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JORNAL DO BRASIL Brasil scgunda-feira, 17/12/90 n Ccadcrno ci 5

JORNAL DO BRASIL Brasil scgunda-feira, 17/12/90 n Ccadcrno ci 5

Darci e Darli ouviram a sentenęa dc cabcęa baixa


Tribunal condena Darci e Darli a 19 anos de prisao



Alegria e revolta na plateia


Marcela A ulrr

XAPURl. AC — Erum 23h dc ń-hado cm Xapuri f2h da modrugada dc omem cm Brasilia) quando o juu Adair Longuini comcęou a ler a sen-tenęą nuc condcnava o fazcndciro D.u li Alv« da Silvo. dc 54 anos. e scu filho Darci Atvcs Pereira, dc 23 anos, a 19 anos dc catkia pcla mortc do lider sindicnl c ccologiita Chico Men-des. Cera dc 200 pessoas quc sc cs-premiam na sala do tribunal ou aguardavam do lado de fora, dispu-tando um Ingar nas janelas, comcęa-ram a comcmorar.

Os aplausos foram tantos que mai w podia ouvir o advogado dc defesa Joao Luccna Lcal anunciar a dcciuo dc recorrcr ao Tribunal de Juslięi para ncdir a nultd.uk do juri de Xa-puri Lucena vai fozć-to por deser dc oficio, pois nem mesmo sabia o quc -akgar. Pressionado por ioraalisias. apegou-sc d primcira justlncatWa quc cncontrou: "Esla manifcstęuo que es-td acontcccndo agora ja ć suncicmc para anular o julgaroento", disse

Ao saber da amcaęa, Marcio Tomas Bastot, assistente dc acusaęao. ,quc durante o juri se mostrou muito mais preporado do quc os tres adsoga-dos dc defesa, ironizou: "Só urna eona pode anular esic juri: os rćus a lega rem quc ficaram indclcsos. Foram lantas as Dobagens cometidas pcla defesa, quc parccia quc riir.gućm os e$lava defen-dendo.” Lucena Lcal. no cnlanto. in-sistiu no pedido dc anubęao, alcgando • que um jurado cochilou e outros emm “radkais do PT’.

Gastos — Quarcnta minutos dc-. pois. o juk Longuini cnccrras a a ses-sao mais dcmorada da historia da comarca dc Xapuri. ler.do a scu lado o promotor Eliscu Bouchincier de Olistira e o presidente da Assoeiaęao dos Magistrados do Estado do Acrc. Ciro Facundo de Almcida. Foram quatro dias dc julgamento. durante os quais os 120 lugares do tribunal sem-pre cstivcram lotados. Ao todo. o Po-óer Judiciario gastou Cr$ 239 mil. cm alimcntaęSo para jurados. rćus. teste-munhas e sersentuarios da Justięa, in-cluindo o seis quc sieram dc Rio Branco. O rewo foi (udo doado ao ■juiz, como os cokhócs usados na c>-coła dc l*grau Antbero Soares Bezer-ra. quc sersiu dc alojamento para ju-rados. rćus c testemunhas e aondc, por uma noite, dormiu o próprio juiz.

A condcnaęao dos dois foi auasc por unanimidadc. Darci. que hasia confcssado o crimc r.o inicio do julgamento. na quarta-feira, viu ser rc->:itada. por sets votos a um. aprimci-ra tcsc apresentada pcla defesa — "incxcgibrlidadc dc outra conduta", ou seju. quc ck nao podia agir dife-rentę depois das provocaęócs fcilas pcla ritima a sua familia.

Tambem caiu por tern, na sala seereta, ondc os jurados sc rcuniram por quasc duas horas. a tcsc apresen-lada pcla defesa qualificando o crimc como "homicidto prńikgiado". Os advogados qitcriam quc os jurados cntcndcsscm a atitudc de Darci como dc "rclcvanlc vak>r social", uma atc-nuantc prcvisla no Código Penal. Para des. o rću. ao atirar cm Chico Mendes. defendia a bberdadc c a pró-pria integridade fiwca dc scu pai. Por unanimidadc os setę cidadaos upu-rienses quc formaram o jóri rcjeita-ram cssa hipótcsc.

Depois de rejcitarcm cssas duas leses, os setę jurados concordaram com a acusaęJo c, por unanimidadc, concluiram quc o homiridio teve as agravantcs dc ter sido comctido por tocaia c com mołivos futcis, o quc seniu para aumcnlar a pena. Mas concedcram ao rću a atenuante pre-vista no Código Penal peb confissao do crimc cm juizo.

No aso dc Darli, a defesa pediu a absolvię3o. alcgando falta de provas. Mas seis dos jurados entenderam quc eJe "concorrcu para a pnitica do crimc". na condięio de mandantc. O unico voto favoravcl quc Darli rccc* bcu acabou mudando quando foi aprcciada a tcsc das agrasanlcs do crimc. O juiz. ao dosar a pena, prefc-riu iguali-la a dc Darci o quc signifi-cou dar tambćm seis meses a menos para o mandantc. Masclc tinha moti-sos para isso: afir.al, Darci ja cumprc pena dc 12 anos pelo atentado contra 80 scringuciros na sede do IBDF. cm I9S8. Ja Darli, mesmo respondendo a outros processos. ate boje nao tcsc qualqucr condcnaęao.

Salda — Graęas ao baialhio dc fotógrafos quc formou uma cspecic de barreira entre o pubiico c os rćus. niio foi possivcl vcr a rcaęao dos dois condcnados a sentenęa. De pe, des ousiram a condcnaęao de cabcęa boi-m, Tambem por causa dos fotógrafos. a Policia Militar nao pode retirar Darii c Darci da sala peb porta. Eks foram lesados para a sab do promotor, de ondc pularam a janda, prolcpdos por forte csqucma dc seguranęa.

Enquanto isso. a maior parte dos nresentes oontinuayą batcndowlmas. compassadamćntc. lSamar Gadelha Betem Mendes, viuva dc Chko Mendes. foi retirada imediatamentc da sab por seus seguranęas c só sollou a ar>a-rcccr cm pubłko ontem dc manna. Osmarioo Amóncio Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadorcs Rurais dc Brasilćia c um dos nomes da lista dc lideres sindteais marados pora morrer no Acrc. chorou. abraęado ao te do Consdho Nacional dos Julio Barbosa dc Aqui-co. c da rccem-ckila óeputada esta-dual do PT Marina Osmarino. Na poeta do fórom a witana era maior 'PunięJo. punięilo, UDR na prisao."

Os dois coniknados foram !cvados na mesma noite para a pcnitcnciaria csbdual cm Rio Branco, num com-toio dc 10 cartos. Eles estasam no amburao da Policia Fcdcral seguido por outros Irćs carros com agentes tederais. Em seguida vinlu o carro quc conduzia a pnoapal testemunha da acusaęao, o menino Genesio Fcncira da Silva, dc 15 anos. Atras outros cinco carros. quc condumm. sciąra-damente. Dom Moacir Grechi, ttispo do Acrc, os adswados dc defesa c alguns jomalisbs. O comboóo chegou a Rio Branco as 3h da madrugada de domingo (6h cm Brasilu). Os advoga-dos de acusaędo Marcio Tomas Bas-tos. Suci: Bcblo c Ricardo Gebrin dci-.uram Xapuri ontem de manhii. dc aviaozinho. para Rio Branco, ondc cmbarcaram para Sao Paulo.

Enąuanto isso, cm Xapuri. a po-pubęJo comemorava comcdidamcn-tc. Nao houvc gritos nem farra na rua, mas os bares ficaram chcios, as-sim como o famoso Fonó do Juve-nal. Popubrmente conhccido como Espoca Chaios, o forró, quc p foi pako de brigas da familia Alves. fun-cionou atć as 4h da madrugada dc domingo e scrviu para o promotor Eliscu Bouchmeicr de OlWctra comcmorar a sitória. Quem nao quis dan-ęar — como Gebrtn, o Rural da CITT, mćdicos kgistas da Unicamp, Nelson Massini e Fortunato Palharcs — foi fcstciar no Bar Mirantc. Os morado-res aa cidade nao cscondiam a satis-faęao. A alegria iluminava os mesmos rostos que anos a fio dcmonstravam medo da vio)enta familb A!ves.

□    "Foi o quc todo raundo espcraia. Eu sempn: acnditó que. sc houwoc um julgjmaito. os dois scriani condcnados. AlituL a comumiladc loda sofreu com o clima de siolćncta quc a familia Ahcs criou. Só nos rewa daqui para a frentę contimurmos a łuta para que as insesti-gaęócs dos outros cnvolvidos prossi-gam." (U:onw CuJdki Bezeria Utnia, miro do Chko Mmln)

□    “Mais urna \vi a injustięa chcga a Xapuri. As prosas foram mai fcilas. cocnpradas a dinheiro. E injusto. Com a organizacjo quc montaram para condena r ck. nao tinha adsogado que o absol-vctsc" (Dori Aires Pereira, tmao de Dtrlt)

□    "Foi um absurdo, porquc os prosus nao foram conwucntct". (Makru Pe-teka. InniI ifr Jardetr Pereira, fambńn aaaadode miar Chka Mendes. que esta foragkb).

□    "Um absurdo. porquc nlo dcvia ser assim". (Ratafia Perek* Barges. nota de Part; e mud de Ceneuo Ferreira da Sil-tu)

□    "Isso e uma corsa quc ało csia tendo jusiięo. se tivcsse JusKa nao tinha isso. Justięa esta tendo para uin lado. fura outros nio." (Salahna NateimmlO da Sdra. ima dos mdhms de Parte)

□    "Eu mło aeredito quc o resuhado desie julgamento acabc com a malanęa no campo Só vai acabar a malanęa quando houvcr uma reforma agratia. quando tistr Resersa Extn>tivista criada e coitsolidada". (Osmorino 4imńw'o Ra-drignes. prrsidente tSo Smdicato das TRa-Mhadores Rurais de BrasUH*)

□    “Eu achei ótimo o resuhado f»rque cksji sSnhim cometendo muitos crimes. como as lestenunhas rriatanm, e nunca tinham sentado no fcunco dos rćus. Agora cu os vi sentados no banco dos rćus. foram condcnados c vao ter quc ser condcnados tambem os outros cntolridos. Qoero quc todos apodreęam na cadcu" (Zu:o. triado de Chin Mendes).

□    “A condcnaęio dos assassinos dc Cliico Mendes tem um słgmficado histó-rico para a sockdadc brasiłeira c para loda a humanklade. Com ela esperamos dar micio a om no»o periodo em nossa h»tóru. poodo firn a uma k»p historia dc impunidadc dos crimes coraclidos contra aqudcs quc lulam por justięa. democracia. igualdadc social c pcla pre-scnaęao ambiental. A condcnaęao de

Darci e Darli nio dcvc rem tern quc nos ilsitlir. virios companharos quc continuom na kita dc Chico Mendes estao amcaęados. como Gumereindo. Osman-no. Anunldo. A brio. Manuel da Tigun-ra c tantos outros no Brasil (...) Essa condemęao nio acaba com o processo. cks sao apenas o rabo da cobra c c preciso ebegar na cabcęa. atrasćs dc um processo supiemenur" (Sola afieud da SMkatodos TrohatUkres Rural Je X+ puri e do Cortirftii Satkrnd dos SCnn-gueuas)

□    ”Nósentcndcmosquccstc julgamento dcsc ser uma alasanca para que prossi-gam as inscMigaęócs, a firn dc quc nlo apenas esses dois culpados. que nio sio bodes espi.itórios. sejam punidos, mas quc sejam punidos tamtym todos aquc-ics quc partiapuram desta mortc. Aeredito quc esta stmana foi iniportar.ic para o Brasil c para o mumio, porque aqui no Braul nós sabemos que u siolencia. por causa da tetra, só vai lerminar quando efetis arsenie for (ciu una reforma agra-ria. Enąuanto nao eneontramos a soota-dc politica c as condięói.-s dc farer esta reforma agraria — comhęJo para o de-sensoisimento — ć preciso quc se lute contra esta siolćnci# c a ueścj maneira dc lular ć condcnando os criminosos e os mandantes. Temos dezenas dc processos quc sc cncontram pa rados pelo Brasil afora. E preoso esforęo de todo mumio, da justięa da pofecia. d.i cidadania erga-nirada para quc c»tc s crimes ve,um ppni-dos assim como esic foi punido" (Mórrkt Thomt: Barnu. oJwtfoio (Utulenie tle irrunapń) no proccno).

□    "Conscguimos mostrar qoe a Justięa um dia chcga pira os trahalhadorcs. Temos quc continua buscando punięio para as dcmais pessoas cnsolvnias" (Fritth-risco Barhoia. p/esidenie tmerino da Shtdieoio dos TnshaBiaJorn Rur mi ' de .Yopun)

□    “Nunca na historia desie pais. do movimcmo popular, foi condenado al-guem quc tenha nuodado matar um tra-halhador. Ilojc isso aoontcccu. Es tam os cada \tz mais not fortalcccndo." (Jidio Bartosa itr .-tęjiKW. fresidnue da Crnnr-tko nadano/ dos Serł/tgockos).

□    “Maiamos uma nosa ćpoca na situa-ęao brasikira. Nenhum crimc mais nestc pais pode ficłr impunc" (Surh BeLuo. adwgada da CLT. asusteure de

no processo).

Ministro acha que juri den exemplo

BRASILIA O ministro da Justięa, Jarbns Passarinho, disse ontem quc nunca tcsc z menor dii-vida da cocdcnaęao dos assassinos do lider scringuciro Chico Mendes. em Xapuri, no Acrc. O ministro rmlou que chegou a temer o que cle chamou dc "festńral intemacio-nal" em lomo do julgamento dos acusados. O reoeio do ministro era de que os »dvogados dc defesa pe-dissem o desaforamcnlo do local. por entenderem quc todo o pubiico. que desejasa a condcnaęao, estavu coagindo os jurados.

Jarbas Passarinho garantc quc nunca tcvc duvida "de que aquelas pessoas (Darli Alves da Silva e scu 'filho, Darci, os cnvolvidos na mortc dc Chico Mendes) pcrlccccm a urna familia ou a um pai quc ć ńiandante de crimes hit algum tempo". O qix o ministro da Justięa espera ć quc a condcnaęao dos acu-ados do assassinato do scringuciro. nao fique restrito apenas ao caso dc Chico Mendes, cm Xapuri, no Acrc, mas sirva dc caemplo para os dcmais crimes dessa naturera quc ainda acontenccm com fre-qućncia no interior do Brasil.


Defesa fez jogo de cena o tempo todo

A condcnaęao dc Darli Ah-cs da Siha c Darci Ahtś Pereira nit> chegou a sorprtender ningum, milo menos aqueles quc obserra-ram a partkipaęao dos trćs adioga-dos de defesa. Eles chcgaram a Xa-puri pracndo a (knota, mas nem por isso deixaram de fazer muito Jogo de cena. Depois dc karem Darci a confirmar a auloria do crimcna fasę dc instnęio do pro-ccsso ck negou a confissao kila no mqućrilo — Joao Lucena Leal Ar-mando Rcigola c Rubens Lopes Torres foram. no minimo. ousados ao lentar wnder para os jurados uma tcsc pooco usada no meso fo-rense c pmais litoriosa nos tribu-nais brasileiros.

A tao falada mescgibilidade dc outra conduta nao e apenas algo difkU de pronunciar. mas principal-mente de prorar. Os tres adwgsdos ten ta ram cotu cnccr a todos que Darci nao poderia ter lido outra conduta. dianie das pmocaęoes de


Chico Mendes. Mas na rćpłica a i/tic tew direito, Marcio Thomaz Bastos dcfiniu o pedido de maneira simples para os jurados. "Oqueeles estao quercndo i uma licenęa para ma tar", afirmou. Ek lembrou aos iurados que nao se podia fatar de ine.segibitidadc dc outra conduta num caso em qoe o crimc foi plane-jado c feito a basc da tocaia.

Ja sabendo da diftculdade quc a ta primcira tcsc apresentan, a própria defesa. usando dc um dirci-to pmisto no Código de Processo Penal. apresentou uma ssgunda tcsc: para eles. Darci agiu motńado por “rekvante u hr social", uma \ez que entendeu que scu pai esta va ameęado de ter sua Hbcrdadc tolhi-da por conta da Carta Precatória que Chico Mendes foi buscar cm Umuarama. pedindo a prisao dek. A tcsc tambem foi denubada pcla acusaęaoo promotor Eliscu Bouchmcicr dc OHreira lembrou que quem tolhia a liberdade de Darli nao era Chko Mendes, mas a própria Justięa.

A defesa tambem prometeu ar-rasar com o depoimento do menino Cenósio Ferreira daSilra. prmcipnl testemunha de acusaęSo contra Darli. Foi com basc no que o menino disse quc o promotor ocusou o


fazcndciro de mandantc. Mas a defesa scquer o conlrtdisscnem apresentou pedido dc contrariedade ao scu intcrwgatóno, no que seria uma tentatm dc depois discutir sua \aJidade. Os tres adwgados en ten-deram que o sikncio ntf permitir a futura discussao da nUdade do depoimento.

Ao mis de encurralar Genesio com perguntas, eles preferiram na ultima hora. ouando a acusaęao nao mais ina (akr. partir para dc-nuncias. Dissenm que Genesio foi instruido pchs ‘pctclóidcs quc o kyaram do Acrc". Faktu ate que o garoto dormia com fone nos orni-dos para gram bem as iostruęócs. Esqueceram-se dc quc o depoimento dc Genesio ć o mesmo dcsdc o printcirodk.

Lucena Leal falou qoe a defesa de Darfy tai lentar impugnar qual-quer aconlo quc for kito para a hlmagcm da historia dc Chico Mendes. "Se nao ricrcm sentar a mesa poara negociar com os adio-gsdos esic tilmc nao serj rodado". Logo em seguida mostrou o que rcalmentc Ihe interessa: "Qucremos 50% dos dircitos outorais para os rćus. Depois destinarcmos 50% dis-so para as crianęas carcntes de4 Rio Branco" (MA.)


Imagem chegou a 1,5 bilhao

Mais dc um li brihfto dc pessoas em todo o muftdo assisuram pcla tcloisao i% cc nas do jutpmcnto dos ass&uiaos dc Chico Mccdcs. A Radiobras, uuc filmou todas as sessies do juri em poo/com mais qualro redes dc TV, vcndcu parte da transonttlo para U paiłes difcrenics. io-chttK a Toittndia. A redę ameńcana CMN cootnbuiu para esta cnonnc au-dłćnóa muodial, ettimada pda coordc-nadora dos trabolhos da RadioWs em Xapcn, Ana Fdicia.

Akm da vcnda de la pa peb esataL o julpmcato foi noociado por disenos joraais atraogeiros. Quatro graodes apćncias de noticia — a akmi Reuecn, a franccu France Press, a UDCrkaai As* socuicd Ptcm c a espanhob EFE — ctiYiaram repórtera para a cobertora. Ilaiu corrapondema do jocnais amen-canos Lm >4ięc/r.r 7wi c Wokoło* Pou. do caittdcnse The GM* and Mad. dos italianos II Mmtfmo e L V*iia% dos portuguesa O PMka c O Esprtm. Ao todo. csuvam cm Xapuri ccrca de 30 ^onulwtas dc 20 emperns cstrangorai O pod da Radiobrisc cinco reda dc TY — Gbbo. Minchctc. SBT e Bandełfin-ta — mvatm CrS J.I60 rmlhóa Don vóos dli nos la-a\^ra as fitas grasadas pcbseqmpa de cada uma das reda c as fius do pod pora Rio Branco. de ondc cnm peradas C^da uma <bs reda. akm do scu materiał pcópoo. ganhava 15 tm* cutos editados dc filnugcm da sasio do jari. feita coa duas cimcias.

Nao hoovc diftculdade para os I3S jomalistas — a laisorio rcproentaiłdo


mais dc 50 empresas de cconumcaę&o naciooats — na cobcrtura do julgamento. Cada uma das empreus ganhoo crc-dcnaal pura assntir todo o julgamento. O unico controlc foi com rclaęio a foto-(las. Um acordo feito com todos os pcmRtra quc cada um dcla pcrroaiKcasc por dneo minutos numa determinada pneb, dcsdc que trahalhas-sem sera Hasha c sem motor na mAqui-na. O juu qucru aiur quc os jurados fosaem diUnudos.

A Embratet cmnou pura Xapun qua-iro engenheiros c trb ićcnicoi. aldn dc pessoal de apo«>. A edade dispunha dc a penis 24 cinais dc tckfooc quc aten-dem cm ocasióa normus a 100 aparc-Ihos. Para o /ulgamcnto foram imulidos mais 30—muitos dc empresas jomalisti-cas. O congcstionamento seria ainda maior — uma vez quc apenas 24 cłuma-das podiam ser fcilas ao mamo tempo — sc a emprett nio tnasc insulado um du^odor dc catsais quc transformoo 24 dci» em 4iJ. Esta 24 canais novos foram ligados dśretamente a Rio Branco. des-congestionando a central da ddadc.

No centro dc imprensa montado peb EmbrateL ao ccsto dc CrS 5 rrałhóa. cstavara hgados cinco aparelhos dc fax. seis telcfona para łigaęfcs DDI c DDD. anco canais HCD (Home Country Di-rcct). quc fi/ctn lig.sęda dirttas is mesas intcnuoofuii, quatro aparclboi de tclc\. o canal de voz da Radiobras c trn aparc-thos para ligaęda a cobrar. Kto facilitou prindpalmcntc o trahalho dos jornalisus atranpeiros


Ilzamar vai festejar com churrasco


Viuva diz que chegou sua vez de comemorar


i

puiu occd domingo ultimos uuatr

acompanhou todas as sessóa no forum do comcęo jo firn. idorou qnando cb chegou cm casa. depois do julcamento llzanur tac uma forte ense Je choro, junto aos dois ftlhos Ekmra. dc 6 anos. e Sandino. de 4 anos. quc docrmam Scu desejo. confcssado omem. era ir i rua. gritar. danęar c beber com os amips era comcmoraęao. Mas a Poli-cu Mihur. uo logo o juiz imuKiou a

Eia dc 19 anos pira os dois acusados.

oiw para ciu. contra a sua \oma-de. Akgaram quc nio tcnam coodięiks dc Ihe ofcrtccr garatmas no moo do baialhio dc jomabstas. sindiralisus e scringuciros. Tranrada on cara. Il/a-na r chorayj no quarto. coquanto um PM córa mctralhidora montasa piar-da do Udo dc fora.

Omem dc manhi. ainda com olhci-ras. den icguidis c repctiu\a\ cntrais-tas aos jonulisus FaU\a sobre tuda. most rondo ser hem difrrcntc da Iba-mar de don anos atras. quando nao tinha a fama dc boje. Aos 27 am>% e


tomar GadeRu Bc/ena Menda. vitni óc Cłuco Menda, nio comc-iu donmr na noite de sibodo para Todo o jurni acumulado nos ultimos auatro dias. durante os quirt

_    i

Ilzamar acha quc hoje estó muito mais exper lenie

utual companhora do serrador Jubo Nicasso (PI), csu ftlha dc Knnguaro quc acabou casoda com o ranonsisel peb sua alfabetiracio. apremku mais nos scui dois anos dc viuvez do quc nos 25antcnora

Retraidi e submisra — dausa ao mando todas as dccis^a — llzanuz fon Iransfomuda pHo liro dispurodo por Darci Alva Pereira na notic dc 22 dc dezembro de I9SS. numa raulher adul-ta. chcu de raponsabihdada e ate mamo liberał, unio quc boye qaotKv na a ncscssidadc de sc casar de papci

parado. Da noite para o dia Junto* a urefa matema a rcsponsabtlidadc de cierctf tambem o papci de poi. Ł nio basusse isso. i bcira do caixio do marido. aisumiu o comproraisso dc eominuor lulondo por seus idcais Hoje da e capi/ de discutir quil-quer tema politko com ąuakjucr pes-k\j. sem se cmtrgoohar. Nas ukiraas ckięCes foi de cara cm cna pedrado soto pora iorpe Vtana. candidato do Pf Aaies nunca tinha saido do Aae Agora ja perdcu a eonu das scres qoc


vujou para o Rio c outras cidodcs. sem falir nos auatro siagens inicmacionais Estados llnidos. Akmonha c Italia (duas wny

Nio dcmonstra medo. mas sist rc-ccosa com as amcoęas quc rcccbc cons-tantftncntc c com as noticias que Ihe chetatn. Ontem mesmo. por cscmplo, souoc quc o kmoo de Darli A!vcs da Siha. Dari. atae de madrugada no hospstal da cidade c disse em \oz alu que da c Osmanno dawiam se cuidar. No iniao do ano. foi ccrcada por Dar-Ennho, filho dc Darli, c setę amigos do rapaz. O caso ocabou na ddcpicu de potoa ondc foi rastaurado um mqueri-to. Nesses ultimos dias andou sempre com seguranęa.

“Sem duYida cslou mais npcńenie. boje lenho muito mais coohccimenuT. diz. Essa apcnćncu oue diz ter acu-raulado rcndcu-lhe algumas brigas. “Outscram me colocar cm emu dc um altar rura depois ftearem mc condu/io. do. Disoordei porque nio qucna ser enterrada junto córa o Chico Mendes."

Durante o julgamento. o quc mais a cbocoo fot ou>u dc Gcnhśo Ferreira da Sdva quc Darb comcmorou a mortc de Chico Mendes com um churrasco. It/amar diz quc agora ć sua \ez. Tao logo dcscansc. s*ai promoscr um chor-rasco. **A difcrcnca ć ą\x o dc Dorb tinha gosto dc unguc O mcu tera o gosto dc justięa "


MINISTERIO DA SAUDE SUPERINTENDtNCIA DE CAMPANHAS DE SAODE PUBLICA

COMISSAO ESPECIAL DE LICITApÓES


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ENCIA PUBLICA INTERNACIONAL

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ComiłłAo C«p«cial do UchacOm/SUCAM


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