincastas como Spike Lee c Robert Rodrigucz", diz Yil-ma Lustosa. diretora do Rio Cinc. que esta tambćm na missao im-poasłwd de trazer a própria Brigitlc Bardot ao fcstival.
' O cinema dc 140 lugarcs sera na Pomada Vilado Mar, pró.timo a"badalada Rua das Pedras. “A sala vai funcionar o ano intciro, como urn cspaęo para awitt-prc-mieres c scssdcs cspcciais, para bodalar filmcs inćditos". plnneja Vilma Lustosa. O cinema. segun-do cla. sera "compleiamcntc inde-pendente”. trabalhando com to-das. as distribuidoras c lendo o apoio do Estaęao Botafogo na programaęao. "Podcmos partici-par dc cventos como o Rio Cinc Festiwal c a Mosłra Banco Ńacio-nal". promctc.
A programowo completa d. fcstival serii fechada ainda estc mis c jA conta, pclo menos, com o lanęamento dc um filme brasilciro: a RioFilmc dccidira entrc A icrceira wargom do rio. dc Nelson Pereira dos Santos, c Mil e ma, dc Suzana dc Moraes. "Neste ano de retomada, o cinema brasildro nao poderia ficar dc fora”, diz o diretor do Dinncrs. quc, com esic ewento, tern a intcnęao dc "ofiaa-lizar" Buzios como um centro dc cultura cincmatografico.
O fcstival, quc se pretende nnunl, nao tera de inkio cara ter corapctitivo. Por cnquanto, o ewento se limilara a aprcscntaęuo cm primcira milo dc filmcs quc tenham feito succsso intemacio-iuI c ao pre-lanęamcnto dc filmcs brasileiros. Dc qualquer mancira. ć a primcira iniciativa cultural cm Buzios quc lenta aproveitar o grandę afluxo dc turislas bmstlci-ros c estrangeiros. A praia, em maręo. vai acabar mais ctdo.
Marina Colasanti lanęa livro onde ate a traięao masculina vira poema
silvio BARsrrri
cscritora Marina Colasanti dcmonstra corogem c ousa-dia ao abordar, cm seu pri-mciro livro dc poesias — Rola dc colisHo —. temas-tabus que permi-tern um mcrgulho amplo no uniwer-$o feminino. Ela mistura sensuali-dadc eerotismo na maior parte dos 102 poemas selecionados ao longo dos ultimos oito anos. Em um dc-lcs. Hmaloma da infidelidadc (kia ao lado). Marina. quc ć casada com o tambćm poeta Afonso Romano dc Sanfanna, fala da dor da traięao- "Todas as mulheres quc co-nhcęo ji foram traidas por seus maridos. Minha avó c minha mac, por cxcmpło. nao fugiram i regra.”
Roia dc colisiio — lanęado pcla cditora Rocco — pode ser inlcrprc-tado como uma exposięao parciał da vida intima da autora. Em ou-tros poemas, como Sexla-fcira ó nolic c Ten scxo. Marina descrtve relaęóes sesuais. em morimentos, toques c gestos, com um delalhismo dc qucm ć familiarizada ao assunto. A própria Marina, no entanto, se apressa cm dizer quc nao cscrcstu um di&rio pessoal c quc poemas dewem ser entendidos a luz da amplitudę. Ainda sobrc a infidelidadc. eto rcvcla que conheceu outros ho-mens, alćm dc Afonso. com qucm vivc hd 23 anos. “Nuo sou crianęa. Numa socicdadc machista, ć foręo-so que as mulheres tenham esta atitudc”.
Marina nao gosla dc definir ou rotular seus poemas. “Tenho muita dificuldadc, por exemplo. em sępa-rar o crótico do nao crótico. O erotismo atravessa tudo c hojc e consumo coIetivo.” Dcstacando a unidadc do livro, “cm atitudc c pensamento" c sua paixao pclas pa-lavras. Marina lcmbra que a poesia sempre cstcvc prcsentc cm seu coli-diano. Desdc jovem, vasculhou a obra de grandes autorcs nacionais como Manuel Bandeira, Carlos Dnimmond dc Andrudc, Jo3o Ca-brał c Paulo Mendes Campos. Foi admiradoru do poeta surrealista italiano Aldo Talazzcschi c tambćm pcrcorrcu o melhor da literatura chincsa. "Mais tank me dcsliguci das paixócs lilcrarias c assumi uma posięóo mais critica como leitora. Continuo lendo muita poesia. ate porquc sou casada com um poeta."
Tambćm autora dc contos, cn-saios, crónicas c Iivros infantis, Marina entende a poesia como uma exigćncia humana. "Como sensa-ęao. atć quc nao ć tao diferente das outrnseoisas que csctcvo. Trato ca-da polavra como um fio c na poesia este fio dcvc vir carregado de musi-caiidiidc." Uma das pionciras do feminismo no Brasil. rtao tetne quc seus pnmeiros poemas sejam dis-torcidos. "No livro nao ha nada de agressivo ou cscandaloso. Falo dc uma parte vital de minha vida. Da vida de tantas mulheres".
Entre um jogo e outro Ter voce nu na cama quc dclcitc.
E como a gente brinca e rola e ri para depois sentar nos lenęóis descompostos o corpo ainda suado ccontinuando sempre o mesmojogo falar a serio de literatura.
Te beijo no cangote e ąuieta penso: um outro amante assim Senhor
que trabalho terias pra me arrumar se me tomasses este.
Hematomas da infidelidadc -Tenho um coagulo na alma -sanguc preto pisado quc amor nenhum dissolve. ^ Pertenęo a etema estirpe das traidas mulher que tece e fia cnquanto o macho •;
entre as coxa$ de outra ąfia mentira e gozo. '
E sempre o mesmo macho - : sempre o mesmo percurso. '* Nenhum me foi ficl a mim a niinha mac minhas irmas.
E nenhuma dc nós soube achar o caminho
f
que sem sair do amor conduz a indiferenęa.
As rclaęocs entrc o cinema brasilciro c o mercado. sobretudo financeiro, sempre foram compli-cadas. Agora, com basc na Lei do Audiovisual c com a coordenaęiło da Comissao dc Yalores Mobiiia-ritw (CYM) c da Associaędo Na-cional dos Dirigentes do Mercado Abnerto (Andima), esta sendo anunciado para ate o firn do mes o lanęamcnto dc um titulo quc pretende inserir o produło cine-matografico no mercado financci-ro. O projeto prewe um titulo dc inwestimento (quc vai ganhar o nook dc Ccrtificado dc Inwcsti-mento Audiovuual), a ser nego-ciado por instituięóes financciras. quc permitira quc pcssoas fisicas c
empresas imistam na produęao dc filmcs c obtenham lucro na bilheteria. Faz parte do projeto. indusise. um inccntivo fiscal quc garantc uma dcduędo no Imposto dc Renda do invcstidor — atć 3% (pessoa fisica) c atć 1% (pessoa juridica). Ou seja. o cinema brasi-leiro se transformat num negó-cio. com lodos os riscos de qual-qucr invcstimento. O projeto ć a primcira rculizaęao concrcta da Lei do Audiowisual. aprovada pe-lo Congresso no finał do ano pas-sado, c constitui uma grandę es-peranęa para o reaquecimento da atividadc cincmalogrifica no pais.
CA IX A ECOMÓMtCA
FEDERAL
O Conjunto Cultural da CEF informa que foi prorrogado o prazo de recebi-mento de propostas para ocupaęśo de sua Galeria de Arte e Teatro/Auditório para eventos no decorrer do ano de 1994.
As propostas devem ser encaminha-das para o Nucleo de Comunicaęao Social e Promoęao Cultural da Supe-•rintendencia Regional de Brasilia — CEF. atś o dia 11 de fevereiro de 1 994.
SBS Ouadra 01 Lote 28. Bloco "L” -17° andar. Cep: 70072-100. Brasilia-DF. Maiores informaęóes pelos fones: (061) 223-4333 ou 321 -6262 Ramais 31 5 ou 209.
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