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4ol° cadcrno □ scgunda-fcirn. 1*78/88


Ciencia Nacional


Destruięao do virus da yariola causa polemica


LOS ANGELES —0$ Mi-moi excmptores de um velho rtrus que durante sćculo* (oi rcJponsdvel pelas mortes dc jovens c velhoi. reii e wrvos. cstio enccrradoi hd u nu dćca-da cm doó Uboraiónot. um nos EUA, outfo na Umdo So-vićtic». c »jora os cienlistas divergem sobrc o quc fazer coru ctes. Trata-se do v(rus da varfóla, uma doenęa qoe agora (u parte da história da medi-ciot.

A variołt foi derrotada por um programa dc vacinaęio giobal quc tornou possfvcl nnunciar, cm 1977. qoc nio havia mais no mundo casos da doenęa c quc ningućm mais corria o risco dc contrair o %-frus fata).

Agora, os ónicos rcmancsccntes do vfrus da variola cstio cuidadosa-menie guardados cm frascos rx> CDC (Centro dc Comrolc dc Doęnęash cm Atlanta (EUA). c mim laboratório cm Moscou.

No laboratório dc Atlanta. pcsqui-sadores cstio tentando produzir doocs do rirus. pan produzir stnócs inofen-sivas. nio patogćnicas. Alzuns cicntis-tas acham quc. a partir do momento cm qi>c isso seja consetuido. o vfni$ original dcvc ser dcstruJdo. por causa do pengo quc representa para os tra-balhadorcs dos laboratórios ondc esti guardado. Mas essa proposta esti cau-sando polćmka, pois outros cicntistas cntcndcm que o virus mortal dcvc ser presenado para forncccr materia! dc oesouisa no futuro. Outros. ainda. dc-lendcm a preservaęio com o argumen-to dc quc nio sc deve dcstruir uma entidade biołógka oue provavelmcnte surgiu hi milhócs dc anos.

Arthur Caplan. diretor do Centro dc Ćtica Biomćdka da Unwersidade dc Minnesota, diz quc sc o vfru> da yariola for destruido a ctćncta perderia podkułoś dc informoęio genćtica ori-ginnl tranwmtida durantc milhócs dc anos num vfn» quc só usou seres humanos como hospcdciros.

®Ć imporiantc prcscrvar » espć-cicsM. diz cle. “sejam clas vfm, bactć-rias. Yceetais ou animais. Seria falta de vis&o destnńr todas as amostras do virus da varioła. Hi um risco cm mantć-las. mas ć um risco idminis-trtver.

Caplan cocnpura a variola i Aids. Ouando esta ult:ma for controlada. diz * cle, ałgunsdentistas poderio qucrer prcscrvar amostras do vfrm quc a causa para usi las cm pcsquisas quc ccnduzam i cura dc outras docnęas. Ele di um cxcmpk>: W.Frcnch Anderson, um pcsquisador do National Insti-tutes of Heatab. cm Bcthcsda, Maryland. esti conduzindo cxperićncias cm animais nas quais usa um retrosrfrus, a cUssc i qual pcrtcncc o vfrus da Aids, como transportador dc genes para tra-tar docnęas genćticas raras. Os retrovf-



ros tćm a propnedade dc mcorporar-sc ao código geoćtico das cćłulas. Assim. pek> menos tcoricamentc, um retrovi-rus desatirado (isto ć. do qua! foi tirado o poder dc causar docnęas) pode ser usido para colocar nas cćłulas bumanas nosos genes cm substituięio a genes originais defeituosos.

Mas os criticos citam a possibilida* dc dc addentes c infccęóes cm tćcnicos dc laboratório ondc vfrus vrios sio mantidos, c tambćm o risco dc quc os vfros sc jam usados incscruputosamcn-tc (por terroristas, por csemplo).

O sirolorista Carios Lopcz. um **• chcfc dc bDoratório no Centro dc Controk dc Docnęas. ć fasorivcl i ćrstruięio do vfrus da vario!.r “Słnto quc desemos destrof-lo", diz ek. 'Ouałquer coisa qjc ainda haja para aprendermos sobrc a varfola, pode ser aprendida pek* dones do virus“.

O vfm da rarfoła ć um micróbio quc sc propaga pclo ar c quc. durantc sćculos, causou epidemias cm todo o mundo.No sćculo 18, fot responsivcl por 33% dos ca sos de ccgocira na Europa No sóculo 19, matou ccrca dc 400 mil curoocus por ano. Em meados do sóculo 20. mais dc 15 milhócs dc pessoas cm 33 pafses estasam sc infcc-tando a cada ano. 2 milhócs das quais morriam na epidemia quc atacava principalmcntc nos pafses subdesen-tohridos. Um procrama mundial dc luzido no


Submarino- robo vai limpar usina nuclear

Um pcqucno sobmarino robó, dc um metro dc comprimcnlo, vai ser usado nos Btados Umdos para remom residuos altamcnte radioativos do mleko do rca-tor da usina nuclear dc Three Mile Is-land. O rcator esti fcchado dcsde o acidcntc cm 1979. ąuando o miclco sc fundiu, farendo com quc materiał radio*-trio derretido cscapassc para outras pic-tes da usina. As cquipcs cncarrcgadas da limpcza do nudco damficado usaram um cquiparocnto icmclhantc a ura aspirador para tirar parte dos rcsfdaos. mas o srticnu dc prcssiiri/aęio do rcator coo-tćm rcsfduos sótidos pesados. semclhan-(es o rochts. quc nao sacm com faciłi-dadc.

Como o vaso dc pressio do rcator cs»i cbbo dc igua. os tćcnicos rcsolse-ram usar o submarino. quc foi original-menie projetado para tazer manulcnęiio cm piataformas dc petróko c ituar cm atmdadcs militares no fundo do mar. Ek ć cquipado com cinurcs dc tcłcvisio e luzes c sua conccpę.‘io ć semelhante i do engenho osado cm 1966 para rccodhcr as bombos atómicas quc caira&i no litornl da Espanhdj depors da colisao dc um bom-hardciro B-52 com um aviio tanquc KC-135.


Depoń quc for baixado dcotro do nucico inundado do rcator, o submanoo. pilou-do por controlc rcmoto. rccoihcri os fragmentos radioatiw, cotocando-os dentro dc reopientes cspccian.


■ JOHN AL DO BRA8IL

Samo Anastśoo (SP> — Fotot da Padm Mooaorih

O noto milionório comprou um Jusca 75 e manUm a mesma caaa de antes da fortuna*


Pedreiro que ganhou Sena bebe e se esconde temendo ser morto


yacśnaęio cond pcla OM

Saiidc) crradicou a doenęa.

O CDC esti trabalhando num pro-jęto quc espera complctar cfn um ano, no qual o vfms scri compktamcmc donado - isto ć, um vfros de proveta scri obtido a partir do Wrus original, com o uso dc tćcnicas de engennaria gcnćtica. Os ck>ncs nio terto poder dc causar a doenęa.

Lopcz insistc: “Sc voci tern o ctone num frtezer. entio soci tern os mcios para determinar ciaumentc o quc 6 a ir.formaęio gcnótica" c. por conscguintc, loda a informaęio ncccs-siria para conduzir cxpcri6ncias cnvol-da vanola


nos anos 60 c 70 MS (Organizaęio Mundial dc


vcndo o Wrus


no futuro.


Insulina em pó — Btoquim»-cos sovićticos anunciaram a obtcnęio dc insulina cm pó. pora ser jJnumstradj aos diabdticos por via orał. Segundo os pes-quisadorcs dos muitutos dc entomologia c crurgia Vishnmki. dc Moscoo, as expc-rknoas cm cobaias mosiraram quc o mcdKaiocmo comcęa a prodn/ir cfcito trćs horas depas dc ser tornado c age no orgamsmo durantc quasc 24 horas. (sto ńgnifica quc i similar i insulina mjciivcl otualmente utiltzada pclos dubćticos A insulina cm pó pode ncar ald quatro anos consenoda num refrigerador comsim. Disco very — Os tćcmcos da Nasa conseguiram cooscrtar no sibado um va-zamcato dc hidrog*nk> c um dcsposiirio dc bombcamcnto dc oxigćnio no ónibus cspadal Discosery c. com isso. marcaram para quinta-fcira o tesle dc ignśę&o dos motor o. crucul para o lanęamcnto da navc. prcvisto cm pnndpm para setem-bro. mas qoc poderi ser adiado para outubro. diunie das saccssri&s falhus quc tćm surgido no ónibus cspacial. Uma dessas falhas. ainda nao roolvida. ć um ouuo vazamcnto no ststcnu de cortundo dos motor es.


Astronomia e Astronautica


Ronaltlo Rogório de Freitas Mour&o


Explorando Martę


pesar dc ter sido divul


3L plamcntc que a itarik)


tentari lomlizar o ponto dc futura missio tripulada a Mant. esta tarefa scri rcalizada pelas estaęócs automiticas sosićiicas quc cxpłorario a superfide marcuna, ero 1992 e 1998.

Na rcalidade. depots de Fobot, os sovktśeo* prctcndcm irocialmcntc colocar duas cstaęócs automiticas ao redor dc Marle, com o objctivo de rcconhecer os locais que apresentam maior interesse para uma caploraęio mais raicfldosa. Nos sftios assim csco-Ihidos descri dcscrabarcar um vefcuto automitico c tckguudo. o Afarso-khod. coacebśdo com bas* no modek) Lunokhod, uudo tu lua. Deveri ter um raio dc aęio dc virias dezenas de ąuilómctros, ati o mitiroo dc 2COkm, bem como pcnctradorcs quc recolbc-rio amostras do solo c do subsolo.

A missio dc 1992, akm do Mario-khod dc scis rodas. com uma massa dc 200 a 250kg, capaz dc tram po rur 45kg dc cxpcrknci*s cicntfftcas, deseri laa-ęar doit balócs. com cipsulas. que sc cksarto durantc o dii. ócslocando-s* ao sabor dos vcntos. para pousar durantc a noitc. quando os ęases do interior do balio trierem rcsfrudo na ausćncia do raios soUres. Esic balio scri cquipado com uma ccsu serpenti-fonne com numertsos imtmmcntos cicntffkos. Estc foi o proetsso mais cconómico e pritko dc transportar i grandę Astincia um conjunto de apa-rdhos dc pcsqursas.

Com um dJmetro dc 17 J metros, o balio a ser lanęido na atmosfera marciana dcvcri dcslocar-sc ao vento, durantc o dia. numa altitude dc 6km. depois quc o cok>f wiar trier rcaqucci-do o\ ta^s. As cimaras dc tckdsio. nestes bolócs. dario imagtm do solo rturcuno a uma altitude dc 300 metros. A no«c. este balio de ar qucntc tkwi dcsccr na superfide dc Marie, depositando dezenas dc cxpcrkncias dcstinadas i anilise do solo c da at-rrwsfcra. Um pcnctrador tri perfum o solo, sempre i procura dc igua c materuis orginkos.

Em 1996. dcvcrd ser lanęada, tam-bfm pclos sosiitkos. uma sonda com móduto dc atermsagem c cutro dc rctjcno. Ela pousari no solo marcia-


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o disulcado am-opcraęao rooos to dc dcscida da

Os pólos marcianos Um carna

gelo e poeira


no. perfurui o subsolo recolhendo materia! (dc 0,5 a 3kg). qcc scri emiado a uma esUęio tntermedidria ao redor dc Martę, a 500km dc ahitu-dc. As amostras assim rccoihklas serio cnviadas i estzęio cspacia! Mir para aailisc. Neste cxpcrimcnto. ossovkti-cos aproYeitario toda a cxperićncia dc retorno dc amostras quc acumularam com as sondas Lu nas.

Numa segunda ctapa, com bas* nos resuaados obtidos com a missio 1992 c 1956, do progrima Mant 2000, os cicntwus sovktfcos do Instituto Vcrnadski de Gcoqufmica c Oufmica Analrtka dc Moscoo tentario colocar na superfkk dc Martę, um vcfcuk> Marsokhod mais sofistkado c duas cstaęócs orbitali. que entrario cm ór-bita ao redor do pkneta vent*LSo‘. Os 250kg dc instrumentos a serem envia-dos M cstaęócs dc\tm comprccndcr tckscópco. radares. espeetnknetros, bem como um moderno srilema capaz dc realtzar a cirtografu tdrmka c óptka do planeta cocn uma rcsohiędo dc 3 a 10 metros.

A rorisio de 1998 scri mars com-pkxa. os pesquisadores sotkricos prctcndcm apcrfcięoar perfuradoras capa-zes dc umbdm cavarcm tdneis de algumas dezenas dc metros. no sok) mirciino. c deste modo recolhcrcm amostras dc difcreoccs pornos para serem analiudos no Manokhod. Aliis. o tefculo móscl da aarisio dc 1998 scri mutto superior ao das antę-riores. Os Manokhod. modek) IW. terJo dc longo cuno. com capacidodc dc ultrapmor dńtinciat superiores a


lOOókm c fuodooar durante dois ou trds anos.

Aerediu-s* que todas estas mb-sócs serio reatzadas com o foguetc Proton (D-2), oue pode colocar atd 20 toncladas cm orbita baixa (200xm) e libcrar 2 toncladas nas proatmidades dc Martc. Outra esperanęa 6 usar o supcrfoguetc Energia. qoc podrri lan-ęar módulos dc 100 toncladas quc serio montados no cspoęo na estaęio Mir. para constiiuir o \ekulo mrciano habitirel.

Todas ts mfonnaęócs rccolh>das por estas miuócs poderio respooder os virios cnięmas oue amda ernohem o planeta, lira deles refere-se aos traęos geo^gicos dc cursos dc 6 gua. os cxiraordininos canyons, num płancu ondc 6 quaśc tota! a ausdncia de igua. A atual quase ausdncu de igua no solo c na atmosfera nio significa que cla nio c ustki no passado. Esta qucsiio muho imporiantc. A presenęa ou au-sdncii dc iaua condksona a cołonita-ęio futura oo pUncu. Por (Mitro lado. a igua i o mclbof soKentc unricrsal para os sistemas bioldgkos. Parccc quc a Vikmg nio registrou tratos de sida na supcrfkic. Todavia. sc cxisthi igua correotc no sok) no passado. como roostra o relcvo marcia no. prosili quc formas dc sida atoalmcn-te estuuas tenham eustido. Poderc-mos procurar os scus sinais. com os Manokhod. c. qucm sabe, tenur com-preender como c por que dcsaparcce-ram. Oucm sabe sc. como os terres-tres. deram pooca unooftincu i eon-scnaęio do mcio .imbicntc.


Mar cos Emilio Gomes

SANTO ANASTACIO (SP) — Al 9h dc hoic, quando a Caixa Econó-mica Fcdcral sortear os numeros da Sena, com ratcio rccordc na história das lotcrias do pafs (CzS 1.094,384.000.00) o ultimo brawlciro a rcalizar o sonho dc ficar milionirio do dia pAra a noitc vai tocccr muito para quc algum apostador ganhc sozinho. Escondido dos curiosos numa casa dc madcira, nesta ddadc dc 30 mil habitantes a 615 qui!ómctros <k Sao Paulo. Valmir Amorim Arau-jo. quc hi tres semanas ganhou CzS 719 milhócs no concurso da Sena, espera ser csqucddo sc um outro supermilionirio toma; o scu lugar.

Filho dc um fabiteante artcsanal dc vassouras c comerdante dc ani-mats. pedreiro dc pouca instruęio c vitima de uma gastritc agravada por suas bcbcdciras frcqucntcs, Valmir, 23 anos, ganhou muito mais dinheiro do quc preetsaria para rcsolvcr scus pcoblcm3s matenais, mas tcm-sc comportado nessas auatro semanas como sc as dificuldadcs dc sua vkla, ao contnirio. só tivcsscm aumenta* do. “Ele ainda nao tern noęao rcal da fortuna quc possui", conta o invcstigador oc polfda Jose Fclipc Filho, o mais eseJareddo dos amigos dc Valmir c cotuclhciro, pouco ouvi-do, do novo milionirio.

Valmir cnrcdeou-sc numa tcia dc medo dc tudo c dc todos tao grando quc ć impcovivcl atć quc algućm consica aproximar-sc dclc para aconsc!ha-lo sobrc o quc fazer com scu dinheiro. Por enquanto, comprou urna chicara para quc scu pai confinassc alguns animais quc ji possufa, um fiat marrom 1978 c um fuscio azul marinho fabricado hi 13 anos (tudo somudo, custou um por ccnto do que scu dinheiro rende por mćs). Com scu fusca. oue tern vidros cscuros para cvitar a idcntificaęao dc scus ocupantcs, Valmir tern fcito curtos passcios pelas ruas dc Santo Anastkio, frcqucntando os mesmos lugorcs c com as mcKnas pessoas quc conhcccu antes dc ser cxpulso dc casa pclo pai. Dois ou crćs oares e a miscrivcl zona dc mcrttrfcio da ci-dadc sio os lugarcs quc o rapaz

Mulher morre de meningite em igreja no Recife

REC1FE — O dekado dc cosiumcs da Capital. Antonio dc Freitas. anuiKiou omem que rai interditar a Igreja Pentc-costal Deus ć Amor porquc o seta pastor, Donozor do Prado, permitru qix o corpo dc Dionc Fernandes Beno^des. quc mor-rcu cm conscqućncia de meninp. ficacsc czposto no tempk) por mutto tempo, o ue pode ter prorocado a coetamiruęio ccntcnas dc pessoas quc ah rczam dianamcotc.

A moflc dc Diooc Fernandes Bcnc-vidcs ocorreu hi 10 dua. quandn seu marido Jose Carios do Natomcnco aten-dendo a um pedido dcli. a retirou do hotptial Gomes Maranhio. ondc estora intemada. pin lcvi-la S igreja. “Ela sabia que ta morrer c disse quc qucria fkar os ultimos momentos no terapio". cxplicou ek. falo quc foi confinnado poc todos os pareates dc Dkxic Na ocasiio. a pdkia chegou atć a sospeitar quc Dionc triesse sido \itima dc cunmdcim-mo ou tnesmo dc pritica de cxorosmo. mas afastou essus suspeitas logo no inkio das mvcstigaęócs

Mas o delegado António dc Freitas diz quc cootinua invcstigando a possibili-dadc da familia da yftinu (er sido iludida a lcvi-la ao icmplo ocrcditando quc cla pockssc ser curada atravćs de oraęócs e, sc isso for confirraado, o pastor Donozor do Prado poderi ser proccssado por char-Uunisrao. Apciat das amcaęas da Polf-cia. a Igreja Pcntccostal Deus E Amor futwionou ontem o dia intciro. normul-meote. mas o pastor Donozor do Prado nio compareccu aos atos rdigiosos nem foi cocoatrado na sua casa.

Barragem que ameaęa romper serd consertada

SALVADOR — Dtance da possibA-dadc dc fakir a igua que absstect 80% da capiul c o póło pctroquim»co dc Camaęa-ri. oriunda da barragem James U. o gosenudor Wal Ar Ptres determmou qoc seja abena boje a bdtaęk. cm caritcr dc cmcrgćocu. dc obras quc ostem a ruptura ou deuhimento da barragem HI onoo meso cla apmenta fissuras no kito do canal, rachaduras cm dritrsos pornos dos tahides btcratł c dcsgastc das corapwtas — duas ji nio funóonam.

Dcsde raaręo, o govcrno do cstido pcdiu i Caisa fcconómica Fcdcral rccur-sos para >s obras. mas o dinheiro nio \ck> Por isso. mesmo com grav*s Afkul-dades fuuncciras. o gosemo da Bahia \ai aplicar rccursos próprtos. miculmcntc.


Adelina e Uurval: os pais


frequcnta atcompanłudo pclos anti-gos amigos dc copo, agora iransfor-mados cm guarda-costas armados, quc cvitam a aproximaęao dc estra* nhos.

Todos ainda bebem como antes. mas Vaimir j4 nio sc debnięa mais no balcao. Com medo. ele sc esconde no fundo dos bares, ondc toma cervcja, cachaęa c vcz ou outra um uisque — nacional —. ji que nao se cncontra nada importado nesses lugarcs. Numa passagem pcla zona de meretrfcio. Valmir escondeu-se com uma das mulheres num dos quartos naupćrrimos dos fundos de um bar. Só qucria tomar cerveja sem se preo-cupar em ser visto por algum estra-nho eventualmente malinie ncionado.

Na asa dos pais de Valmir, a vida mudou n^uito pouco. exccto pela saude de dona Adelina. sua mie. cujos r.cnos andam causando preócupięio. “Nio vejo a hora de terminar essa agonia", diz ela, can-sada do vai-v<m de ccnte quando o filho esti em casa e de temer que ek seja sequestrado ou morto quando esti fora. O pai, Durval, nio anda fazendo vassouras nem se empe* nhando muito em vcnder animais. "Esse dinheiro nio mc assusta”, ga-rante esse aarense de 63 anos quc sc orgulha de sua vida simples, nio se arrepende de ter expulsado o filho de casa por causa aa bebida c só espera comprar uma fazenda para


aumentar scu negóc.o com cavalos, burros e porcos. "Ouem faz um cesto faz um cer.to", scntencia Dur-val, convencido de que pode admi-nistrar a fortuna do'filho com a mesma habilidade que usou para tirar o sustento de cinco filhos de suas compras c vendas de animais.

Valmir andou olhandcr algumas fazendas para comprar. em compa-nhia do pai. mas se convenceu de que os vendedores procuranm tirar muito proveito do negócio, princi-palmcntc quando sabiam quc o ra-paz era o milionirio da sena. Nos planos dc Durni, a familia devc se mudar-se para “uma residćncia me-Ihor, mas sem hixo. porquc o pessoal nunca foi aoostumaao com estas coi-sas". Enquanto procuram acertar o futuro, todos continuam a usar-as roupas surradas de sempre, a eon-versar no finał da tarde em tomo dc uma mesa de ferro enferrujada colo-cada no alpendre da casa e a fazer algumas viagens atć o peoueno sftio da familia próximo da cidade, ondc estio colhendo o feijio da seca. Foi ali, colhendo feijio, que Valmir pas-sou duas semanas escondido togo após receber seu prćmio.

Antes dc tomar-sc miliondrio, Valmir era conhccido cm Santo Anasticto como o bom rapaz. quc, porćm, cstava sc acabando nos bares. Agora. qucm o conhccc continua pensando a mesma coisa c la-menta quc cle nio tenha cnoontrado mclborcs amigos para aconselhi-k).

Sc algućm ganhar sozinho a sena dc hojc, pode ser quc de fato Valmir ji esteja csqucctdo, como desę ja. na próxima scxta-fcira, ouando sua fortuna complctar um mes dc cadcmcta dc poupanęa e sc transformar em quasc CZS 900 milhócs. Mas nin-gućm, nem mesmo seus pais', tem certeza dc quc depois disso a familia saberd o quc fazer com o dinheiro nem dc quc Valmir vai modar dc v,da. Uma das linicas dccisócs quc cle anunciou em can nić agora foi a dc ndo rcvcr a cx-namorada Maria Cilvana Amorim, que antes de Val-mir ganhar o prćmto tinha Ihc escrito uma arta cnccrrando o namoro. “Ela mc fez um favor", afirmou Valmir. quando soubc dessa carta.


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Mantendo a tradięao


Goiśs vo!ta a ter por 2 dias a velha Capital

Lisa Franęa

CIDADE DE GOIAS - Por foręi dc lei. todos os anos o govcrno do estado dc Goiis sc tramfcrc para ■ \clha Capital, a ddadc dc Goiis. durantc dois dias, por ocasiio do anivcrsirk> da cidade. Estc ano. cm comcmoraęao ao 261® anricrsdrio. o gosemador Hcnriąuc Santillo foi para li co«n todo o scu sccrctariado c durantc dois dias, no infcio da semana pas-sada. dcspachou do PaHcio Cor.de dos Arcos. construido cm 1775.

Goiis. a vclha Capital do estado. fica a 135km dc ouinia c tem hojc 25 mil habitantes. A cidade imortalizada pcb poesia dc Coca Cocalina ć tambćm a terra dos artistas plisticos Siron Franco c Goiandira do Couto. quc pinta pai-sagens c ccnirios dc Goiis com arcia recothida na Serra Douroda, circunda a ddadc. Atualmcntc liandtra tem a scu dispor 551 tonalidades diferentes. todas rcco-Ihidas por da própria.

O clima na cidade pouco difcrc dc 261 anos atris. A cidade quase nio crcsccu. As ydhis ccnstruęócs ainda predominam, hojc tombadas pclo Património Hrflónccr. A grandę roaioria das famflias que ainda moracn por aqui chegou r.a ćpoc* da fundaęio ou hi pclo menos 100 anos. Porquc do infoo do sćculo para ci ningućm procurou fixar-sc na ddadc dc Goiśs. Os garimpos dc ouro hasiam ccssado, embora tenham sido retomados agora, o que esti dcirando o rio Vcrroclho. quc corta a cidade. poluido por mer-cuno.

Com a inauguraęao dc Goiinia, hi 54 anos. Goiis acabou rcduzida a uma cidadc/mha do interior, per-dida no pć da Serra Dourada. Cer-gkIj por montanhas dc pedras. num soJc cortado por córrcgos. ca-chociras c nos. muitos presersados do garimpo. como o vdbo Baca-Ihau. a ddadc mantćm um fasdnio cspccial para ttiristas c foldoristos.


Ali cstio presemdas vclh» s:\cs, ue vao da aihniria ao bordado, dos potes dc barro as eseulturas dc pedra-sabio.

Destas artes. a mais cspccial Ulw seja o alfmim dc dona Silvia -Curado. Sao eseulturas cm apicar,.. sem par no mundo intciro. Eb*ć,# conhcrida intcrnadonalmcnte como a unica pessoa quc cooscguc csculpir, alóm dc fiores c animais. figuras humanos cm aęucar.

O alfinim. de origem irabc. era comum na infinda dc dona Siivia, 58 anos. Foi com bose cm kmbran-ęas da infincia quc cla rcsoricu, hi 25 anos. rcsgatar a docc artc (quc-ria presentear uma sobrinha, mas nio tinha dinheiro para comprar qualqucr objęto). Dc li para ci nao jx*rou mais c, hi 17 anos. fez do alfinim sua profissao. Aposcntou-sc como professorn. dcixou a costura c os bordados c passou a fazer alfi-nins por encomcndu.

Dona Silvia faz alfmins todos os dias no fogio dc lenha c famo dc brasa. Ela cxplka quc ć por ccono-mia: alćm dc nio gastar gk. alimenta a serpentina do fogio panter igua qucntc para o ban ho. Todos os dias póc sua panda no fog com aęucar. igua c liraio. Depeg* dendo do tempo, mais ou racnojP,* igua. mais ou menos limio. Sc ameaęa chuva, cla conrc c cscoodc^ os alfmins dcbiixo do fogio para nio (karem muito tlmidos c pcrdc-rcm a forma. Sc esti ca lor, kva a bandeja para a jancla. Ela só nio faz alfmins durantc um dia do ano: a Scxta-Feira da Pai.\ao.

O segredo, conta. ć ter mios frias — para nio derreter o aęucar — c trabalhar. trabalhur muito. Atć ficar com artrosc nas mios dc tanio csculpir a massa qucntc. Mesmo com as maos doloridas c com a opmiio dc quc o alfinim ć uma artc moria. porque nio compcnsa a mio-dc-obrn quc di. dona Sdsia adora o quc faz:

— Mcus parentes mc conhc-ccm pclos alfmins. Ouando chcgam i minha casa c a bandeja da sala esti mcio vazia. sabem quc nao estou bem Ouando esti chcu dc patinhos com as asinhas Icsantadas. pcrcchcm quc estou alegre


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