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10 • quinta*fetra. I3/I/94

JORNAL DO BRASIL

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LlhOHAMO DA MOTTA \ I.IGA —    #Vr*4r*«

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O LAUOO PO LL<^lSTA:

AROEIRA


Ominislro do Mcio Ambientc, Rubcm Ricu-pcro, ficou duplamcnlc cscandalizado, no finał dc scmana. quando sobrevoava e pcrcorria de carro a Floresta da Tijuca, ao conslatar quc tres favdus cslavam invadindo a arca c uma barrcira do Comando VcrmcIho impedia o transito das pcssoas nura trecho perto do Borel.

A situaęJo, porem, ć piór do que o ministro imagina. Na rcaiidadc, sao 18 favelas circundando a regiao. sempre na expectativa dc expans5o, a quc se junta, cm ameaęa igualmcntc crcsccntc, a construęao dc casas dc familias mais abastadas. A dcvastaęao ć pennanente, num eterno desafio a estabilidade fiorestal do Rio. contrastando com a Palta dc vontadc dc presemr. Favdizaę3o, balóes, cabras, sujeira e corte de irvorcs para construęao dc barracos ou ccrcas complctam o panorama dcsolador da dcstruięao ambicntal.

Quando se poda uma arvorc, a grita dos ver-des ć cnormc. Mas quando se poda a floresta. como acontece com a da Tijuca. inslaura-se um silencio desolador. A manutcnęao da Floresta da Tijuca. maior floresta urbana do mundo, ć mais do quc um problema das autoridades: ć dc loda a sociedade. Tambem niło ć pedir muito que autoridades municipais. estaduais c federais unam csfor-ęos para defender um património unico no mundo, esquccendo rivalidades politicas e se conoentrando no bem-estar da populaęao. Estc bem-estar, hojc, esta ameaęado dc lodos os lados, dcsde a fascliza-ęao as barreiras do Comando Vermclho — entida-dc kafkiana que se espraia da prisao de seguranęa rdutima aos morros c ao asfalto, em desafio a lei c corrupęao do aparelho policial.

A Floresta da Tijuca. 132 3nos depois quc o imperador Pcdro II incumbiu o major Manuel Archer dc rcplanta-la. ainda e o simbolo do preser-vacionisino num pais em quc as agressóes a natu-reza chegaram a alarmar 3 consciencia intcmacio-nal. A ameaęa de cxp!oraęao predatória implica tambćm o contrario, a possibilidadc dc aęao cons-cicnte da socicdadc.


A regiao comcęou a ser ocupada por engenhos dc aęucar ainda no seculo 16. A medida que a cidade se expandia, aumcntava a procura de ma-dcira para construęao c combustivel. Em 1763 chegaram os pes de cafe. A Tijuca foi o marco inicial do ciclo dc cafe no Brasil. porque as mudas levadas por Palhcta ao Para nao se adaptaram c foram traridas para o Rio. Quando, no sćcuło passado. obscrvou-se uma crise de abastccimento dc agua, o governo tomou providćncias para pro-teger os mananciais das montanhas. cnlre elas a dcsapropriaęao de terrenos c o rcplantio da fłores-ta. O major Archer comandou um grupo de escravos quc plantou cerca de 100 mil &rvorcs em 13 anos de trabalho, com mudas dc cspecies nati-vas trazidas dc śreas vizinhas como Pedra Branca c Guaratiba. Com o passar dos anos foram sendo introduzidas novas cspecies vindas dc outros pon-tos do Brasil c do cxterior.

Scm a Floresta da Tijuca, a ridadc seria outra coisa. Mais qucnte. menos bela. Em maręo de 91, ela foi alęada pela Uncsco a condięao dc rcscrva da biosfera, juntamente com a Scrra dos órgiios. em Tcrcsópolis, e a Scrra dc Tingua, na Baixada Fluminense. O rdlorcstamcnto ordenado por Pcdro II ć um caso raro no mundo. De la para ca, as guerras devastaram contincntes. como aconteceu com a Europa, mas. no Rio. uma floresta intcira foi plantada dentro da cidade. Os brasileiros se-riam um caso perdido se nao soubessem com-preender a simbotogia deste ato, c tirar dclc lięao dc sobrcvivćncia e vida.

A lięao ć seria. Dcsdc o inicio da colonizaę2o do Brasil. atć agora, cm quatro seculos, o Rio ja perdeu 40% de suas florcstas. O avanęo das fave-las. ponta dc lanęa da dcstruięao, c o impćrio dos criminosos, quc cria territórios de atuaęio exdusi-va, onde a lei nSo pcnctra, somam-sc a falta dc consciencia prcscrvacionista. Quando finalmente a socicdadc, os vcrdes. os polilicos, os administrado-rcs. a populaęao, enfim. lodos, sc darao conta dc que e prcciso agir enquanto nao for tarde demais?


Danęa das Cadeiras


Aciranda financeira em tomo da cadcrncta dc poupanęa e duplamentc surprccndcntc. No Primciro Mundo uma infiaęao mcnsal dc 40% a 42% caracterizaria a frontdra da hiperinllaęJo. E levaria a fuga da moeda nacional rumo ao dolar c outras moedus fortes. Numa prova de que a eco-nomia brasilcira desafia a lógica. esses numeros promovcm uma corrida cm massa a velha cadernc-ta de poupanęa.

Os investidorcs foram atraidos por rcmuncraęóes nominais de 50%. Numa demonstraęiło cotctiva de que n3o mede sacrificios para venccr a infiaęao, o brasilciro vcndcu dólares c rcsgatou outras apłka-ęócs cm busca do lucro rcal estimado entrc 5% e 7%. Contrariando os Iivros-texlos sobre os sinais indicativois dc fases pre-hipcrinflacionarias, c a própria valorizaęao do dolar nos mercados inter-nadonais. o paralelo vcm caindo no Brasil. com desagio tle 7%-em relaęilo ao dolar comcrcial na teręa-fcira.

Tudo o quc esta acontecendo no mcrcado rcfletc a CKcitaęuo dos agentes económicos cm relaęao aos novos patamarcs da infiaęao. A remu-ncraęao rccorde da poupanęa ć conscqiiencia das altas projcęócs infiacionarias feitas pclos consulto-rcs económicos. Como dcsdc o governo Collor a remuncraęao da poupanęa trocou a infiaęao pas-sada pela taxa da TR (que embutc cxpcctativas infiacionarias e as laxas dc juros dos CDBs). os invcxtidorcs livcram o rendimento ajustado a mar-cha contcmporanca dos prcęos c ainda passaram a ser remunerados quando a aplicaęao complcta os 30 dias dc carcncia nos fins dc scmana ou feriados.

O alto ganho rcal da poupanęa pós o sislcina financeiro dianie dc gravc dilema: como os bancos rccolhcm 15% dos depósitos ao Banco Central, sob a forma dc encaixc compulsório. sobram 85% dos recursos para serem aplicados cm ativos quc rendam acima dos 50% quc as cadcrnctas vao pagar aos poupadores. O caminho natural dos bancos foi buscar aplicaęócs dc alta remuncraęao c liqiiidcz para alender uo rcsgalc cm 30 dias. c nada melhor para isso do que os titulos publicos federais.


A nipida introduęao da URV poderia ser a soluęao para cvitar essa danęa das cadeiras nas aplicaęóes financeiras, com uma conscqućncia per-versa: sempre quc para a musica e o Tcsouro Nacional quc paga o pato. O Tesouro esta sendo foręado pelo sistema financeiro a yender titulos com alto ganho acima da infiaęao para lastrcar as cadcrnctas. Como ocorreu em feverciro dc 1990. quando as cadcrnctas sc apresentaram com rendimento altamcntc favoravcl cm relaęao a outros invcstimcnlos, dcvido aos feriados do carnaval. o Tcsouro acaba pagando a conta.

O fato de quc maior parte dos recursos da poupanęa cstava laslrcada cm titulos do Tcsouro foi o molivo quc lcvou o govcrno Collor a tambem congdar as cadcrnctas. Nao ha raziło para temer a rcpctięao da historia, mas o Banco Central devc estudar nova remuncraęao para a poupanęa. a partir da aplicaęao da URV como indexador,

A corrida alucinada entre os varios prcęos da cconomia — quc sc materializa na ciranda financeira c na inversao total de valorc$ quc leva um forno dc brinqucdo a custar 50% mais caro do quc um forno dc vcrdadc — só faz aumentar a respon-sabilidadc do Congrcsso na urgentc apreriaęao do piano cconómico do govcrno. para detonar a aus-teridade c invcrtcr cxpectativas infiaciomirias.

Os deputados, porem, nio parcccm prcocupa-dos com os gravcs sintomas da hipcrinllaęao quc batc as porlas da naęao. Continuam mais cmpc-nhados cm cuidar dos próprios intercsses — seja qucrcndo livrar a rcsponsabilidadc pessoal e colcti-va pelo escandalo da CPI do Oręamento, ou pre-parando o terreno para a recleięao a 3 dc outubro.

A aposta colcliva nos altos rendimentos da poupanęa — dccorrcntes da própria escalada da taxa infiacionaria — nao dcixa dc ser um sintoma da falta dc consciencia colctiva em torno dos malcs da infiaęao. Os paises quc vcnccram a infiaęao o fizeram com largo sacrificio c espirito dc uniao: nunca comcniorando indices cresccntcs dc infia-ęao.


‘Buona Gente’


As autoridades alfandegarias amcricanas de-ram esta scmana um espetaeulo dc cficićncia. Quando o maior bichetro dc Sao Paulo. Ivo Noal. descmbarcou no aeroporto dc Miami, recebeu o tratamento habilual rcscr\ado aos estrangeiros: scus documcntos foram vcrificados cnquanto o oficial colhia suas dcclaraęócs.

Noal, porem, havia comctido o erro fatal de mentir ao consulado amcricano em Sao Paulo para obter o vis«o dc entrada nos Estados Unidos. E. quando o oficial da alfandega perguntou sobre scus antcccdentes criminais. Noal negou quc tives-sc contas a prestar a Justięa brasilcira. Omitiu candidamcnte os 60 inqućritos a quc respondc no Brasil, indusivc m tres cm quc ć acusado de ser o mandantc do assassinio dc tres dc scus rivais. cm mcio a uma eucrra sangrenta pck» controlc do trafico. que. nas pro.\imidadcs da Ascnida Sao Joao c no bairro da Libcrdade. produz um fatum-mento diario dc USS 600 mil.

O rcsuliado nao se fez esperar. Bastou ao


oficial da alfandega acionar o computador para ter ccrte/a dc que Noal cstava mentindo. O bichciro nao chcgou sequcr a sislumbrar as ccrcanias dc Miami. Foi imediatamente conduzido, sob custó-dia. ao primciro av$o dc volta ao Brasil.

Entrc um pais c outro, as distancias nao sao apenas gcograficas. Noal dcscobriu logo ao desem-barcar quc, cm Miami, ao contrario dc Sao Paulo, bichciro nao ć titulo honorifico c acusaęócs dc assassinato e formaęao dc quadrilha qualificam a perieulosidade do criminoso. o quc resulta em prisao prcvcntiva.

No Brasil, incxplicavelmcntc. foi liberado no aeroporto. por ter lido resogada sua ordcm dc prisao presentisa. Vai continuar a desfilar por Sao Paulo cm estado de plena legalidade. na mais com-pieta impunidade. Dc PC Fanas a lvo Nocl. criminosos brasileiros continuam a freqiicniar com maior deseńvo!tura a ponte aćrca intemacional. Para a Policia Federal, sono luiti htiotui gente.


MEOLlRDS

CPI DA CUT

ESfBttMO


OSwALOO
CRUZ

Junior.


94 AROŁiRA


A OPINIAO DOS LEITORES


JORNAL t>0 BRASIL. Opiniflo dos L<More». Av. Brasil, SOO. 6» anuar. CLP 20949-900. RIO Oe Janoiro. RJ FAX-021-S80 3349

Rio de Janeiro

Rcsido cm Madri (Espanha) ha 25 anos c, pela segunda vcz. visitci o Rio dc Janeiro em fćrias dc 30 dias, durantc os quats posso dizer quc andci pclos quulro caatos da cidade. Entrc andar a noitc dcsaeompanhada c a pć. pela orla dc Copacabana, partindo do hotel ondc me hospedd e sair a passcio c as compras, como qualqucr turista. nada ocorreu quc mc autorizc classificar o Rio dc Janeiro como cidade mais violcnta do que qualqucr Capital europćia. Confesso qw antes dc iniciar a viu-gcm. fui advertida por amigos sobre o :limn dc medo c tenor prcsumivelmcnte rcinantc na cidade. PuiJera, u opiniao publica formu-sc, no caso. a partir do noliciśrio das jornais c da TV. E a imprensa espanhoła tem sido scvcrissima com o Rio dc Janeiro nesse aspccto. Qucro consignar a opiniao pessoal de quc o Rio somente supera algumas das grandes cidade; do mundo peta sua bclcza. Pda questio de seguranęa. as coisis sao iguais. Mara Diaz Carcia — Rio de Janeiro.

□ Rcwillon 94, hocćis lotados dc turistas. ccrct.dc trćs milhScs dc pcssoas dc difercM« raęas. rebgiócs c cxtrato social na praia de Copacabana. Nio houve arrasłóes, lirotcios, bńgas ou qua!qucr confusilo. AqueJe mar de genie só queria uma corsa: cckbnir c comcmorar com muita esperanęa o ano novx> que estasa chcgando.

E tudo ban no estilo carioca. com muita irrmrenda. ulegria c musica. Essc i o Rio quc lodos qucrctno$. cósmopobia, humano c hospitalciro. O rcwiBon do Rio e hojc o maior c nuii cspclacubr csenlo do mundo em termos dc portidpaędo popular. (;.) A Riotur esta dc parabćns. Aldemir Otiscira e Siba — Rio de Jattiro.


Multa arbitraria

Ha 20 anos comprci 50 heelares dc puro pasto cm Yisconde de Mauua. A arca esti hojc 90% fiores-tada. Podc-sc dizer quc tornou-sc uma resena ccoiógica. frcqucntada por onęas, tucanos, vcados, antes inexistentcs.

Rcccntcmenic fui visitado por trćs agentes do Ibama c o rcsultado da visita foi CRS 30 mil por uma infraęao. Fui autuado cm dois cri-mes: I) “pregar piacas cm anores dc prcscrvaęao permanente". e 2) **uso dc fogo a guisa dc limpcza dc arca scm autorizaęao."

As tais aryores dc “prescmęiSo permanente" sio capirorocas c qua-resmeiras — cquivalcnlcs segetais dos ratos. tal a sua abundćnciu c caparidadc dc rcproduęao. Estas aryores existcm aos miliures na minha propriedade, c sc cu tivcssc usado mourfics comprados cm serraria, como os agentes rccomcndaram, ai sim havcria dano a naturcza por abata madcira nobrc.

O "uso dc fogo" assinulado na multa nao passou dc quatro foguei-ras cm quatro pilhas dc palba dc samambaia, juntadas após a roęada dc 3000m:. cxatamcntc para proic-ger dc asfixia as arvor«-bcbis pre-scrvadas naqucla arca.

(...) O Ibama prcparou-sc para multar o quc bem entender numa propriedade rural. Basta a vontadc arbitraria dc um agente. (...) Carlos Meyer — Rio dc Janeiro.

Licitaęao

E estranha a atitudc do presi-dente Itamar Franco no quc diz res-pcito a concorrencia da Tckbras para aquisięao de 720 mil termmais tclcfónicos No momento em quc FHC fala de forma cnfatica quc o corte no oręamento de I994 c a cria-ę2o de novas aliquotas nos impostos federais sao primordiais para o cqui-librio fiscal do goserno. o presidcntc da Rcpublica suspende a licilaęjo ondc a principal c que parccc iinica suspeita ć a pratica de prcęos pela AT&T, inferiorcs aos praticados p<-las concorrcntcs "nacionais" NEC. Equitel c Erieson. (...) Empresas dc Capital nacional podcm participar dc concorrćnctas em outros paises, com prcęos inferiorcs aos praticados no mcrcado inierno. c muilas das it/cs com fiiunriainento do goscrno bra-


silciro. A empresa STC, reprcscnian-tc da ATJcT no Brwi c instalada na Zona Franca dc Maoaus nao pode participar c ganhnr uma concorrćn-cia no território nacional. por ter prcęos menores? Paulo Ferreira de Canaibo Rio dc Janeiro.

Morał e etica

(...) Tcin-sc fabdo muito cm ćti-ca na vida piibłica. c isso ć bom. Mas ja ć hora dc ir dando mais um passo adianic c faza vcr a conc.iao entre a mówi particubr c a morał publica. A vida publica chcgou ondc chcgou porquc nos ultimos 30 anov houvc uma dctcrioraęao fcnomcnal da morał privada. Nao nos iluda-mos: se indivdujlmcntc as pcssoas forem injustas, desonestase egoistas. a socicdadc tambćm serii egoista, de-sonesta c injusta. Nao prctcndoąuc sc instaurc urna utopia dc cidadaos perfeitos. Contenlo-mc com bem menos. Basta por exemplo vollar a um patamar mais suportascl dc cor-rupęiio. Faz 20 ou 30 anos tambćm huvia ladrócs c adiiltcros. mas nuo era bem vislo gabar-sc do adultćrio ou da roubalhcira Por isso, a socie-dadc aa mais sadia c nao aistiam

cssas c outras mazclas.

. >

(...) E prcciso rwer aspectos da vida pessoal. familiar. empresurij), e corrigir o quc ć necessario. Nao sc pode desislir. pensando quc sera di-ficil: ć inadiiivcl. (...) Picro l.ćfoux CrhcDi — Florenęa (Itilia).

Sem luz

Escrcso esta carta a Izz dc lam-piao. cm minha casa na cidade dc Nova Friburgo. ja quc evamos ha quasc tres horas scm enagia. Isto num sabado. as 10 horas da noitc. £ irritantc a froąućncia com quc, cm qualquer vcniania ou trovoada, ou scm motivo aparente. a cnergiu ć cor-Uda cm diwsos bairros da cidade.

Nossa fomecwlora dc cncrgi i— a Cenf (Companhu de Eklriridaiic dc Nova Friburgo — ć uma empresa pnvada que detćm a coocessao ha longos anos. c esta ć uma óuma justi-ficatisa para os que sao contra a pmatizaęjo dos senięos publicos. A ficar sofrendo com a Cenf. mclhi-r sera canccbr sua concessao c devoi-vcr os sersięos .i cstatal Ccij Carlo' Albcrio Muller — Nosa Friburgo (RJ).


Programa do nienor

(...) £ com grandę entusiasmo quc o Departamento Nacional do Senni esia ofcrccendo a oportunida-dc dc iniciaęiio ao irabalho a 12 menores. dc 14 a 18 anos, quc ja estao atuando como mensageiros.

(...) O atendimento a populaęao carcntc e uma missżo quc o Senni ja descnvols« lui muitos anos. Basta obsersar o pcrfil dos scus alunos, ’ para constatar-se que a sua grandc maioria prosem das camadas menos fasorecidas da populaęao.

Criado cm 1942. o Sersięo Nacio-nal da Aprendizagem Industrial (Sercu) ć rcconhccido cm todo o mundo como um modclo dc instiluięao dc formaęao profissional. (...) c ć intcira-mcn(c mantido pela iniciativa priva-da. alrasćs do sistema Confedcraęao ' Nackmal da Industria (CNI).

(...) O Senai tambćm desenyols-c.. cm consrnio com a LBA, o Programu dc Empresas Comunitarias (PEC), (...) que incentiva a ocupaęao produtiva c a gcraęio dc renda, • atravć$ do associatisismo c da par-ccria como forma organizada dc tra- ■ balho. A primcira empresa ja esta funcionando no Vak do JEquitinho-nha (MG), uma das rcgiócs mais pobres do pais. (...) Alex#ndrc Fi-gocira Rodrlgucs, dirclor gcnl do Sc-nai/DN-Rio de Janeiro.

Feriados

No Fantaslico do dia 9/1 foi apresentadu uma rcportagem um tanio irónka sobre os feriados no Brasil, dizendo que o povo brasilciro adora ' um feriado e que no Brasil se trabalha menos do quc no Mćxico, Filipinas c Egito, entre outros paises.

Foi cntrcvistado o inatingiscl empresirio Antonio Ermirio dc Mo-racs, aquclc mesmo quc. dc tao ingć-nuo. foi ludibriado pelo Dr. Paulo Cesar Farias c tesc quc dar a ek USS 300 mil pclos scus senięos.

Segundo o empresario. o Brasil perde, a cada feriado. USS I biihao. (...)

Vcnho sugerir que trabalhemos nos feriados. pois em cada um arre-cadariamos USS I bilhao quc scriam aplicados na soluęao das varias ma-zclas deste pais.(...)

O problema do Brasil ć muito menos complicado do quc pcnsava-mos. Basta seguir os ensinamentos do "clicntc" do Dr. Paulo Cesar Fa-rius. (...) Jose Cartos Sarmcnlo da Silva — Rio de Janeiro.

Um kitor redanu da suporta frcqućncia dc fcrudócs. "sol. praia. ócio. cis uma trilogia que faz com ; quc o Brasil sc transformc cm parai-xo da prcquięa". Alguns numeros desse ócio: apesar da Constituięao fi\ar a scmana dc trabalho cm 44 horas. 30S dos brasileiros trabalham 49 horas semanais, contra 39,8 no Japao c 39 na Alcmanha. Alćm dis- ; so, os akmaes ton dircito a 31 dias utcis dc ferias por ano. quasc dois meses fora do trabalho; Enquanto temos 13 feriados por ano. o Mćxko tem 14. a Espanha 15. o Japao 16 ca Aknunha 30. E cnquanto a scmana dc 40 horas foi conquistada na Europę c EUA nos anos 30 c 40 c na America Latinu nos anos 50 c 60. só a Vcne/ucla, alem do Brasil, ainda nao a aJotou. Fernando Antonio de Barros — Rio dc Janeiro.


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