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JORNAL DO BRASIL


Opiniao


scgunda-fcira, l°/K/8X D 1" cadcrno D 9


A hora da engenharia


A Pedra Angular da Liberdade


/

Esopo e o Programa do Alcool



— Pois olha, querida, aqui no Morro da Providencia MOSAICO DOIS ć um musi em matćria de decoraęao.

Para dizer

Combate

obrigado

a inflaęao

D. Lucas Moreira News

Jor^e Oscar de Mcllo Flóres


Jtypr Ok1 ó$ MrtJ fbw t c1txat


llildebrando de Araujo Góes Filho

Nos i nos rtccntes o modclo dacrm>!vtracmisu bnsileiro optoo por mmntM a capacidadc pcodutiva da naęio peU importaęio macięa dc Capital. gc rondo. cm cocscqtancia. peudo codrndamcnto exremo. Essc camicho parcct. atual-mente. csgoudo Dificihncncc nosras entradas significativas dc capiul serio poufscts. nos próxiroos anos.

O Brasil dc boje. premido antc a impossibilidadc dc continoar importando capuais c a ncccssidadc dc crcsccr para resohtr seus p robie mas oóoicos de mrsćria. doenęa c óesem-pręgo, mazelas assocudas aos baixos nfvds dc renda da sua popuUęio. des1 hwestir sens cscassos rccursos era fatores sclcdonados. de grandę poder dc raoltipficaęio da sua capocida-dc peodutiva. Em nosso eisscnder. uts fatores sio. pnncipal-mer.te, a educaęio c a modanęa tecnológka.

Sob o aspccto da educaęio. a krislaęio aprosida reccnte-menie pela Conslituintc. desrirundo 18% das rcccitas fedcrais c 25% das esiaduais i cducaęio. ć serdadeiramente resolucioni-ria. O regimc autoritirio, dc triste racmória. bana reduzido shtcrnaiicamentc os rccursos para a cducaęio. mima atitudc marcadamcntc suicida.

A aprosraęio dc maiores rccursos para a cducaęio. por si só. justifkaria o csforęo que todos os dcmocratas ftzeram pclo advcn«o da Asscrcbłćia Nackmal Constituintc.

Sc no tocaote k cducaęio os horizontes sio promhsorcs. córa respetto I tecookgu, as coćsas rJo camłnhan com a mesma tacilidadc. Atć porquc o papci da (etnologu ou. mais prcciwrrcntc. das modanęas tccnoiógkas c was mltoćncias no aparelho produtivo nio ć bem compceendkto. t tnlercssantc notar qje a experićncia japonesa. dc rlpido crescimcnto cconómłco. ć visia por n6s como u ma rumfesiaęio da "cultura oriental" do qoc propriamentc como coaseqóćncu dc u ma decisio racional do sistcma polfuco japooćs dc insestir cm cducaęio c descmołvjmento tccaotógioo.

Por outro lado. muiios cconormstas considcram que a mudaoęa tccnolópca ć o taico fator capaz dc cipbcar a acckrada acumulaęio dc Capital yerifkada nos pafses dcsensol-vidos no Mimo stolo.

A importaęio pura c simples de tccnologia. como a reahzada nas iKtimai dtodas cm nosso Pafs. contćm cm si um

Otavio Tirso de Andrade

Nio hi dtMda ouc a esquerda tem atuado habilmentc na Constituintc. Nas horas dcasiv» unc-se e avaoęa. arras-tindo consip-a miuęalha populista Houvt motncRtos cm quc fot banda Mas as denotas momerJlneas a tóm estimtabdo a reagrupar foręas e rttnkiar a luu ituenompida.

A souęlo cm primetro tumo nio pennitiu imerir no tcxto constłtucional a desapcopriaęlo das pcopriedades agrfcolas produth« Ncstc segundo tumo os "kmer scmclhos" de Brasilia voftam a pr opugnar o retomo da rcsoluooni ria medlda I Coostitu.ęio.

Nio i surprccndcntc a atitudc. O wriaBim t mimigo da propriedade por nio poder conviver com a liberdade. A pfopfiedade ć o frcio i cxaccrt»ęio do poder coktivo. o susicntkulo da socicdade civil autónoma.

Na atual oknsira para a conquhu do poder alguns cohfeus maratstas proclamam-sc arautos de uma resoluęlo •'apenas burguesa". Mcntcm! O quc qucrcra — e qucrem jl — ć o sociilismo toulUirio. Tanio tsso c verdadc quc nio ccssam maca. omałra ou oerfKlamcmc. dc combatcr a propriedade privada. cm gcral. c dc arremeter contra as mais produciras. cm partieubr.

No stok) XVIII os filósofos da “Idadc das Luzcs” ftzeram do dircito dc propriedade a pedra angular da socicdade erigida sobre a kbcrdadc. Nos tcxtos dos prccursores da asccnslo da burguesia sio numerosas c comumcs as rtferincias i propric-dade “lińołivel c sagrada12. Lcia-sc rsto: “As serdades nccessi-rias ao comumdos bomem rslo sio complicadas cm simesapo. Os filósofos estio certol ao procuraretn ser prohmdos... O povo. por<m. pode coohcccr a verdade sem aprofundl-la. Ć ncccssińo ao hornco rnuito rcflecir para compreender que nio tem o dircito dc fwer mai a outro. que a propriedade de coda indhiduo deve ser MoiM. para convcnkncia dc todos?1' (Condorcct. “D.sseriation philosophique et politiquc " Citado em “La tnemoire et Ic sacrć". Picrrc Giaunu. P4g. 155.) Ainda mais loege rai Condorcct em texto de introduęlo is obras cocnpktas dc Vokairc (1789). Ao afirmar quc a propriedade larprocnic disseminada tera qoc ser desigual para ter efcito cstimubntc c constituir-se cm morrraęio do crescimcnto, Con2 dorcet fala como ura autćr.t-.co moderno "Toda grandę socieda-dc i fundada sobre o diietio de proprtedode. Nio pode cb Horesccr senio ouando os individuos quc a compócm tóm interesie cm tnuhłplear a prodoęlo da terra c o do suts profissóes. Ou teja: ^trando podcm Umawtc ter o gozo do quc adąuirirara por inicbtiva própoa. No caso dos homens serem timisados simpłameme ó produęto do neceudrto, tx-póem-se oid a nio iNo. A Piis. a cspćcic hu mana tendc

Rogório Cćzar de Cerąueira Leite

alto fator dc dcspcrdfcio. Normałmenic miquinas. cąuipatncn-tos e. cspcciaJmcotc. proccssot produtiso1. foram dcscmołsi-dos en outros paśscs, para rcalidadcs sdbo2oooómkas bastan-tc dtsiimas das nossas. sejam do Udo do consurńdor finał, ondc hlbtios dc corsumo tćm que ser adapiados. seia do lado dos imumos blsicos e matćrus-primas. ondc cada pak possui rccursos naturais difercnciados.

O acckrado descnsohimcMo da atividadc agrieola no Brasil. nos anos reoentes. t um bom cxcrapto dos rcsultados quc podcm ser obtidos com invcstimentos cm capacitaęio tecnológi-ca Dado quc as variaęóes chmiticas c dc natureza do sok) sio bastante grandes dc pais para noft, a importaęio pura c simples de tccnologia agrieola nio i etieaz. eaigindo grandę csforęo dc adapuęio c nsesmo gcraęlo dc novas tcoologias para se ataraęar algom succsso. Essc csforęo de adapuęio desemoh i-do no Brasu funcioaa como uma bola dc neve. criando o grandę dinamtsmo e a acckrada acumulaęio de Capital boje observado nessa irea.

A ąuotfo tccnológica d. portanto. um pcoMema a ser resohńdo por toda a sooedade. Entrctanto. os tccnółogos. e entre clcs. particularmcnte. os engenheiros. tim uma respoma-bOkUdc cspedil nesse assumo. ucykJo i sua formaęlo profis-sional essas categohas tćm uma condięlo privilerpada para corapreendcr esse problcma. formular soluęto e, finalmente. apiesen:i-Us para (fcsomlo de toda a socicdade.

No momento cm quc a socicdade brasileira sc prepara para instituir um nosx) parto soda!, polfiko c cconómico a pamr da promulaaęlo da nova Comtituięlo. t impottante quc a Engenharia faęa sta patie apresentandosoluędesiL)ternativasparaa retonada do dcscnsolvimento cconómico atravćs daquilo que lhe t mais familiar a tccnologia.

Devemos Icmbrar qje nem tudo que d:i respeito I tccnologia csuri contido na Comtituięlo Muitos aspectos dcverio ser tratados por Icis ordinirias. Aqui. Umbim. o momento t oportuno ji que. após a entrada cm vigor da no\'a Cooitituęio. pratkamente todos os códigos e Icis yigentes dererio sofrer urna adaptaęlo I nora Cana. Esu i a hora dc introduiir inoraęócs capazcs dc fazer da tccnologia um fator dmimico de desenvołvimcnto para o Pafs.

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naturalmente a multipl»car-sc. pots t sabłdo quc. ondc a pcoduęao nio autnenta. a popubęio Taca impedida dc acsccr. Impóe1sc. por comcguinte. quc os homens possam ter a propnedade dc mais do qoe Ibes 6 ncccssirio c qoc essa propriedade seja rcspcitada para quc a sockdadc florcsęa. Assim. a deiigtlałdade das fonunas e. comeqjcn:cmcr.cc. do l'jxo. i ticil.2 (Condorcct. 2Oeuvres". Plg. 2i3. Chaunu. Op. CU.) A alegaęio dc quc a resoluęio proroovida peb esqucrda na Assembkia Consiituinte t “apenas burguesa2 nio rcs^łc ao confronto com os teitos dos cttsskos do moviraento de 1789. Na cooccpęio dc Condorcct — conx> acabamos dc rar — doc cxistir nio só a propriedade estitica. protetora da digmdadc do ser. como tambćm a propriedade assimótrka. desigual. condł-ęlo propuhora do crescimecto. a qual. propicundo atć o kuo. o supćrfluo concorre para aumentar a seguranęa contra i cscas-sez. A propósito Pierrc Chaunu comcnta: “Toda a sockdadc que nio admitc uma forma de dcsiguakbde desirót a liberdade. expóesc is pioces disparidades c itnula a massa do corpo social na pemlria" ("La memoire et le sacrć'1. Ed. Pluricl. Pig 156). O cenińo desaito peto ensatea francćs nio t o quc prescncia-mos sob Lenine. Stalin. Mao. Paul-Pot. estaoos a ver nas ex-colónias africanas e por toda a parte, cnfim. ondc os maraistas ifnalitirios asultaram o poder? A "revoh>ęio burguesa" oferta-da ao Brasil pclo PT c dcmiis agrcmiaęócs oaraistas i da mesma natureza. A circumtiocia de prcsurem-sc a cobborar com os socialisus os setores caprcssisos do “capitalismo carto-rial". isto ć, os hcrdciros. cm bnha direta. dos mooopólios c cartćts do tempo da colónia. arranca a rr.fccara "progressista” dos esqucrdrstat. os quats nio sc pebm dc pactuar. mchisne, com “indcstriais" abenamente nosrilg^os dos tempos anteno-res i abertura dos portos pclo Sr. Dom Mo VI.

O atacuc i propriedade privada. em geral. e I propriedade produtira. em partieubr. i parte do programa socialKta "des-trucionisu". (A (piMtajfe ć de Von Miscs) Os liberais afimum quc a acumubęik) de Capital ć a ómca forma dc aumentar os bens comumidos peb colctividade sem diminuir a prodoęlo futura, o tako meso dc tomar maioc a capacidadc dc coasumo do prołctariaóo. sem prtjudkar vindouras gcraęócs. Os socialrstas tćm postura diamctralmcnte oposta. Oucrcm o imediato csbanjameneo do cscasso Capital existente. para subi-rcm logo ao poder e ligukbrcm as possibtbdadcs dc progresso do Brasil com liberdade. «

Ao sc tocnarcm vitoriosos na Conststuincc. como parecc prosisd. a esquerda, os populista1 c os polfeicot '•fniológKos" clcvarlo a dimcmócs subversivas o ji mscpottiral dćficit oręamcmino do Estado. causa pnncipal da infcaęlo c da inccssantc alu dc prcęos ouc afligc o pora. Tal só nio Kontcceri sco Brasil vier a dar odito por nio dno no tcxto da "coosntuięao-cidadi" (sic) do dr. Ulj-ssci...

os combustfveis. acusa o Prodkool de onerar a Pctrobrds. Essa situaęio kmbra uma outra fibula de Esopo. “Para o rio se dirigiam o łobo e o cordciro compeMos pela sede." Ć na vcrsAo latina dc Fedro que buscamos apoio. "Por que tun-as a igua quc estou bebendo? Nio hi como mudar o pcrfil de refino", diz o lobo. "Mas se a igua corre de ondc esti vossa senhoria para onde estou eu. E outros pafses mostram petfil de refino bastante divcrsificadcs. oo Japao sio apenas 10% de gasolina. 14% de diesel e 59% de óleo combusthel, enquanto nos EU A sio 40% dc gasofcna e 30% de diesel. E o próprio Brasfl ji fez wiar a parcela de gasolina de 24% em 1977 para 17% em 85. Assim, a razio nio pode ser essa". tesponde o cordciro. timidamente.

“Entio foi vocć quc no ano passado falou mai dc mvm. ou, piór ainda, yocć ć um programa subsidiado", retoma o lobo. "Mas como. se nesta ćpoca cu nflo era nasado? E como pode o Prodlcool ser substituldo se mesmo dcscomando o dćficit eausado i Pctrobrds o imposto tecolhido da produęio do ikool ć. por litro de combustfvcl. trćs vczes raaior que aqucle arrccadado por intcrmćdio dos derivados de petróleo? E nio podemos esquceer que o Proilcool ji pcrmhiu cconomia dc divisas dc. aproximadamente, dez btlhóes de dółares durantc esta primeira etapa de implar.taęio", retroca o cordciro angus-tiado.

"Ora. se nio foi voci, foi o seu pai. Os custos sociais da conta ilcool sio msuporlistis". vatnoa o famćlico animal. "Mas que custos sociais sio esses. sc o dćficit da eonu ikool" em dez anos ć vinas vezes menor que os impostos arrccadados. cm um inko ano? E os cento e tantos mil empcegos gerados? E os 300 bilbócs dc bams de petróleo quc denutram de ser importados? Ouais os custos sociais desses becefioos? Dez bilhdes de dółares. que seriam adicionados i nossa dfsida sc nio fosse o Proilcool? E quats os custos sociais da anpliaęio da depcndćncia em rtbęao a um combustivcl que esti em estin-ęio? Ou setd quc algoćm aaedita na "prosfnda petroKfera" dc Marajó. rccentcmcmc anunciada com a finalidade de fazer a opinlio ptlblica aereditar quc o ilcool ć dópcnsiscl?", sem outros argumentos pulou o lobo sobre o cordciro e o desorou.

Foi 5 borda do mesmo riacho. ulsrz ji no dia seguinte iq-oele que 15 estócram o lobo e o cordciro. que chepram simultancamcnrc um leio e um jarali Depois dc runa e acalorada discussio sobre quem iria beber primeiro a rcfrescan-te igua. ji se prepannam para um combatc mortal. Foi quando obsersaram nos cćus algunus ases de rapina quc se aprowma-ram. “E methor sermos amigos do quc dcvorados porabutres e corsrn". dtsseram os dois. E sc puseram a beber a igua pmtos Esopo era um poeta c nio cntendia grandę coisa de mercados e negócios. ao qoe parecc. Em todo caso. aqui fica n lięio.

flopć-W Ctsir «•    LrtO 1 flCl'    OJ

Cifaoual CamoWis nhc1ny>)

Nio ć sem conslrangimento que s« usa um cspaęo como este, com a dtmensio social quc (seja dito sem pretensjo) ck naturalmente adquire, para iratar de coisas c fatos estritamente pcssoais. Se. rencendo tal constrangimcnio, eu mc permito trazer para aqui refe-rencias ao Consistório no qual Jodo Paulo II quischamar o Arcebispo da Bahia ao Colćgio Cardinalfcio. i por uma dupła razio. Primeira. porque ncstc jomal rcpcrcutiu ririas vczes. com simpatia. aquck acontecimcnto cclc-sial. E scgumJj1.. porque a mensagem quc desejo confiar is linhas que scgucm prende-se i nobrc tortudc da gratidio. Pois nio pretendo aqui tccer considcraęóes dc natureza tcológico-pastoral sobre o contetido do cardina-lato, o quc ji ttvc ocasiio de fazer. Otiero simplesmcnle dizer pclo iómai o obrigado quc nio coittcguir.it dizer de outro moefo, tal foi a marć de afetuosa participaęio que cresceu, se as-olumou cm minha dircędo desdc o anuncio do cardinalało (29 de maio), nos dias do Consistório e atć boje.

Obrirado. em primeiro lugar, ao senhor presidente da Rcpubłica que. para alćm aas reiteradas manifesta-ęóes pcssoais, quis estar presente em Roma atras^s de um scu representante oftcial.

Obrigado i Babia, ao senhor gowmador do Estado que, em nome e representaęao dos batanos, tomou oarte com sua cxcelentfssima esposa nas solenes cerimónias presididas pclo papa no Vaticano, a ck ci sua esposa dcvo agraoecer tambćm a sensibilidade com que com-preenderam e acolheram meu podido para quc, na conjuntura que vivemos e em sintonia com o meu fcito, a recepto oftcial. ouc me deu grandę prazcrcomoexprcs-sio da incompararel hospitalidade baiana. tiresse um cunho de simplicidade. Obrigado tambćm a Babia na pessoa das autoridades cfvts e militates do esiado, do municfpio de Salvador e dos ouctos municfpios da Arquiaioccsc, empenhadas com nobreza de alma nas homenagens ao arcebispo. Meu obrigado i Bahia ć obrigado ao dero. religtosos (as) e ftćis da Arquidiocese por suas mensagens efe congratulaęóes e pela acolhida

Siue me reservaram no aeroporto, na caiedral e na sessao estiva. Eu nao poderia tmaginar, se nio o tivessc experimentado com indisfaręivel emoęio. que tnenos dc dez meses após o espetóculo da minha primeira cheeada a Salvador no memorivel 26-27 de setembro de 198/. cu pudesse reccbcr demonstraęśo ainda mais intensa c palpdvcl de afeto c całor humano.

Devo agora um obrigado especial e pcrcebo dc repente que vai bem e.xpnnti-k> deste ntodo. i«la im-prensa: e o obrigado i própria imprensa. Fui c sou testemunha da simpatia e solidariedade com que, quasc sem exceę3o, no Brasil inteiro, os mcios de comunicaęSo social (jomais, rddios e tekvisóes) informaram seus kiiores. ouvintes e tclespectadores sobre o Consistório. aiudaram a captar seu signifteado, comentaram seu alcance. A imprensa da Bahia o fez com relaędo ao Arcebispo Primaz com uma assiduidade. uma qualidade proftssional c uma delicadcza que hipotccam a sincera gratidao que com vivo prazer torito piiblko neste^anto

° J°Ścpósso, cnfim, sussurrar um obrigado que sinteti-ze todos os outros c que ć um tanto pcculiar cm razio dos seus destinatirios, digo obrigado żqucks — e sio todos os ftćis catółicos, meus dioccsanos, mas tambćm oos nio-católicos e nao-cristaos. is pessoas dc boa sontadc dianie dos quais e a servięo dos quais tenho um compromisso que o cardinalato deve tomar ainda mais sagrado e mais exigente. Com os primciros, os quc formam o rebanho que me tem como pastor, meu compromisso, solene publicamente assumiao no dia 27 de setembro passado, ć o de consagrar a wda — “atć o derramamento de sangue", advertiu-me o papa aludindo i cor pdrpura do barrete cardinalfcio — para testemu-nhar. transmitir, fomentar, tutelar e quando prccisar defender a fć católica tanto mais quanto essa cncontra. na civilizaęao atual. obsticulos, insfdias e ameacas; ć tambćm o compromisso de dispensar-lhes os mistćnos de Deus. de guii-los pclos caminnos mais seguros de parlir-Ihes o pio da eucaristia c da palavra. dc consirutr com eles a iereja—comunhao c de reconstruir todos os dias a comunnio na igreja apesar dos fermentos de ruplura e dWisio. Com os outros. os nao-católicos c nio-cristios. pessoas humanas dignas de todo apreęo. meu comnro-misso ć o dc jamais omitir-me no deser de propor-lhes (sem pretender nem dc longe impor-lhes) a palavra cristi c csangćlka quc. para alćm do seu contcudo religioso. aeredito ser geradora permanente de uma cultura nosa c de um hutnanismo nos-o. E igualmcnte o compromisso de estar presente, a partir nio dc critćrios pomicos ou outros, mas do deser de pastor, onde quer quc sc des-a tesgatar e promoser a dignidadc hu ma na. os dircitos inaiicniseis da pessea humana. as esigencias dc uma consisencia humana na paz e na justięa.

Obrigado portanto a qucm. pela oraęio. pelo apoio. pefos consclhos a juda r o Cardcal a nao atenuar mas a consolidar c intcnsificar a fascinantc missio do

bjspo,__

O LuC.ti Monwj Heim 0 coraejtorcMfsOO do Sahodot ir emuu 03

Nlnpkm tem dóvkła quamo ii nccc^sidaóe dc ura combaie i raflaęAo efidente c urger.te. Ospcoctssos hcterodoios jć se rc^larara por duas vezes entre nós inefirientes e perturba-dores. Os processot octoóoxos de cboque Uo efiozes e ripidos. mas diBcilmcme se apheariam no momento. com o espfrito rebelde. irresponsi^-el c pouco solkttrio aoc predomma no pafs. Os pcocessos onodoxos do lipo graduaLsta. córa a comtante mterferćncia da politica nas medidas dc ausieridade económka. eonem o risco de nio obterem retuitados com a urgóncia desejada. O aoe se propóe no que se setce 6 usar amfkios acelcradores da ełimina^io do dćficit pJblico. no processo onodoxo gradualista de combatc i infUęio

Esse dćficit. no que tange k Utkio c na parte rcłatira i adminśtraęio ccntralizada, ć da ordcm dc 9,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mas. sc cottseguir ełcninar as transferćo-das do Tesouro Naconal para cobcrtura dos dćficits das empreias estatań. no rooctante de 2 do PIB. ck cairi para 7.1% do PIB.    ^

Casuaknente. essc ralor reduzido eqmvak k soma de

Juatro parce kas extra-operacioruts quc one ram a Untio: juros e sua dń-ida interna f33% PIB). subsfdios excetuados os dos combtativtis fiwdos (l^% PIB). subsfdios dos combusth1eis fhiidos (l.l1 PIB) c incentiYos (receita cesunic estimada em 0.4% PIB) Portanto. sc fosse poswel ebmini-las. acabara-se com o dćficit pdbhco federal.

Entrcunto. como ć diffcii sua ehm.naęio total e. embora nio tanto. tambćm o ć sua ripida dimir.uięio. seria convenknte compensar essa desrantagem com rteurso a outros gtttos passiveis de dccrćscimo. como. por excmplo. a parte da arrccadaęAo do imposto linko sobre combustfrań e hibrificar.tes fluidos ouc exccdc os subsfdkn desses combustf^cis (3 J% PIB) e tmbtm a correęio monetiria da driida interna da Uniio (6i% PIB). Com essc reforęo. hararia seis parcebs ut;lizivcis ni dłmmuięio do dćficit piiblko federal. toulizando 16.6% do PIB. Basiaria entio uma redoęio rećdia de 44% nesse conjun-io. para uma oueda nos cisto1 dc 7.31 do PIB. o quc extmiuiria o dćfkk da Uniło.

Resta uber como seriam cootrafdas as menoooadas parce-kas. Oaatro dc las sio facilmente redutfvtis e alrumas dentre esus ji o estio sendo. como os incentńros. os subsidios em geral c os dos combustricts fluidos cm especial Apenas neste partieubr faltaria ura tcxto legał reformubndo o destino da anecadaęio do imposto linko sobre combestfrds c lubnficaates fluidos. que seria eneregue ao ministro da Fazenda para contnbuir ao dccrćscimo do dćficit federal.

Para a redoęio das outras duas parcela1 — os juros c a correęio monetina dos ttata da (triida interna — seria usado om esuatagema que aceleraria o rcsgatc desses tftulos. atrasćs de um bindo dc aęóes. que utihzaria aęóes ordinirias e prefcrctKuis dc emprests rcntivcis. pcnencentcs k Unilo. cm um montantc dc quatro a cinco triłhoes de auzados. As cotas desse fundo teriam. por foręa de ki. uma sćric de aptka^óes dc mteresse dos bancos. seguradoras. socicdade1 dc capttahzaęio. mswuięóes dc prev»dćocia prriada. caodidatos c contratantes dc obras pubhcas federais. litigantes com a Uniio, importaido-res. cxportadores. snterrssados na conversio da divida extema. etc. mas nio poderiam ser adquiridas a dmheiro e apenas por permuta com tftulos da dfiśda interna da Uniio. quc. dessa forma, seriam amecipadamentc resgatados As cotas a nda nio permutadas cootimiariam de propriedade da Uniio e seu rcnd.Tr.ento proptciaria a criaęio de uma reserva de resgate dc tftulos. imensifkando a reduęio da dfskb mtema. cujo resptc seria assim atacado de duas maneiras qoe sc complcmentarum. poh. quando uma fosse pequcna. a outra seria neccssoriamente grandę.

Uma Yintagcm adkional desse esqueraa comistirra em que a eintćncu de um fone redutor da expomio da dtoda interna facultaria raltar ao emprego da emńsio de titulos de preferćn-cia k emissio dc raoeda. o quc restringiria o crescimcnto da base ■ooetirii.

Finalmente. caberia indkar como se pcocedcria para cvitar a1 transfcrćncias do Tesouro Nackmal para cobcrtura dos dćficit1 da1 emprc\» estatan. Para isso. sio propostas duas prmsdćocias de cunho kgal quc xabanam. dc imeduio’. a rcsponsoWidade da Uraio nesses dćficits. Uma. reUva is empresas estatais deficitirios rccuperheń. constaria de sua tramferćnca aos empregados. medante dooęio das acóes da l'mio. aceita em pkbiscito. o que as livraria da infiuónrta pokftKa e pcopidaru um tratamento mais zełoso e compreensńo por parte dos emnrctados quc as considerariom como sóckH. latoś ambos que faolitanam uma adimntstraęio efioente; aa pmr hipócese. as quc rJo podessem ser rccupcradas seriam tramferidas a grupos pmados ou esentualmente liquidadas. como o Goreroo hi reuito ji devcru ter fcito. A outra pr ot wić neta legał sc destinaru is empresas nio rccuperiseń e se efetrsaria nor tntermćdio de uma empresa cujo Capital seria integrado pelo ativo permante das empresas lioułdjndos e per imósets do natrimónio da Uniio: os passisos traoalhistas seriam pagos em dinbeiro. na primeira fasę com os atisos circulantc1 das empresas liąuidandas e na segundi fasę com um crćdito especial a berto ao Mmistćrio da Fazenda; os possisos Rio trabalhisUł serum saldodo1 com aęóes da oova empresa oonsti-tuk&a. na primeira fasc. as dc propriedade dis empresas liqujdandas. na segunda as dc propnedade da Umio. termmodo esse processo simples. as empresas lrrecupcriscts estanam ltquidadas e ctńtiria uma empresa prisada cujo1 aooruius serum os antigos crcdores do passiso nio trabalhtsta dsquela1 empresas

Com a sokoęio sugenda. haseria o ataque a parctlas de mnor suito e ouc smotariam menor resistćncu. facilttando a ełranruęio dis dćficit ptalico c. portanto. o succsso do combatc k inflaęio.

sm ca Sut1n41cm

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EHeródoto qucm conflrma a eiótćoai dc Esopo e sua condięio dc eicravo. Sc era cle o autor ou meramente um coniidor dessas histórias. nunca se saberl Mas i ceno quc Xeno'oaic. Anstdfaacs. Platio e Ańsiótełcs a Esopo, e apenas a Esops. atribufam a invenęio da fibula. Foi larobćm um escraso. Fedro. quera “vertec" essas historieias para o latim c o próprio La Fonlaioe nio foi rnuito mais quc um vassalo flutujndo das mlos dc um para ouiro patrooo, para nio dizer patrio. Talvez porq»e a opressdo. o poder autoritirio. Lmpóe uma capicssio mcufórica. E por falar cm abuso dc poder. quem se Jemlsra do “didlofio” entre o Jęło e o jumeęto que junt os haviara catado uma grandę panida. No firn da jomada o leio ltavia dividido as presw em tres lotes. “Toino o primciro porqac como rei estou no n(vel hierirquico mais ctev»do. c o segundo como scu parceiro fratenw. E quanlo ao tcrcciro. vai lhe trarer rnuito sofrimemo. a me nos quc sori prefira evadir-se dc mlos varias." E assim terminou o "diślogo" entre os dois ■'parteiros”.

2

O guverno brasileiro esti. neste momento. sub-reptidamente prestes a reverter sua poHtśca encrgdrica. Atć recentementc a diretriz predominantc era o aumento da produ-ęlo interna de petrdleo e o inecnłivo ao dcsenvolvimento dc energćticos que padessem sebstituir os dcrivaóos do petróleo. Subitamente. porćm, esta politica ć restrtida. sem quc as contJięóes que a geraram tenham se modificado de mancira signiricativa. Poił ć 6bvk> quc reduzindo o difcreneial entre os prcęos ao consumidor da gasolina e do ikool. aąuele derivado de petróleo vem aumentar sua participaęśo no mcrcado dc combustfveis iests. O que redunda cm ampliaęio das importa-ęócs de petrdleo c. conseqćcntementc. cm ónus para o balango de papmentos. Rescrtcr-se-lo assim as tendćncias aiuais dc capansio da partseipaęto do ilcool no mcrcado de coaibustfstis Kquidos voltando a crcsccr a fraęio ocupada pela Pctrobrds. como propóe Esopo “a parte do kio".

3

E claro qu< para comprar esta quo«a etnra dc petróleo. o Brasil terd quc ampt.ar seu csforęo de cxportaęio. c para isso sio neeessdrios substdios c cootertędo do poder dc compra do odaddo brasileiro, para quc haja sobras. Assim. cada barril de petróleo que teroos que comprar a mm pata que a Pctrobrds aumente sua poręio do mcrcado dc combustfvets Kquidos signiftca um pouco mais de fome. um sałirio um pouco menor para o brasileiro.

Esu ć uma cquaęio inqucstiomivcl. contra a qutl o dnko argumento aceitdscl seria o dc quc os custos sociais de stoduędo do dkoot supUntnnam signincatisamcntc os custcs sociais dessdo i importaęio do petróleo. Em vcz dc consiferar este confronto. o ęoserno. quc i qucm determma os prcęndc toikH



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