Bto do Jsntm - S+pundt-tofr* i* d» 10M
Se hoje o Ministćrio da Fazenda vive is volias com uma crise económica aparen-temente sem safda, com inflaęao de 24,cm julho, houve tempo cm quc esban-jou recursos para construir uma sede de gran-dcza arquitetónica. Qucm passa apressado pc-la Avenida Prcsidente António Carlos, no Centro, nem liga para o suntuoso Palścio da
lo das igumas imcsąuinhado
com estranhas divisórias e teto rebaucado, o predio de 14 andares manić m praticamente mtacta sua estmtura e guarda histórias que nło sumiram na poeira do tempo.
"Sólido e imponente ediffcio", descrcve-ria o presidente Gettłlio Vargas no discurso de inauguraęśo, cm 1943. "Estc monumental edi-flcio mostra a prosperidade alcanęada, que garantirś ao Brasil a posięao independente e digna que conquistou no conccrto das naęóes dvilizadas”, garantia o presidente. Haviam passado quatro anos desde o inido da constru-ęao do prćdio, com śrea util de 85 mil metros óuadraaos. A obra custou Cr$ 17,4 milhóes (CrS 704 o metro quadrado). Só os ftos elćtri-cos dariam para ligar o Rio a Petrópolis. Vooć sabia?
B&nholro — Atendendo aos anseios na-cionalistas da ćpoca, foi realizado urn concurso entre arquitetos brasilciros, que abraęavam o modcmismo, para escolha do projeto do novo ediffcio do Ministćrio da Fazenda. Acabou prevalecendo, entretanto, a intransigćncia do ministro Artur de Sousa Costa, que anulou o resultado, preferindo o estilo neoclśssico do projeto de arquitetos da própria Fazenda. Em contrapartida, todo materiał usado na constru-rio ć narional, com excessio do mlrmore de Carrara no reluzente banheiro do gabinetc ministcrial
A cidade viu crescer colunas de 9,5 metros de altura. Ladeando as escadarias de mśrmore da entrada principal foram colocados dois vasos de granito com figuras cm bronze, cada um pesando 10 toneladas. Duas piras de bronze prcccdem uma sćrie dc tocheiros, tambćm dc bronze, pcrfilados na parede da frente. Das quatro entradas, sio mantidas abertas a dc trśs c a da frente, com monumentais portas de ferro.
Atravcssando os portóes de ferro, o visi-tante chega i galeria com painćis esculpidos cm arenito. Nos bancos de couro, funcionśrios aposentados da Fazenda passam tardes intciras sentados. O salio, boje ocupado por agincias bancśria, de coneios e da Caixa Económica, tern pć direito de 20 metros. A escada em caracol, com corrimao de ferro e bronze, Ieva ao ultimo andar. No topo ficam a casa de mśquinas e a cstaęao dc rśdio. Por salas e corredores espalham-sc esculturas e cinzeiros de ferro e bronze. Sc tivesscm ousidos, com certeza as paredes teriam escutado poemas de Josć Lins do Rego c ensaios operfsticos de Mśrio Henriquc Simonsen.
Barrlga — No 14° andar, o jardim com vista para a Bafa de Guanabara tern esculturas c painćis em mosaico com temas indlgcnas. Ouatro andares abaixo fica o saldo nobre em estilo Lufs XIV, com imensos lustrcs de cristal. Nesse andar fica tambćm o gabinetc do ministro, cm jacarandś da Bahia. Hoje, quem ocupa esse cspaęo ć o delegado do Ministćrio da Fazenda no Estado do Rio de Janeiro e repre-sentante do ministro Maflson da Nóbrega no estado, Domingos Marques Grcllo.
Todos os dias, o delegado senta-sc ś mesa de jacarandś, oonvexa para acomodar, segun-do a lenda, a rcspeitśvel barriga do ministro Souza Costa. O delegado Grello lembra de 1960, quando o ministćrio sc transferiu para Brasilia, “embora a caixa dc rcssonśnda do pals continuasse sendo o Rio". Conta que“na verdadc diversos órgśos do governo ainda funcionavam aqui". Um dos mais antigos ocupantcs do palścio, onde ingressou como contador cm 1945, ele diz que "o Brasil era mais fścil dc administrar”. Aos pouoos o ediffcio dc 4.905 portas e janelas passou a abrigar só órgśos regionais do ministćrio. Mas com o tempo, surgiram os órgśos "alienfce-nas", entre des a agćncia do ŚNI e o Conse Nacional dc Pctróleo.
Portóes dc ferro, bustos cm bronze, lustrcs dc crist,
compoem
o luxo dos salóes
oarios. ak importante primelro ei Inglaterra,
1awćis cm arenito dccoram a grandę galeria c imponente escada em caracol leva do tćrreo ao 14° andar
■ Pouca gente sabe da exlstćnda de um museu, crLado cm 1970 pelo ministro Delflm Neto, na sobreloja do Palścio da Fazenda. Quem se Interessa pela histórta da economia brasilelra pode ristar, de llh śs 17h, a cxposięio do oceno de artistas fazen-dśrios. Alćm de 24 telas, hś documentos irtantes como o contrato original do emprćstimo que o Brasil fez com a em 1824, no valor de 3 milhóes de libras, pago com rendas da alfindega.No aceno estio todas as cćdulas que o Brasil li tere, de rćis a cruzados, canctas de mlnis-tros, mśąuina de calcular manuał do sćculo 19, a cadcira do primelro ministro da Fazenda da Republica, Rui Barbosa, a mesa da sua sala de reunióes, cinzeiros dc bronze e ferro, um gulchi original do paiido e retratos dos 138 minlstros que passa ram pela Fazenda.
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