Curso Portugues Língua Portuguesa Resumao Para Esaf


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PROFESSORA CLÁUDIA PIRES

FISCAL BÁSICO

RESUMOS

ORTOGRAFIA - SEMÂNTICA - MORFOLOGIA - SINTAXE - PONTUAÇÃO

EMPREGO DE ALGUMAS PALAVRAS

ORTOGRAFIA

1. Uso do Porque, Porquê, Por que, Por quê

1.1- PORQUE - é usado como:

a) Conjunção subordinativa causal: -Ex: Foi reprovado, porque não estudou.

b) Conjunção coordenativa explicativa: Ex: Faça o trabalho, porque estou pedindo.

c) Conjunção subordinativa final: Ex: Chorou, porque pudesse acompanhar o desfile.

1.2. PORQUÊ é substantivo (sinônimo das palavras razão, motivo). Ex: Diga-me o porquê de tanto desprezo.

1.3. POR QUE é usado como:

a) Advérbio (interrogativo ou não) do causa no início das oração. - Ex: Por que faltaste ao trabalho?

Diga-me por que faltaste ao trabalho.

Sabemos por que ele faltou.

b) Preposição + pronome relativo: EX: 0 motivo por que faltaste não esta bem esclarecido.

1.4. POR QUÊ Advérbio (interrogativo ou não) da causa, usado ap6s pausa ou no final da frase. EX: Não vais ,por quê?

Não sei por quê, mas estou triste.

2. Emprego de a A.

2.1. (verbo haver)

a) Sinônimo de existir, ocorrer: EX: rosas no vaso.

sempre acidentes ali.

b) Referência a fatos passados (= fazer). EX: dois anos não a vejo.

2.2. A (Preposição)

a) Referência a fatos futuros. EX: Chegarei daqui a duas horas.

b) Referência a distância. EX: A casa fica a dez quilômetros daqui.

3. Emprego do Mau - Mal:

3.1. Mau (adjetivo -antônimo da bom). EX: Faz mau tempo em Saquarema.

3.2. Mal

a) Advérbio (antônimo de bem). EX: Falaram mal do você.

Mal sabe falar.

b) Substantivo: EX: 0 mal jamais vence o bem.

c) Conjunção temporal. EX: Mal chegou, começou a briga.

4. SENÃO x SE NÃO

4.1. Senão equivalente quase sempre a "do contrário" ou a "exceto", a "a não ser :”

Não insista, senão ele pode zanqar-se.

Ele nada fez senão atrapalhar.

Ninguém senão ele poderá ajudar-nos

4.2. Se não é igual a "caso não" -

EX: Se não fores bem sucedido, vem a mim e eu te ajudarei.

= Caso não sejas bem sucedido....)

5. ACERCA DE - CERCA DE

5.1. Cerca da significa aproximadamente" - EX: Cerca da mil jovens estavam ali reunidos.

A cidade mais próxima fica a cerca de dois quilômetros.

cerca de um ano de esteve aqui.

5.2. Acerca de equivale a sobre , a respeito de: - Ex: Falávamos acerca de alguns candidatos às próximas eleições.

6. ONDE - AONDE

6.1 -. Emprega-se AONDE com os verbos que dão idéia de movimento. Equivale sempre a PARA ONDE.

AONDE você vai?

AONDE nos leva com tal rapidez?

6.2 - Naturalmente, com os verbos que não dão idéia de movimento emprega-se ONDE.

ONDE estão os livros?

Não sei ONDE te encontrar

7. MAS - MÁS - MAIS

7.1 - MAS é uma conjunção coordenativa adversativa. Equivale, portanto, a contudo, todavia, entretanto.

Ela estudou muito, mas não conseguiu boa nota.

O time terminou o campeonato sem derrota, mas não foi o campeão.

7.2 - MAIS é pronome ou advérbio de intensidade. Tem por antônimo menos.

Ele leu mais livros este ano que no ano anterior.

Ela era o aluna mais simpática da classe.

7.3 - MÁS trata-se do plural do adjetivo

Eram pessoas extremamente más.

8. AO INVÉS DE EM VEZ DE

8.1 - AO INVÉS DE significa ao contrário de

Ao invés do que previu a meteorologia, choveu muito ontem.

8.2 - EM VEZ DE significa em lugar de

Em vez de jogar futebol, preferimos ir ao cinema.

9. AO ENCONTRO DE ENCONTRO

9.1 - AO ENCONTRO (rege a preposição de) significa A FAVOR DE.

Aquelas atitudes vão ao encontro do que eles pregavam.

9.2 - DE ENCONTRO (rege a preposição a) significa contra.

Sua atitude veio de encontro ao que eu esperava.

10 . A FIM DE AFIM

10.1 -A FIM DE é uma locução prepositiva que indica finalidade.

Ele saiu cedo a fim de poder chegar

10.2 -AFIM é adjetivo e significa semelhante, por afinidade.

O genro é um parente afim.

Tratava-se de idéias afins.

11. DEMAIS DE MAIS

11.1 - DEMAIS é advérbio de intensidade, equivale a muito.

Elas falam demais

11.2- DEMAIS também pode ser usado como substantivo (virá precedido de artigo ou outro determinante) significado os restantes.

Chamaram onze jogadores para jogar, os demais ficaram no banco.

11.3 -DE MAIS é locução prepositiva e possui sentido oposto a de menos.

Não haviam feito nada de mais.

12- À-TOA À TOA

12.1- À-TOA é um adjetivo (refere-se, pois, a um substantivo) e significa impensado, inútil, desprezível.

Ninguém lhe dava valor: era uma pessoa à-toa.

12.2- À TOA é um advérbio de modo e significa a esmo, sem razão, inutilmente.

Andavam à toa pelas ruas.

13- DIA-A-DIA DIA A DIA

13-1 - DIA-A-DIA é um substantivo e significa cotidiano.

O dia-a-dia do trabalhador é extremamente monólogo.

13-2 - DIA A DIA é expressão adverbial e significa todos os dias, cotidianamente.

Os preços das mercadorias aumentam dia a dia.

14. TAMPOUCO TÃO POUCO

14.1- TAMPOUCO é advérbio e significa também não.

Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.

14.2- Em TÃO POUCO, temos o advérbio de intensidade tão modificando o pouco, que pode ser advérbio ou pronome indefinido.

Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho! (tão modifica o pronome indefinido pouco)

Estudamos tão pouco nesta semana. (tão modifica o advérbio pouco)

15. ABAIXO A BAIXO

15.1- Abaixo:

1)Advérbio - embaixo; em categoria inferior; depois.

Abaixo de Deus, os pais.

2) Interjeição: grito de indigninação ou reprovação:

Abaixo o político!

15.2 - A baixo - contrário a “ de alto” .

Rasgou as roupas de alto a baixo.

16. SOBRETUDO SOBRE TUDO

16.1- sobre tudo - a respeito de tudo.

Eles conversam sobre tudo.

    1. sobretudo :

  1. especialmente; principalmente: Estudei muito, sobretudo porque estou querendo passar no colégio.

  1. capa, casacão - O frio do sul nos obrigou a usar sobretudo.

17. SEM-FIM SEM FIM

17.1- Sem-fim - número ou quantidade indeterminada.

Foi um sem-fim de ameaças e mortes.

17.2 - Sem fim - sem término.

É uma busca sem fim.

18. SEM-CERIMÔNIA SEM CERIMÔNIA

18.1 - sem cerimônia - à vontade.

Sirva-se sem cerimônia.

18.2 - sem-cerimônia - descortesia.

João, a sua sem cerimônia foi excessiva.

19. PORQUANTO POR QUANTO

19.1- porquanto - conjunção - visto que .

Apresso-me, porquanto estou atrasado.

19.2- por quanto - designa quantidade , preço.

Não sei por quanto tempo ficarei aqui.

20. MALCRIADO MAL CRIADO

20.1 - malcriado - se educação

Homem malcriado.

20.2- mal criado - tratado mal.

É um jardim mal criado.

21. MALGRADO MAU GRADO

21.1- malgrado - apesar de ( se não estiver seguido de preposição)

Malgrado a dificuldade, passei.

    1. mau grado -

a)contra vontade

Ele trabalha de mau grado.

b) apesar de ( se estiver seguido de preposição)

Mau grado ao tempo, sairemos.

22. PORTANTO POR TANTO

a) por tanto - por este preço.

Comprarei tudo, mas por tanto.

b) portanto - por conseguinte - conjunção conclusiva

Não estudou, portanto não espere excelentes resultados..

23. DETRÁS DE TRÁS

a) detrás - pela retaguarda.

Falar mal de alguém por detrás.

b) de trás - atrás.

Excelente conduta vem de trás.

24. APARTE À PARTE

24.1 - à parte - locução adverbial - de lado

Isso será feito à parte.

    1. aparte

  1. substantivo - interrupção

O palestrante recebeu um aparte.

  1. verbo - separar.

Não aparte os felinos.

25. EM PRINCÍPIO A PRINCÍPIO

25.1 - em princípio - ( em tese - em geral)

Em princípio , concordo com tudo.

25.2 - a princípio - no início

A princípio, eu estudava francês ; hoje , inglês.

26. AO NÍVEL DE EM NÍVEL DE

26.1- ao nível de - à mesma altura

A lancha estava ao nível do mar.

26.2- em nível de - hierarquia. - Tudo foi resolvido em nível de governo federal.

27. A DOMICÍLIO EM DOMICÍLIO

27.1 - a domicílio - expressão que só pode ser utilizada se o verbo pedir a preposição a . Nos demais casos, usa-se em domicílio.

Ele foi a domicílio.

Entregas em domicílio.

28. BEM EDUCADO BEM-EDUCADO

28.1 - bem-educado - adjetivo -É um menino bem -educado.

28.2 - bem educado - voz passiva ( foi educado) , sendo assim, a palavra bem não se liga por meio de hífen.

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O hífen é empregado para:

1. partição de palavras em final da linha;

2. ligar pronome átono às formas verbais (ênclise e mesóclise).

Amo-te, fá-lo-á, vimo-lo.

3 unir os pronomes enclíticos.

Amarram-se-lhe as mãos.

Viu-se-lhe o rosto.

4 separar a palavra eis dos pronomes o - a- os - as

Ei-las.

5. separar os sufixos açu, guaçu, mirim, do primeiro elemento formador, quando este termimar por vogal tônica acentuada ou nasal

caji-mirim, capirn-açu.

6 separar a maioria das palavras justapostas

Baixo-relevo, puxa-puxa, guarda-chuva,,

7 separar os prefixos abaixo relacionados1 de acordo com as seguintes regras:

a) além, aquém, recém, pós, pré, pró, soto, sota1 vice, nuper, ex, co - qualquer que seja a letra que inicie o se­gundo elemento formador.

além-mar, soto-mestra, ex-diretor, co-seno.

Exceções - coabitar, coeficiente, coadjutor, coirmão, colega­ritmo, etc.

b) auto, contra, extra, intra, infra, neo, pseudo, proto, se­mi, supra,

ultra quando o segundo elemento começa por H, R, S ou VOGAL.

Ex.: pseudo-sábio, neo-realismo, pseudo-herói.

(pseudomédico, neolatino)

Exceção: extraordinário

c) ante, anti, arqui, sobre - quando o segundo elemento começar por H ,R, S.

Ex. : anti-rábica (anticristo)

Exceções:

antisséptico, sobressair, sobressalente e sobressaltar, entre outras.

d) inter, hiper, superquando o segundo elemento começa por H ou R.

Ex.: inter-resistente (intermural)

e) circum, côn, pan, mal - quando o segundo elemento começa por H ou VOGAL

Ex.: mal-hurnorado (malfeitor)

Exceções: panarmômico, malandança

f) ab - ad - ob - sob - quando o segundo elemento começa por R

Ex.: ab-rogar, (abjurar)

g) sub - quando o segundo elemento começa por R ou B

Ex.: sub-ramo, sub-base

(suboficial)

Regras:

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1_ Não se separam os elementos dos grupos consonantais que iniciam uma sílaba nem os dos dígrafos "ch, lh, nh".

Exemplos: a-blu-ção, a-bra-sar, a-che-gar, fi-lho, ma-nhã, con-tri-bu-ir, a-fri-ca-no, a-plai-nar, en-gra-ça-do, re-fle-tir, su-bli-me.

Observação: Nem sempre formam grupos consonantais os elementos bl e br. No caso de o l e o r serem pronunciados separadamente, poderá haver a partição da palavra. Exemplos: sub-lin-gual, sub-li-nhar, sub-ro-gar, ab-rup-to.


2-_ O "s" dos prefixos bis, cis, des, dis, trans e o x do prefixo ex não se separam quando a sílaba seguinte começar por consoante. Todavia, se iniciar-se por vogal, formam sílaba com esta e separam-se do prefixo.

Exemplos: bis-ne-to, cis-pla-ti-no, des-li-gar, dis-tra-ção, trans-por-tar, ex-tra-ir, bi-sa-vó, ci-san-di-no, de-ses-pe-rar, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, e-xér-ci-to.


3-_ As letras "cc, cç, sc, rr, ss" e as vogais idênticas separam-se quando da partição do vocábulo, ficando cada uma delas em sílabas diferentes.

Exemplos: oc-cip-tal, te-lec-ção, pror-ro-gar, res-sur-gir, a-do-les-cen-te, con-va-les-cer, des-cer, pres-cin-dir, res-ci-são, ca-a-tin-ga, co-or-de-nar, ge-e-na.

Observação: As vogais de hiatos, mesmo diferentes uma da outra, também se separam. Exemplos: a-ta-ú-de, ca-í-eis, do-er, du-e-lo, fi-el, flu-iu, gra-ú-na, je-su-í-ta, le-al, mi-ú-do, po-ei-ra, ra-i-nha, vô-o.


4-
_ Não se separam as vogais dos ditongos crescentes e decrescentes nem as dos tritongos.

Exemplos: ai-ro-so, a-ni-mais, au-ro-ra, a-ve-ri-güei, ca-iu, cru-éis, re-jei-tar, fo-ga-réu, gló-ria, i-guais, ó-dio, jói-a, sa-guão, vá-rios.

Observação: Não se separa do "u", precedido de "g" ou "q", a vogal que o segue, acompanhada ou não de consoante. Exemplos: am-bí-guo, u-bí-quo, lín-gua, Gua-te-ma-la, de-lin-qüen-te.


Além das regras vistas anteriormente, toda consoante que não vem seguida de vogal fica na sílaba anterior, na divisão silábica.

Exemplos: sub-me-ter, sub-por, ab-so-lu-to, ad-vo-ga-do, ad-no-mi-nal, ad-vir, af-ta, mag-ma, cog-no-me, al-fai-a-te, nos-tal-gi-a, e-gíp-cio, re-cep-ção, ap-to, ar-far, ex-su-dar, ex-ce-ção, tungs-tê-nio, pers-pi-cá-cia, sols-tí-cio, ab-di-car, ac-ne, drac-ma, Daf-ne, ét-ni-co, nup-ci-al, abs-tra-ir, ins-pe-tor, ins-tru-ir, in-ters-tí-cio.

Observação: Ainda pelo mesmo caso acima, se a consoante for inicial, ela não se separa.Exemplos: Pto-lo-meu, psi-co-se, pneu-má-ti-co,

gno-mo, mne-mô-ni-ca.

OBSERVAÇÃO
Não podemos, isoladamente, dizer se este ou aquele vocábulo e tônico ou átono, somente na cadeia sonora da frase é que podemos saber, realmente, qual é o vocábulo tônico ou átono.

Há também palavras
bisesdrúxulas: amávamo-nos, entendíamo-nos (em espanhol: (sobresdrujulas).

A divisão silábica de qualquer vocábulo, assinalada pelo hífen, em regra se faz pela soletração, e não pelos seus elementos constitutivos segundo a etimologia.

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Na Língua Portuguesa, todas as palavras possuem uma sílaba tônica - a que recebe a maior inflexão de voz. Nem todas, porém, são marcadas pelo acento gráfico. O nosso estudo é exatamente este: em que palavras usar o acento agudo ou o acento circunflexo? Ainda existe o trema? Vamos às respostas.

As sílabas são subdivididas em tônicas, subtônicas e átonas.
A sílaba tônica é a mais forte da palavra. Só existe uma sílaba tônica em cada palavra.

Ex. guara- A sílaba tônica é a última.
      xi - A sílaba tônica é a penúltima.
      própolis - A sílaba tônica é a antepenúltima.

A sílaba tônica sempre se encontra em uma destas três sílabas: última, penúltima e antepenúltima.
A sílaba subtônica só existe em palavras derivadas. Coincide com a tônica da palavra primitiva.
Ex. Guaranazinho - A sílaba tônica é zi, e a subtônica, na
      Taxímetro - A sílaba tônica é , e a subtônica, ta
      Propolina - A sílaba tônica é li, e a subtônica, pro
Todas as outras são denominadas átonas.

Quando a palavra possuir uma sílaba só, será denominada monossílaba.

Os monossílabos podem ser átonos e tônicos. Os tônicos são aqueles que têm força para serem usados sozinhos em uma sílaba; os átonos, não. Portanto serão monossílabos tônicos os substantivos, os adjetivos, os advérbios, os numerais e os verbos.

Regras de Acentuação

1) Os monossílabos tônicos serão acentuados, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s.
Ex. pá, pás, má, más, vá, lá, já.
      pé, pés, mês, rês, Zé, né?
      pó, pós, dó, cós, pô!

Fé-lo , pó-las , fá- lo-ás

2)Oxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na última sílaba. São acentuadas, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s, e em EM, ENS.
Ex. corumbá, maracujás, maná, Maringá.
      rapé, massapê, filé, sapé.
      filó, rondó, mocotó, jiló.
      amém, armazém, também, Belém.
      parabéns, armazéns, nenéns.

As formas verbais oxítonas terminadas em A, E, O, acompanhadas dos pronomes oblíquos átonos lo, la, los, las devem ser acentuadas. O mesmo ocorre com as formas verbais terminadas em I, formando hiato tônico com a vogal anterior.

Ex. Iremos contratá-lo.
      Não quero comprometê-lo.
      O dinheiro, vou repô-lo.
      A casa, iremos construí-la em breve.

3) Paroxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na penúltima sílaba. São acentuadas, quando terminarem em UM, UNS, L, PS, X, EI (s), ÃO (s), U (s), ditongo crescente (s), N, I (s), R, Ã (s).

Ex. álbum, factótum, médiuns.
      ágil, flexível, volátil.
      fórceps, bíceps, tríceps.
      tórax, xérox, fênix.
      pônei, vôlei, jóquei.
      órgão, órfãos, sótão.
      ônus, bônus.
      Mário, secretária.
      hífen, pólen, gérmen.
      táxi, júris.
      fêmur, âmbar, revólver.
      ímã, órfãs.

4) Proparoxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na antepenúltima sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas, salvo a expressão per capita, por não pertencer à Língua Portuguesa.

Ex. síndrome, ínterim, lêvedo, lâmpada, sândalo.

5) Os ditongos eu, ei, oi / éu, éi, ói somente receberão acento, quando forem abertos, seguidos ou não de s.

Ex. meu, chapéu, deus, troféus.
      peixe, anéis, rei, réis.
      doido, estóico, foice, destrói.

6) As letras i e u serão acentuadas, independente da posição na palavra, quando surgirem:

Formando hiato com a vogal anterior.
Sem consoante na mesma sílaba, exceto o s.
Sem nasalização (til, NH e ressôo nasal).

Ex. saída, ataúde, miúdo.
      sairmos, balaústre, juiz.
      rainha, ruim, juízes.

7) Os grupos que, qui, gue, gui devem ser analisados com muito cuidado, pois podem surgir com trema, com acento agudo ou sem qualquer sinal gráfico. Vejamos então:

01) Quando o u for pronunciado atonamente, ou seja, quando as três letras participarem da mesma sílaba, com a pronúncia do u, deveremos colocar trema sobre ele.
Ex. se-qüên-cia, cin-qüen-ta.
      tran-qüi-lo, qüin-qüê-nio.
      a-güen-tar, en-xá-güem.
      ar-güi-ção, lin-güi-ça.

02) Quando o u for pronunciado tonicamente, ou seja, quando o e ou o i formarem hiato com o u, deveremos colocar acento agudo sobre o u. Isso ocorre somente com alguns verbos da Língua Portuguesa. Vejamo-los:
Averiguar, apaziguar e obliquar: As pessoas eu, tu, ele e eles do Presente do Subjuntivo são as únicas a receberem o acento agudo.

Ex. Que eu averigúe, tu averigúes, ele averigúe, eles averigúem.
      Que eu apazigúe, tu apazigúes, ele apazigúe, eles apazigúem.
      Que eu obliqúe, tu obliqúes, ele obliqúe, eles obliqúem.

Averiguar = examinar com cuidado; verificar.
Apaziguar = pacificar, acalmar.
Obliquar = Proceder maliciosamente; caminhar obliquamente.

Argüir e redargüir: As pessoas tu, ele e eles do Presente do Indicativo são as únicas a receberem o acento agudo.

Ex. Tu argúis, ele argúi, eles argúem.
      Tu redargúis, ele redargúi, eles redargúem.

Arqüir = acusar; censurar; argumentar; examinar, questionando ou interrogando.
Redargüir = Replicar, responder argumentando; acusar, recriminar.

8) Verbos ter e vir e formas verbais apresentam acento diferencial de número

Os verbos Ter e Vir, no Presente do Indicativo, têm a seguinte conjugação:

Ele vem Eles Vêm

Ewle tem Eles têm

Perceba que a terceira pessoa do plural - eles - possui um e só e acento circunflexo.


Os derivados dos verbos Ter e Vir, no Presente do Indicativo, têm a seguinte conjugação: Peguemos como exemplo os verbos manter e intervir eu mantenho, tu manténs, ele mantém , nós mantemos, vós manterdes, eles mantém / eu intervenho, intervéns, intervém, nós intervimos, vós intervirdes, eles intervêm


Observe que tu e ele possuem um e só, com acento agudo e eles, um e só, com acento circunflexo.

Obs: Descobrem-se os derivados dos verbos, conjugando uma determinado pessoa - por exemplo eu. Caso seja igual ao verbo original, será derivado dele. Por exemplo, a primeira pessoa do singular do presente do Indicativo do verbo ter é tenho. Todos os verbos que tenham essa terminação - tenho - serão derivados do verbo ter. mantenho, detenho, entretenho, retenho.

Obs.: êem: Não se esqueça dos verbos que possuem a terminação êem: crer, dar, ler, ver e todos os seus derivados. eles crêem, lêem, vêem. Que eles dêem.

9) Acentos Diferenciais

De tonicidade

As únicas palavras que recebem acento para serem diferenciadas de outras são as seguintes:

ás = carta de baralho, piloto de avião. O ás é a carta mais valiosa no pôquer.
às = contração da preposição a com o artigo ou pronome a. Obedeço às regras.
as = artigo, pronome oblíquo átono ou pronome demonstrativo. As garotas aprovadas são as que estão na sala ao lado. Chame-as.

côas, côa = 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo do verbo coar. Eu côo, tu côas, ele côa.
coas, coa = contração da preposição com com o artigo a ou as. Ele não se encontrou coas garotas.

pára = verbo parar na terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo - Ele não pára de conversar - ou na segunda pessoa do singular do Imperativo Afirmativo - Pára com isso!
para = preposição. Estude, para seu próprio bem.

péla, pélas = bola de borracha, jogo da péla; verbo pelar (tirar a pele) na segunda e na terceira pessoas do singular do Presente do Indicativo. Eu pélo, tu pélas, ele péla.
pela, pelas = preposição per mais artigo ou pronome. Ele fugiu pela porta da diretoria.
pélo = verbo pelar. Eu pélo, tu pélas, ele péla.
pêlo, pêlos = cabelo, penugem. Arrancou-lhe os pêlos do braço.
pelo, pelos = preposição per mais artigo ou pronome. Ele fugiu pelos fundos.

pera = preposição antiga (o mesmo que para).
pêra = fruto da pereira. Comi uma pêra no almoço. Observe que pêra só tem acento no singular.

pólo, pólos = as extremidades de um eixo; espécie de jogo. Foi campeão de pólo aquático.

pôlo, pôlos = espécie de ave. Matei dois pôlos ontem.

por = preposição.
pôr = verbo. Menino, vá pôr uma blusa, antes de sair por aí.

De timbre

pode = terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo do verbo poder. Hoje ele pode.
pôde = terceira pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo do verbo poder. Ontem ele pôde.

Acento: é a intensidade maior cu menor de um fonema ou grupo de fone­mas quando pronunciado. Pode ser de dois tipos:

Principal: é o mais fortemente pronunciado.

Ex.: cadela

Secundário: é o fracamente pronunciado. É a silaba subtônica das palavras derivadas.

Ex.: admiravelmente

CLASSIFICAÇÃO DAS SÍLABAS QUANTO AO ACENTO.

1. Tônica: é aquela fortemente pronunciada. Ex:: cadáver

2. Átona: é aquela pronunciada fracamente. Pode ser de dois tipos:

1- pretônica: antes da silaba tônica.

Ex.: ca

2. postônica: depois da sílaba tônica.

Ex.: jarra

3. Subtônica: é a sílaba oscilante entre a tônica e a átona, uma vez que é mais atenuada que a tônica e mais forte do que a átona.

Ex.: chapeuzinho, amavelmente

CLASSIFICAÇÃO DOS VOCÁBULOS QUANTO À POSIÇÃO A SÍLABA TÔNICA:

a) Oxítono: a sílaba tônica é a última.

Ex.: jardim, ca

b) paroxítono: a sílaba tônica é a penúltima

Ex.: jarra, órfão

c) proparoxítono: a sílaba tônica é a antepenúltima.

Ex.: cito, lido, bímano, tácito

OBSERVAÇÕES SOBRE A PRONÚNCIA CULTA

Atente-se na exata pronúncia das seguintes palavras, para evitar uma silabada, que é a denominação que se dá ao erro de prosódia:

  1. São oxítonas

Aloés - Nobel - recém - sutil - Gibraltar - novel - refém - ureter- cateter - masseter - condor - recém - Cister - ruim - sutil

B)São paroxítonas

cartomancia - alanos - avaro - avito - aziago - barbaria - batavo - efebo - erudito - estalido - êxul - filantropo - ibero - Hungria - hosana - gratuito - grácil leucemia - maquinaria - matula - misantropo - mercancia - nenúfar - Normandia - onagro - opimo - pegada - pletora - policromo - pudico - quiromancia - refrega - rubrica - Salonica - táctil - têxtil - Tibulo - tulipa - ciclope - decano - diatribe - edito(lei) -gólfão - inaudito - acórdão - alanos - âmbar - ambrosia - avito - cânon - azimute - caracteres - clímax - cromossomo - erudito - estalido - edito (lei) - exegese - fluido - hissope - ibero - maquinaria - matula (súcia) - normandia - opimo - pandora - samaria - têxtil - tulipa .

B) São proparoxítonas

ádvena- aeródromo - aerólito - ágape - álacre - álcali - alcíone - alcoólatra -âmago - amálgama anátema -andrógino - anêmona - areópago - aríete - arquétipo -autóctone -azáfama - azêmola- bátega - bávaro - bígamo - bímano - bólido (-e) - brâmane - cáfila - égide - etíope - êxodo - fac-símile - fagócito - farândula - férula - gárrulo - hégira - hipódromo - idólotra - ímprobo - ínclito númida - ômega - páramo - Pégaso - périplo - plêiade - prístino - prófugo - protótipo - quadrúmano - revérbero - sátrapa - Tâmisa - anódino - cânhamo - ínterim - trânsfuga - antífona - Cérbero - invólucro - végeto - antífrase - cotilédone - leucócito - zéfiro - zênite - Niágara -édito (ordem judicial)- orquídea -

Prefiram-se ainda as pronúncias:

Para alguns vocábulos há, mesmo na língua culta, oscilação de pronúncia ( DUPLA PROSÓDIA). É o caso de :

projétil - projétil / réptil - réptil / sóror - soror / zângão - zangão / ortoépia - ortoepia / ambrosia ou Ambrósia/

hieróglifo - hieróglifo/ crisantemo - crisântemo /anidrido- anidrido / autópsia - autopsia / oceânia - oceania / biópsia - biopsia / ájax - Ájax /acróbata - acrobata / áea - aléia / Nefelíbata -nelilibata /reseda (ê) - resedá / dário - Dario / eclâmpsia - eclampsia

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1. Sinônimos: Palavras de significação parecida que podem ser emprega das uma pela outra, numa frase, sem mudança de sentido.

Ex.: abduzir - esviar, afastar

2. Antônimos: Palavras que possuem sentidos contrários. Há três maneiras de exprimir um antônimo:

a) Por palavras diferentes, de sentido oposto. Ex.: ébrio - sóbrio

b) Por palavras de mesmo radical, uma delas com prefixo negativo:

Ex.: leal - desleal; cortês - descortês.

c) por palavras de mesmo radical, com prefixos de sentido contrário:

Ex.: imigrante - emigrante simpático - antipático

3. Homônimos: Palavras de significado diferente que apresentam semelhança na grafia, na pronúncia ou em ambas.

- As que só apresentam identidade na grafia são chamadas homônimas homógrafas

Ex.: forma (ô)x forma (ó) colher (verbo) x colher (substantivo)

- As de grafia diferente e pronuncia idêntica são homônimas homófo­nas.

Ex.: espiar (olhar) x expiar (remir a culpa)

ACENDER (pôr fogo)

ASCENDER (subir)

ACENTO (sinal gráfico)

ASSENTO (lugar onde se senta)

ACERTO (ato de acertar)

ASSERTO (afirmação)

APREÇAR (ajustar o preço)

APRESSAR (tornar arbusto)

BUCHEIRO (tripeiro)

BUXEIRO (pequeno arbusto)

BUCHO (estômago)

BUXO (arbusto)

CAÇAR (capturar animais)

CASSAR (tornar sem efeito)

CEGAR (deixar cego )

SEGAR (ceifar, cortar)

CELA (quarto pequeno)

SELA (arreio)

CENSO (recenseamento)

SENSO (entendimento, juízo)

CÉPTICO (descrente)

SÉPTICO (que causa infecção)

CERRAÇÃO (nevoeiro)

SERRAÇÃO (ato de serrar)

CERRAR (fechar )

SERRAR (cortar)

Cervo (veado )

SERVO (criado)

CHÁ (erva, bebida)

XÁ (antigo soberano do Irã)

CHEQUE (ordem de pagamento)

XEQUE (lance no jogo de xadrez)

CÍRIO (vela)

SÍRIO (natural da Síria)

CITO (do verbo citar)

SITO (situado)

CONCERTO (sessão musical)

CONSERTO (reparo)

COSER (costurar)

COZER (reparo)

ESOTÉRICO (secreto)

EXOTÉRICO (que se expõe em público)

ESPECTADOR (aquele que assiste)

EXPECTADOR (aquele que espera)

ESPERTO (perspicaz)

EXPERTO (experiente, perito)

ESPIAR (observar)

EXPIAR (pagar pena)

ESPIRAR (soprar, exalar)

EXPIRAR (terminar)

ESTÁTICO (imóvel)

EXTÁTICO (relativo a êxtase)

ESTERNO (osso do peito)

EXTERNO (exterior)

ESTRATO (camada)

EXTRATO (o que se extrai de)

ESTREMAR (demarcar)

EXTREMAR (assinalar, sublimar)

INCERTO (não certo, impreciso)

INSERTO (inserido, introduzido)

INCIPIENTE (principiante)

INSIPIENTE (ignorante)

LAÇO (nó)

LASSO (frouxo)

RUÇO (pardacento)

RUSSO (natural da Rússia)

SÃO (sadio)

SÃO (santo) SÃO (verbo)

TACHA (prego pequeno

TAXA (imposto, tributo)

TACHAR (atribuir defeito a)

TAXAR (fixar taxa)

SEÇÃO (setor)

SESSÃO (reunião)

CESSÃO (ceder)

VÊS (forma verbo ver)

VEZ (ocasião)

REVESAR (rever, corrigir)

REVEZAR (substituir alternadamente)

FÚSIL (que se pode fundir)

FUZIL (carabina)

FUSÍVEL (resistência calibrada)

COSER (costurar)

COZER (cozinhar)

ASAR (guarnecer com asas)

AZAR (dar azo a, má sorte)

BROCHA(prego curto)

BOXA (pincel)

BUCHO (estômago de animais)

BUXO (arbusto ornamental)

CACHÃO (fervura)

CAIXÃO (caixa grande, féretro)

CACHOLA (cabeça)

CAIXOLA (pequena caixa)

CARTUCHO (canudo de papel)

CARTUXO (pertencente à ordem da Cartuxa)

CHÁCARA (Quinta)

XÁCARA (narrativa popular em verso)

CHALÉ (casa campestre em estilo suíço)

XALE (cobertura para os ombros)

- As que possuem identidade no som e na grafia são chamadas homôni­mas perfeitas.

Ex.: são (verbo) x são (adjetivo) canto (verbo) x canto (substantivo)

04. Parônimas: Palavras que apresentam pronuncia e grafia apenas pareci­da.

Ex.: eminente (ilustre) x iminente (prestes a ocorrer) ratificar (confirmar) x retificar (corrigir)

IGNARO (inculto, ignorante)

IGNAVO (preguiçoso)

INFLIGIR (aplicar)

INFRINGIR (transgredir)

RATIFICAR (confirmar)

RETIFICAR (corrigir)

ASSOAR (expelir o muco nasal)

ASSUAR (vaiar, apupar)

FLUIR (correr)

FRUIR (gozar)

AUGUSTO (elevado, respeitável)

ANGUSTO (estreito)

ELIDIR (eliminar)

ILIDIR (refutar)

CADAFALSO (forca)

CATAFALCO (estrado funerário)

SORTIR (abastecer)

SUTIR (ter como conseqüência)

PREMISSA (cada uma das duas primeiras proposições de um silogismo)

PRIMÍCIAS (primeiro s frutos ou lucros)

EMITIR (pôr em circulação, expedir)

IMITIR (pôr para dentro)

EMERGIR (vir à tona)

IMERGIR (mergulhar)

EVOCAR (recordar)

INVOCAR (chamar)

EMINENTE (ilustre)

IMINENTE (prestes a acontecer)

DESCRIÇÃO (ato de descrever)

DISCRIÇÃO (reserva, sobriedade)

DEFERIR (atender, conceder)

DIFERIR (discordar, adiar)

ACOIMAR (multar, incriminar, acusar)

ESCOIMAR (limpar, livrar de coima, de impurezas)

LACTANTE (mulher que amamenta)

LACTENTE (o ser que é AMAMENTADO)

PRESCREVER (preceituar, receitar, incidir em prescrição)

PROSCREVER (banir, degredar, pôr fora de uso)

DESSENTIR (deixar de sentir, perder o sentimento de)

DISSENTIR (divergir, discordar)

ENTRÂNCIA (lugar de ordem das circunscrições judiciárias)

INSTÂNCIA (grau de jurisdição)

FASTIO (repugnância)

FASTÍGIO (auge)

INERTE (sem movimento, ocioso)

INERME (sem meios de defesa)

ARREAR (pôr arreios)

ARRIAR (abaixar)

DEFERIMENTO (concessão)

DIFERIMENTO (adiamento)

DELATAR (denunciar)

DILATAR (retardar, estender)

DESCRIÇÃO (representação)

DISCRIÇÃO (reserva)

DESCRIMINAR (inocentar)

DISCRIMINAR (distinguir)

DESPENSA (compartimento)

DISPENSA (desobriga)

DESTRATAR (insultar)

DISTRATAR (desfazer)

EMERGIR (vir à tona)

IMERGIR (mergulhar)

EMIGRANTE (o que sai do próprio país)

IMIGRANTE (o que entra em país estranho)

EMINÊNCIA (altura, excelência)

IMINÊNCIA (proximidade de ocorrência)

EMITIR (lançar fora de si)

IMITIR (fazer entrar)

ENFESTAR (dobrar ao meio na sua largura)

INFESTAR (assolar)

ENFORMAR (meter em fôrma)

INFORMAR (avisar)

ENTENDER (compreender)

INTENDER (exercer vigilância)

LENIMENTO (suavizante)

LINIMENTO (medicamento para fricção)

PEÃO (que anda a pé)

PIÃO (espécie de brinquedo)

RECREAR (divertir)

RECRIAR (criar de novo)

SE (pronome átono, conjunção)

SI (pronome tônico, nota musical)

VADEAR (passar a vau)

VADIAR (passar vida ociosa)

VENOSO (relativo a velas)

VINOSO (que produz vinho)

AÇODAR (instigar)

AÇUDAR (construir açudes)

BOCAL (embocadura)

BUCAL (relativo à boca)

COMPRIDO (longo )

CUMPRIDO (executado)

COMPRIMENTO (extensão)

CUMPRIMENTO (saudação)

COSTEAR (navegar junto à costa)

CUSTEAR (prover as despesas de)

CUTÍCULA (película)

CUTÍCOLA (que vive na pele)

INSOLAÇÃO (exposição ao sol)

INSULAÇÃO (isolamento)

INSOLAR (expor ao sol)

INSULAR (isolar)

OVULAR (semelhante a ovo)

UVULAR (relativo à úvula)

PONTOAR (marcar com ponto)

PONTUAR (empregar a pontuação em)

ROBORIZAR (fortalecer)

RUBORIZAR (corar, envergonhar-se)

SOAR (dar ou produzir som)

SUAR (transpirar)

SOPORATIVO (que produz sopor (modorra))

SUPURATIVO (que produz supuração)

SORTIR (abastecer)

SURTIR (originar)

TORVAR (tornar-se carrancudo)

TURVAR (tornar turvo (opaco), toldar)

TORVO (iracundo, enfurecido)

TURVO (opaco, toldado)

DISCENTE (relativo a alunos)

DOCENTE (relativo a professores)

DECERTAR (lutar)

DISSERTAR (discorrer)

APREENDER (tomar conhecimento)

APRENDER (assimilar)

BEBEDOR (aquele que bebe)

BEBEDOURO (local onde se bebe)

CAVALEIRO (que cavalga)

CAVALHEIRO (homem cortês)

COMPRIMENTO (extensão)

CUMPRIMENTO (saudação)

DELATAR (denunciar)

DILATAR (alargar)

ESBAFORIDO (ofegante, apressado)

ESPAVORIDO (apavorado)

ESTADA (permanência de pessoas)

ESTADIA (permanência de veículos)

FLAGRANTE (evidente)

FRAGRANTE (perfumado)

FLUIR (correr)

FRUIR (desfrutar)

INFLAÇÃO (alta dos preços)

INFRAÇÃO (violação)

MANDADO (ordem judicial)

MANDATO (procuração)

PRECEDENTE (que vem antes)

PROCEDENTE (proveniente, que tem fundamento)

RATIFICAR (confirmar)

RETIFICAR (consertar)

RECREAR (divertir)

RECRIAR (criar novamente)

SOAR (produzir som)

SUAR (transpirar)

SUSTAR (suspender)

SUSTER (sustentar)

SORTIR (abastecer)

SURTIR (produzir efeito)

TRÁFEGO (trânsito )

TRÁFICO (comércio ilegal)

REMISSÃO (ato de perdoar )

REMIÇÃO (ato de remir, de libertar)

DESPERCEBIDO (distraído)

DESAPERCEBIDO (desprovido, desprevenido)

PREITO (homenagem)

PLEITO (eleição)

  1. Polissemia da linguagem - Apenas um significante para vários significados.

SIGNICANTE - CABEÇA

SIGNIFICADOS - lembrança, de memória, líder, extremidade, crânio.

06 - Hiperonímia e Hiponímia

Por hiperonímia temos o caso em que a primeira expressão mantém com a segunda uma relação de todo-parte ou classe-elemento. Por hiponímia designamos o caso inverso: a primeira expressão mantém com a segunda uma relação de parte-todo ou elemento-classe. Em outras palavras, essas substituições ocorrem quando um termo mais geral - o hiperônimo - é substituído por um termo menos geral - o hipônimo, ou vice-versa. Os exemplo ajudam a entender melhor.

O litoral norte de Santa Catarina tem um verdadeiro festival de localidades famosas: a praia de Camboriu, a ilha de São Francisco do Sul, a enseada do Brito.

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1- Substantivos

Palavra variável que denomina os seres em geral. Quanto à sua formação, pode ser:

1-primitivo x derivado (jornal x jornalista)

2-simples x composto (água x girassol)

Quanto à sua classificação, pode ser:

3-comum x próprio (rio x Amazonas)

4-concreto x abstrato (cadeira x trabalho)

Observações:
- substantivos próprios são sempre concretos e devem ser grafados com iniciais maiúsculas.
- os substantivos abstratos indicam qualidade (tristeza), sentimento (raiva), sensações (fome), ações (briga) ou estados (vida)
- dentre os comuns, merecem destaque os coletivos que, mesmo no singular, designam um conjunto de seres de mesma espécie

Flexão dos substantivos (gênero e número)

Gênero (masculino x feminino)

1-biformes: uma forma para masculino e outra para feminino. (gato x gata, príncipe x princesa). São heterônimos aqueles que fazem distinção de gênero não pela desinência mas através do radical. (bode x cabra, homem x mulher)

2-uniformes: uma única forma para ambos os gêneros. Dividem-se em:

- epicenos - usados para animais de ambos os sexos (macho e fêmea)
- comum de dois gêneros - designam pessoas, fazendo a distinção dos sexos através de palavras determinantes
- sobrecomuns - um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos.

Observação:
- alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. (o cabeça x a cabeça)

Número (singular x plural)

Nos substantivos simples, forma-se o plural em função do final da palavra.

1-vogal ou ditongo (exceto -ÃO): acréscimo de -S (porta x portas, troféu x troféus)

2-ditongo -ÃO: -ÕES/-ÃES/-ÃOS, variando em cada palavra (anãos, balões, alemães, cristãos).

Apresentam múltiplos plurais: alão- alões, alãos, alães / alazão- alazões, alazães / aldeão- aldeões, aldeãos, aldeães / vilão- vilões, vilãos / ancião- anciões, anciãos, anciães / verão- verões, verãos / castelão- castelões, castelãos / rufião- rufiões, rufiães / ermitão- ermitões, ermitãos, ermitães / sultão- sultões, sultães, sultãos.

3--R, -S ou -Z: -ES (mar x mares, país x países, raiz x raízes). As não-oxítonas terminadas em -S são invariáveis, marcando o número pelo artigo (os atlas, os lápis, os ônibus)

4--N: -S ou -ES, sendo a última menos comum (hífen x hifens ou hífenes)

5--X: invariável, usando o artigo para o plural (tórax x os tórax)

6--AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal x animais, barril x barris)

7-IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não oxítonos, trocar -L por -EIS. (til x tis, míssil x mísseis)

8-sufixo diminutivo -ZINHO(A)/-ZITO(A): colocar a palavra primitiva no plural, retirar o -S e acrescentar o sufixo com -S (caezitos, coroneizinhos, mulherezinhas)

9-metafonia: -O tônico fechado no singular muda para o timbre aberto no plural, também variando em função da palavra. (ovo x ovos, mas bolo x bolos)

Apresentam metafonia:

abrolho, contorno, caroço, corcovo, corvo, coro, despojo, destroço, escolho, esforço, estorvo, forno, foro, fosso, imposto, jogo, miolo, olho, osso, ovo, poço, porco, posto, porto, povo, reforço, socorro, tijolo, toco, torto, troco.

Não possuem metafonia: almoço, estojo, bolso, globo, gosto, esposo, pescoço,polvo, sogro, cachorro,

Grau

Os substantivos podem apresentar diferentes graus, porém grau não é uma flexão nominal.

São três: normal, aumentativo e diminutivo e podem ser formados através de dois processos:

1-analítico - associando os adjetivos (grande x pequeno) ao substantivo

2-sintético - anexando-se ao substantivo sufixos indicadores de grau (meninão x menininho)

Observações:
- o grau nos substantivos também pode denotar sentido afetivo e carinhoso ou pejorativo, irônico. (Ele é um velhinho legal / Que mulherzinha implicante)
- certos substantivos, apesar da forma, não expressam a noção aumentativa ou diminutiva. (cartão, cartilha)

2- Adjetivos

Palavra variável que acompanha o substantivo, indicando qualidades e características deste. Mantém com o substantivo que determina relação de concordância de gênero e número.

Adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a origem geográfica, normalmente são formados pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas: alagoano). Podem ser simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou regiões; nestes últimos casos assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção do último elemento (franco-ítalo-brasileiro).

Locuções adjetivas: expressões, geralmente, formadas por preposição e substantivo que equivalem a adjetivos (anel de prata = anel argênteo).

Flexão dos adjetivos:

Gênero

Uniforme ou biforme (inteligente x honesto [a])

Número

Os adjetivos simples formam o plural segundo os mesmos princípios dos substantivos simples, em função de sua terminação (agradável x agradáveis).

Os substantivos utilizados como adjetivos ficam invariáveis (blusas cinza).

Os adjetivos terminados em -OSO, além do acréscimo do -S de plural, mudam o timbre do primeiro -O, num processo de metafonia.

Grau

São três: normal, comparativo e superlativo

1-comparativo: mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais qualidades de um mesmo ser.

- igualdade - tão ... quanto (como)
-
superioridade - mais ... (do) que
-
inferioridade - menos ... (do) que

2-superlativo: exprime qualidade em grau muito elevado ou intenso.

- absoluto - quando a qualidade não se refere à de outros elementos. Pode ser analítico (acréscimo de palavra modificadora - muito) ou sintético (-íssimo, -érrimo, -ílimo). (muito veloz X velocíssimo)
- relativo - qualidade relacionada, favorável ou desfavoravelmente, à de outros elementos. Pode ser de superioridade (o mais ... que) ou de inferioridade (o menos ... que)

Observação:
- Apresentam formas sintéticas especiais os adjetivos bom, mau, grande e pequeno.

Adjetivos

Comparativo de Superioridade

Superlativo absoluto

regular

irregular

bom

melhor

boníssimo

ótimo

mau

pior

malíssimo

péssimo

pequeno

menor

pequeníssimo

mínimo

grande

maior

grandíssimo

máximo

Quando estes adjetivos se referem a características de um mesmo ser, admitem-se as construções mais bom que, mais mau que, mais grande que e mais pequeno que. (Ele é bonito e inteligente; alguns o consideram mais bom que inteligente.)

3- Verbos

Palavra variável que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ação, estado ou fenômeno da natureza.

Tipos de verbos

Conforme visto nos elementos mórficos, os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática (-a/-e/-i), podem-se criar 3 paradigmas verbais. De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:

1-regulares: seguem o paradigma verbal de sua conjugação

2-irregulares: não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinências (ouvir - ouço/ouve, estar - estou/estão)

3-anômalos: verbos irregulares com mudanças profundas nos radicais (ser/ir)

4-defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no pres. do ind. só apresenta a 1ª e a 2ª pess. do plural)

5-abundantes: apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. Mais freqüente no particípio, devendo-se usar o particípio regular com ter e haver; já o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso)

6-auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significação. Presentes nos tempos compostos e locuções verbais

Obs.: - certos verbos possuem pron. pessoais átonos que se tornam partes integrantes deles. Nestes casos, o pronome não tem função sintática (suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.)

- formas rizotônicas (tonicidade no radical - eu canto) e formas arrizotônicas (tonicidade fora do radical - nós cantaríamos)

Flexões verbais

1-número - singular ou plural

2-pessoa gramatical- 1ª, 2ª ou 3ª

3-tempo - referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro)

4-modo - indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertência ou pedido)

  1. voz - ativa, passiva e reflexiva

Tempos

1-primitivos: presente e pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo

2-derivados:

-presente do indicativo - presente do subjuntivo e imperativo negativo (da 1ª pess. sing.); imperativo afirmativo (2as pess. sem S e demais = pres. do subjuntivo)
- pret. perfeito do indicativo - pret. mais-que-perfeito do indicativo (3ª pess. plural sem M + DNPs), fut. do subjuntivo (3ª pess. plural sem AM + DNPs.), pret. imperfeito do subjuntivo (3ª pess. plural sem RAM + DMT SSE e DNPs)
- infinitivo impessoal - fut. do presente (+ -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão), fut. do pretérito (+ -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam) e pret. imperfeito (se 1ª conj. +

DMT=VA, de 2ª ou 3ª conj. + DMT=IA), sendo todos do indicativo

Vozes

1-ativa: sujeito é agente da ação verbal

2-passiva: sujeito é paciente da ação verbal. Pode ser analítica ou sintética:

analítica - verbo auxiliar (TD) + particípio do verbo principal
sintética - verbo (TD) na 3ª pess. do singular SE (partícula apassivadora)

3-reflexiva: sujeito é agente e paciente da ação verbal. Também pode ser recíproca ao mesmo tempo (acréscimo de SE = pronome reflexivo)

Na transformação da voz ativa na passiva, a variação temporal é indicada pelo verbo ser. Entretanto, nas locuções verbais, o ser assume a forma do verbo principal na voz ativa.

Ex.: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele (mantido o pret. perf. do ind.)

O vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o gerúndio do verbo principal)

Verbos notáveis

Encontram-se listados aqui alguns verbos que podem apresentar problemas de conjugação. Desta maneira, dedique uma atenção especial a este grupo.

1-Abolir (defectivo): não possui a 1ª pess. do sing. do pres. do indicativo, por isso não possui pres. do subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinqüir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)

2-Acudir (alternância vocálica o/u): pres. ind. - acudo, acodes... e / pret. perf do ind. - com u (=bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir)

3-Adequar (defectivo): só possui a 1ª e a 2ª pess. do plural no pres. do ind. Aderir (alternância vocálica e/i): pres. ind. - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir)

4-Agir (acomodação gráfica g/j): pres. ind. - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir)

5-Agredir (alternância vocálica e/i): pres. ind. - agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir, transgredir)

6-Aguar (reg.): pres. ind. - águo, águas..., / pret. perf do ind. - agüo, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar)

7-Apiedar-se (pronominal)

8-Aprazer (irreg.): pres. ind. - aprazo, aprazes, apraz... / pret. perf do ind. - aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram

9-Argüir (irregular com alternância vocálica o/u): pres. ind. - arguo (ú), argúis, argúi, argüimos, argüis, argúem / pret. perf - argüi, argüiste... (com trema )

10-Atrair (irreg.): pres. ind. - atraio, atrais... / pret. perf - atraí, atraíste... (=abstrair, cair, distrair, sair, subtrair)

11-Atribuir (irreg.): pres. ind. - atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem / pret. perf. - atribuí, atribuíste, atribuiu... (= afluir, concluir, destituir, excluir, , instruir, possuir, usufruir)

12-Averiguar (alternância vocálica o/u): pres. ind. - averiguo (ú), averiguas (ú), averigua (ú), averiguamos, averiguais, averiguam (ú) / pret. perf. - averigüei, averiguaste... (= apaziguar)

13-Caber (irreg.): pres. ind. - caibo, cabes... / pret. perf. - coube, coubeste...

14-Cear (irreg.): pres. ind. - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam / pret. perf. ind. - ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: falsear, passear... - alguns apresentam pronúncia aberta: estréio, estréia...)

15-Coar (irreg.): pres. ind. - côo, côas, côa, coamos, coais, coam / pret. perf. - coei, coaste, coou... (= abençoar, magoar, perdoar)

16-Comerciar (reg.): pres. ind. - comercio, comercias... / pret. perf. - comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)

17-Compelir (alternância vocálica e/i): pres. ind. - compilo, compeles... / pret. perf. ind. - compeli, compeliste...

18-Compilar (reg.): pres. ind. - compilo, compilas, compila... / pret. perf. ind. - compilei, compilaste...

19-Construir (irregular e abundante): pres. ind. - construo, constróis (ou construis), constrói (ou constui), construímos, construís, constroem (ou construem) / pret. perf. ind. - construí, construíste...

20-Crer (irreg.): pres. ind. - creio, crês, crê, cremos, credes, crêem / pret. perf. ind. - cri, creste, creu, cremos, crestes, creram / imp. ind. - cria, crias, cria, críamos, críeis, criam

21-Dignar-se (pronomina): (= persignar-se)

22-Dizer (irreg.): pres. ind. - digo, dizes, diz... / pret. perf. ind. - disse, disseste...

23-Falir (defectivo): pres. ind. - falimos, falis / pret. perf. ind. - fali, faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir)

24-Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância vocálica e/i): pres. ind. - frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem / pret. perf. ind. - frigi, frigiste...

25-Ir (irreg.): pres. ind. - vou, vais, vai, vamos, ides, vão / pret. perf. ind. - fui, foste... / pres. subj. - vá, vás, vá, vamos, vades, vão

26-Jazer (irreg.): pres. ind. - jazo, jazes... / pret. perf. ind. - jazi, jazeste, jazeu...

27-Mobiliar (irreg.): pres. ind. - mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam / pret. perf. ind. - mobiliei, mobiliaste...

28-Obstar (reg.): pres. ind. - obsto, obstas... / pret. perf. ind. - obstei, obstaste...

29-Pedir (irreg.): pres. ind. þ peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem / pret. perf. ind. - pedi, pediste... (= despedir, expedir, medir)

30-Polir (alternância vocálica e/i): pres. ind. - pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem / pret. perf. ind. - poli, poliste...

31-Precaver-se (defectivo e pronominal): pres. ind. - precavemo-nos, precaveis-vos / pret. perf. ind. - precavi-me, precaveste-te...

32-Prover (irreg.): pres. ind. - provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem / pret. perf. ind. - provi, proveste, proveu...

33-Reaver (defectivo): pres. ind. - reavemos, reaveis / pret. perf. ind. - reouve, reouveste, reouve... (verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas formas verbais com a letra v)

34-Remir (defectivo): pres. ind. - remimos, remis / pret. perf. ind. - remi, remiste...

35-Requerer (irreg.): pres. ind. - requeiro, requeres... / pret. perf. ind. - requeri, requereste, requereu... (derivado do querer, diferindo dele na 1ª pess. sing. do pres. ind. e no pret. perf. do ind. e derivados, sendo regular)

36-Rir (irreg.): pres. ind. - rio, rir, ri, rimos, rides, riem / pret. perf. ind. - ri, riste... (= sorrir)

37-Saudar (alternância vocálica) þ pres. ind. - saúdo, saúdas... / pret. perf. ind. - saudei, saudaste...

38-Suar (reg.): pres. ind. - suo, suas, sua... / pret. perf. ind. - suei, suaste, sou... (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar)

39-Valer (irreg.): pres. ind. - valho, vales, vale... / pret. perf. ind. - vali, valeste, valeu...

40-Ver (irreg.): pres. ind. - vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem / Pret. perf. ind. - vi, viste, viu... (= antever, prever, rever etc.)

41-Vir (irreg.): pres. ind. - venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm / pret. perf. ind. - vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram (= advir, convir, intervir, provir, sobrevir etc.)

Infinitivo pessoal ou impessoal?

O emprego do infinitivo não obedece a regras bem definidas.

1-impessoal: sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa

2-pessoal: refere-se às pessoas do discurso, dependendo do contexto

Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessário dar à frase maior clareza e ênfase.

Usa-se o impessoal:

1-sem referência a nenhum sujeito - É proibido fumar na sala

2-nas locuções verbais - Devemos avaliar a sua situação

3-quando o infinitivo exerce função de complemento de adjetivos - É um problema fácil de solucionar

4-quando o infinitivo possui valor de imperativo - Ele respondeu: "Marchar!"

Usa-se o pessoal:

1-quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração principal - Eu não te culpo por saíres daqui

2-quando, por meio de flexão, se quer realçar ou identificar a pessoa do sujeito - Foi um erro responderes dessa maneira.

3-quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª pess. do pl.) - Escutei baterem à porta

4- Artigos

Palavra colocada antes do substantivo para determiná-lo, mantendo com ele relação de concordância.

Pode ser classificado em:

1-definido: o, a, os, as - determinam o substantivo de modo preciso, específico

2-indefinido :um, uma, uns, umas - determinam o substantivo de modo vago, impreciso

Podem aparecer combinados com preposições. (numa, do, à ...)

O artigo tem a propriedade de substantivar qualquer palavra precedida por ele. Esse processo chama-se substantivação. (fumar-verbo / O fumar faz mal à saúde)

Observação:
- para se certificar de que uma palavra é artigo, troque o gênero do substantivo posterior. Se o suposto artigo não mudar de gênero, pertence à outra classe.

Emprego

1-não se deve usar artigo depois de cujo e suas flexões

2-não se usa artigo diante de expressões de tratamento iniciadas por possessivos

3-é obrigatório o uso do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere (ambos os cônjuges)

4-diante do possessivo adjetivo o uso é facultativo; mas se o pronome for substantivo, torna-se obrigatório

5-antes de nomes de pessoas, geralmente, não se utiliza o artigo

6-não se usa artigo diante das palavras casa (=lar, moradia) e terra (=chão firme) a menos que essas palavras sejam especificadas

7--diante de alguns nomes de cidade não se usa artigo, a não ser que venham modificados

8-usa-se artigo definido antes dos nomes de estados brasileiros, exceto: AL, GO, MT, MG, PE, SC, SP e SE

9-não se combina com preposição o artigo que faz parte de nomes de jornais, revistas e obras literárias (li em Os Lusíadas)

10-depois de todo, emprega-se o artigo para conferir idéia de totalidade (Toda a sociedade poderá participar)

5- Numerais

Palavra que indica quantidade, número de ordem, múltiplo ou fração. Classifica-se como: cardinal (1, 2, 3, ...), ordinal (primeiro, segundo, terceiro, ...), multiplicativo (dobro, duplo, triplo, ...), fracionário (meio, metade, terço)

Valor do Numeral

Podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem acompanhando e modificando um substantivo, terão valor adjetivo. Já se estiverem substituindo um substantivo e designando seres, terão valor substantivo.

Ex.: Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo)
Ele será o primeiro desta vez. (valor substantivo)

Emprego

1-os fracionários têm como forma própria meio, metade e terço, todas as outras representações de divisão correspondem aos ordinais ou aos cardinais seguidos da palavra avos (quarto, décimo, milésimo, quinze avos etc.)

2-designando séculos, reis, papas e capítulos, utiliza-se na leitura ordinal até décimo; a partir daí usam-se os cardinais. (Luís XIV - quatorze, Papa Paulo II - segundo)

Observação:
- se o numeral vier antes do substantivo, será obrigatório o ordinal (XX Bienal - vigésima, IV Semana de Cultura - quarta)

3-zero e ambos (as) também são numerais cardinais

4-dúzia, centena... são chamados numerais coletivos, por designarem um conjunto de seres

de forma indefinida

Flexão

Variam em gênero e número

gênero

Cardinais: um, dois e os duzentos a novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos e fracionários, quando expressam uma idéia adjetiva em relação ao substantivo

número:

Cardinais terminados em -ão; todos os ordinais; os multiplicativos, quando têm função adjetiva; os fracionários, dependendo do cardinal que os antecede

Os cardinais, quando substantivos, vão para o plural se terminarem por som vocálico

6- Pronomes

Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.

Pronome substantivo x pronome adjetivo

Esta classificação pode ser atribuída a qualquer tipo de pronome, podendo variar em função do contexto frasal.

pron. substantivo: substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro)

pron. adjetivo: acompanha um substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é belo)

Obs.: Os pronomes pessoais são sempre substantivos

Pessoas do discurso

São três:

1ª pessoa: aquele que fala, emissor

2ª pessoa: aquele com quem se fala, receptor

3ª pessoa: aquele de que ou de quem se fala, referente

Tipos de pronomes

  • pessoal

  • possessivo

  • demonstrativo

  • relativo

  • indefinido

  • interrogativo

Pessoal

Indicam uma das três pessoas do discurso, substituindo um substantivo. Podem também representar, quando na 3ª pessoa, uma forma nominal anteriormente expressa.

Ex.:A moça era a melhor secretária, ela mesma agendava os compromissos do chefe.

1-Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na frase, dividindo-se em retos e oblíquos.

Pronomes Pessoais

número

pessoa

pronomes retos

pronomes oblíquos

tônicos

átonos

 

singular

1a.
2a.
3a.

eu
tu
ele, ela

mim, comigo
ti, contigo
ele, ela, si, consigo

me
te
se, o, a, lhe

 

plural

1a.
2a.
3a.

nós
vós
eles, elas

nós, conosco
vós, convosco
eles, elas, si, consigo

nos
vos
se, os, as, lhes

Os pron. pessoais retos desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.

Obs.: os pron. oblíquos tônicos devem vir regidos de preposição. Em comigo, contigo, conosco e convosco, a preposição com já é parte integrante do pronome.

Os pron. de tratamento estão enquadrados nos pron. pessoais. São empregados como referência à pessoa com quem se fala (2ª pess.), entretanto, a concordância é feita com a 3ª pess.

Abrev.

Tratamento

Uso

V. A.

Vossa Alteza

príncipes, arquiduques, duques

V. Em.ª

Vossa Eminência

cardeais

V. Ex.ª

Vossa Excelência

altas autoridades do governo e das classes armadas

V. Mag.ª

Vossa Magnificência

reitores das universidades

V. M.

Vossa Majestade

reis, imperadores

V. Rev.ma

Vossa Reverendíssima

sacerdotes em geral

V. S.

Vossa Santidade

papas

V. S.ª

Vossa Senhoria

funcionários públicos graduados, oficiais até coronel, pessoas de cerimônia

Obs.: também são considerados pron. de tratamento as formas você, vocês (provenientes da redução de Vossa Mercê), Senhor, Senhora e Senhorita.

Emprego

1-você hoje é usado no lugar das 2as pessoas (tu/vós), levando o verbo para a 3ª pessoa

2-as formas de tratamento serão precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à pessoa e de Sua, quando fizermos referência a ela. Troca-se na abreviatura o V. pelo S.

3-quando precedidos de preposição, os pron. retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como oblíquos

4-os pron. acompanhados das palavras ou todos assumem a forma reta (Estava só ele no banco / Encontramos todos eles ali)

5-as formas oblíquas o, a, os, as não vêm precedidas de preposição; enquanto lhe e lhes vêm regidos das preposições a ou para (não expressas)

6-eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer  para mim fazer)

7-me, te, se, nos, vos - podem ter valor reflexivo

8-se, nos, vos - podem ter valor reflexivo e recíproco

9-si e consigo - têm valor exclusivamente reflexivo

10-conosco e convosco devem aparecer na sua forma analítica (com nós e com vós) quando vierem com modificadores (todos, outros, mesmos, próprios ou um numeral)

11-o, a, os e as viram lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r, s ou z e viram no(a/s), se a terminação verbal for em ditongo nasal

12-os pron. pess. retos podem desempenhar função de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo, este último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu, Senhor Jesus)

13-pode-se omitir o pron. sujeito, pois as DNPs verbais bastam para indicar a pessoa gramatical

14-plural de modéstia - uso do "nós" em lugar do "eu", para evitar tom impositivo ou pessoal

15-num sujeito composto é de bom tom colocar o pron. de 1ª pess. por último (José, Maria e eu fomos ao teatro). Porém se for algo desagradável ou que implique responsabilidade, usa-se inicialmente a 1ª pess. (Eu, José e Maria fomos os autores do erro)

16-não se pode contrair as preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu  Vi as bolsas dele bem aqui)

17-os pronomes átonos podem assumir valor possessivo (Levaram-me o dinheiro)

Obs.: as regras de colocação dos pronomes pessoais do caso oblíquos átonos serão vistas em separado

Possessivo

Fazem referência às pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo. Concordam em gênero e número com a coisa possuída.

Pronomes possessivos

pessoa

um possuidor

vários possuidores

meu (s), minha (s)

nosso (a/s)

teu (a/s)

vosso (a/s)

seu (a/s)

seu (a/s)

Emprego

1-normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, também, vir depois do substantivo que determina. Neste último caso, pode até alterar o sentido da frase

2-seu (a/s) pode causar ambigüidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?)

3-pode indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos)

4-nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem valor de posse por ser uma alteração fonética de Senhor

Demonstrativo

Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo.

Mesmo, próprio, semelhante, tal e o (a/s) podem desempenhar papel de pron. demonstrativo.

Emprego

1- indicando localização no espaço - este (aqui), esse (aí) e aquele (lá)

2 -indicando localização temporal - este (presente), esse (passado próximo) e aquele (passado remoto ou bastante vago)

3- fazendo referência ao que já foi ou será dito no texto - este (ainda se vai falar) e esse (já mencionado)

4- o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem a aquele (a/s)

6- tal é demonstrativo se puder ser substituído por esse (a), este (a) ou aquele (a)

7- mesmo e próprio são demonstrativos quando significarem "idêntico" ou "em pessoa". Concordam com o nome a que se referem

8- podem apresentar valor intensificador ou depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele estava com aquela paciência / Aquilo é um marido de enfeite)

9- nisso e nisto (em + pron.) podem ser usados com valor de "então" ou "nesse momento" (Nisso, ela entrou triunfante)

Relativo

Retoma um termo expresso anteriormente (antecedente).

São eles que, quem e onde - invariáveis; além de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto (a/s).

Emprego

1-quem será precedido de preposição se estiver relacionado a pessoas ou seres personificados

2-quem = relativo indefinido quando é empregado sem antecedente claro, não vindo precedido de preposição

3-cujo (a/s) é empregado para dar a idéia de posse e não concorda com o antecedente e sim com seu conseqüente

4-quanto (a/s) normalmente tem por antecedente os pronomes indefinidos tudo, tanto (a/s)

Indefinido

Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico. Podem fazer referência a pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de conjunto ou quantidade indeterminada.

Pronomes indefinidos

pessoas

quem, alguém, ninguém, outrem

lugares

onde, algures, alhures, nenhures

coisas

que, qual, quais, algo, tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a), nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), cada

Emprego

1- algum, após o substantivo a que se refere, assume valor negativo (= nenhum) (Computador algum resolverá o problema)

2- cada deve ser sempre seguido de um substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas cada uma)

3- certo é indefinido se vier antes do nome a que estiver se referindo. Caso contrário é adjetivo (Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos)

4- bastante pode vir como adjetivo também, se estiver determinando algum substantivo

5- o pronome outrem equivale a "qualquer pessoa"

6- o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está nada contente hoje)

7 -o pronome outro (a/s) ganha valor adjetivo se equivaler a diferente" (Ela voltou outra das férias)

8- existem algumas locuções pronominais indefinidas - quem quer que seja, seja quem for, cada um etc.

Interrogativo

Usados na formulação de uma pergunta direta ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do discurso.

Na verdade, são os pronomes indefinidos que, quem, qual (a/s) e quanto (a/s) em frases interrogativas. (Quantos livros você tem? / Não sei quem lhe contou)

7- Advérbios

Pode modificar um verbo, um adjetivo, outro advérbio ou uma frase inteira. Classificam-se de acordo com as circunstâncias que expressam:

1-lugar: longe, junto, acima, atrás, alhures...

2-tempo: breve, cedo, já, dentro, ainda...

3-modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo -mente

4-negação: não, tampouco, absolutamente...

5-dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, possivelmente...

6-intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, tão...

7-afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente...

Obs.: as palavras onde (de lugar), como (de modo), por que (de causa) e quando (de tempo), usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas, são classificadas como advérbios interrogativos.

São locuções adverbiais: à direita, à frente, à vontade, de cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em breve, etc. São classificadas, também, em função da circunstância que expressam.

Grau

Apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode apresentar variações de grau comparativo ou superlativo.

Comparativo:

igualdade: tão+adv+quanto
superioridade: mais+adv+(do) que
inferioridade: menos+adv+(do) que

Superlativo:

sintético: + sufixo -íssimo
analítico: muito+adv.

Obs.: bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior. As formas mais bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do que eu)

Emprego

1-na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, embora ocorra o diminutivo, o advérbio assume valor superlativo

2-quando os advérbio terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no último

3-antes de particípios, bem e mal aparecem nas formas analíticas do comparativo de superioridade (mais bem e mais mal) e não como melhor e pior

4-muito e bastante podem aparecer como advérbio (invariável) ou pron. indefinido (variável - determina subst.)

5-adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis (terminaram rápido o trabalho)

Palavras denotativas

Série de palavras que se assemelham ao advérbio. A NGB considera-as apenas como palavras denotativas, não pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. Classificam-se em função da idéia que expressam:

1-adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais)

2-afastamento: embora (Foi embora daqui)

3-afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano)

4-aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. (É quase 1h a pé)

5-=designação: eis (Eis nosso carro novo)

6-exclusão: apesar, somente, só, unicamente, inclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc. (Todos saíram, menos ela)

7-explicação: isto é, por exemplo, a saber etc. (Li vários livros, a saber, os clássicos)

8-inclusão: até, ainda, também, inclusive etc. (Eu também vou)

9-limitação: só, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu)

10-realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E você lá sabe essa questão?)

11-retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. (Somos três, ou melhor, quatro)

12-situação: então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?)

8- Preposições

Palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo relação de subordinação (regente - regido). Divide-se em:

1-essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás

2-acidentais (podem exercer função de preposição): afora, conforme, consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão etc.

preposições essenciais regem pron. obl. tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos pron. pessoais. (Falei sobre ti/Todos, exceto eu, vieram)

São locuções prepositivas: abaixo de, acerca de, a fim de, além de, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de etc.

Obs.: a última palavra da loc. prepositiva é sempre uma preposição, enquanto a última palavra de uma loc. adverbial nunca é preposição

Emprego

1-combinação: preposição + outra palavra sem perda fonética (ao/aos)

2-contração: preposição + outra palavra com perda fonética (na/àquela)

3-não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (Está na hora de ele falar)

Pronome pessoal oblíquo x preposição x artigo

Preposição - liga 2 termos, sendo invariável

Pron. oblíquo - substitui um substantivo

Artigo - antecede o substantivo, determinando-o

Relações estabelecidas pelas preposições ( valor nocional )

1-autoria - música de Caetano

2-lugar - cair sobre o telhado / estar sob a mesa

3-tempo - nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora

4-modo - chegar aos gritos / votar em branco

5-causa - tremer de frio / preso por vadiagem

6-assunto - falar sobre política

7-fim ou finalidade - vir em socorro / vir para ficar

8-instrumento - escrever a lápis / ferir-se com a faca

9-companhia - sair com amigos

10-meio - voltar a cavalo / viajar de ônibus

11-matéria - anel de prata / pão com farinha

12-posse - carro de João

13-oposição - Flamengo contra Fluminense

14-conteúdo - copo de (com) vinho

15-preço - vender a (por) R$ 300, 00

16-origem - descender de família humilde

destino - ir a Roma

9-Conjunções

Palavra que liga orações, estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:

Coordenativas: ligam duas orações independentes (coordenadas), ou dois termos que exercem a mesma função sintática dentro da oração. Apresentam cinco

1-aditivas (adição) - e, nem, tampouco, mas também, mas ainda etc.

2-adversativas (adversidade, oposição) - mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante, senão etc.

3-alternativas (alternância, exclusão, escolha) - ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer , já...já...etc.

4-conclusivas (conclusão) - logo, portanto, pois (depois do verbo), então, assim, por isso, por conseguinte etc.

5-explicativas (justificação) - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto etc.

Subordinativas: ligam duas orações dependentes, subordinando uma à outra. Apresentam 10 tipos.

1-causais - porque, visto que, já que, uma vez que, visto então, visto como, visto assim, como, em razão de que, pois que, dado que, na medida que etc.

2-comparativas - como, que (precedido de mais ou menos) etc.

3-condicionais - se, caso, contanto que, desde que , sem que , a menos que etc.

4-consecutivas (conseqüência, resultado, efeito) - que (precedido de tal, tanto, tão etc. - indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que etc.

5-conformativas (conformidade, adequação) - conforme, segundo, consoante, como, de acordo com que , condizente com que etc.

6-concessiva - embora, se bem que, ainda que, mesmo que, nem que, mesmo quando, mesmo como , mesmo assim, conquanto, por mais que, por menos que, apesar de que, posto que, malgrado que etc.

7-temporais - quando, enquanto, logo, desde que, assim que , antes que , sempre que , depois que, durante, apenas, mal etc.

8-finais - a fim de que, para que, que, porque etc.

9-proporcionais - à medida que, à proporção que, ao passo que , quanto mais, quanto menos , tanto menos , tanto mais etc.

10-integrantes - que, se

As conjunções integrantes introduzem as orações subordinadas substantivas, enquanto as demais iniciam orações subordinadas adverbiais. Muitas vezes a função de interligar orações é desempenhada por locuções conjuntivas

10- Interjeições

Expressa estados emocionais do falante, variando de acordo com o contexto emocional. Podem expressar:

1-alegria: ah!, oh!, oba! etc.

2-advertência: cuidado!, atenção etc.

3-afugentamento: fora!, rua!, passa!, xô! etc.

4-alívio: ufa!, arre!

5-animação: coragem!, avante!, eia!

6-aplauso: bravo!, bis!, mais um! etc.

7-chamamento: alô!, olá!, psit! etc.

8-desejo: oxalá!, tomara! etc.

9-dor: ai!, ui! etc.

10-espanto: puxa!, oh!, chi!, ué! etc.

11-impaciência: hum!, hem! etc.

12-silêncio: silêncio!, psiu!, quieto!

São locuções interjeitivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo! etc.

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TERMOS CONSTITUINTES DA ORAÇÃO

Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais.

A oração tem dois termos essenciais: sujeito e predicado.

 

Logo: Sujeito é o termo sobre o qual o restante da oração diz algo.

 

Ex.: O VENTO engrossava mais e mais as ondas.

Sujeito

 

Logo: Predicado é o termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito.

 

Ex.: O vento ENGROSSAVA MAIS E MAIS AS ONDAS

Predicado

 

Observação: Quando em uma oração não houver sujeito, ela toda será predicado.

 

POSIÇÃO DO SUJEITO NA ORAÇÃO

Dependendo da posição dos seus termos, a oração pode estar :

 a)    Na ordem direta - (sujeito antes do predicado):

 

Os alunos desenhavam despreocupados

Sujeito Predicado

 

b)    Na ordem inversa - (sujeito depois do predicado)

 

Desenhavam despreocupados os alunos

Predicado Sujeito

NÚCLEO DO SUJEITO

 

Núcleo é a palavra base do sujeito. É a palavra principal porque é a respeito dela que o predicado diz algo.

Um bando de pássaros sobrevoava a cidade.

 

Um bando de pássaro: sujeito

Pássaro: núcleo do sujeito

 

TIPOS DE SUJEITO

 

Para se analisar sintaticamente qualquer oração, deve-se começar, perguntando ao verbo Quem pratica a ação? ou Quem sofre a ação? ou Quem possui a qualidade? A resposta a essas perguntas denominamos de sujeito.

SÃO OS SEGUINTES OS TIPOS DE SUJEITO:

 

Determinado

01)SIMPLES: é aquele que possui apenas um núcleo. O núcleo do sujeito será representado por um substantivo, por um pronome substantivo ou por qualquer palavra substantivada. Núcleo é a palavra que, dentre todas as que surgem na função sintática, realmente exerce a função.

 

Exemplo: Os homens destroem a natureza.

Quem destrói a natureza? Resp.: Os homens. Núcleo = homens. Sujeito Simples.

 

Obs: Todas as palavras que surgirem antes do núcleo de qualquer função sintática chamam-se Adjunto Adnominal (aa). Portanto, no exemplo citado, o artigo os funciona como adjunto adnominal.

 02)COMPOSTO: é aquele que possui dois ou mais núcleos. Os núcleos do sujeito composto são, quase sempre, ligados pela conjunção e, pela conjunção ou, pela preposição com ou pelos conectivos correlatos assim ... como, não só ... mas também, tanto ... como, tanto ... quanto, nem ... nem.

Exemplo: Tanto os cientistas quanto os religiosos estão temerosos.

Quem está temeroso? Resp.: Tanto os cientistas quanto os religiosos. Núcleos = cientistas e religiosos. Sujeito Composto. Os artigos os e os são adjuntos adnominais.

 03)ELÍPTICO/ IMPLÍCITO NA DESINÊNCIA VERBAL (OCULTO): Teremos este sujeito em três circunstâncias:

A)   Quando perguntarmos ao verbo quem é o sujeito e obtivermos como resposta os pronomes eu, tu, ele, ela,você, nós ou vós, sem surgirem escritos na oração. O sujeito oculto também pode ser chamado de sujeito elíptico, sujeito desinencial ou sujeito subentendido.

 

Exemplo: Estudaremos a matéria toda.

Quem estudará? Resp.: Nós. Como o pronome não surge na oração temos sujeito oculto.

 B)   Quando o verbo estiver no Imperativo, ou seja, quando o verbo indicar ordem, pedido ou conselho, com exceção de Chega de e Basta de. Esses dois verbos participam de orações sem sujeito.

 

Exemplo: Estudem, meninos!

O verbo está no Imperativo, pois indica conselho. Portanto o sujeito é oculto.

 04) INDETERMINADO :Teremos sujeito indeterminado, quando perguntarmos ao verbo quem é o sujeito e obtivermos como resposta os pronomes eles, sem surgir escrito na oração, nem aparecer claramente quem são eles anteriormente.

 

Exemplo: Deixaram um bomba na casa do deputado.

Quem deixou uma bomba? Resp.: Eles. Não surge o sujeito escrito na oração, nem aparece, com clareza, anteriormente, quem é o sujeito. Portanto, sujeito indeterminado.

1º CASO

Ex.

Assaltaram uma senhora na esquina.

2º CASO

Ex. 

Vive-se bem no sul do país.

Acredita-se em tudo.

É-se muito feliz.

Ama-se a Deus

05)SUJEITO ACUSATIVO: Será sujeito acusativo o sujeito de um verbo no infinitivo ou no gerúndio de uma oração que funcione como objeto direto, quando o verbo da oração principal for fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir.

Exemplo: Fizeram a garota se retirar.

Quem fez? Resp.: Eles. Não surge o sujeito escrito na oração, nem aparece, com clareza, anteriormente, quem é o sujeito. Portanto, sujeito indeterminado.

 

O verbo fazer é verbo transitivo direto, que tem como objeto direto toda a oração a garota se retirar, pois isso é que foi feito, e não a garota foi feita, como pode parecer. A oração que funciona como objeto direto chama-se oração subordinada substantiva objetiva direta.

 

O verbo da oração subordinada substantiva objetiva direta está no infinitivo (retirar-se) e tem como sujeito a palavra garota. Portanto, garota é sujeito acusativo.

 

O sujeito acusativo poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as)

 

Quando o sujeito acusativo for um substantivo plural, o verbo no infinitivo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural. Em todos os outros casos, o verbo ficará no singular.

 

Exemplos:

 

Vi as garotas cantar/cantarem. As garotas = sujeito acusativo.

Vi-as cantar. as = sujeito acusativo.

Deixei-os entrar atrasado

 

7) ORAÇÕES SEM SUJEITO: Haverá oração sem sujeito, ou seja, o verbo será impessoal nos seguintes casos:

Obs.: Os verbos impessoais ficam, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular, com exceção do verbo ser.

 

a)     Verbos que indiquem fenômeno da natureza:

 

Exemplo: Choveu ontem.

Ventou demasiadamente.

 

Quando surgir o fenômeno da natureza escrito na oração ou quando a frase possuir sentido figurado, haverá sujeito:

Exemplo: Choveram pedras sobre Londrina.

Choveram papeizinhos coloridos sobre os soldados que desfilavam.

 

b)    Ser, estar, parecer, ficar, indicando fenômeno da natureza.

 

Exemplo: É primavera, mas parece verão.

Está frio hoje.

 

c)     Fazer, indicando fenômeno da natureza ou tempo decorrido.

 

Exemplo: Faz dias friíssimos no inverno.

Faz três dias que aqui cheguei.

d)    Haver, significando existir ou acontecer, ou indicando tempo decorrido.

 

Exemplo: Houve muitos problemas naquela noite.

Haverá várias festas em Curitiba.

Há dois anos ele esteve aqui em casa.

 e)     Passar de, indicando horas.

 

Exemplo: Já passa das 15h.

 f)      Chegar de e bastar de, no imperativo.

Exemplo: Chega de matéria.

 g)     Ser, indicando horas, datas e distância. O verbo ser é o único verbo impessoal que não fica obrigatoriamente na terceira pessoa do singular.

 

Horas: O verbo ser, ao indicar horas, concorda com o numeral a que se refere.

Exemplo: É uma hora.

São duas horas.

 

Distância: O verbo ser, ao indicar distância, concorda com o numral a que se refere.

Exemplo: É um quilômetro daqui até lá.

São dois quilômetros daqui até lá.

 

Datas: O verbo ser, ao indicar datas, tanto poderá ficar no singular quanto no plural.

Exemplo: É dois de maio = É dia dois de maio.

São dois de maio = São dois dias de maio.

 

Claro está que, se for o primeiro dia do mês, o verbo ser ficará no singular.

 

Estudo Do Predicado

PREDICADO

 

Predicado é o termo essencial da oração que constitui a parte da enunciação referente ao sujeito. É a parte da oração que contém os verbos referentes ao sujeito. Os predicados podem se apresentar como: predicados nominais (têm um nome como núcleo de significação), predicados verbais (têm um verbo como núcleo central de significação) e predicados verbo-nominais (composto por verbos e nomes como núcleos significativos).

 

Verbos Quanto A Predicação

Há verbos que expressam ação: são verbos significativos. Os verbos significativos classificam-se em intransitivos e transitivos.

 

VERBOS INTRANSITIVOS

É aquele que traz em si a idéia completa de ação, sem necessitar, portanto de nenhum complemento.

 

Ex.: O sol despontou.

A criança chora.

As folhas caem.

 

VERBO TRANSITIVO

É aquele que não traz em si a idéia completa de ação, necessitando, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido.

 

O VERBO TRANSITIVO PODE SER:

 

TRANSITIVO DIRETO

A ação transita diretamente para o complemento (objeto direto) sem preposição ligando-os.

 

Ex.: Os feirantes tiveram lucro - tiveram o quê? Lucro (sem preposição)

Derrubaram a velha casa - derrubaram o quê? A velha casa (sem preposição)

TRANSITIVO INDIRETO

A ação transita indiretamente para o complemento (objeto indireto) por meio de uma preposição.

 

Ex.: Todos nós precisamos de respeito - precisamos de quê? De respeito (com preposição)

Eu acredito em Deus. - acredito em quem? Em Deus (com preposição)

 

TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO

Apresenta dois complementos (objeto direto e objeto indireto), ou seja, a ação contida no verbo transita para o complemento direta e indiretamente ao mesmo tempo.

 

Ex.: Escrevi um bilhete para um amigo -

Escrevi o quê um bilhete (O.D. sem preposição) para quem? Para

um amigo (O.I. - com preposição).

 

Há verbos que expressam estado, esses verbos não são significativos. São os verbos de ligação.

VERBO DE LIGAÇÃO

É aquele que, expressando estado, liga características do sujeito, estabelecendo entre eles certos tipos de ralações.

 

Ex.: O choro da criança parecia fraco.

As moças estão felizes.

Ricardo permanece doente

 

Principais verbos de ligação:

Ser; estar, parecer; permanecer; continuar ,ficar; virar tornar (no sentido de transformar-se); cair (no sentido de estar); andar, encontrar, achar (no sentido de estar).

 

TIPOS DE PREDICADO

 

Predicado verbal

 É aquele que informa uma ação ( verbo de ação)

 

Ex.: Os operários lutam por melhores salários.

Os bombeiros socorreram as vítimas do incêndio.

 

Predicado Nominal

 É aquele que informa um estado do sujeito. Nesse predicado o verbo é de ligação.

 

Ex.: Zezinho está feliz.

Leila é linda.

A população permanecia agressiva.

 

Predicado verbo-nominal

É aquele que expressa uma dupla informação: ação e estado.

 

Ex.: Os operários chegam cansados.

1) Os operários chegam.

2) Eles estão cansados.

Os gatos olhavam aflitos.

1) Os gatos olhavam.

2) Eles estavam aflitos.

 

PREDICATIVO DO SUJEITO

 

É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito.

 

Ex.: As crianças continuam felizes.

As atitudes de alguns homens são imperdoáveis.

As pessoas pareciam satisfeitas.

 

O predicativo do sujeito também pode aparecer acompanhado de outros verbos.

 

Ex.: As crianças saíram satisfeitas.

O seu gesto foi delicado.

Os bancários terminaram o trabalho aliviados.

TERMOS INTEGRANTES E ACESSÓRIOS

OBJETO DIRETO

É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto (sem preposição).

 

Ex.: O cheiro de tinta contaminou o ar.

Algumas imobiliárias vendiam casas pré-fabricadas.

1. Objeto Direto: completa o sentido de um verbo transitivo direto.

1.1. Tipos de Objeto Direto

a) Normal: Encontrei-a na festa.

b) Preposicionado: Louvemos a Deus.

c) Pleonástico: A mim, abandonaste-me.

d) Interno: Dormiu um sono tranqüilo.

OBJETO INDIRETO

É o termo que completa o sentido do verbo transitivo indireto ( com preposição).

 

Ex.: O cantor não gostava de entrevistas.

Ele visa à faculdade. 

2. Objeto Indireto: completa o sentido de um verbo transitivo indi­reto.

2.1. Tipos de Objeto Indireto

a) Normal: Seu sucesso depende de esforço.

b) Pleonástico: Aos ricos, nada lhes devo.

c) De Interesse: Entregue-me este livro ao professor.

d) De Posse: Não lhe vi o rosto.

e) De opinião: Para mim, ele é inocente.

OBS.: O objeto indireto de posse pode ser analisado como adjunto adncminal.

Objeto direto com preposição.

Há casos em que o objeto direto pode, por eufonia, clareza ou realce da frase, ser precedido de preposição, em geral a. Eis os principais:

1 - Nomes próprios ou comuns e verbos que exprimem sentimentos: Amar a Deus sobre todas as coisas. / Judas traiu a Cristo. / Consolou aos amigos.

2 - Com o pronome relativo quem: Tinha um irmão a quem idolatrava. / Não sei a quem escolher.

3 - Antes de pronome tônico (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles e elas): "Nem ele entende a nós, nem nós a ele." / Escolheu a vós. / Convidou a mim. / Amava-a tanto como a si próprio. / A mulher tinha apenas a ele, seu filho, no mundo.

4 - Quando há expressão de reciprocidade: Um só tinha ao outro. / As feras atacam-se umas às outras.

5 - Quando se antecipa o objeto para lhe dar realce: A você é que não quero aqui. / A ele todos aguardavam com impaciência.

6 - Com pronomes indefinidos, especialmente relativos a pessoas: Não amava a ninguém. / Conhecia a todos. / Por que amas a uns e odeias a outros? / A quantos a vida engana.

7 - Com ambos: "O aguaceiro caiu, molhou a ambos." / Desconhecia a ambos.

8 - Para dar clareza à frase, evitando que o objeto direto se confunda com o sujeito, especialmente nas frases construídas na ordem inversa: A Abel matou Caim. / Matou o leão ao caçador. / "Encontrou-a e ao marido na Fazenda das Lajes." / "E olhava o amigo como a um filho mais veIho." Jornalisticamente, prefira sempre a ordem direta, que evita algumas dessas construções lingüisticamente sinuosas.

9 - Com alguns verbos transitivos diretos quando precedem infinitivo, como começar, principiar, aprender, ensinar, forçar, obrigar, convidar, acabar, cessar, puxar, etc.: Começou a fazer. / Principiou a ler. / Ensinou a viver. / Forçou a renunciar. / Obrigou a dizer. / Convidou a sair. / Acabou de chegar. / Cessou de falar. / Cansou de dizer.

10 - Em algumas expressões idiomáticas: Sacou do revólver, mas não ousou puxar da faca. / Arrancou da espada. / Pegou da agulha. / Cumpriu com a palavra. / Atirou com os livros sobre a mesa.

11 - Quando o objeto direto é um pronome oblíquo e vem seguido de aposto, este é preposicionado: Aconselhei-os (os = obj. dir.) a todos (aposto). / Ressaltou a afinidade que as (obj. dir.) ligava a ambas (aposto).

COMPLEMENTO NOMINAL

 

É o termo da oração que completa a significação de um nome ( adjetivo, advérbio ou substantivo abstrato), por intermédio de uma preposição.

 

Funcionarão como complemento nominal:

 

01) Todas as palavras com preposição, dentro da função sintática, que forem pacientes ou destinatários da ação contida no núcleo.

 

Por exemplo: A construção do prédio foi considerada um erro. do prédio funciona como CN, pois o prédio é elemento paciente em relação à ação de construir (Alguém construiu o prédio). Temos confiança em nossos amigos. em nossos amigos funciona como CN, pois é elemento destinatário em relação à ação de confiar (Nós confiamos em nossos amigos).

 

02) Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos e lhes funcionarão como complemento nominal, quando possuírem valor de "a alguém", não provindo a preposição de verbo.

 

Por exemplo: Tenho-lhe respeito. lhe funciona como CN, pois poderemos substituir por Tenho respeito a alguém, sendo que a prep. a não provém do verbo ter.

 

03) Quando o complemento nominal for representado por uma oração, daremos o nome de Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal.

 

Por exemplo: Temos confiança em que conseguiremos nosso intento. Em que conseguiremos nosso intento é oração subordinada substantiva completiva nominal.

AGENTE DA PASSIVA

Indica o agente da ação verbal na voz passiva1 vindo sempre regido de preposição ( ou, mais raramente, de).

Ex.: O trabalho foi feito por mim.

Era estimado de todos.

ADJUNTO ADNOMINAL

É o termo acessório que explica, determina ou especifica um núcleo de função sintática. Os adjuntos adnominais prendem-se diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente percebido, quando substituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que gravitam ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição, ou seja, os adjuntos adnominais desaparecem..

 

Ex. As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro deixam os turistas estrangeiros extasiados.

 

Analisando sintaticamente a oração, teremos:

 

Verbo deixar: Verbo Transitivo direto, pois quem deixa, deixa alguém.

 

Sujeito: quem é que deixa os turistas extasiados?

 

Resposta: As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro;

 núcleo do sujeito: paisagens. Então o sujeito é simples.

 

Se substituirmos o núcleo do sujeito por um pronome, teremos:

 

Elas deixam os turistas estrangeiros extasiados.

 

Portanto as, esplendorosas e do litoral brasileiro funcionam como adjunto adnominal.

 

Objeto Direto: As paisagens deixam quem?

 Resposta: os turistas estrangeiros;

 

núcleo do objeto direto: turistas.

 Se substituirmos o núcleo do objeto direto por um pronome, teremos:

 

As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro deixam-nos extasiados.

 

Portanto os e estrangeiros funcionam como adjunto adnominal.

Perceba que a palavra extasiados não desapareceu na substituição do substantivo por um pronome. Então ela não é adjunto adnominal, e sim predicativo do objeto, pois qualifica o núcleo do objeto direto turistas.

 

ADJUNTO ADVERBIAL

 

É a função sintática da palavra ou da expressão que servem para modificar ou intensificar o sentido do verbo, do predicativo ou de outro adjunto adverbial, atribuindo-lhes uma circunstância.

 

Não se deve confundir adjunto adverbial com advérbio: advérbio é a classe gramatical; adjunto adverbial é a função sintática. Em outras palavras: advérbio é o nome da palavra; adjunto adverbial é a função que a palavra exerce na oração.

 

CLASSIFICAÇÃO DOS ADJUNTOS ADVERBIAIS

  

01) Adjunto Adverbial de Tempo:

Ex.

O avião chegará a qualquer momento.

De vez em quando, vou ao cinema.

Ninguém confia nos políticos hoje em dia, no Brasil.

Observe que, quando o adjunto adverbial estiver no final da oração, não será separado por vírgula, a não ser que haja dois ou mais adjuntos adverbiais coordenados. Se o adjunto adverbial estiver no início da oração ou entre os elementos formadores da oração, deverá estar separado por vírgula.

 

02) Adjunto Adverbial de Lugar:

 Ex.

O policial observava o bandido a distância.

O documento está em cima da escrivaninha.

De vez em quando, vou ao cinema.

A locução adverbial a distância só receberá o acento grave indicativo de crase, se possuir a preposição de, formando a locução prepositiva à distância de. O policial observava o bandido à distância de cem metros.

 

03) Adjunto Adverbial de Modo:

 Ex.

Os namorados caminhavam lado a lado.

Caminhei à toa pela cidade.

O acontecimento espalhou-se boca a boca.

À toa, adjunto adverbial, não tem hífen. Quando for locução adjetiva, ou seja, quando estiver qualificando um substantivo, terá hífen. Por exemplo Aquele homem à-toa só anda à toa.

 

04) Adjunto Adverbial de Negação:

 Ex.

Não lhe procurarei mais.

De modo algum, você usará esse objeto.

Observe que o adjunto adverbial não, apesar de estar no início da oração, não está separado por vírgula. Isso porque é representado por apenas uma palavra. Portanto só será separado por vírgula o adjunto adverbial que for representado por mais de uma palavra.

 

05) Adjunto Adverbial de Afirmação:

 Ex.

Decididamente estou disposto a ajudá-lo.

Sem dúvida alguma, iremos até aí amanhã.

 

06) Adjunto Adverbial de Dúvida:

 Ex.

Quem sabe, conseguiremos a vaga.

Talvez encontremos a solução.

 

07) Adjunto Adverbial de Intensidade:

 Ex.

Ele bebeu em excesso.

Ela estava meio nervosa.

 

08) Adjunto Adverbial de Meio:

Ex.

Gosto de viajar de avião.

Fiz o trabalho a máquina.

Atacou os desordeiros a pedras.

Nas expressões adverbiais femininas, muitas vezes ocorre o acento grave sem que haja a crase, isto é, a fusão de dois aa. Verifique: Comprei o carro à vista. Se trocarmos por um masculino correspondente, teremos: Comprei o carro a prazo. Evidência clara de que na expressão à vista não houve a fusão de dois aa. Nesses casos, o uso do acento grave é justificado por alguns gramáticos por uma questão de tradição da língua, ou para tornar o contexto mais claro, evitando-se ambigüidades.

 

Não confunda adjunto adverbial de meio com adjunto adverbial de modo. Este indica a maneira como a ação é praticada; aquele, o instrumento usado para a ação ser praticada. Por exemplo: Andei de bicicleta, vagarosamente. de bicicleta é o meio; vagarosamente, o modo.

 

09) Adjunto Adverbial de Causa:

Ex.

Frank Zappa morreu devido a um câncer na próstata.

O poço secou com o calor.

 

10) Adjunto Adverbial de Companhia:

Ex.

Passei a tarde toda com Ester.

Andarei junto de você.

 

11) Adjunto Adverbial de Finalidade:  

Ex.

Eles vieram aqui para um estudo aprofundado de Português.

Convidei meus amigos para um passeio.

 

12) Adjunto Adverbial de Oposição:

Ex.

O Santos jogará com o Palmeiras.

Ela agiu contra a família.

 

13) Adjunto Adverbial de Argumento:

 

Ocorrerá o adjunto adverbial de argumento com as expressões chegar de e bastar de, no Imperativo.

Ex.

Chega de brigas.

Basta de incompetência.

 

14) Adjunto Adverbial de Assunto:

 

Ocorrerá o adjunto adverbial de assunto, quando houver verbo, indicando comunicação entre as pessoas (falar, conversar, discutir...) com a prep. de, a prep. sobre, a locução prepositiva acerca de, a loc. prep. a respeito de...

Ex.

Conversamos sobre você ontem.

Discutiremos acerca de seu problema.

O palestrante falará a respeito dos problemas educacionais brasileiros.

 

15) Adjunto Adverbial de Preço:

Ex.

Esse relógio custa muito caro.

Paguei R$ 600,00 ao dentista.

As palavras caro e barato só serão adjunto adverbial de preço, junto do verbo custar. Caso surjam com verbo de ligação, funcionarão como predicativo do sujeito, concordando com este elemento. Por exemplo As calças custaram caro. mas As calças estão caras.

 

16) Adjunto Adverbial de Matéria:

Ex.

Fiz de ouro o meu relógio.

 

17) Adjunto Adverbial de Acréscimo:

Ex.

Além da tristeza, sentia um profundo mal-estar.

 

18) Adjunto Adverbial de Concessão:

 

Ocorrerá adjunto adverbial de concessão na indicação de fatores contrários iniciados por apesar de, embora, inobstante...

 

Ex.

Apesar de você, sou feliz.

Inobstante sua má vontade, consegui meu intento.

19) Adjunto Adverbial de Condição:

Ex.

Sem disciplina, não há educação.

 

20) Adjunto Adverbial de Conformidade:

Ex.

Faça tudo conforme os regulamentos da empresa.

 

21) Adjunto Adverbial de Substituição:

Ex.

Abandonou suas convicções por privilégios.

Aposto

 

É o termo que explica, desenvolve, identifica ou resume um outro termo da oração, independente da função sintática que este exerça. Há quatro tipos de aposto:

Aposto Explicativo:

O aposto explicativo identifica ou explica o termo anterior; é separado do termo que identifica

por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões.

Ex. Terra Vermelha, romance de Domingos Pellegrini, conta a história da colonização de

Londrina.

Oração Subordinada Adjetiva Explicativa:

É a oração que funciona como aposto explicativo. É sempre iniciada por um pronome relativo e,

da mesma maneira que o aposto explicativo, é separada por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões.

Ex. Terra Vermelha, que é um romance de Domingos Pellegrini, conta a história da

colonização de Londrina.

 

Oração Subordinada Substantiva Apositiva:

Oração Subordinada Substantiva Apositiva é outra oração que funciona como aposto. A função dela é complementar o sentido de uma frase anterior que esteja completa sintaticamente. Por exemplo, quando se diz Ela só quer uma coisa a frase está completa sintaticamente, pois tem sujeito-verbo-objeto, porém incompleta quanto ao sentido. Portanto deveremos colocar algo que complete o sentido dessa frase. Por exemplo Ela só quer uma coisa: que sua presença seja notada. Eis aí a Oração Subordinada Substantiva Apositiva. Não confunda com a Oração Subordinada Adjetiva Explicativa, que também funciona como aposto, mas que tem como função complementar o sentido de um substantivo anterior, e não uma frase. Por exemplo: A vaca, que para os hindus é um animal sagrado, para nós é sinônimo de churrasco. Eis aí a Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.

 

Aposto distributivo:

Eram dois ótimos alunos: um em Física, outro em Biologia.

Aposto Especificador:

O aposto especificador Individualiza ou especifica um substantivo de sentido genérico, sem pausa. Geralmente é um substantivo próprio que individualiza um substantivo comum.

Ex. O professor José mora na rua Santarém, na cidade de Londrina.

 

Aposto Enumerador:

O aposto enumerador é uma seqüência de elementos usada para desenvolver uma idéia anterior.

Ex. O pai sempre lhe dava três conselhos: nunca empreste dinheiro a ninguém, nunca peça dinheiro emprestado a ninguém e nunca fique devendo dinheiro a ninguém.

O Escoteiro deve carregar consigo seu material: mochila, saco de dormir e barraca.

Aposto Resumidor:

O aposto resumidor é usado para resumir termos anteriores. É representado, geralmente, por um pronome indefinido.

Ex. Alunos, professores, funcionários, ninguém deixou de lhe dar os parabéns.

Aposto de oração:

É o pronome demonstrativo "o" ou um substantivo como "coisa", 'fato',"sinal"etc. que se refere a toda uma oração.

Ex.: Ele não veio, o que nos surpreendeu.

  Vocativo

 

O vocativo é um termo independente que serve para chamar por alguém, para interpelar ou para invocar um ouvinte real ou imaginário.

 

Ex. Teté, dê-me um beijo!

Período Composto Período Composto

Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos de períodos compostos:

  1. Período composto por coordenação: quando as orações não mantêm relação sintática entre si, ou seja, quando o período é formado por orações sintaticamente independentes entre si.

  2. Ex. Estive à sua procura, mas não o encontrei.

2) Período composto por subordinação: quando uma oração, chamada subordinada, mantém relação sintática com outra, chamada principal.

Ex. Sabemos que eles estudam muito. (oração que funciona como objeto direto)

 

Período Composto por Subordinação ( HIPOTAXE)

 

A uma oração principal podem relacionar-se sintaticamente três tipos de orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais.

 

I. Orações Subordinadas Substantivas:

São seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que, se)

A) Subjetiva: funciona como sujeito da oração principal.

Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva:

verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.

 

Ex. É necessário que façamos nossos deveres.

verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva.

Verbo unipessoal só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir, constar, parecer, importar, interessar, suceder, acontecer.

 

Ex. Convém que façamos nossos deveres.

verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.

 

Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.

 

B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal.

(sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.

 

Ex. Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.

 

C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal.

(sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.

 

Ex. Lembro-me de que tu me amavas.

 

D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da oração principal.

(sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada substantiva completiva nominal.

 

 

Ex. Tenho necessidade de que me elogiem.

 

E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração subordinada substantiva apositiva vem após dois pontos, ou mais raramente, entre vírgulas.

oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.

 

 

Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.

 

F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal.

(sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.

 

 

Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.

 

Nota: As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras:

Pronomes interrogativos (quem, que, qual...)

Advérbios interrogativos (onde, como, quando...)

Perguntou-se quando ele chegaria.

Não sei onde coloquei minha carteira.

 

 

II. Orações Subordinadas Adjetivas

 

As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relativo. São duas as orações subordinadas adjetivas:

 

A) Restritiva: é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou pronome a que se refere. A restritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da oração principal e não pode ser isolada por vírgulas.

Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura.

Os alunos cujas redações foram escolhidas receberão um prêmio.

 

B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, explicando mais detalhadamente uma característica geral e própria desse nome. A explicativa funciona como aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas.

Ex. Londrina, que é a terceira cidade do região Sul do país, está muito bem cuidada.

 

 III. Orações Subordinadas Adverbiais

 

São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa

 

A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.

Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.

Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.

 

B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido

Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como.

Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era).

 

C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão.

Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.

Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

 

D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição.

Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.

Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.

 

E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.

Conjunções: como, conforme, segundo.

Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.

 

F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de conseqüência.

Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que.

Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.

 

G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.

Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal.

Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo.

 

H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.

Conjunções: a fim de que, para que, porque.

Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.

 

I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.

Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais.

À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos.

3. Embora a NGB não registre, há orações subordinadas:

Substantiva agente da passiva: O relatório foi feito/por quem tem capacidade.
Adverbial locativa:  Sempre fico onde posso meditar.
Adverbial modal: Rolou/como uma pedra.

IV. Orações Reduzidas

quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome relativo e com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio, dizemos que ela é uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de particípio ou de gerúndio.

Ex. Ele não precisa de microfone, para o ouvirem.

 

  Período Composto por Coordenação (PARATAXE)

Um período composto por coordenação é formado por orações coordenadas, que são orações independentes sintaticamente, ou seja, não há qualquer relação sintática entre as orações do período.

Há dois tipos de orações coordenadas:

 

1. Orações Coordenadas Assindéticas

São as orações não iniciadas por conjunção coordenativa.

Ex. Chegamos a casa, tiramos a roupa, banhamo-nos, fomos deitar.

2. Orações Coordenadas Sindéticas

 

São cinco as orações coordenadas, que são iniciadas por uma conjunção coordenativa.

 

A) Aditiva: Exprime uma relação de soma, de adição.

Conjunções: e, nem, mas também, mas ainda.

Ex. Não só reclamava da escola, mas também atenazava os colegas.

B) Adversativa: exprime uma idéia contrária à da outra oração, uma oposição.

Conjunções: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo.

Ex. Sempre foi muito estudioso, no entanto não se adaptava à nova escola.

 

C) Alternativa: Exprime idéia de opção, de escolha, de alternância.

Conjunções: ou, ou...ou, ora... ora, quer... quer.

Estude, ou não sairá nesse sábado.

 

D) Conclusiva: Exprime uma conclusão da idéia contida na outra oração.

Conjunções: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois - após o verbo ou entre vírgulas.

Ex. Estudou como nunca fizera antes, por isso conseguiu a aprovação.

 

E) Explicativa: Exprime uma explicação.

Conjunções: porque, que, pois - antes do verbo.

Ex. Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca fizera antes.

Orações reduzidas

São aquelas cujo verbo principal ou auxiliar (este último nas locuções verbais) está em uma das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).

Ex.: Saindo de casa, ] deparei com a cena.

A oração acima sublinhada é uma subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio (= quando saí de casa).

Obs.: No caso de oração constituída por locução verbal, a classificação do tipo de reduzida dependerá do auxiliar.

Ex.: Tendo chegado atrasado, ] não pode entrar.

gerúndio s.adv.causal,

reduzida de gerúndio

(= porque chegou atrasado)

Outros exemplos de orações reduzidas:

1. Fui o primeiro ] a entregar a prova.

s.adj.restritiva reduzida de infinitivo (- que entregou a prova)

2. Terminado o expediente / todos sairam.

s.adv. temporal

reduzida de particípio

(- quando terminou o expediente)

3. Declarei ] estar ocupado.

s.subst.Obj.direta '- reduzida de infinitivo

(- que estava ocupado)

Obs.: A oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida infinitivo poderá ter por sujeito um pronome oblíquo, se o verbo da oração principal for um dos seguintes:

deixar, mandar, fazer (causativos); sentir, ouvir e ver (sensitivos).

Ex.: Mandei-] o sair.

O.P. sujeito

(verbo causativo) ( sujeito s.subst.obj.direta reduzida de infinitivo (= que ele saísse)

II - Orações Intercaladas

São aquelas que, sem estabelecer uma seqüência lógica dentro do período, representam uma interferência do falante.

Exemplos:

"Um dia - / que linda manha fazia / resolvemos um grande problema".

"Não se aflija, / disse o rapaz, / que tudo acabari bem."

"Alta noite, / seria hora e meia, / acordo e não a vejo".

Na análise, basta dizer oração intercalada ou interferente

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Sempre que for redigir, o aluno deve estar atento às normas de pontuação.

Os sinais de pontuação, ei-los:
Vírgula ( , )
Aspas(  " " )
Ponto de interrogação ( ? )
Ponto de exclamação ( ! )
Ponto final ( . )
Dois pontos ( : )

Travessão ( - )
Parênteses (  )
Reticências ( ... )
Ponto e virgula ( ; )
"Pontuação é a arte de dividir, por meio de sinais gráficos, as partes do discurso que não têm entre si ligação íntima, e de mostrar do modo mais claro as relações que existem entre essas partes."


EMPREGO DA VÍRGULA

Emprega-se a vírgula:
- Para separar os termos da mesma função sintática, se não estiverem ligados por "e".
Exemplo:
"O mar, o céu, apregoam a glória de Deus."
Pedro, Antônio, José e eu somos amigos.
- Para isolar o vocativo.
Exemplo:
Menino, estude.
"Deixe-me, senhora."
"Tu, Pilatos, antepuseste a amizade de César à graça de Deus."
(Bluteau)
"D. Glória, a senhora persiste na idéia de meter o nosso Bentinho no Seminário ?"
(Machado de Assis)

- Para isolar o aposto.
Exemplo:
Iracema, a virgem dos lábios de mel, tinha..."
Salomão, filho de Davi, foi um rei sábio."
"O aluno mais velho, de rugas nas faces, foi reprovado."
"Todo ele, olhos e pensamento, estava no camarote de Guiomar (M.A.)"
-Marcar um aposto recapitulativo. -"O mar, o céu, apregoam a glória de Deus."
- Para separar o adjunto adverbial, quando expresso por várias palavras e em ordem inversa.
Exemplo:
"Naquela longínqua região, habitava o pedreiro."
"Eis que, aos poucos, lá para as bandas do Oriente, clareia um cantinho do céu."
"Por impulso instantâneo, todo o alojamento se pôs de pé."
- Nas datas ou para separar o local da data.
Exemplo:
Vitória, 25 de fevereiro de 2001.
- Entre as orações coordenadas assindéticas.
Exemplo:
Ela salta, ri, canta e chora.
Vim, vi e venci.
"A máquina calou-se, dobraram-se as portas, o juiz levantou-se."
(Graciliano Ramos)
- Entre as orações coordenadas ligadas pela conjunção "e ". Com sujeitos diferentes.
Exemplo:
Veio a noite, e o rapaz saiu.
Pedro estuda física, e eu, português.
- Para indicar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo:
"O sol, que é uma estrela, é o centro do sistema planetário."
"O homem, que é mortal, tem alma imortal."
- Para isolar as orações subordinadas adverbiais. Entretanto deixará de haver vírgula, quando a conjunção estiver entre dois verbos aproximados...
Exemplo:
Ele ficou pálido, quando viu o policial.
Se não chover, iremos à fazenda
Irei se puder.
Como como como.
"Quando tio Severino voltou da fazenda, trouxe para Luciana um periquito."
(Graciliano Ramos)
- Para isolar as orações reduzidas de gerúndio, de particípio, ou infinitivo, quando subordinadas adverbiais.
Exemplo:
Sendo pobre, ele ainda auxiliava os outros.
Afastado o perigo, partimos.
Ele chorou, ao ver o pai.
"Hoje, pensando melhor, acho que servi de alívio.
(M.A)
"Acabada a festa, retiraram-se os convidados.
- Para isolar os termos ou orações intercaladas ou palavras denotativas.
Exemplo:
O rapaz
coitado, morreu.
"A mocidade, disse José de Alencar, é uma sublime impaciência."
"Venha, acudiu ele, venha o grande homem."
(MA)
- Para marcar a supressão ou omissão do verbo.
Exemplo:
"A moral legisla para o homem: o direito, para o cidadão."
"Pedro estuda francês, e Jorge, inglês."
"Uma flor, o Quincas Borba."
"Uma parte dos homens age sem pensar, a outra, pensa sem agir. "
- Para isolar certas palavras e expressões explicativas ou corretivas (aliás, digo, minto, isto é, por exemplo, ou antes, ou melhor, corrijo, a saber, além disso, com efeito, porém, contudo, pois, entretanto, portanto, todavia).
Exemplo:
Li quatro capítulos, digo, parágrafos.
"O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos, tem seu princípio em Deus."
"Sairá amanhã, corrijo, depois de amanhã."
"Hoje, porém, domamos os ventos, as ondas, as correntes."
- Para evitar a ambigüidade:
Exemplo:
"No meu tempo de criança, na fazenda, era bom: tanto meu pai matava vaca, como matava, minha mãe."

Matar o rei, não, é crime.
"A grita se levanta ao céu, da gente."(Camões)
- Para separar os elementos paralelos de um provérbio.
Exemplo:
"Mocidade ociosa, velhice vergonhosa. "
"Quem mente, vergonha não sente."

OBSERVAÇÃO:

VER COM O PROFESSORA A PROIBIÇÃO DA VÍRGULA

Aspas, Ponto de Interrogação, Ponto de Exclamação, Ponto Final, Dois Pontos e Travessão

 

ASPAS
1 - Usam-se aspas antes e depois das citações, isto é, no início e no fim.
Disse Jesus: "Amai-vos uns aos outros ."
"Aí temos a lei, dizia Florentino."
"Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela claridade imortal que toda luz resume?"
"Por que não nasci eu um simples vagalume?"
(Machado de Assis)

Um sábio disse "Agir na paixão é embarcar durante a tempestade. "
"Mas quem as há de segurar? Ninguém!"
(Rui Barbosa)

2 - Antes de palavras ou expressão ainda não aportuguesadas ou a que se quer dar realce:
"Querer é poder" deve ser o nosso lema.
Ele tem "humor".
Pedro vive num verdadeiro "dolce farniente."

Obs.: Às vezes usamos o "grifo" ou sublinhamos a apalavra para chamar a atenção: neste caso dispensamos as aspas.

 

PONTO DE INTERROGAÇÃO
É o sinal que se coloca no final de uma oração para indicar uma pergunta direta.
Exemplo:
Que fez ele?
Onde estou?
Quem são eles?

Parênteses, Reticências, Ponto e Vírgula,

Parágrafo e Outros Sinais

 

PARÊNTESES

Usam-se para separa orações intercaladas:

Exemplo:
"Um dia (que linda manhã fazia!) ela saiu a passear."
"Estava Mário em sua casa (nenhum prazer sentia fora dela!), quando ouviu baterem..."

ATENÇÃO: Na leitura, a frase que vem entre parênteses deve ser proferida em tom mais baixo.

OBSERVAÇÃO: Quando a frase intercalada é curta, os parênteses são geralmente substituídos por vírgulas

 

RETICÊNCIAS

1 - Indicam a suspensão de sentido, interrupções de pensamento.
Exemplo:
Se ela fosse...
Realmente, não sei...
"Nestes paços eu ficarei segura... Depois...
Se tu soubesses..."
"Quem conta um conto... "
"Se ele é bom, ela ..."

2 - Os pontos de reticências podem formar uma linha inteira de pontos para indicar a supressão de palavras ou de linhas omitidas na cópia ou tradução de uma obra. Neste caso, os pontos de reticências recebem o nome de pontinhos.

 

PONTO E VÍRGULA
É uma pausa que se faz menor que a do ponto final e maior que a da vírgula.
A vírgula separa conceitos, idéias, frases: o ponto e a vírgula separa juízo, orações, e o ponto final indica o término do raciocínio, do período.
1 - Emprega-se o ponto e a vírgula para separar vários grupos de orações coordenadas: "Estes edificam, aqueles destroem; estes sobem pelos degraus da honra; aqueles outros descem."
"Das graças que há no mundo, as mais sedutoras são as da beleza: as mais picantes, as do espírito; as mais comoventes, as do coração."

Nota: Sendo as orações independentes de pouca extensão, basta a vírgula para separá-las: "os povos dividiram-se, as raças combateram-se, os colossos dissolveram e a unidade moral não se obteve senão pela aliança da igreja."

2 - Para separar as partes principais de uma frase cuja partes subalternas têm de ser separadas por vírgulas:

"Santos, Campinas, Recife são do Brasil; Madri Sevilha, Barcelona, da Espanha; Lisboa, Porto, Coimbra, de Portugal."

3 - Para separar os considerandos (com exceção do último) que constituem o preâmbulo de um decreto, portaria, sentença, acórdão ou documento análogo.

Considerando que o recorrente, velando o seu olival, usou do direito de tapagem que lhe conferia o artigo 234 § 6 do código civil;

Considerando, porém, que no uso deste direito deixou de observar o artigo 84 do código de postura;

Considerando...

PARÁGRAFO

Num ditado, quando queremos dizer ao aluno ou ao escrevente que período seguinte deve começar em outra linha, falamos PARÁGRAFO ou ALÍNEA.

O símbolo do parágrafo é "§", constituído de dois "SS" entrelaçados, iniciais das palavras latinas "Signum sectionis" significa sinal de secção, de corte.

A palavra alínea (vem do latim a + lines) significa: distanciado da linha, isto é, fora da margem em que começam as linhas do texto.

OUTROS SINAIS
São eles:
Colchetes [ ]
Asterisco *
Barra/

Colchetes - [ ] que indicam um parênteses que têm outro dentro de si.
Asterisco - ( * ) que serve para chamar a atenção do leitor para alguma nota, observação e, outros, para simbolizar qualquer juízo previamente indicado.
Barra - é o nome que se dá ao traço oblíquo usado nas abreviações das datas: 26/05/92 e em certas abreviaturas:
m/, p/, c/
m/ = meu(s), minha(s)
p/ = para
c/ = com


OBSERVAÇÃO: Às vezes o ponto de interrogação não indica o fim de período.
Exemplo:
Que fez ele? Perguntou o repórter.

 

PONTO DE EXCLAMAÇÃO
1 - O ponto de exclamação usa-se depois das interjeições, como: oh! arre! chi!
Ou depois de orações que designam espanto, admiração, surpresa:

Exemplo:
Quanta beleza!
Que surpresa!
Você está linda!
"Por essa é que eu não esperava! "

2 - Empregamos, às vezes, dois sinais, o interrogativo e o exclamativo, para denotar ao mesmo tempo dois sentimentos, o da pergunta e o da admiração.
Exemplo:
A paz?!
Já?!
Eu entregar-me?!
Quê?!

OBSERVAÇÃO: O ponto de exclamação, às vezes, não indica o fim de período.
Exemplo:
"Meu filho! Exclama a pobre mãe."

 

PONTO FINAL
O ponto final indica a conclusão do período gramatical. Indica uma pausa mais longa, ao encerrar um período de sentido completo.
Exemplo:
"Ele trocou a toga pela espada."
"Você é imprudente."
"Dá-me teu carinho, dar-te-ei minha própria vida. "
"O maior épico português foi Camões. "
"Os amigos são mais necessários do que dinheiro. "

OBSERVAÇÃO: Para os alunos que abusam dos períodos longos, excessivamente longos, nunca é demais lembrar: abusem do ponto-final, mas não devemos levar ao exagero a multiplicação dos períodos.

 

DOIS PONTOS
Usam-se os dois pontos:
1 - Antes de uma citação:
Exemplo:
Jesus disse: " Amai-vos uns aos outros."
Aristóteles dizia a seus discípulos: "Meus amigos, não há amigos."
Disse José de Alencar: "A mocidade é uma sublime impaciência."

2 - Para indicar uma enumeração ou enunciação, quer venham os objetos enumerados ou a coisa enunciada depois do verbo:
Exemplo:
Comprei três coisa: livro, caderno, lápis.
"Os meios legítimos de adquirir fortuna são três: trabalho, ordem e economia."

3 - Antes de uma pergunta ou resposta:
Exemplo:
Perguntei-lhe: Sabes estudar? O aluno respondeu: Sim.
Perguntei-lhe: Que queres? O aluno respondeu: Saber o que você sabe.

4 - Antes de uma reflexão ou uma observação:
Exemplo:
Não caçoe do menino: ele está apaixonado.

5 - Depois de expressões como "a saber ", "exemplo"e outras:
Exemplo:
Conheci dois deputados a saber: Pedro Leal e Paulo Hartung.
O corpo divide em três partes, a saber: cabeça, tronco e membros.

 

TRAVESSÃO
1 - Indica mudança de interlocutor:
Exemplo:
"-A senhora não sabe, então, que é uma simples agulha?"
-Sei.
-E não sabe que, sendo agulha, é mulher?
-Sei."
(Humberto de Campos)

2 - Dá maior relevo de evidência à palavra ou à frase, equivalendo à virgula ou ao parêntese:
Exemplo:
"O homem - diga-se de passagem - é egoísta."

"Aquela palavra - liberdade - ecoou no ouvido de todos."

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Gramaticalmente podemos dizer que "CONCORDÂNCIA'' É acomodação flexional de uma palavra com outra, ou outras a que esteja relacionada" (Novo Dicionário Brasileiro Melhoramentos).

Chama-se CONCORDÂNCIA ao princípio gramatical segundo o qual o vocábulo subordinante ou determinante se ajusta a certas categorias Gramaticais do vocábulo subordinado ou determinado

CONCORDÂNCIA NOMINAL

A concordância nominal envolve as categorias de GÊNERO e NÚMERO e se verifica entre adjetivo ou qualquer palavra de natureza adjetiva (pronome ou numeral adjetivo, artigo e particípio, que funcionam como determinantes ou subordinantes) e o substantivo ou pronome substantivo (determinados ou subordinados).

Exemplo:

Ocorreu o primeiro atrito sério.

Atrito - substantivo masculino singular determinado

Observação:

São determinantes dos substantivos:

o artigo definido

primeiro numeral adjetivo

sério adjetivo

Não aguento aquela gente

Gente - substantivo feminino singular determinado

Observação:

Determinante do sujeito:

AQUELA: pronome adjetivo demonstrativo

PEDRINHO saiu mais INTRIGADO ainda

Sujeito: Pedrinho (determinado)

INTRIGADO - predicativo (determinado)

 Concordância nominal

1. Na oração

"Um sorriso iluminava o rosto moreno." (Graciliano Ramos)

encontramos a seguinte estrutura:

Um sorriso lento

(sujeito)

iluminava o roso moreno

(predicado)

Nessa relação, o núcleo do predicado (verbo), elemento determinante, concorda com o núcleo do sujeito (substantivo), elemento determinado.

A esse relacionamento sujeito-verbo denominamos concordância verbal.

: 2. Observemos apenas a estrutura do sujeito

"Um sorriso lento"

Há entre estas três palavras uma relação específica. A palavra mais importante é o substantivo sorriso e em torno dela giram outras classes gramaticais (artigo, numeral, adjetivo e pronome adjetivo). A essa relação chamamos de concordância nominal.

Concordância nominal

 

Regras gerais

1ª) Observemos os elementos grifados na frase:

"Pelos cimos da mata se escapavam aves espantadas, remontando às alturas num vôo desesperado." (Graça Aranha) d

AVES ESPANTADAS

substantivo adjetivo

feminino plural feminino plural

VÔO DESESPERADO

substantivo adjetivo

masculino singular masculino singular

Concluímos que:

O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.

2ª) Observe agora os termos grifados:

"Os troncos atacados com raiva."

"Algumas árvores pareciam resistir."

"A dois quilômetros talvez não houvesse tanto fogo."

"A duas léguas chegaria tanta fumaça?"

Os artigos, os numerais e os pronomes adjetivos - "os"- "algumas", "dois", "duas" e "tanta" concordam com o substantivo a que se referem.

Nota: quanto aos numerais, variam em gênero um, dois e as centenas a partir de duzentos.

 

Regras especiais

1ª) O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de gênero e número diferentes, quanto posposto, poderá concordar no masculino plural ou com o substantivo mais próximo.

"Tinha as espáduas e o colo feitos de encomenda para os vestidos decotados"

"Acharia ele, porventura, a vida e o repouso íntimos."(A. Herculano)

"Render o preito e a homenagem devida." (C. Ribeiro)

2ª) Anteposto aos substantivos, o adjetivo concorda, em geral, com o mais próximo.

"Escolhestes mau lugar e hora..."(Herculano)

"Creio que me houve com a necessária intrepidez e disciplina." (M. de Assis)

"São de igual talhe e força."(Herculano)

"Jorge, perdida a cor e o alento, caiu."(Manuel Bandeira)

3ª) As expressões UM E OUTRO e NEM UM NEM OUTRO pedem substantivo singular.

"Um e outro vaga-lume riscando fósforos." (J. A. Almeida)

"Uma e outra coisa lhe desagrada."(M.Bernardes)

4ª) Dois ou mais adjetivos que se referem ao mesmo substantivo determinado por artigo possibilitam dois tipos de concordância paralelos.

Especializou-se nas literaturas brasileira e portuguesa;

Especializou-se na literatura brasileira e na portuguesa.

5ª) Sendo sinônimos os substantivos, o adjetivo concorda com o mais próximo.

"As maldições se cumpriam no povo e gente hebréia."(Vieira)

"O amor e a amizade verdadeira não nas bonanças, mas na adversidade se conhece."(F. de Morais)

6ª) Quando dois ou mais numerais ordinais do singular modificam um mesmo substantivo, este, se posposto, pode ficar no singular ou ir para o plural.

"Depois de bater repetidas vezes à porta do primeiro e segundo andar. (Camilo)

"Os preços da segunda e terceira classe eram os mesmos de outras partes." (M. de Assis)

"O terceiro e quarto volumes da Monarquia Lusitana." (Herculano)

Nota: substantivo anteposto ficará no plural.

"As cláusulas terceira, quarta e quinta..."(Rui Barbosa)

7ª) Os pronomes adjetivos MESMO, PRÓPRIO, e o adjetivo SÓ concordam, normalmente, com o respectivo substantivo.

Vós mesmos sois os responsáveis.

Elas mesmas fizeram os trabalhos.

Ela própria comprou tudo.

Eles próprios se interrogavam.

Vocês permanecem sós.

Nota: quando mesmo equivale a realmente, de fato; e só, a somente, não variam.

"Ele veio mesmo,. Só as mulheres permaneceram caladas.

8ª) As palavras MEIO e BASTANTE, quando adjetivos, concordam com respectivos substantivos, ficando invariáveis quando advérbios.

Bastantes pessoas ficaram bastante insatisfeitas.

As meias palavras são sintomáticas das afirmações meio verdadeiras.

Ao meio-dia e meia (hora), saíram.

As meias garrafas estão meio vazias.

9ª) O adjetivo ANEXO concorda, normalmente, com o respectivo substantivo, o que não ocorre quando, precedido da preposição em, constitui locução adverbial.

Seguem anexas as minutas do processo.

Todas provas estavam anexas.

Os planos anexos ilustram e desenvolvem o croqui.

Mas, seguem em anexo as declarações da testemunha.

10ª) Os adjetivos QUITE e CONFORME concordam com o respectivo substantivo, segundo a normal geral.

Ele já está quite com o Serviço Militar.

Todas estarão quites com suas famílias.

As informações chegaram conformes com as expectativas.

11ª) A palavra ALERTA (advérbio) permanece invariável, segundo a tradição gramatical.

Todos estavam alerta.

Eles, alerta, dormiam em rodízio.

12ª) Os adjetivos regidos da preposição de, que se referem a pronomes neutros indefinidos (nada, muito, algo, tanto, que, etc), normalmente, ficam no masculino singular.

Isto não tem nada de misterioso.

"Ela tem algo de sedutor."

"Vocês têm um quê de diferente."

Nota: por atração, esses adjetivos podem concordar com o substantivo.

Os edifícios da cidade nada tinha de gigantes.

 

Concordância do predicativo com o sujeito

1ª) O predicativo concorda em gênero e número com o respectivo sujeito.

"A vida é uma longa espera."(Sartre)

A família e a fortuna seriam concorrentes.

2ª) Quando o sujeito é composto e constituído por substantivos do mesmo gênero, o predicativo concordará no plural e no gênero deles.

O rio e o deserto estavam sonolentos.

A família e a fortuna seriam concorrentes.

3ª) Sendo o sujeito composto e constituído por substantivos de gêneros diversos, o predicativo concordará no masculino plural.

O tempo e a vida passeiam discretos pelos ponteiros do relógio.

A casa e o dono eram silenciosos e recolhidos.

Nota: Embora mais rara, é possível a concordância com o núcleo mais próximo, o que só ocorre com o predicativo anteposto.

Exemplo: "Era deserta a vida, a casa, o templo."

(Gonçalves Dias)

4ª) Se o sujeito for representado por um pronome de tratamento, a concordância efetua-se com o sexo da pessoa a quem nos referimos.

Vossa Excelência ficará satisfeito. (homem)

Vossa Alteza foi bondosa. (mulher)

Sua Senhoria mostrou-se muito generoso. (homem)

5ª) O predicativo aparece, às vezes, na forma de masculino singular nas expressões é bom, é necessário, é preciso, etc., embora o sujeito seja substantivo feminino ou plural, mas não determinado pelo artigo.

É necessário muita cautela.

Água é bom para a composição celular.

Surpresa é preciso, de vem em quando.

É proibido entrada de pessoas estranhas.

Mas

A cautela é necessária.

É proibida a entrada de pessoas estranhas.

 

Concordância do predicativo com o objeto

Normas

1ª) O predicativo concorda em gênero e número com o objeto quando este for simples.

Encontramo-lo satisfeito.

"Olhou para as suas terras e viu-as incultas e maninhas."(Clarice Lispector)

2ª) Quando o objeto é composto e constituído por elementos do mesmo gênero, o adjetivo flexiona-se no plural e no gênero dos objetos.

Imaginaste eternas a vida e a fantasia.

Achamos carinhosos o pai e o irmão dela.

Encontrei confusos o turista e o velho cicerone.

3ª) Sendo o objeto composto e formado de elementos de gêneros diferentes, o adjetivo predicativo concordará no masculino plural.

Achei muito simpático o sultão e suas esposas.

Pensei encontrar mudados a professora Balbina e seu colégio.

TIPOS DE CONCORDÂNCIA

A concordância é uma das mais complexas áreas do estudo da linguagem, em que nem sempre ;é fácil estabelecer critérios rígidos e uniformes de correção. Talvez seja este o campo da sintaxe mais permeável à influências da expressividade do sentimento e do qual, por isso mesmo, a gramática normativa não conseguiu eliminar as variações e a liberdade de escolha

Na verdade, aquele princípio geral que manda adaptar o vocábulo determinante às categorias gramaticais do determinado, isto é, à sua forma gramatical explícita, não é o único princípio orientador da concordância em Português.

Essa forma pode deixar de ser imperiosa se:

a) A IDÉIA do vocábulo determinado ou subordinado nos impressionar mais que sua forma gramatical.

b) Houver mais de um determinado e apenas um deles for considerado para efeito de concordância, devido ao interesse que desperta em nós e à posição que ocupa na frase.

A gramática tem procurado disciplinar o sistema de concordância do Português. Se compararmos, por exemplo, a língua portuguesa culta de hoje com a do século XVI e XVII, vamos concluir que, na última, havia muito maior liberdade e ousadia.

Considerando o que explicou acima, podem-se estabelecer três tipos de concordâncias

1ª - A concordância lógica ou gramatical, que é a mais geral no português e consiste em adaptar o determinante ou subordinante à forma gramatical

do determinado, ou seja

a) o verbo ao núcleo (ou nucleos) do sujeito.

b) o adjetivo (ou palavras de natureza adjetiva) ao(s) substantivos(s) ou pronome(s) substantivo(s) determinado(s) ou subordinado(s).

Exemplo:

O povo deixou a praça.

Povo - substantivo coletivo / idéia de plural, mas forma de singular

Deixou a praça - 3ª pessoa do singular

Observa-se que, na concordância gramatical, quando se trata de determinados ou subordinados de gêneros diferentes, o masculino tem primazia sobre o feminino e o plural, sobre o singular

2º - A concordância atrativa, que consiste na adaptação do determinante ou subordinante.

a) Apenas um dos vários elementos determinados, escolhendo-se aquele que está mais proximo.

Exemplo:

Escolheste a hora e local adequado.

Local singular / adequado singular

b) A uma parte do termo determinado ou subordinado, que não constitui gramaticalmente seu núcleo.

Exemplo:

A maioria dos alunos saíram.

A maioria - singular

Alunos - pllural

Saíram - plural

c) A outro termo da oração que é determinado ou subordinado.

Exemplo:

Tudo são esperanças.

Tudo - sujeito singular

São - verbo no plural

Concordância com predicativo: esperanças

3º - A concordância ideológica, também chamada SILEPSE, segundo a qual se adapta o vocábulo subordinante ou determinante NÃO à fórmula do vocábulo determinado ou subordinado, mas ao seu SENTIDO:

Exemplo:

O povo, vendo sua figura magnífica, começaram a aplaudi- lo.

A SILEPSE, que pode ser de gênero, número ou pessoa, era muito comum no Português antigo, mas, na língua atual, tende a ser usada com maiores restrições. Alistamos abaixo alguns casos em que tal tipo de concordância ainda é usado com freqüência.

a) As expressões de tratamento (Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Reverendíssima...) femininas pela forma, exigem no MASCULINO os adjetivos determinantes ou subordinantes, quando empregadas em relação a um homem.

Exemplo:

VOSSA EXCELÊNCIA mostro-se GENEROSO.

Silepse de gênero.

b) A expressão 'A GENTE' aplicada a uma ou mais pessoas, incluindo a que fala.

Exemplo:

A GENTE acaba acreditando em si PRÓPRIO

Silepse de gênero

'A GENTE DESSAS terras ANDAVAM nus.'

Silepse de número

c) Com um sujeito de terceira pessoa do plural pode-se usar um verbo na 1ª pessoa do plural, desde que a pessoa que fala se inclua entre os que participam da ação ou classificação expressa pelo verbo:

Exemplo:

Os meninos somos muito desconfiados

d) ) Um sujeito constituído por coletivo ou palavra que traduza idéia de pluralidade PODE LEVAR o verbo para o plural, desde que se queira enfatizar a idéia de pluralidade e não a do conjunto. No Português atual, tal tipo de concordância ocorre geralmente quando o verbo se encontra afastado do sujeito coletivo:

Exemplo:

O POVO, gritando desesperadamente, CORRIAM em toda as direções

e) Quando se emprega os pronomes vós ou nós em referência a uma só pessoa, o adjetivo predicativo é usado, no primeiro caso (vós), sempre no singular, e no segundo (nós), no singular ou plural:

Ex.: Fostes injusto comigo.

“ Nós ficaremos SATISFEITO com as críticas justas”

silepse de pessoa

Nós ficaremos SATISFEITOS com as ríticas justas.

Silepse de pessoa

CONCORDÂNCIA VERBAL

 

Primeiro caso:

SUJEITO SIMPLES

O verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito

a) sujeito simples - no singular

A família ficou a ver navios.

Tu faltarás à aula.

b) - Sujeito simples - no plural

As famílias ficaram felizes.

Existem pessoas felizes.

Os filhos foram ao parque.

Seguem eufóricos os carnavalescos.

 

CASOS ESPECIAIS

1º - Sujeito coletivo é singular na forma, mas expressa idéia de plural.

O verbo concorda com a palavra com idéia de plural ou ocncordará com o adjunto adnominal que se encontrará no plural.

Assim sendo teremos uma dupla concordância.

Exemplo:

a) A maioria dos candidatos desistiu ou

A maioria dos candidatos desistiram.

Ambas as concordâncias estão corretas.

b) Grande parte dos alunos passou ou

Grande parte dos alunos passaram.

c) Trinta por cento dos alunos passou ou

Trinta porcento dos alunos passararam.

Atenção:

O sujeito coletivo partitivo:

A maior parte de...+ adj. adn. plu.

A maioria de... + adju. adm.plu

Parte de ...+ adj. adn. plu

Grande parte de...+ adj. adn. Plu

O verbo concordou com o núcleo ou concordou com o adjunto adnominal no plural.

2ª Quando o sujeito simples for constituído da expressão MAIS DE UM seguida de substantivo, o verbo FICARÁ no singular, EXCETO quando a frase tiver idéia de reciprocidade ou quando a expressão aparecer repetida.

Exemplo:

Mais de uma aluna foi reprovada.

Mais de um político se desentenderam.

(Idéia de reciprocidade)

Mais de um soldado, mais de um oficial foram mortos na batalha.

(a expressão mais de um está repetida)

Mais de um candidato se agrediram verbalmente.

3º - Quando o sujeito simples for constituído de uma expressão indicada de quantidade aproximada: (cerca de, perto de, mais de, menos de) seguida de número plural, o verbo IRÁ para o plural, obrigatoriamente.

Exemplo:

Menos de dois saíram da sala.

Cerca de vinte marinheiros ficaram feridos no acidente.

Mais de mil vozes diziam: “ diretas já”

4º - Quando o sujeito tiver por núcleo o pronome interrogativo QUAL ou os pronomes indefinidos ALGUM e NENHUM seguidos de pronome pessoal. (Exemplo: qual de nós), o verbo:

a) TERÁ DE FICAR na 3ª pessoa do singular, se o pronome que constitui o núcleo está no singular.

Exemplo:

QUAL de nós FOI culpado

NENHUM de nós SAIU.

ALGUM de nós ABANDONOU a luta?

b) PODERÁ IR para a 3ª pessoa do plural ou concordar com o pronome pessoal , se o pronome que constitui o núcleo, está no plural:

Ex.: QUAIS de vós SÃO culpados?

Quais de VÓS SOIS culpados?

Sintetizando e explicando:

Qual de nós é culpado? (não concorda com NÓS)

Qual de vósé culpado? (não concorda com VÓS)

 

Quais de nós somos culpados.

Quais de nós são culpados.

Quais de vós sois culpados.

Quais de vós são culpados.

 

OBSERVAÇÃO:

Se qual estiver no singular o verbo não concorda com "nós'' e não concorda com "vós", porém:

Se qual estiver no plural o verbo concorda com "nós" ou concorda com "vós".

Qual de nós votou conscientemente?

Qual: Sujeito 3ª pessoa do singular

Votou: Verbo - 3ª pessoa do singular

Quais de nós votaram conscientemente?

Quais: Sujeito 3ª pessoa do plural

Votaram: Verbo - 3ª pessoa do plural

Quais de nós votamos conscientemente?

Nós: Sujeito 1ª pessoa do plural

Votamos: Verbo - 1ª pessoa do plural

Quantos do vós solucionastes o caso?

Vós: Sujeito 2ª pessoa do plural

Solucionaste: Verbo - 2ª pessoa do plural

Quantos de vós solucionaram o caso.

Quantos: Sujeito 3ª pessoa do plural

Solucionaram: Verbo - 3ª pessoa do plural

5) - Quando o sujeito da oração for constituído pela expressão UM DOS seguida de substantivo no plural, o verbo TERÁ DE FICAR na 3ª pessoa do singular, concordando com o termo seletivo UM.

Exemplo :

UM dos marinheiros MORREU.

UMA das meninas SAIU.

UMA das alunas passou...

Foi UM dos poucos vitoriosos

6) - Os nomes de lugar, também os títulos de obras e os substantivos próprios de forma plural, como Minas Gerais, Estados Unidos... levam o verbo para o plural, quando usados com o artigo, e para o singular, quando sem o artigo.

Exemplo

As Minas Gerais possuíram grandes reservas de ferro.

Minas Gerais possuí grandes reservas de ferro

Os Estados Unidos são uma potência

Estados Unidos é grande país.

OBSERVAÇÃO

Quando precedidos de artigo no plural, o verbo assume normalmente a forma plural.

Ex.:

Os Andes ficam na América dos Sul.

Os Lusíadas são de Camões.

7)Se o sujeito da oração é constituído de pronome de tratamento o verbo vai para a 3ª pessoa.

Exemplo:

Vossa Reverendíssima ainda não compreendeu a história.

Vossa Excelência fez um bom trabalho.

Vossa Magnificência fez tudo certo.

Vossas senhorias estão de acordo

Sujeito no plural - verbo no plural

OBSERVAÇÃO:

VOSSA pessoa com quem se fala

SUA pessoa de quem se fala

Exemplo:

Sua Excelência, o senhor governador, participará da festa.

Sua Santidade, o papa, chegará...

Atenção:

O pronome de tratamento precedido

de VOSSA ou SUA ficará sempre na 3ª pessoa

Segundo caso: SUJEITO COMPOSTO

Núcleos de diferentes pessoas gramaticais

OBSERVAÇÃO:

Quando os núcleos do sujeito composto são pessoas gramaticais diferentes, a concordância lógica ou gramatical será feita com o seguinte:

1 - A primeira (1ª) pessoa tem primazia ou preferência sobre a Segunda (2ª) e a terceira (3ª) pessoas.

TU e EU nos tornaremos amigos.

EU e ELA passaremos a noite em claro.

EU e MARIA saímos tarde da praia.

TU, ELA e EU chorávamos...

Chorávamos EU e ELA.

Ríeis à beça TU e ELE

OBSERVAÇÃO

Como a 2ª pessoa do plural é de uso muito restrito na língua contemporânea, prefere-se o emprego da 3ª pessoa, quando concorre a 2ª com a 3ª.

Exemplo:

TU e ELE riam à beça.

(a concordância feita não é norma de língua culta)

Não aparecendo a primeira (1ª) pessoa, a Segunda (2ª) terá primazia ou preferência sobre a terceira (3ª).

TU e JULIA estais bons.

TU e ELE vos tornareis amigos.

Notas:

1º - No caso de se coordenarem dois núcleos, UM de Segunda (2ª) pessoa e outro de (3ª), como no último exemplo, ACEITA-SE, atualmente, O VERBO na 3ª PESSOA DO PLURAL, devido à raridade do tratamento VÓS. Não é NORMA DE LÍNGUA CULTA.

Exemplo:

TU e os outros sairão daqui

2ª p. 3ª p. 3ª p. pl.

2o Se o sujeito estiver posposto, ou seja, depois do verbo, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.

Exemplo:

IREI EU e meus amigos.

3º Não aparecendo a primeira e a Segunda pessoas e se os sujeitos forem de 3ª pessoa, o verbo irá para a 3ª pessoa do plural.

A obra e o autor são conhecidos.

Gemiam o vento e o mar.

 

CUIDADO - Sendo o núcleo de sujeito pessoas gramaticais diferentes e estando posposto ao verbo. Teremos aí a concordância lógica ou gramatical e a concordância atrativa.

Exemplo.

Saiu ele e eu

Concordância atrativa , núcleo mais próximo do verbo.

Saímos ele e eu.

Concordância lógica ou gramatical, o verbo concordou com o núcleo de preferência.

 

NÚCLEOS DE TERCEIRA PESSOA

Núcleos coordenados assindeticamente ou ligados por E .

REGRA GERAL

O sujeito composto constituído de núcleo de 3ª pessoa do singular ou do plural, leva o verbo para a 3ª pessoa do plural

Exemplo

A esposa e o amigo seguiriam de trem.

As moças e os rapazes foram ao cinema.

Os meninos e as meninas estão na rua.

 

 

CONCORDÂNCIA - NORMAS DE LÍNGUA CULTA

CASOS ESPECIAIS

Atenção:

O verbo PODERÁ FICAR no SINGULAR quando

1º Os núcleos são SINÔNIMOS e estão no SINGULAR:

Exemplo:

"A música e a sonoridade de sua arte

sempre nos diz causa daquele mistério"

(João Ribeiro)

Todo o propósito e vontade desapareceram.

Todo o propósito e vontade desapareceu.

A angústia e a ansiedade não o ajudava a trabalhar bem ou

A angústia e a ansiedade não o ajudavam a trabalhar bem

2ª - Há gradação entre os núcleos e pelo menos o último está no singular.

Gradação: emprego de sinônimo em ordem crescente ou decrescente de intensidade expressiva ou aumento ou diminuição sucessiva e gradual.

Exemplo:

Os pedidos, as súplicas, o desespero não o comoveu.

Ou

Os pedidos, as súplicas, o desespero não o comoveram.

Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam.

Ou

Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.

3ª - O sujeito composto é constituído pelas expressões UM e OUTRO - o verbo pode ficar no plural ou no singular.

Se houver reciprocidade, o plural é obrigatório.-

Exemplo:

Um e outro colaborou no projeto.

ou

Um e outro colaboraram no projeto.

Um ou outro comportou-se com dignidade.

Ou

Um ou outro comportaram-se com dignidade.

Um ou outro aluno fizeram os exercícios e as redações.

Ou

Um ou outro aluno fez os exercícios e as redações.

Uma ou outra coisa mereciam atenção.

Ou

Uma ou outra coisa merecia atenção.

Um e outro falava a verdade

Ou

Um e outro falavam a verdade

Atenção:

Um e outro se agrediram.

OBSERVAÇÃO:

Houve reciprocidade.

O núcleo do sujeito composto é constituído pelas expressões NEM UM, NEM OUTRO - O verbo ficará no SINGULAR, pois a idéia é de exclusão.

Exemplo:

Nem um nem outro comentou o fato.

Idéia de exclusão

Atenção:

Um ou outro conhece seus direitos.

O verbo ficará SEMPRE na 3ª pessoa do singular.

4ª - O sujeito composto será POSPOSTO e o núcleo MAIS PRÓXIMO está no singular

Exemplo:

Seguiria de trem a esposa e o amigo.

Foi ao teatro o menino e as meninas.

O verbo no singular, suas nada impede que ele possa ficar no plural

Exemplo:

Seguiriam de trem a esposa e o amigo.

Foram ao teatro o menino e as meninas.

O VERBO TERÁ DE FICAR no singular quando:

1) Os últimos dos núcleos em GRADAÇÃO está no singular e vem acompanhado de expressões de reforço

Exemplo:

Uma palavra, um gesto, até mesmo, um olhar bastava.

2ª - Os núcleos estão no singular e designam um único ser:

Exemplo:

O ladrão e assassino não foi preso ainda.

Designa uma única pessoa

3ª - Os núcleos vêm seguidos de APOSTOS recapitulativo ou distributivo.

Exemplo:

Sorriso, súplicas, agressões, nada o comoveu.

Marcos, Giovanni, Dalvo e os demais CADA UM bem sabia que não era o culpado.

Pedro, Carlos, Antônio, NINGUÉM VIU o crime.

4ª - O sujeito é composto de orações o verbo fica na 3ª pessoa do singular.

Exemplo:

SOLVER AS PENDÊNCIAS e MANTER A ORDEM CABE à autoridades competente

Resolver os problemas e cuidar da disciplina CABE ao coordenador.

SERIA bom estudar e trabalhar ( sujeito composto oracional ).

5ª - O SEGUNDO NÚCLEO é PARENTÉTICO e o primeiro está no SINGULAR.

parentético - expresso em parêntese.

Exemplo:

O diretor ( e todos os seus assistentes) deixou a sala.

O prefeito ( e as secretárias ) saiu em direção a Jacaraípe.

NÚCLEOS LIGADO POR "OU".


1 - Quando os núcleos substantivos do sujeito composto estiverem ligados por "ou, o verbo irá para a terceira pessoa e concordará em número (singular ou plural) com o núcleo mais próximo, desde que a conjugação "ou" indique:

a) RETIFICAÇÃO DE NÚMERO

Exemplo:

O culpado ou culpados não pareciam sobressaltados

O menino ou meninos não pareciam mentirosos.

b) EXCLUSÃO :

Exemplo:

Giovanni ou Dalvo ganhará o livro prometido.

c) IDENTIDADE:

Exemplo:

A fonética ou ciência dos sons da fala progrediu muito. (FONÉTICA = Ciência dos sons da fala)

2 - Quando o "OU" indicar adição, o verbo deverá ir para a terceira pessoa do plural.

Exemplo:

O calor excessivo ou o frio são temperaturas nocivas ao doente.

São - Verbo da 3ª pessoa do plural

NÚCLEOS LIGADOS POR "NEM"

Regra Geral:

1 - Quando os núcleos substantivos aparecem ligados pela série negativa NEM, o verbo vai, normalmente, para a terceira pessoa do plural, sendo o SINGULAR POUCO USUAL.

Exemplo:

"Nem a monotonia nem o tédio a fariam capitular agora"

(Ciro dos Anjos)

Nem Giovanni nem Dalvo passariam aqui.

Nem seu nome nem sua imagem fizeram-se presentes em minha memória.

Nem Marco Antônio nem sua esposa dormiram aqui

O verbo TERÁ DE FICAR no SINGULAR se

2 - O último dos núcleos substantivos SINTETIZAR os demais e estiver no singular.

Exemplo:

Nem o homem, nem sua esposa, NEM NINGUÉM DA VIZINHANÇA conhecia seu paradeiro.

O verbo PODERÁ FICAR no SINGULAR se:

O sujeito for constituído pela expressão NEM UM NEM OUTRO.

Exemplo:

Nem um nem outro mentiu (concordância mais usual).

2) Se o sujeito estiver posposto e o núcleo mais próximo estiver no singular

Exemplo:

Não morreu o pai nem os filhos.

NÚCLEOS LIGADOS POR "COM"

Se os núcleos do sujeito estão ligados por COM e o primeiro deles está no singular, o verbo PODERÁ FICAR na 3ª pessoa do singular, concordando apenas com o primeiro núcleo, ou ir par a 3ª pessoa do plural, realçando-se, neste caso, a participação, de todos na oração.

Exemplo:

A mãe com os filhos abandonaram a casa.

O diretor com seus assistentes abandonou a sala

O pai com o filho deram o espetáculo.

O presidente, com sua comitiva, desembarcou no aeroporto.

"O mestre com o baleeiro fizeram a emenda". (José Lins do Rêgo)

"Eu com os outros romeiros vínhamos de Vigo."(C.C.Branco)

 

NÚCLEOS LIGADOS POR SÉRIES CORRELATIVAS

Quando os núcleos do sujeito estão ligados pela série correlativas (tanto...como; assim ...como; não só...mas também etc.)

O verbo PODE IR SEMPRE PARA O PLURAL

Exemplo:

Tanto o pai quanto filho tinham razão.

Não só cristãos como também infiéis circulavam nas catacumbas dos "subways" (Érico Veríssimo)

NOTA:

O singular, embora menos usado, NÃO É INCORRETO, desde que os núcleos do sujeito estejam no singular.

Exemplo:

Tanto o pai quanto o filho tinham razão.

Tanto a mãe quanto a filha tinha razão.

 

CONCORDÂNCIA COM O VERBO SER

1 - Nas orações iniciadas pelos pronomes QUEM e QUE, o verbo "ser" concorda sempre com o substantivo ou pronome que se lhe segue:

Exemplo:

Quem somos nós?

Que são honras?

Que são sistemas filosóficos?

Quem sois vós?

“ Pouco importa saber a nossa história quem eram os convidados.” (M. de Assis)

São três horas

Ontem foi dia dezoito de junho.

Ontem, foram dezoito de junho.

Daqui ao colégio são dois quilômetros.

2 - Quando o verbo "SER" tem por sujeito o indefinido TUDO ou um dos demonstrativos neutro, ISTO, ISSO, AQUILO, ou O (seguido do relativo "QUE") e por PREDICATIVO um SUBSTANTIVO PLURAL, a concordância com o predicativo é de uso geral, embora o singular não seja incorreto.

Exemplo:

Aquilo são flores.

O que eu queria eram provas.

Tudo eram esperanças.

Tudo isso eram pensamentos.

O que tinha mais saída, porém , ERAM os ARTIGOS RELIGIOSOS.

Tudo é flores no presente.

“ Já tudo é cinzas.”

Tudo eram amarguras neste momento.

3 - Quando um dos dois termos da oração - sujeito ou predicativo - for pronome pessoal, faz-se a concordância com este pronome. Se os dois termos forem pronomes, faz-se a concordância com o que aparecer primeiro, considerando o sujeito da oração.

Exemplo:

Ela era as delícias da mãe.

Aqui o rei sou eu.

O poeta sou eu.

4 - O sujeito sendo pessoa, a concordância JAMAIS se faz com o PREDICATIVO.

Exemplo:

A menina era as delícias da mãe.

Eulália era as alegrias da mãe.

O mundo são os homens.

Ele é as angústias daquela garota.

Nota: Não é rara, porém, a concordância com o PREDICATIVO PLURAL quando este representa partes do corpo da pessoa nomeada o sujeito.

Exemplo:

"Menininha eram dois olhos grandalhões, quatro incisivos amarelos à flor da boca."

5 - Estando o verbo entre dois substantivos comuns de números diversos, a concordância será feito com o substantivo que se quer REALÇAR..

Exemplo:

"Justiça é as virtudes todas..."

(Realçou JUSTIÇA)

ou

"Justiça são as virtudes todas..."

(Realçou AS VIRTUDES TODAS)

6 - O verbo "SER" fica sempre no singular quando empregado nas locuções:

É pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de preço, peso, quantidade, etc.

Exemplo:

Vinte reais é pouco.

"Oito anos sempre é alguma coisa."

Eu acho que quinze anos é muito.

É pouco cinco sentidos.

7 - Quando usado impessoalmente na indicações de tempo, o verbo "ser" concorda com a expressão numérica que o acompanha

Exemplo:

São duas horas.

Hoje são cinco.

Eram duas horas da manhã...

Nota - Embora a gramática tradicional não aceite a concordância com o advérbio HOJE é ela que vem fixando no uso geral

8 - Quem é o sujeito mais SER mais predicativo (Pronome Pessoal do caso reto) o verbo concorda, com o predicativo):

Quem eram eles?

Quem somos nós?

Quem sois vós?

9 - As expressões do tipo SER PRECISO, SER NECESSÁRIO, SER BOM, podem ficar invariáveis (verbo na 3ª pessoa do singular e ADJETIVO no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto. NÃO se faz a concordância quando o sujeito, desacompanhado de determinante, for designado de modo vago ou geral.

Exemplo:

É necessário calma.

É proibido entrada.

É proibida a entrada.

Mulher é lindo.

A mulher é linda.

Pimenta é bom.

A pimenta é boa.

Cerveja é bom.

A cerveja é boa.

10 - A expressão 'É QUE' usada como expletivo fica invariável, desde que o sujeito da oração não apareça entre o verbo ser e o QUE.

Exemplo:

Os trabalhos É QUE estão difíceis.

Nós É QUE somos brasileiros.

Eles É QUE aproveitaram de sua fortuna.

* São eles que atrasam nosso serviço.

Mário é que trabalhou, mas foram os primos que aproveitaram de sua fortuna.

 

CONCORDÂNCIA COM OS

PRONOMES RELATIVOS

1 - Se o sujeito da oração é relativo QUEM, o verbo irá para a terceira pessoa do singular ou concordará com o antecedente.

Exemplo:

Não fui eu quem emprestou o livro.

Não fui eu quem emprestei o livro

És tu quem dás rumor à quieta noite.

Não sou eu quem está em jogo.

Não sou eu quem estou em jogo.

Não sou eu quem descrevo.

2 - Se o sujeito da oração é relativo "QUE", o verbo só poderá concordar com o antecedente.

Fui EU que EMPRESTEI o livro.

Fui EU que te vesti no meu sudário.

Não és TU que me DÁS felicidade.

3 - Quando o sujeito da oração é relativo QUE precedido da expressão UM DOS... o verbo PODERÁ FICAR na 3ª pessoa do singular, concordando com o termo seletivo UM, ou ir para o plural, concordando com o antecedente do QUE desde que esta última concordância não comprometa o sentido lógico da frase.

Exemplo:

Este homem foi um dos que mais se corrompeu.

Este homem foi um dos que mais se corromperam.

É uma das tragédias do Racine que se representará hoje.

Foi um dos poucos do seu tempo que reconheceu a originalidade e importância da literatura brasileira.

Ele é um dos que mais trabalham.

Ele é um dos que mais trabalha.

 

CONCORDÂNCIA COM OS

VERBOS IMPESSOAIS

1 - Os verbos impessoais, isto é, aqueles que constituem orações sem sujeito, ficam sempre na 3ª pessoa do singular, exceto o verbo ser. Porque o verbo SER pode concordar com o predicativo no plural. É, também, o único verbo impessoal que pode ficar no plural.

Exemplo:

Ser HOUVESSE outra saídas, ele as teria encontrado.

2 - Quando esses verbos impessoais vêm acompanhado de um auxiliar, que constitui com eles locução verbal, transmitem a impessoalidade ao auxiliar, que deve ficar na 3ª pessoa do singular.

Exemplo:

ESTAVA havendo comemorações.

Verbo auxiliar.

Atenção:

Os verbos, DAR, BATER, e SOAR usados com referência a horas, badaladas ou relógio têm sujeito e com eles devem concordar.

Exemplo:

DAVAM DEZ HORAS na igreja.

O relógio deu dezesseis horas.

Soaram cinco badaladas no relógio

"Tinham dado cinco horas e o dia declinava rapidamente"

(Rabêlo da Silva)

"De fato batiam as três horas no relógio da igreja..."

"O sino da Matriz bateu seis horas"

(Augusto Meyer)

A sineta de proa badalou nove horas

(Adolfo Caminha)

Deram doze badaladas no relógio da matriz.

 

CONCORDÂNCIA NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Quando o verbo vem acompanhado de auxiliar que com ele forma locução verbal, a norma é flexionar-se apenas o auxiliar, fazendo a concordância em número e pessoa com o sujeito.

Exemplo:

a) Os alunos pareciam estudar.

Verbo auxiliar - pareciam (concordando com o sujeito)

b) Os alunos parecia estudarem.

parecia: verbo da oração principal, cujo sujeito é oracional

estudarem: verbo da oração substantiva subjetiva cujo sujeito é alunos.

 

Nota - Seria incorreta a flexão de ambos os verbos, num cruzamento das duas construções.

Exemplos:

a)       Viam- se entrar várias mulheres.

b)       Via- se entrarem várias mulheres.

c)       Podem- se realizar os exames.

d)       Pode- se realizarem os exames

SINTAXE DE REGÊNCIA

Regência é a relação entre duas palavras ligadas entre si, de tal modo que uma depende gramaticalmente da outra. (Ver predicação verbal).

É a parte da sintaxe que trata da dependência que mantém entre si os elementos de uma sentença

Quanto à regência as palavras dividem-se em

PALAVRAS REGENTES - são as que exigem outras que as determinem ou lhes integrem o sentido

PALAVRAS REGIDAS - são as que determinam ou completam o sentido das palavras regentes

Generalizado, regência estuda as relações de determinação, existentes entre as partes ou elementos da oração, ou melhor, é a propriedade de ter uma palavra, sob sua dependência, outra ou outras que lhe completem o sentido.

Observação - Não pretendemos esgotar todos os assuntos sobre

REGÊNCIA VERBAL e REGÊNCIA NOMINAL, pois trata-se de um assunto tão abrangente que é o estudo das RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA entre os vocábulos existentes.

CONSIDERAMOS PALAVRAS REGENTES

a) Sujeito em relação ao verbo.

b) Substantivo em relação ao adjetivo.

c) O verbo em relação ao seu complemento.

d) Verbo transitivo em relação ao outro advérbio.

e) O adjetivo em relação a ouro advérbio

f) O advérbio em relação a outro advérbio

g) O verbo na voz passiva em relação ao agente da passiva

h) A palavra transitiva em relação ao complemento nominal.

OBSERVAÇÃO:

O sujeito é o temo regente e não regido

O sujeito não pode ser precedido de preposição.

NÃO se pode dizer:

é hora dos alunos saírem - e sim - é hora de os alunos saírem.

CONSIDERAMOS PALAVRAS REGIDAS:

a) Verbo em relação ao sujeito.

b) Complemento verbal em relação ao verbo transitivo

c) O adjetivo em relação ao substantivo.

d) O advérbio em relação ao verbo

e) O advérbio em relação ao advérbio

f) O complemento nominal em relação à palavra transitiva.

Exemplo:

a pinguela

na pinguela

PASSAR

sobre a pinguela

pela pinguela

de ideal

IMBUÍDO com ideal

dos superiores

RESPEITO aos superiores

REGÊNCIA VERBAL

ALGUNS VERBOS E SEUS COMPLEMENTOS

ABDICAR

a) Renunciar voluntariamente.

Verbo transitivo ou intransitivo.

D. Pedro I abdicou em 1831. (v.i.)

"Os reis abdicaram e fugiram disfarçados ."(v.i.)

Os reis abdicaram o império. (v. tr. dir)

"Carlos IV e Fernando VII abdicaram a coroa."(v.t.d.)

b) No sentido de resignar, abrir mão de

Transitivo indireto

Não custa abdicar ao coração.

Não abdicarei de meus direitos

ASSISTIR

a) Objeto indireto: estar presente, presenciar

Assisti ao triste espetáculo

b) Idem: caber, competir a:

Assiste-me o direto de escolha.

c) Idem ajudar, assessorar:

O secretário assiste ao presidente

O médico assiste ao doente

Os pais assistem aos filhos

d) Objeto direto: ajudar, assessorar:

Eu o assistirei.

O médico assiste o doente.

Deus nos assista.

A secretária assiste o presidente

e) Adjunto adverbial de lugar: morar, residir:

O presidente assiste no Palácio Alvorada

Assistimos em Jucutuquara.

f) Caber, competir a:

objeto indireto

Assiste-me o direito de escolher

Assiste-me o privilégio de ser escolhido

Nota - Uma vez que o verbo assistir, com o sentido de ver, presenciar estar presente, tem como complemento objeto indireto e não objeto direto,

Assim sendo não pode ser empregado na voz passiva. Portanto são incorretas frases como esta:

Ex.: O jogo foi assistido por cem mil pessoas.

ASPIRAR

a) No sentido de sorver: transitivo direto

O ar que aspiramos é puro

Aspirei o pó

“Aspiravam o doce aroma matinal”

b) No sentido de almejar: transitivo indireto

Todos aspiravam ao sucesso

Os alunos aspiram a uma boa colocação

Aspiro a um bom cargo

Nota - O verbo aspirar não admite, neste caso, a forma “lhe” a qual deve ser substituída por “ela” ou “ele”.

ABRAÇAR

a) No sentido de seguir ou apertar no braços, transitivo direto

"Os povos bárbaros abraçaram o cristianismo."

A mãe abraçou a filha com ternura.

b) sendo pronominal: transitivo pronominal: transitivo indireto

"Quando melhorou, abraçou-se à filha."

O menino abraçou-se ao pai.

CHAMAR

a) Convocar, fazer vir a si: transitivo direto

Chame o menino.

Chamem o secretário, por favor.

"O rei o chamou à sua presença.

Chamei-o em voz alta.

"Chama o rei os senhores a conselho."

b) Com o sentido de apelidar, de nomear

Admite as seguintes construções:

1 - Objeto direto + predicativo.

Eu chamo-me Giovanni.

"Eu chamo-me Teodor."(Eça de Queiros - O mandarim)

2 - Objeto indireto + predicativo preposicionado

De touro ele não gostava que o chamassem.

Chamei-o de pataca.

3 - Objeto indireto + predicativo

Chamaram-lhe carinhosamente de tetéia

4 - Objeto indireto + predicativo preposicionado

Chamaram-lhe de santo

Chamaram-lhe por pataca.

AGRADECER

a) Na acepção de confessar-se grato

verbo intransitivo

"- Fizeste-me um favor - Agradeço."

b) Na opção de mostrar gratidão (a alguém) por:

transitivo direto e indireto

Agradeci ao pai o que me ensinou

"Natividade agradeceu-lhe a jóia e consentiu em Pô-la, para que o marido a visse."(Machado de Assis - Esaú e Jacó)

CUSTAR

a) Sacrificar, causar punição, ser comprado por determinado preço, ter um determinado valor, despender uma certa quantia... apresentar dificuldade...

Verbo intransitivo

Custa muito comprar dois lotes

O rico ficar pobre custa pouco

b) Seguido de infinitivo

Preposição "a" - mais utilizada pela linguagem popular:

Custa a sair o pagamento do Estado.

Custa a receber o professor suplementarista do Estado

Custa a chegar o trem-de-ferro.

OBSERVAÇÃO:

Segundo os modelos clássicos o emprego da preposição é totalmente desconhecido.

Custa-me passar o tempo.

"Que te custava Ter-me neste engano."(Camões)

Mais tarde popularizou-se e muitos dos nossos clássicos empregaram a preposição.

"Mas tanto, custava-me a crê-lo." (Alexandre Herculano).

"Custa-me a capacitar que sejam homens."(Filinto Elísio)

Embora tenha sido usada a construção com preposição também entre os clássicos, COMO:

Camilo Castelo Branco em novelas do Ninho - "Custa a crer que minha mãe..."e "Custava a crer que ouvidos portugueses se acomodam àquela singular posição."(Carneiro Ribeiro - Tréplica)

Como verbo transitivo direto

A Leda disse: esta égua custou quatro mil reais

Como verbo transitivo indireto

Custa-lhe pouco o querer-me

Custou-lhe muito a morte do pai

Como verbo transitivo direto e indireto

"...custou vinte peças a seu dono."

(C.C.Branco - Amor de Perdição)

Este trabalho custou o sofrimento de meus filhos e esposa.

como verbo pronominal

"E, como se lhe custasse despedir-se do animal!..."

(Machado de Assis - Contos Fluminenses)

VISAR

a) No sentido de almejar, pretender:

transitivo indireto

Manuel visava à fortuna da filha do amigo.

O pai visava ao futuro da filha e do filho.

b) No sentido de mirar ou anotar: transitivo direto

O chefe já visou meu passaporte

Visei a porta

Visei o inimigo.

Visei o alvo.

RESPONDER

Objeto indireto

Respondi a todas as perguntas

Respondi ao amigo.

QUERER

a) No sentido de estimar, amar: transitivo indireto

Quero-lhe muito.

Queremos muito aos nossos

Jurei que lhe queria eternamente

Quero à minha namorada.

b) No sentido de desejar: transitivo direto

Este romance, quero-o

O pai o queria salvo e feliz.

Mário não a quis por namorada.

DESIGNAR-SE

O complemento deste verbo vem regido pela preposição "DE" podendo ser omitida.

Exemplo:

Apresento minha preleção par que V. Revma. se dígne (de) aprová-la

PAGAR

a) Referindo-se à coisa: o verbo será

transitivo direto

Paguei a dívida.

Os alunos pagaram a mensalidade.

b) Referindo-se à pessoa: o verbo será verbo transitivo indireto

Os alunos pagaram ao diretor.

c) Referindo-se à coisa e à pessoa: o verbo será verbo transitivo direto e indireto

Paguei a dívida ao jardineiro.

Os alunos pagaram a mensalidade ao diretor.

O. D. O I.

OBEDECER

Submeter-se à vontade, cumprir as ordens de: o verbo será verbo transitivo indireto e verbo intransitivo.

a) Verbo transitivo indireto:

"Mais importa obedecer a Deus do que aos homens."(Atos dos Apóstolos, 5,29)

b) Verbo intransitivo:

Alguns obedeceram, outros não.

OBSERVAÇÃO:

A regência atual do verbo obedecer é verbo transitivo indireto.

Exemplo:

Obedeço-lhe.

Obedeci ao regulamento.

"Leis a que esses fatos obedecem."

(Ernesto Carneiro Ribeiro)

Este cavalo já não obedece ao freio.

Nós obedecemos aos pais.

A menina obedece aos superiores.

PRESIDIR

Dirigir como o presidente.

Exercer as funções de presidente.

Ocupar a presidência.

O verbo presidir poderá ser:

a) verbo transitivo direto

b) verbo transitivo indireto

c) verbo intransitivo

Presidir a assembléia. (V.T.D.)

Presidir à assembléia. (V.T.I.)

Presidir o congresso (V.T.D.)

Presidir ao congresso. (V.T.I.)

Presidir em uma reunião de professores. (V.I.)

"Ficou presidindo às noviças."(V.T.I.) (Frei Luís de Souza)

"Este preside aos negócios exteriores."(V.T.I.)

(Alexandre Herculano)

"Leis imutáveis e harmônicas presidem à evolução da humanidade."(V.T.I.)

ANSIAR

a) Causar ânsia, angustiar é verbo:

transitivo direto

"Aludiu à moléstia que o ansiava."

O cansaço ansiava o menino.

Queixou-se de algo que o ansiava

b) Desejar ardentemente - é verbo transitivo indireto ou verbo transitivo direto

A mulher ansiava por tua vinda (V.T.I.)

"Já consternada, ansiava por uma confidente." (V.T.I.)

"Já consternada, ansiava uma confidente."(V.T.D.)

"Ansiaram pela liberdade (V.T.I.)

Ela anseia uma companhia (V.T.D.)

A criança anseia uma afeição. (V.T.D.)

PERDOAR

a)objeto dir. quando for coisa: o verbo será verbo transitivo direto.

Perdoei os ofensores.

Eu perdôo o seu enjôo.

É difícil perdoar as ofensas.

"Não perdoava cegueiras de amor."

Perdoei as dívidas.

b)objeto ind. Quando for pessoa: o verbo será verbo transitivo indireto

É necessário perdoar-lhe.

A menina disse: não lhe perdôo.

Deus lhe perdoe.

Deus perdoa aos arrependidos os pecados

Ob indireto Ob direto

AGRADAR

a) No sentido de acarinhar, animar é verbo transitivo direto.

"As jovens agradavam as criancinhas."

Devo agradá-la em tudo.

" ... devemos agradar ao mais rigoroso paladar"

b) No sentido de satisfazer é verbo transitivo indireto

Exemplo:

Sua atitude pouco agradou a sua mãe

"Aquilo agrada ao mais rigoroso paladar"

ATENDER

a) No sentido de deferir, é o verbo transitivo direto

O diretor atendeu o pedido.

José Maria, secretário, atendeu os pedidos dela.

b) No sentido de prestar atenção é verbo transitivo indireto.

Os alunos atenderam aos meus conselhos.

"É só atender para os motivos alegados."

PREFERIR

OBSERVAÇÃO:

Este verbo significa "QUERER ANTES", logo não se diz: prefiro mais isto do que aquilo.

O certo é: prefiro ISTO a AQUILO.

Exemplo:

Prefiro trabalhar a passar fome.

Prefiro estudar a brincar.

Prefiro português a inglês.

a) no sentido de querer antes é verbo transitivo direto

prefiro pé-de-moleque.

Muitos preferem doce de leite.

b) Na concepção de preferir uma coisa e outra é verbo transitivo direto e indireto.

Prefiro cinema ao jogo

Prefiro o real ao irreal.

Nota - a construção preferir mais é errônea, embora muito comum, porque preferir já significa querer mais, querer antes.

E notem a construção correta: Prefiro literatura a cinema.

Prefiro carne a peixe

PARECER

a) É verbo de ligação no momento em que liga o Predicativo ao sujeito.

Ele parece um general

Juscelino parece um presidente.

O verbo parecer foi empregado no sentido de ter semelhança

b) Na opção de ser provável é verbo intransitivo.

Parecei isto.

Parece que tudo vai bem.

(PARECE: é oração principal E QUE TUDO VAI BEM - é oração subordinada substantiva subjetiva, isto é, a oração QUE TUDO VAI BEM é o sujeito da oração PARECE.)

OBSERVAÇÃO:

O verbo PARECER admite duas construções quando seguido de verbo no INFINITIVO.

Os estudantes parecem aprimorar a mente , ou

Os estudantes parece aprimorarem a mente.

Nota - Todas as vezes que um verbo tiver por sujeito uma oração subordinada substantiva, este verbo ficará na 3ª pessoa do singular.

Parece que chegaremos hoje.

SIMPATIZAR

Com a preposição COM é verbo transitivo indireto

Maria simpatiza com você.

Simpatizo com ela.

OBSERVAÇÃO:

O verbo simpatizar não pede pronome

Pensando em termos de gramática, está errado dizer:

Simpatizei-me com ela. O certo é:

Simpatizei com ela.

APRESENTAR

a) Objeto indireto

Apresento-lhe o amigo

b) Objeto direto

Vou apresentá-lo a todos.

c) Objeto direto e indireto:

Quero apresentar- lho.

ATENÇÃO:

LHO = LHE + O / LHE - objeto indireto / O - objeto direto

Apresentei- lho (M. de Assis)

ESQUECER

Objeto indireto:

Esqueça- se de tudo

Pronome fossilizado: parte integrante do verbo

Nota - Casos curiosos:

I - Esqueceram-me as datas

Pronome fossilizado: parte do verbo

Objeto direto ou indireto? Acho artificial

II - Esqueceu- me do romance.

Contaminação sintática que foge a uma análise normal:

Expressão que julgo inanalisável, sem trejeitos.

INFORMAR

a) Objeto direto e indireto: dar notícias a

Informei o amigo do concurso.

b) Objeto indireto e direto

Informei-lhe o concurso

c) Verbo-nominal + com

Informaram-se com o chefe

d) Objeto direto: dar informação, esclarecer

O juiz informou o processo

O rádio e o jornal informam os ouvintes e os leitores

INTERESSAR

a) Objeto direto: ofender, ferir:

A bala interessou o coração.

b) Idem: atrair a atenção, a curiosidade, dizer respeito a:

O programa interessa a todos.

O baile interessa aos jovens

c) Objeto indireto: ser útil a, prazer proveito a:

Tal solução interessa à parte contrária

d) Pronominal com objeto indireto: Ter interesse:

Eu me interesso por você.

e) Objeto direto mais direto: dar interesse em algo a alguém, fazer participante

Interessei-o na nossa sociedade.

LEMBRAR

O que já ficou dito de esquecer.

MORAR

Vejam quadro dos verbos: a este verbo dou o nome de transitivo circunstancial porque exige um complemento adverbial.

Moro na cidade.

Moro na Rua Marechal Hermes.

NOTA; Na cidade, na Rua Marechal Hermes... são complementos exigidos pelo verbo morar que não tem predicação completa. Se digo: moro, imediatamente me perguntam onde?

SUCEDER

a)com o sentido de acontecer: Sucedem fatos...

b) Objeto indireto: vir depois, tomar o lugar de:

D.Pedro II sucedeu a D.Pedro I.

OBSERVAÇÃO: Consultem o Dicionário de Verbos e Regimes. - Francisco Fernandes - Editora Globo. Deixei de trazer exemplos dos autores porque é fácil encontrá-los.

Procure o estudioso ou o aluno anotar outros verbos e outros exemplos que possam apresentar alguma coisa de interessante para análise sintática, ou mesmo, na linguagem familiar.

Cuidado Com Estas Observações:

a) Os verbos transitivos indiretos (exceção feita ao verbo obedecer) não admitem voz passiva.

Assim, construções como:

O filme foi assistido pelos alunos e pelos pais.

O cargo era visado pelos funcionários -

Devem ser consideradas erradas. Corrija-se para:

Os pais e os alunos assistiram ao filme

Os funcionários visavam ao cargo

b) Não se deve dar um único complemento a verbos de regências diferentes. Assim, construções como:

Entrou na sala e saiu dela.

Assisti ao filme e gostei dele.

Vi o carro e gostei dele

c) As formas oblíquas o, a, os, as funcionam como complemento de verbos transitivo diretos, enquanto as formas lhe, lhes funcionam com complemento de verbos transitivos indiretos.

Convidei o amigo. Convidei-o.

Obedeço ao amigo. Obedeço-lhe

Quero o livro. Quero-o.

Quero a meus pais. Quero-lhes.

d) Havendo pronome relativo, a preposição ficará antes dele.

Esta é a escola a que aspiro.

Este é o autor a cuja obra eu me refiro

Este é o livro de cuja obra eu preciso

Estes são os filmes a que assisti

Este é o autor de cuja obra tenha simpatia.

Esta é a filha de cuja mãe necessito.

CASAR

a) é um verbo intransitivo não tem objeto direto nem objeto indireto

Exemplo:

Eles casaram no Egito.

verbo intransitivo

Eles casaram alegres.

verbo intransitivo

b) O verbo casar pode ter um objeto indireto (VTI)

Exemplo:

A moça queria casar com ele à obj. ind.

c) O verbo pode ter objeto direto e objeto indireto (VTDI)

Exemplo:

Os pais casaram a filha com o filho da vizinha.

o. dir. obj. ind.

Atenção: devemos chamar atenção com relação ao verbo CASAR , pois ele pode aparecer acompanhado de pronome pessoal oblíquo.

Exemplo:

O professor casou com uma aluna

Ou

O professor casou-se com uma aluna

Cuidado:

Existem verbos que indicam movimento como: Chegar, ir e voltar... constroem-se frases com a preposição "a" , lembrando que poderá opor aos que indicam estaticidade (como : morar, residir ... estes têm a construção com a preposição "em".

Exemplo:

Ela chegou ao carro

Nós iremos a Brasília

O vovô voltou ao sítio

Manoel mora na rua D

Papai e mamãe ficaram em casa

Ela mora mesmo ali

Aquela aluna linda reside ali na rua 12 quadra 5.

A REGÊNCIA COM DOIS VERBOS

1. Jamais se pode dar apenas um complemento a verbos de regências diferentes.

Não se deve dizer:

Poder pode, mas que está errado, está.

"Assisti e gostei do filme

Assistir pede preposição. a. e gostar pede preposição "de", logo - O correto é:

Assisti ao filme e gostei dele.

Está errado dizer:

Vi e gostei do carro.

O correto é:

Veja:

O verbo ver é transitivo direto tem objeto direto.

E o verbo gostar é transitivo indireto, tem objeto indireto.

Vi o carro e gostei dele.

2) As sessões a que assisti foram instrutivas. (pronome relativo - a que)

A que aspiras na Universidade? (pronome interrogativo - a que)

Perguntaram- me de onde ele veio. (advérbio interrogativo - de onde)

Está na hora de a aula começar

Em virtude de ele estar doente, não saiu de casa.

A menina sentou-se entre mim e meu namorado

O namorado disse para a namorada: não há mais nada entre ti e mim.

REGÊNCIA NOMINAL

Não podemos esquecer de que existe uma relação de dependência existente entre um nome, podendo ser:

Substantivo, adjetivo e advérbio e seu complemento.

Exemplo:

A construção do muro será feita

Ela é digna de piedade.

Agi contrariamente à lógica.

ATENÇÃO:

Quando nós estudamos o termo COMPLEMENTO NOMINAL verificamos que a palavra é de significação incompleta pede um termo obrigatoriamente preposicionado.

Veja:

Ele é digno...

Você pergunta - é digno de que?

Este: de que é o que completa o sentido do nome "digno", logo, Ele é digno de respeito.

Alguns exemplos de palavras regidas por preposição que introduzem complementos nominais

1) Temos confiança no governo.

2) Tenho ódio ao político.

3) Independentemente de nossa vontade.

4) O fumo é prejudicial à saúde.

5) Não se esqueça de que ele é útil para nós.

6) Isto é bom para mim.

7) A obediência aos pais é bom.

8) Ele tem medo de escuro.

9) Ele está apto para a vida.

AMOR

a)Tenho amor ao trabalho

b) O amor do próximo é relevante.

c) Meu amor por você, querida, é imensurável.

d) A mãe morre de amores pelo filho.

ANSIOSO

a) Estou ansioso de emoções.

b) Estou ansioso por vê-las.

c)Estou ansioso para ler o romance.

BOM

a) O diretor é bom PARA todos

b) O menino é bom EM todas as disciplinas.

c) O ar não é bom AOS doentes.

d) A água é boa DE beber.

GOSTO

a) DE vê-lo

b) EM alimentá-lo

c) PELA música.

d) AOS perigos

ALGUNS SUBSTANTIVOS, ADJETIVOS, ADVÉRBIOS E SUAS REGÊNCIAS

Assim como há verbos de predicação incompleta que pedem um objeto direto ou indireto para integrar o seu sentido, há também substantivos, adjetivos e advérbios. Eles têm predicação incompleta e pedem um complemento que se chama, na NGB, de complemento nominal.

Sirvam de exemplos:

1: Abalizado em:

Ele é abalizado em botânica.

2: Abundante de, em:

Terra abundante em ou de águas.

3: Ação por ou contra:

Movi uma ação contra o deputado e outra pela igualdade social.

4: Benquisto a, com ou de:

Somos benquisto a todos, com todos e de todos.

5: Candidato a ou de:

Você é candidato ao cargo ou do cargo.

6: Cuidado com, de, em, para, com, por, sobre:

Tenhamos cuidado com, da, na, para, para com, pela, sobre a Pátria.

Observação: Considero de muita utilidade a consulta do Dicionário de Regimes e Substantivos e Adjetivos - Francisco Fernandes - Editora Globo - 2ª Edição - 1959 - C.M. - editora Vozes Ltda - 2ª ed - 1956

Faltou um pequeno suplemento sobre a regência de advérbios, numa e noutra obra.

7: Difícil a, de, em, para: Difícil a ou para mim.

Problema difícil de solução

8: Divergência com, em, sobre:

Não andes em divergências com os amigos, em pequenas questões, sobre qualquer coisa.

9: Esperançoso de ou em:

Ando esperançoso de sucessos.

O homem é esperançoso de sucessos.

10: Fácil a, de em para:

Alma fácil às alegrias.

Problema fácil de solução, fácil no começo e no fim.

E uma obrigação fácil para todos.

11: Fecundo de ou em:

é uma leitura fecunda de ou em lições.

12: gosto a, de, em, para, por:

Tenho muito gosto aos, dos, nos, para, pelos estudos de literatura.

13: Honra a ou de:

Este volume é em honra ao ou do morto.

14: Indiferente a, com, diante de, em, para, para com, perante, respeito a, sobre:

Os egoístas ficam indiferentes ao, com, diante, para, para com, perante, respeito ao mal alheio.

Sou indiferente em política.

15: Interesse de, em, para, por:

Tenho interesse de tudo, em tudo, em todos.

Isso é interesse para você.

16: Justo com, em, para com:

O juiz era justo com ou para com todos, em tudo.

17: Louco de, por:

Há loucos de amor e por amor.

18: Mordido de, por:

Você anda mordido de ou pelo ciúme.

19: Necessidade de, para:

Tenho necessidade de todos.

Há necessidade de Deus, para todos.

20: Ordenado de, com:

A vida deve andar ordenada de ou com virtudes.

21: Participação a, de, em:

O operário terá participação dos ou nos lucros da empresa.

Isto não causa preocupação aos bons

22: Próximo a, de:

A cidade fica próxima ao ou do mar.

23: Querido a, de, em, por:

Ele é querido a, de, por todos.

Ela é querido no seu meio.

24: Repugnância a, com, de, em, para, por:

A usura causa repugnância ao cristão.

Isto anda em repugnância com o pecado.

Ter repugnância da ou falsidade alheia.

Tenho repugnância para ou por este assunto.

25 Saudade de, por:

Ó que saudades que eu tenho da aurora de minha vida.

Curtimos saudade pelo bem passado.

26: Sequioso de, por:

Homens sequioso de, por glórias.

27: Terrível com, contra, para:

O vício é terrível com, contra, para todos.

28: Urgência de, em:

tenho urgência da ou na solução.

29: Vazio de:

Homens vazios do essencial.

30: Zeloso de, em, por:

Zeloso da, na, pela religião.

ADVÉRBIOS

31: Agradavelmente a, para, para com:

Você agiu agradavelmente a, para, para com todos.

32: Demais para:

A felicidade é demais para o mundo terreno.

33: Favoravelmente a, para:

O juiz não deu a sentença favoravelmente a, para todos.

34: Muito para:

Estes conselhos valem muito para mim.

35: Pouco para:

Vocês trabalham pouco para o país.

Esta lista é somente exemplificativa: não é, evidentemente completa nem seletiva .

acessível a descontente com

afável com, para com desejoso de

agradável a desfavorável a

alheio a diferente de

amante de difícil de

análogo a digno de

ansioso de, por entendido em

apto a, para erudito em

benéfico a escasso em

capaz de, para essencial para

certo de estranho a

compatível com fácil de

compreensível com favorável a

comum a, de, fiel a

constante em firme em

contíguo a generoso com

cuidadoso com hábil em

curioso de habituado a

desatento a horror a

hostil a paralelo a

idêntico a passível de

impossível de perito em

impróprio para perpendicular a

inconseqüente com pertinaz em

indeciso em possível de

independente de, em possuído de

indiferente a posterior a

indigno de prejudicial a

inerente a prestes a, para

inexorável a propício alLeal a

lento em responsável por

liberal com rico de, em

natural de semelhante a

necessário a sensível a

nocivo a útil a, para

negligente em

incompatível com

contrário a

grato a

parco em,

versado em

CRASE

1 - NOÇÕES BÁSICAS

1.

art.definido a(s)

Crase: Preposição a + pron.demonstrativo a(a)

pron. demonstrativo a(a)

1ª vogal de aquilo, aquele(s) , aquela (s)

Ex.:

Foi à esquina comprar cigarros.

Refiro-me ! que saiu. Aludiu àquela menina.

Assim, o acento de crase- deve ser usado sempre que se verifique a fusão desses elementos.

2. Casos especiais que requerem o uso do acento de crase:

a) Locuções adverbiais, prepositivas ou conjuntivas com palavras femininas.

Ex.: Viajaremos à noite. Veste-se à maneira de Luiz XV.

À medida que cresce, mais tolo fica.

b) Designação de hora exata.

Ex.: Chegou à uma da manhã.

3. Uso facultativo do acento de crase:

a) Diante no nomes próprios femininos.

Ex.: Não fiz alusão a(à) Maria.

Obs.: Como o artigo antes dos nomes próprios personativos nota familiaridade, não haverá crase antes de nomes de personagens históricas ou não-íntimas.

Ex.: Referiu-se a Joana D'Arc.

b) Diante de possessivos femininos acompanhados de substantivo:

Ex.: Obedeço a (à) minha mãe.

c) Nas locuções adverbiais de meio ou instrumento constituídas de palavras femininas (desde que não haja perigo de ambigüidade.

Ex.: Foi ferido a (à) bala.

d) Com a preposição até:

Ex.: Vou até a (à) feira.

4. Uso proibido:

a) Antes de palavra masculina, a não ser que se subentendam as expressões à maneira de, à moda de:

Ex.': Andamos a pé durante três horas.

Mas,

Roupas à Pierre Cardin. (à moda de)

Havendo qualquer nome feminino elíptico, existirá crase.

Ex.: Fomos à Presidente Vargas. (à Avenida).

b) Antes de verbos.

Ex.: Ficou a ver navios.

Voltou a reclamar.

c) Antes de pronomes pessoais, indefinidos, de tratamento, dos demonstrativos não iniciados por a:

Ex.: Dei a você o livro. Falou a certa pessoa.

Refiro-me a essa da esquerda.

d) Em expressões com palavras repetidas, como face a face, frente a frente, boca a boca etc.

Ex: Ficou face a face com o goleiro.

c) Antes de palavra feminina não determinada por artigo.

Ex.: Faço referência a pessoas ilustres.

f) Antes da palavra casa desacompanhada de adjunto que especifique dono ou morador.

Ex.: Voltou a casa antes das quatro.

g) Antes da palavra terra (- terra firme).

Ex.: O capitão voltou a terra.

h) Antes de palavras tomadas em sentido geral.

Ex.: O ar recendia a rosa.

Vive entregue a tristeza profunda.

Observações:

1. Alguns topônimos que desaceitam o artigo virão precedidos de a acentuado se trouxerem um determinante.

Ex.: Vou a Fortaleza nas férias.

Vou à Fortaleza dos meus avós.

2. Quanto aos relativos, pode, caso haja indicação, existir crase com a qual/as quais, ou a qual/as quais; e com o pronome se o seu antecedente for o demonstrativo a(s).

Ex.: As leis às quais obedecemos são claras.

Quanto à que desistiu, será eliminada.

3. Com a palavra distância, haverá crase se a mesma vier determinada.

Ex.: Permaneceu a distância.

Permaneceu à distância de cem metros.

SINTAXE DE COLOCAÇÂO

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Este é o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo. Eles podem ser colocados de três maneiras diferentes, de acordo com as seguintes regras:

PRÓCLISE

Próclise é a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. Usa-se a próclise, quando houver palavras atrativas. São elas:

1- Palavras de sentido negativo.

2- Ela nem se incomodou com meus problemas.

3- Advérbios.

4- Aqui se tem sossego, para trabalhar.

5- Pronomes Indefinidos.

6- Alguém me telefonou?

7- Pronomes Interrogativos.

8- Que me acontecerá agora?

9- Pronomes Relativos

10- A pessoa que me telefonou não se identificou.

11- Pronomes Demonstrativos Neutros.

12- Isso me comoveu deveras.

13- Conjunções Subordinativas.

14- Escrevia os nomes, conforme me lembrava deles.

OUTROS USOS DA PRÓCLISE:

01) Em frases exclamativas e/ou optativas (que exprimem desejo):

Ex. Quantas injúrias se cometeram naquele caso!

Deus te abençoe, meu amigo!

02) Em frases com preposição em + verbo no gerúndio:

Ex. Em se tratando de gastronomia, a Itália é ótima.

Em se estudando Literatura, não se esqueça de Carlos Drummond de Andrade.

03) Em frases com preposição + infinitivo flexionado:

Ex. Ao nos posicionarmos a favor dela, ganhamos alguns inimigos.

Ao se referirem a mim, fizeram-no com respeito.

04) Havendo duas palavras atrativas, tanto o pronome poderá ficar após as duas palavras, quanto entre elas.

Ex. Se me não ama mais, diga-me.

Se não me ama mais, diga-me.

MESÓCLISE

Mesóclise é a colocação dos pronomes oblíquos átonos no meio do verbo. Usa-se a mesóclise, quando houver verbo no Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito, sem que haja palavra atrativa alguma. O pronome oblíquo átono será colocado entre o infinitivo e as terminações ei, ás, á, emos, eis, ão, para o Futuro do Presente, e as terminações ia, ias, ia, íamos, íeis, iam, para o Futuro do Pretérito. Por exemplo, o verbo queixar-se ficará conjugado da seguinte maneira:

FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO

queixar-me-ei queixar-me-ia

queixar-te-ás queixar-te-ias

queixar-se-á queixar-se-ia

queixar-nos-emos queixar-nos-íamos

queixar-vos-eis queixar-vos-íeis

queixar-se-ão queixar-se-iam

Para se conjugar qualquer outro verbo pronominal, basta-lhe trocar o infinitivo. Por exemplo, retira-se queixar e coloca-se zangar, arrepender, suicidar, mantendo os mesmos pronomes e desinências: zangar-me-ei, zangar-te-ás...

Lembre-se de que, quando o verbo for transitivo direto terminado em R, S ou Z e à frente surgir o pronome O ou A, OS, AS, as terminações desaparecerão. Por exemplo, Vou cantar a música = Vou cantá-la. O mesmo ocorrerá, na formação da mesóclise: Cantarei a música = Cantá-la-ei.

Os verbos dizer, trazer e fazer são conjugados no Futuro do Presente e no Futuro do Pretérito, perdendo as letras ze, ficando, por exemplo, direi, dirás, traria, faríamos. Na formação da mesóclise, ocorre o mesmo: Direi a verdade = Di-la-ei; Farão o trabalho = Fá-lo-ão; Traríamos as apostilas = Trá-las-íamos.

Obs.: Se o verbo não estiver no início da frase e estiver conjugado no Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito, no Brasil, tanto poderemos usar Próclise, quanto Mesóclise. Por exemplo: Eu me queixarei de você ou Eu queixar-me-ei de você. Os alunos se esforçarão ou Os alunos esforçar-se-ão.

ÊNCLISE

Ênclise é a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo. Usa-se a ênclise, principalmente nos seguintes casos:

01) Quando o verbo iniciar a oração.

Ex. Trouxe-me as propostas já assinadas.

Arrependi-me do que fiz a ela.

02) Com o verbo no imperativo afirmativo.

Ex.Por favor, traga-me as propostas já assinadas.

Arrependa-se, pecador!!

Obs.: Se o verbo não estiver no início da frase e não estiver conjugado no Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito, no Brasil, tanto poderemos usar Próclise, quanto Ênclise. Por exemplo: Eu me queixei de você ou Eu queixei-me de você. Os alunos se esforçaram ou Os alunos esforçaram-se.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

As locuções verbais são formadas por verbo auxiliar + infinitivo, particípio ou gerúndio.

01) AUXILIAR + INFINITIVO OU GERÚNDIO:

Quando o verbo principal da locução verbal estiver no infinitivo ou no gerúndio, há, no mínimo, duas colocações pronominais possíveis:

Em relação ao verbo auxiliar, seguem-se as mesmas regras de colocação pronominal em tempos simples, ou seja, próclise, em qualquer circunstância (menos em início de frase), mesóclise, com verbo no futuro e ênclise, sem atração, nem futuro.

Em relação ao principal, deve-se colocar o pronome depois do verbo (ênclise). Veja os exemplos:

Eles se vão esforçar mais. Eles não se vão esforçar mais. Eles se irão esforçar mais.

Eles vão-se esforçar mais. -o- Eles ir-se-ão esforçar mais.

Eles vão esforçar-se mais. Eles não vão esforçar-se mais. Eles irão esforçar-se mais.

01) AUXILIAR + PARTICÍPIO:

Quando o verbo principal da locução verbal estiver no particípio, o pronome oblíquo átono só poderá ser colocado junto do verbo auxiliar, nunca após o verbo principal. Veja os exemplos:

Eles se têm esforçado. Eles não se têm esforçado. Eles se terão esforçado. Eles têm-se esforçado. -o- Eles ter-se-ão esforçado.

Nota: Quando o pronome for colocado entre os dois verbos (ênclise no auxiliar), teremos de usar hífen. Por exemplo: Eles vão-se esforçar mais. Há gramáticos que julgam esse hífen desnecessário

QUESTÕES VARIADAS DA ESAF

1. (TTN) Há erro de regência no item:

  1. Algumas idéias vinham ao encontro das reivindicações dos funcionários, contentando-os, outras não.

  2. Todos aspiravam a uma promoção funcional, entretanto poucos se dedicavam àquele trabalho, por ser desgastante.

  3. Continuaram em silêncio, enquanto o relator procedia à leitura do texto final.

  4. No momento este Departamento não pode prescindir de seus serviços devido ao grande volume de trabalho.

  5. Informamos a V. Senhoria sobre os prazos de entrega das novas propostas, às quais devem ser respondidas com urgência.

2. (TTN) Considere o texto abaixo:

- "Eu queria saber é quem está no aparelho.

- Ah, sim. No aparelho não está ninguém.

- Como não está, se você está me respondendo?

- Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém.

- Engraçadinho! Então, quem está ao aparelho?

- Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo."

(C. Drummond de Andrade)

 

Marque o par de verbos com problema de regência idêntico ao do texto:

a) Meditar um assunto - meditar sobre um assunto

b) Sentar à mesa - sentar na mesa

c) Estar em casa - estar na casa

d) Assistir o doente - assistir ao doente

e) Chamar o padre - chamar pelo padre

3. (TTN) Assinale a alternativa incorreta quanto à regência:

  1. Creio que os trabalhadores estão muito conscientes de suas obrigações para com a Pátria.

  2. O filme a que me refiro aborda corajosamente a problemática dos direitos humanos.

  3. Esta nova adaptação teatral do grande romance não está agradando ao público; eu, porém, prefiro esta àquela.

  4. O trabalho inovador de Gláuber Rocha que lhe falei chama-se Deus e o Diabo na Terra do Sol.

  5. José crê que a classe operária está em condições de desempenhar um papel importante na condução dos problemas nacionais.

4. (TTN) Assinale o trecho que apresenta sintaxe de regência correta:

  1. A rigorosa seca que assola os estados do Nordeste impede que essa região desenvolva e atinja os níveis de crescimento sócio-econômicos desejados.

  2. Se o Brasil tornasse independente dos empréstimos externos, poderia voltar a crescer no mesmo ritmo de desenvolvimento das décadas anteriores.

  3. Surpreende-nos o fato de o Estado de São Paulo, que muito se difere do sul do país, ter engrossado as estatísticas favoráveis à criação de um Brasil do sul.

  4. É reducionista atribuirmos apenas à seca a razão que leva a população do norte e nordeste a se migrar para o sul.

  5. A pretendida separação que pleiteiam os estados do sul acarretará, se vier a se concretizar, a perda da identidade nacional.

5. (ESAF) Observe, nos períodos abaixo, a regência dos verbos e dos nomes:

  1. As constantes faltas ao trabalho implicaram a sua demissão.

  2. Procederemos à abertura do inquérito.

  3. O cargo a que aspiramos é disputado por todos.

  4. Prefiro mais estudar do que trabalhar.

  5. Sua atitude é incompatível ao ambiente.

Assinale a seqüência que corresponde aos períodos corretos:

a) I, II e IV                       d) I, II e III

b) II, III e IV                      e) I, III e IV

c) II, IV e V

 

6. (AFTN) Assinale a única frase cuja lacuna não deve ser preenchida por um pronome relativo preposicionado:

  1. O relator da emenda constitucional apresentou proposições ..... todos simpatizavam.

  2. Recordaram com carinho a ponte ..... trocaram o primeiro beijo.

  3. Fui ver hoje o filme ..... mais gosto.

  4. Guimarães Rosa é o escritor brasileiro ..... mais gosto.

  5. Esta é a região ......... fronteira agrícola deve ser aplicada.

 

7 (MACK) Indique a alternativa correta:

a) Prefiro correr do que nadar.            d) Prefiro correr a nadar.

b) Prefiro mais correr que nadar.        e) Prefiro correr à nadar.

c) Prefiro mais correr a nadar.

 

8. (FATEC) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases abaixo:

  1. Não foi essa a pessoa ............ aludi.

  2. Há certos acontecimentos ............ nunca nos esquecemos.

  3. Itaipu foi uma das obras ............ construção mais se comprometeu o orçamento nacional.

  4. A conclusão ............ chegou não tem o menor fundamento.

  5. O conferencista, ............ conhecimentos desconfiávamos, foi infeliz em suas colocações.

a) à qual ,de que, em cuja, a que ,de cujos

b) à que, que, cuja ,à que, em cujos

c) a qual, dos quais ,com cuja, a qual ,dos quais

d) a quem, que em, cuja, à qual, em cujos

e) a que, de que, cuja, à que, de cujos

 

9 (ESAF) Assinale o trecho que não contém erro na voz passiva:

  1. Lamentamos que o pouco tempo disponível venha a prejudicar o processo que foi iniciado de forma tão incorreta.

  2. No quarto, já tinham sido espalhados vários colchões pelo chão, para acomodar os parentes que vinham de longe.

  3. À distância, viam-se pequenos pontos de luz, a denunciar a presença de casas por ali.

  4. Assim que começou a cursar medicina, sentiu-se atraído para a área de neurologia.

  5. A lembrança de sua convivência conosco ia sendo afastada à medida que os afazeres iam nos absorvendo.

 

10. (ESAF) Os verbos das orações "ao prestar-nos as informações que lhe solicitamos" são, respectivamente:

a) transitivo direto e indireto, transitivo indireto

b) transitivo indireto, transitivo direto e indireto

c) ambos transitivos indiretos

d) ambos transitivos diretos

e) ambos transitivos diretos e indiretos

 

Assinale a opção cujo período apresente erro na sintaxe ou morfologia das formas verbais:

 

11.

  1. Se não prevessem os estoques do governo com a necessária antecedência, dificuldades maiores adviriam na entressafra.

  2. Se eles interporem um novo recurso contra a decisão do diretor, é possível que seja aceita a argumentação que apresentaram.

  3. Exige-se que as amostras não difiram significativamente do padrão oficial e que se expeça o respectivo laudo de fiscalização.

  4. Por não se preverem as conseqüências do novo decreto, deixaram de ser tomadas medidas que contivessem o aumento de custos.

  5. O governo não interveio nem pretende intervir no mercado, embora as informações se contradissessem.

12.

Assinale a opção cujo período apresente erro na sintaxe ou morfologia das formas verbais:

  1. Haviam, entre os meses de outubro e dezembro, ocorrido pancadas de chuva tão violentas que as estradas estavam em péssimas condições.

  2. Se houver desistências, as vagas poderão ser preenchidas por candidatos sem habilitação legal.

  3. Embora muitas dificuldades houvessem surgido, os trabalhos foram concluídos em tempo hábil.

  4. Todas as opiniões que houvesse entre os participantes do encontro seriam debatidas democraticamente.

  5. Ninguém sabe se vão haver ou não novas inscrições para o concurso anunciado há duas semanas.  

13.

  1. É necessário que se intermedeiem os conflitos étnicos para que a paz seja preservada.

  2. Segundo pressupuseram especialistas, novas bactérias, de extrardinária resistência, estão surgindo nos hospitais.

  3. Ao não se aterem aos liames previstos para a pesquisa, corriam o risco de falsear os resultados.

  4. Sem que se trasgridam os modelos convencionais, os prejuízos jamais poderão ser reavidos.

  5. Se não sobrevirem novos problemas, serão satisfeitas todas as exigências do contrato assinado.

 

14. (FUVEST) "Quanto a mim, se vos disser que li o bilhete três ou quatro vezes, naquele dia, acreditai-o, que é verdade; se vos disser mais que o reli no dia seguinte, antes e depois do almoço, podeis crê-lo, é a realidade pura. Mas se vos disser a comoção que tive, duvidai um pouco da asserção, e não a aceitei sem provas." Mudando o tratamento para a terceira pessoa do plural, as expressões sublinhadas passam a ser:

a) lhes disser; acreditem-no; podem crê-lo; duvidem; não a aceitem.

b) lhes disserem; acreditem-lo; podem crê-lo; duvidam; não a aceitem.

c) lhe disser; acreditam-no; podem crer-lhe; duvidam; não a aceitam.

d) lhe disserem; acreditem-no; possam crê-lo; duvidassem; não a aceites.

e) lhes disser, acreditem-o; podem crê-lo; duvidem; não lhe aceitem.

15. (AGENTE FISCAL-PR) Distingua o item no qual a colocação dos pronomes está exata:

  1. Vender-no-la-íamos por quê? Devolvida-me a carta, partirei. Eles e elas se desculparam. Deram-nos. O que não deve dizer-me?

  2. Tenho queixado-me com razão. Deram-nos. Depois de devolvido-lhe o recibo, ficarei sossegado. O que não se deve dizer? Tens a obrigação de me pagares tudo.

  3. Deus te abençoe! Será proveitoso estudando a lição e não decorando-a. O que não deve-se dizer? Irei quando convidar-me-ão. Se se quiser, tudo irá bem.

  4. Valha-me Jesus! Ó João, se levante! Tenho alcançado-te nas provas. Não se as procuram. O que me preocupa, é esta prova.

  5. Peça e dar-se-lhe-á. Por que vo-las venderíamos? O livro, meus amigos, hei de devolver-lho. A carta e o dinheiro não os remeterei logo. O que se não deve dizer?

16. (TRE-MT) A substituição do termo sublinhado por um pronome pessoal está correta em todas as alternativas, exceto em:

  1. O governo deu ênfase às questões econômicas. O governo deu ênfase a elas.

  2. Os ministros defenderam o plano de estabilização. Os ministros defenderam-no.

  3. A companhia recebeu os avisos. A companhia recebeu-os.

  4. Ele diz as frases em tom bem baixo. Ele diz-las em tom baixo.

  5. Ele recusou a dar maiores explicações. Ele recusou a dá-las.

17- Marque o segmento do texto que foi transcrito com erro gramatical.

a) Em recente acórdão, proferido no AG nº 96.01.01984-7/DF, ajuizado contra decisão que, em processo executivo, homologou cálculos de atualização de dívida da Fazenda Pública decorrente de condenação em reclamação trabalhista, não conheceu do recurso a Primeira Turma Suplementar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

b) Este o único fundamento do julgado: “ ... na sistemática processual trabalhista inexiste recurso contra sentença homologatória de cálculos de liquidação, porque a CLT, em norma clara e objetiva, composta nos parágrafos 3º e 4º do seu artigo 844, prevê, com exclusividade, o instituto dos embargos para impugnação de ato jurisdicional de tal jaez.

c) Incorreu, data vênia, o ato decisório ora analisado em dois grandes e manifestos equívocos.

d) O primeiro deles é confundir “cálculos de atualização” do valor do título exeqüendo com “liquidação da sentença”.

e) Na atual sistemática processual civil, essa atualização, depois de tornada certa o valor da condenação, ainda que decorrente de conta elaborada pelo exeqüente, não constitui uma “liquidação”: no curso de processo executivo, tem a natureza de questão incidente deste.

(Baseado em Diomar Bezerra Lima) 08- Marque a opção que preenche corretamente as lacunas.
18.

Completamente excluídos das engrenagens de desenvolvimento da sociedade, os miseráveis são reduzidos _____ uma condição subumana. Seu único horizonte passa ____ ser ____ luta feroz pela sobrevivência. No lixão do Va lparaíso, ____ poucos quilômetros de Brasília, ____ gente disputando os restos com os animais.

(Fonte: Revista VEJA, edição 1735)

a) à, a, a, há, há

b) a, à, à há, a

c) a, a, a, a, há

d) à, a, a, à, há

e) a, à, à, há, a

19.. (CESESP-PE) Assinale a alternativa que estiver incorreta quanto à flexão dos verbos:

a) Ele teria pena de mim se aqui viesse e visse o meu estado.

b) Paulo não intervém em casos que requeiram profunda atenção.

c) O que nós propomos a ti, sinceramente, convém-te.

d) Se eles reouverem suas forças, obterão boas vitórias.

e) Não se premiam os fracos que só obteram derrotas 

Leia o texto abaixo para responder às questões 20 e 21.

A moral e a ética não são fatos ou institutos

jurídicos. Direito é uma coisa, moral é outra.

Todo ser humano informado sabe disso. O

comportamento das pessoas em grupo, tor-

5

nando suas ações conhecidas e avaliadas,

segundo critérios éticos do mesmo grupo

quanto ao caráter, às condutas ou às inten-

coes manifestadas e assim por diante, só

repercutem no direito se extrapolarem os

10

limites deste. A manifestação ofensiva a res-

peito de outrem confunde os dois elementos

no plano individual.

(Walter Ceneviva, Moralidade como Fato Jurídico, comadaptações)

22- De acordo com as idéias do texto, analise os itens abaixo para, a seguir, assinalar a opção correta.

I. Os dois primeiros períodos sintáticos constituem uma síntese da argumentação desenvolvida no texto.

II. Infere-se do texto que o caráter, a conduta e as intenções das pessoas não devem ser avaliados quanto à moralidade pelo seu grupo ético.

III. Conclui-se do texto que moral, ética e direito não revelam influências mútuas se considerados como fatos ou institutos diversos.

a) Apenas I está correto.

b) Apenas II está correto.

c) Apenas III está correto.

d) Todos os itens estão corretos.

e) Nenhum item está correto.

 

23- Assinale a opção incorreta a respeito das estruturas lingüísticas do texto.

a) O emprego de terceira pessoa, feminino, plural do pronome “suas”(l .5) refere-se a “pessoas”(l .4) concorda com “ações”(l .5).

b) Altera-se o tempo verbal, mas garante-se a correção gramatical, se no lugar de “se extrapolarem”(l .9), for empregado quando extrapola.

c) Para que o texto respeite as regras de concordância da norma culta, a forma verbal “repercutem”(l .9) deve ser substituída pelo singular: repercute.

d) A oração subordinada reduzida de gerúndio “tornando suas ações conhecidas e avaliadas”( l .4 e 5) mantém seu valor adjetivo ao ser substituída pela desenvolvida adjetiva restritiva que tornam suas ações conhecidas e avaliadas.

e) O pronome pessoal “outrem”(l .11) corresponde originalmente a qualquer outro, diferentemente de outro, que corresponde a diverso do primeiro.

 

24-

Uma das características essenciais da boa

administração pública é a certeza de suas

decisões. Sabendo os cidadãos como e

quando procede o poder administrativo,

5

programam seguramente o cumprimento

de seus deveres. Essa qualidade é tanto

mais fundamental porque se multiplicam,

no mundo moderno, as relações e as obri-

gações entre o setor público e o setor pri-

10

vado.Como o Estado tem o privilégio de

impor ônus ao particular, e em prazos de-

terminados,tanto mais deve agir com obe-

diência a normas permanentes e conheci-

das.

(Josaphat Marinho, Surpresas Tributárias, com adaptações)

Julgue os itens a respeito das estruturas lingüísticasdo texto para, em seguida, assinalar a opção correta.

I. A forma verbal “procede”(l .4) está empregada com o mesmo valor semântico que o do exemplo: Esse argumento não procede.

II. Para conferir maior clareza e intelegibilidade ao período, se a oração subordinada reduzida de gerúndio iniciada por “Sabendo os cidadãos...” (l .3) fosse deslocada para depois de sua principal, o sujeito de ambas deveria aparecer claro na oração principal, não mais na subordinada.

III. O emprego da conjunção “Como”(l .10), de valor comparativo, no início da oração faz realçar o sujeito sintático, “o Estado” (l ..10).

IV. Pela ausência do sinal indicativo de crase, entende-se que em “a normas permanentes” (l .13), existe apenas a preposição a.

Estão corretos apenas os itens

a) I e II

b) I, II e IV

c) II e IV

d) II, III e IV

e) III e IV

 

25- Leia os trechos adaptados de José Luiz Rossi, A sociedade do conhecimento, para assinalar a opção correta.

(A)
Esse é um fenômeno que mudará o perfil da população mundial nos próximos anos. O aumento da expectativa de vida é um fenômeno que já vem ocorrendo nos últimos 300 anos, mas a redução da população jovem é um fato relativamente novo, cujas conseqüências socioeconômicas ainda não foram totalmente exploradas.

(B)
Estamos falando de transformações que ocorrerão em virtude das maiores mudanças demográficas ocorridas desde que o homem começou a se organizar em sociedades. Uma delas é a diminuição da população jovem em todos os países desenvolvidos, e também em países como o Brasil e a China, onde a taxa de natalidade já está abaixo da de reposição de 2,2 por cento por mulher em idade reprodutiva.

(C)
A outra transformação é nas características da força de trabalho. Até o início do século XX, a maior parte dos trabalhos eram manuais. Cinqüenta anos depois, a indústria foi o grande empregador. Hoje, a força de trabalho que mais cresce, e que já é maior em números absolutos, é a dos “trabalhadores do conhecimento”, valorizados mais pelo conhecimento especializado do que por qualquer outra característica.

(D)
Nos últimos meses, verificou-se que a nova economia não substituirá de todo a velha economia, mas, sim, conviverá com ela, transformando-a por meio de profunda integração entre as empresas e de disseminação quase infinita do conhecimento. Entretanto, dois outros fenômenos também influenciarão nosso meio de vida. 

Para que os trechos constituam um texto coeso e coerente, sua ordenação deve ser:

a) A C B D

b) B A D C

c) B C A D

d) D A B C

e) D B A C

 

26- Os trechos a seguir foram adaptados de um texto de Gilson Schwartz, mas estão desordenados. Numere-os de forma que constituam um texto coeso e coerente e assinale a opção correta correspondente.

( ) No caso do Brasil, que já tem fundos setoriais em apoio ao desenvolvimento tecnológico, resta saber como será a distribuição desses recursos e que impacto terão no sistema econômico.

( ) Entretanto, criar a cultura organizacional necessária nessas redes para que os recursos e as políticas públicas tenham mais eficácia não é algo trivial.

( ) As pesquisas que se fazem internacionalmente sugerem que o segredo do desenvolvimento com base na inovação tecnológica está menos no volume de recursos e mais na qualidade das redes que se formam para recebê-los.

( ) Claro que a existência desses recursos para investir é condição necessária, mas não é suficiente. As políticas públicas brasileiras teriam, provavelmente, mais chance de êxito se incluíssem entre os seus objetivos a própria mudança cultural e comportamental das suas organizações.

( ) Exige, por exemplo, a formação de grupos articulados de cooperação para produção de conhecimento, ou seja, sistemas incompatíveis com as práticas institucionais e empresariais.

a) 3, 4, 1, 5, 2

b) 2, 5, 4, 3, 1

c) 4, 2, 1, 5, 3

d) 3, 4, 2, 1, 5

e) 5, 1, 3, 2, 4

 

Leia o texto para responder às questões 27e 28.

A revolução da informação, o fim da guerra

fria - com a decorrente hegemonia de uma

superpotência única - e a internacionalização]

da economia impuseram um novo equilíbrio

5

de forças nas relações humanas e sociais

que parece jogar por terra as antigas aspira-

coes de solidariedade e justiça distributiva

entre os homens, tão presentes nos sonhos,

utopias e projetos políticos nos últimos dois

10

séculos. Ao contrário: o novo modelo - cuja

arrogância chegou ao extremo de considerar-se

o ponto final, senão culminante, da história

- promove uma brutal concentração de renda

em âmbito mundial, multiplicando a desigual-

15

dade e banalizando de maneira assustadora

a perversão social.

(Ari Roitman, O desafio ético, com adaptações)

 

27- Nos itens abaixo, trechos do texto foram reescritos.Assinale a opção em que as idéias, ou a argumentação, do texto não foram respeitadas.

a) Parece que destruir antigas aspirações de solidariedade e justiça distributiva é fruto da arrogância a que chegou o ponto final da história nos últimos dois séculos: os homens presentes na nova utopia têm diferentes projetos políticos. 

b) Um novo equilíbrio de forças nas relações humanas e sociais surgiu a partir de três fatores: a revolução da informação, o fim da guerra fria e a internacionalização da economia.

c) Como conseqüência do fim da guerra fria houve hegemonia de uma superpotência única e um novo equilíbrio de forças - também ligado a outros fatores - nas relações humanas e sociais.

d) Nos últimos dois séculos, estiveram presentes nos sonhos, utopias e projetos políticos antigas aspirações de solidariedade e justiça que parecem estar em risco com o surgimento de um novo equilíbrio de forças nas relações humanas e sociais.

e) Uma brutal concentração de renda em âmbito mundial vem com um novo equilíbrio de forças nas relações humanas e sociais; têm-se, conseqüentemente, uma banalização da perversão social com a multiplicação da desigualdade.

 

28- Julgue se os itens a respeito do emprego dos sinais de pontuação no texto são falsos (F) ou verdadeiros (V) para, em seguida, assinalar a opção correta.

( ) As duas ocorrências de duplo travessão demarcam intercalações e desempenham função análoga à dos parênteses.

( ) As vírgulas que se seguem a “homens”(l .8.) e “sonhos”(l .8) destacam uma explicativa restritiva e, por isso, seu emprego é opcional.

( ) O emprego de dois-pontos após “contrário”( l .10) justifica-se por introduzir um esclarecimento sobre o que foi dito no período anterior.

( ) A função das vírgulas que isolam a expressão “senão culminante”(l .12) é a de destacá-la sintaticamente e dar-lhe relevo estilístico.

A ordem correta dos itens é

a) V F V F

b) F F V F

c) V F F V

d) V F V V

e) F V V V

 

2



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