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1
Aula 13
Distribuição Uniforme Discreta .................................................................. 2
Distribuição de Bernoulli .......................................................................... 4
Distribuição Binomial ............................................................................... 7
Distribuição Geométrica .......................................................................... 25
Distribuição Hipergeométrica ................................................................... 27
Distribuição de Poisson ........................................................................... 31
Distribuições contínuas ........................................................................... 38
Distribuição Uniforme Contínua ................................................................ 38
Distribuição Exponencial ......................................................................... 40
Distribuição Normal ................................................................................ 42
Distribuição Normal Padrão ..................................................................... 49
Distribuição normal como aproximação da binomial .................................... 74
Tabela para a distribuição normal padrão .................................................. 78
Relação das questões comentadas ........................................................... 79
Gabaritos .............................................................................................. 92
 
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2
Olá, pessoal!
Tudo bem?
Na aula  passada aprendemos noções sobre variáveis aleatórias e aprendemos 
conceitos  muito  importantes  como  esperança  matemática,  variância  de 
variáveis aleatórias, covariância, etc. 
Nosso  foco  nesta  13ª  aula  será  o  estudo  direcionado  das  distribuições  de 
probabilidade.  Há  distribuições  que,  por  sua  importância,  merecem  um 
destaque especial e até um nome! Vamos começar com a mais simples delas. 
A  distribuição  t  de  Student  será  estudada  na  próxima  aula  nos  intervalos  de 
confiança. 
Distribuição Uniforme Discreta
A  distribuição  uniforme  discreta  é  aquela  em  que  todos  os  elementos  têm  a 
mesma  probabilidade  de  ocorrer.  Podemos  citar  o  exemplo  usado  na  aula 
passada:  a  probabilidade  de  ocorrência  de  um  número  qualquer  em  um  dado 
não viciado é 1/6. 
Na  aula  passada  já  aprendemos  como  calcular  a  esperança  neste  exemplo  do 
dado: 
(
)
1
1/6
2
1/6
3
1/6
4
1/6
5
1/6
6
1/6
(
)
= 1
Para  calcular  a  esperança,  multiplicamos  cada  valor  da  variável  pela  sua 
probabilidade, ou seja, multiplicamos 
por
(
). Depois somamos tudo.
 
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3
(
)
∙ (
)
1
1/6
1 ×
1
6 =
1
6
2
1/6
2 ×
1
6 =
2
6
3
1/6
3 ×
1
6 =
3
6
4
1/6
4 ×
1
6 =
4
6
5
1/6
5 ×
1
6 =
5
6
6
1/6
6 ×
1
6 =
6
6
(
)
= 1
Vamos somar tudo agora?
= () =
1
6 +
2
6 +
3
6 +
4
6 +
5
6 +
6
6 =
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6
6
=
21
6
= () = 3,50
Repare que poderíamos tornar o cálculo mais breve:
Em  uma  distribuição  uniforme  discreta,  a  esperança é  a  média  aritmética  dos 
valores. 
() =
∑
01. (Economista – TJ/RO 2008/CESGRANRIO)
Uma urna contém dez bolas,
cada uma gravada com um número diferente, de 1 a 10. Uma bola é retirada 
da urna aleatoriamente e X é o número marcado nesta bola. X é uma variável 
aleatória cujo(a) 
(A) desvio padrão é 10. 
(B) primeiro quartil é 0,25. 
(C) média é 5. 
(D) distribuição de probabilidades é uniforme. 
(E) distribuição de probabilidades é assimétrica. 
Resolução
 
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Como todas as bolas têm a mesma probabilidade de sair, concluímos que sua 
distribuição de probabilidades é uniforme. 
Letra D
Distribuição de Bernoulli
A  distribuição  de  Bernoulli  se  caracteriza  pela  existência  de  apenas  dois 
eventos,  mutuamente  exclusivos,  que  denominaremos  de  sucesso  e  fracasso, 
em um experimento que é realizado uma única vez
.
São  experimentos  que  os  resultados  apresentados  apresentam  ou  não  uma 
determinada característica. 
Vejamos alguns exemplos:
i) Lançamos uma moeda. O resultado ou é “cara” ou não é.
ii)  Uma  pessoa  escolhida,  ao  acaso,  dentre  500  pessoas,  é  ou  não  do  sexo 
feminino. 
iii)  Em  uma  urna  temos  500  bilhetes  numerados  de  1  a  500.  Retiramos  um 
bilhete ao acaso. O bilhete sorteado é múltiplo de 11 ou não é. 
Em  todos  esses  casos,  estamos  interessados  na  ocorrência  de  um  sucesso 
(ocorrência de cara, sexo feminino, múltiplo de 11) ou fracasso (ocorrência de 
coroa, sexo masculino, número que não múltiplo de 11). Usaremos, a partir de 
agora, constantemente esta terminologia (sucesso/fracasso). 
Normalmente usamos as seguintes notações:
A probabilidade de ocorrer um sucesso é
.
A probabilidade de ocorrer um fracasso é
= 1 − .
Adotamos o valor 0 para o fracasso e 1 para o sucesso.
Vejamos  um  exemplo:  Lançamos  um  dado  honesto  e  observamos  a  face  que 
fica  para  cima.  Se  a  face  voltada  para  cima  for  o  número  5,  teremos  um 
sucesso.  Se  a  face  voltada  para  cima  for  um  número diferente  de  5,  teremos 
um fracasso. 
Assim, a probabilidade de obtermos um sucesso é igual a
= 1/6 e a
probabilidade de obtermos um fracasso será igual a
= 5/6.
Assim,  temos  a  seguinte  distribuição  de  probabilidades  (lembre-se  que 
adotamos o valor 0 para o fracasso e 1 para o sucesso). 
 
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5
()
0
5/6
1
1/6
Vamos  calcular  a  esperança.  Para  isto,  devemos  multiplicar  cada  valor  que  a 
variável assume pela sua respectiva probabilidade e devemos somar tudo. 
()
∙ ()
0
5/6
0
1
1/6
1/6
() = ∙ () = 0 +
1
6 =
1
6
Vamos  agora  calcular  a  variância.  Para  isto,  devemos  elevar  X  ao  quadrado, 
multiplicar  pelas  probabilidades  e  somar.  Assim,  teremos calculado  o  valor  de 
(
).
()
∙ ()
²
² ∙ ()
0
5/6
0
0² = 0
0
1
1/6
1/6
1² = 1
1/6
(
) = 0 +
1
6 =
1
6
Agora aplicamos a fórmula da variância:
"² = (
) − #()$
=
1
6 − %
1
6& =
1
6 −
1
36 =
6 − 1
36 =
5
36
Vamos  agora  generalizar.  Temos  um  experimento  de  Bernoulli  tal  que  a 
probabilidade de um sucesso seja p e a probabilidade de um fracasso seja q. 
()
0
1
Vamos calcular a esperança e a variância desta variável aleatória.
Multiplicando cada valor da sua variável pela respectiva probabilidade.
 
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6
()
∙ ()
0
0
1
Somando...
() = 0 +
() =
Assim,  concluímos  que  a  esperança  da  distribuição  de  Bernoulli  é  a  própria 
probabilidade  de  obter  um  sucesso.  No  nosso  exemplo  acima,  temos  que 
() =  = 1/6. 
Vamos  agora  calcular  a  variância.  Para  isto,  devemos  elevar  X  ao  quadrado, 
multiplicar  pelas  probabilidades  e  somar.  Assim,  teremos calculado  o  valor  de 
(
).
()
∙ ()
²
² ∙ ()
0
0
0² = 0
0
1
1² = 1
(
) = 0 +
(
) =
Vamos agora aplicar a fórmula da variância.
"² = (
) − #()$
= − ²
Colocando
em evidência, temos:
"² = (1 − )
Como
= 1 − :
"² =
Ou  seja,  a  variância  da  distribuição  de  Bernoulli  é  o  produto  da  probabilidade 
de obter um sucesso pela probabilidade de obter um fracasso. 
No nosso exemplo, temos:
"² = =
1
6 ∙
5
6 =
5
36
 
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Em  resumo,  a  distribuição  de  Bernoulli  pode  assumir  os  valores  0  e  1 
(fracasso e sucesso, respectivamente). A probabilidade de ocorrer um fracasso 
é igual a 
e a probabilidade de ocorrer um sucesso é . A esperança é igual a
 e a variância é igual a . 
 
Distribuição Binomial
Ainda  estamos  interessados  em  experimentos  que  possuam  dois  resultados 
possíveis: um sucesso e um fracasso. É importante destacar que não devemos 
associar  os  nomes  “sucesso”  e  “fracasso”  aos  seus  “reais”  significados.  Por 
exemplo:  Um  casal  terá  um  filho.  Podemos  dizer  que  se  o  filho  for  homem 
teremos  um  sucesso  e  se  for  uma  mulher  um  fracasso,  mas  também  poderia 
ser o contrário: mulher = sucesso e homem = fracasso. Ok? 
A  diferença  da  distribuição  binomial  para  a  distribuição  de  Bernoulli  é  que  no 
caso  anterior  o  experimento  seria  realizado  apenas  uma  vez.  Aqui  na 
distribuição binomial realizaremos o experimento n vezes. 
Então imagine que repetimos um ensaio de Bernoulli n vezes, ou, como se diz 
também,  obtemos  uma  amostra  de  tamanho  n  de  uma  distribuição  de 
Bernoulli.  Suponha  ainda  que  as  repetições  sejam 
independentes
, isto é, o
resultado  de  um  ensaio  não  tem  influência  alguma  no  resultado  de  qualquer 
outro  ensaio.  Uma  amostra  particular  será  constituída  de  uma  sequência  de 
sucessos e fracassos, ou, se quisermos, de zeros e uns (zero = fracasso e um 
= sucesso). 
Vamos voltar ao nosso exemplo do dado.
Lançamos um dado honesto e observamos a face que fica para cima. Se a face 
voltada para cima for o número 5, teremos um sucesso. Se a face voltada para 
cima for um número diferente de 5, teremos um fracasso. 
Quando  estávamos  estudando  a  distribuição  de  Bernoulli,  nós  tínhamos 
lançado  este  dado  apenas  uma  vez.  Agora  lançaremos  este  dado  n  vezes. 
Vamos supor que n = 3, ou seja, vamos lançar o dado 3 vezes. 
Lembrando:  sucesso,  neste  exemplo,  é  sair  o  número  5.  Neste  caso,  temos 
 = 1/6 e  = 5/6. 
Pois  bem,  imagine  que  lançamos  o  dado  três  vezes  e  obtivemos  os  seguintes 
resultados: 2, 4, 5. Neste caso, tivemos FFS (fracasso, fracasso, sucesso). 
 
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Neste  caso,  dizemos  que  a  variável  binomial  assumiu  o  valor  X  =  1,  pois 
obtivemos apenas um sucesso. 
Imagine  agora  que  lançamos  o  dado  três  vezes  e  obtivemos  os  seguintes 
resultados: 5, 2, 5. Neste caso, tivemos SFS (sucesso, fracasso e sucesso). 
Dizemos agora que a variável binomial assumiu o valor X = 2, pois obtivemos 
dois sucessos. 
Podemos concluir que se realizamos n ensaios de Bernoulli, o número máximo 
de sucessos é igual a n. Ora, se lançamos o dado 3 vezes, podemos obter um 
sucesso  (resultado  =  5)  no  máximo  3  vezes.  Não  tem  como  lançar  o  dado  3 
vezes e o número 5 sair quatro vezes! Ok? 
Dessa forma, realizando 3 ensaios de Bernoulli, podemos obter:
- Nenhum sucesso (X=0)
- Um sucesso (X=1)
- Dois sucessos (X=2)
- Três sucessos (X=3).
Nosso  objetivo  agora  será  calcular  a  probabilidade  de  obtermos  k  sucessos 
(neste caso, k = 0,1,2 ou 3). 
Vamos calcular a probabilidade de obtermos nenhum sucesso (X=0).
Neste  caso,  estamos  obtendo  3  fracassos  (FFF).  Ou  seja,  queremos  lançar  o 
dado três vezes e obter números diferentes de 5 nos três lançamentos. 
Como  os  eventos  são  independentes,  a  probabilidade  será  o  produto  das 
probabilidades. 
Sabemos que a probabilidade de obtermos um número diferente de 5 é igual a 
 = 5/6. Portanto, a probabilidade de obtermos 3 números diferentes de 5 será 
igual a: 
( = 0) =
5
6 ∙
5
6 ∙
5
6 =
%
'
(&
)
( = 0) =
125
216
Vamos agora calcular a probabilidade de obtermos um sucesso em 3 ensaios.
 
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Queremos,  em  três  ensaios,  obter  exatamente  um  resultado  igual  a  5. 
Queremos, portanto, obter 1 sucesso e dois fracassos. Devemos observar que 
o sucesso por ocorrer no primeiro, no segundo ou no terceiro lançamento. Ou 
seja, podemos obter SFF, FSF ou FFS. 
( = 1) = (*++ ,- +*+ ,- ++*) =
1
6 ∙
5
6 ∙
5
6 +
5
6 ∙
1
6 ∙
5
6 +
5
6 ∙
5
6 ∙
1
6
( = 1) = 3 ∙
1
6 ∙
5
6 ∙
5
6 =
) ∙ %
.
(&
.
∙ %
'
(&
/
( = 1) =
75
216
Vamos agora calcular a probabilidade de obtermos dois sucessos em 3 ensaios.
Queremos obter 2 sucessos, ou seja, queremos obter dois resultados iguais a 5 
em 3 lançamentos. Podemos obter SSF ou SFS ou FSS. 
( = 2) = (**+ ,- *+* ,- +**) =
1
6 ∙
1
6 ∙
5
6 +
1
6 ∙
5
6 ∙
1
6 +
5
6 ∙
1
6 ∙
1
6
( = 2) = 3 ∙
1
6 ∙
1
6 ∙
5
6 =
) ∙ %
.
(&
/
∙ %
'
(&
.
( = 2) =
15
216
Finalmente,  vamos  calcular  a  probabilidade  de  obtermos  3  sucessos  em  3 
lançamentos.  Ou  seja,  queremos  calcular  a  probabilidade  de  os  três 
lançamentos serem iguais a 5. 
( = 3) = (***) =
1
6 ∙
1
6 ∙
1
6
1(2 = )) = %
.
(&
)
( = 3) =
1
216
Poderíamos  sempre  fazer  assim  para  calcular  probabilidades.  O  problema  é 
que  se  o  número  de  ensaios  aumenta,  a  probabilidade  fica  cada  vez  mais 
complicada de calcular. 
Por isso, vamos aprender uma fórmula para calcular essas probabilidades.
Na aula de Análise Combinatória aprendemos como calcular combinações.
 
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10
3
4,5
= 3
4
5
= 6
7 =
!
! ( − )!
Exemplo:
3
9
=
5!
2! ∙ (5 − 2)! =
5!
2! 3! =
5 ∙ 4 ∙ 3!
2 ∙ 1 ∙ 3! =
5 ∙ 4
2 ∙ 1 = 10
A maneira mais fácil de utilizar esta fórmula é a seguinte:
O número de combinações sempre será uma fração.
3
9
=
No denominador, devemos colocar o fatorial expandido do menor número.
3
9
= 2 ∙ 1
Quantos  fatores  há  no  denominador?  Dois!!  Pois  bem,  devemos  expandir  o 
outro número, no caso o número 5, em dois fatores. 
3
9
=
5 ∙ 4
2 ∙ 1 = 10
Nos livros e provas de Estatística não utilizamos muito a notação que foi usada 
na aula de combinatória: 
3
4
5
.
A partir de agora utilizaremos com muito mais frequência a notação seguinte:
6
7
Alguns casos especiais podem ser memorizados para ganharmos tempo:
607 = 1 
617 =  
67 = 1 
Pois  bem.  Voltemos  à  probabilidade.  Vamos  supor  que  existe  um  ensaio  de 
Bernoulli  tal  que  a  probabilidade  de  obtermos  um  sucesso  seja 
e a
probabilidade de obtermos um fracasso seja
. Realizaremos este ensaio n
vezes  e  queremos  calcular  a  probabilidade  de  obtermos  k  sucessos 
(obviamente 
0 ≤ ; ≤ ).
 
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A probabilidade pode ser calculada através da seguinte fórmula:
( = ;) = 6;7 ∙
<
∙
4=<
Como vamos memorizar esta fórmula?
A  fórmula  sempre  começa  com  o  binomial  de  n  sobre  k  (combinações  de  n 
elementos  tomados  k  a  k).  Ou  seja,  número  lançamentos  sobre  o  número  de 
sucessos que se quer obter. 
Depois  multiplicamos  pela  probabilidade  de  obter  um  sucesso  elevada  ao 
número  de  sucessos  (
<
) pela probabilidade de obter um fracasso elevada ao
número de fracassos
(
4=<
).
Voltemos ao nosso exemplo do dado.
Vamos  lançar  um  dado  3  vezes.  Consideramos  como  sucesso  obter  o  número 
5. Assim, 
= 1/6 e = 5/6.
Queremos calcular a probabilidade de obtermos 0,1,2 ou 3 sucessos.
( = 0)
Começamos colocando o binomial de n sobre k.
( = 0) = 6307
Agora  multiplicamos  pela  probabilidade  de  obtermos  um  sucesso  elevado  ao 
número de sucessos. 
( = 0) = 6307 ∙ %
1
6&
>
Agora  multiplicamos  pela  probabilidade  de  obtermos  um  fracasso  elevada  ao 
número  de  fracassos.  Ora,  como  são  3  lançamentos  e  nenhum  sucesso, 
teremos 3 fracassos.  
( = 0) = 6307 ∙ %
1
6&
>
∙ %
5
6&
?
( = 0) = 1 ∙ 1 ∙
125
216 =
125
216
Vamos agora calcular a probabilidade de obtermos um sucesso.
( = 1)
Começamos colocando o binomial de n sobre k (ensaios sobre sucessos).
 
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( = 1) = 6317
Agora  multiplicamos  pela  probabilidade  de  obtermos  um  sucesso  elevada  ao 
número de sucessos. 
( = 1) = 6317 ∙ %
1
6&
Como é apenas 1 sucesso, teremos 2 fracassos.
Agora  multiplicamos  pela  probabilidade  do  fracasso  elevado  ao  número  de 
fracassos. 
( = 1) = 6317 ∙ %
1
6&
∙ %
5
6&
( = 1) = 3 ∙
1
6 ∙
25
36 =
75
216
E assim por diante.
( = ;) = 6;7 ∙
<
∙
4=<
Observe que se são n ensaios dos quais são k sucessos, o número de fracassos 
será n – k. 
Vamos reunir nossos resultados em uma tabela.
()
0
125
216
1
75
216
2
15
216
3
1
216
Temos uma variável aleatória discreta, ok?
X  são  os  possíveis  valores  assumidos  pela  variável  e  P(X)  suas  respectivas 
probabilidades.  Na  aula  passada,  aprendemos  como  calcular  a  esperança  e  a 
variância de uma variável aleatória discreta.  
 
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Vamos  começar  com  o  cálculo  da  esperança.  Vamos  multiplicar  X  por  P(X)  e 
somar todos os resultados. 
()
∙ ()
0
125
216
0
1
75
216
75
216
2
15
216
30
216
3
1
216
3
216
A esperança é igual a:
() = 0 +
75
216 +
30
216 +
3
216
() =
108
216
() =
1
2
Vamos  agora  calcular  a  variância.  Devemos  elevar  X  ao  quadrado,  multiplicar 
os resultados obtidos pelas respectivas probabilidades e somar tudo. Depois é 
só aplicar a fórmula. 
()
∙ ()
²
² ∙ ()
0
125
216
0
0
0
1
75
216
75
216
1
75
216
2
15
216
30
216
4
60
216
3
1
216
3
216
9
9
216
(
) = 0 +
75
216 +
60
216 +
9
216
(
) =
144
216
 
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14
Agora aplicamos a fórmula da variância.
"² = (
) − #()$
"² =
144
216 − %
1
2&
"² =
144
216 −
1
4
"² =
144 − 54
216
"² =
90
216
Simplificando a fração...
"² =
15
36
Bem trabalhoso, não?
Para facilitar as nossas vidas, existem fórmulas para o cálculo da esperança e 
da variância. 
=
Para  calcular  a  esperança,  basta  multiplicar  o  número  de  ensaios  pela 
probabilidade de obter um sucesso. 
= 3 ∙
1
6 =
1
2
E agora a variância.
"² =
Para  calcular  a  variância,  multiplicamos  o  número  de  ensaios  pela 
probabilidade do sucesso e pela probabilidade do fracasso. 
"² = 3 ∙
1
6 ∙
5
6 =
15
36
Bem mais rápido!!
Vamos agora treinar um pouco.
 
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02.  (AFRE-SC  2010/FEPESE)  Uma  variável  aleatória  X  segue  uma  distribuição 
binomial  com  os  seguintes  parâmetros:  número  de  ensaios  =  100; 
probabilidade  de  sucesso  em  cada  ensaio  =  0,2.  De  acordo  com  essas 
informações, qual é o valor esperado de X? 
a) 0,2 
b) 0,8 
c) 20 
d) 80 
e) 100 
 
Resolução 
 
Concursos disputados (e com altos salários como esse) também têm questões 
muito fáceis. A questão é se o candidato teve tempo de estudar tudo. 
Quem  tinha  pelo  menos  uma  noção  e  sabia  a  fórmula,  resolveu  esta  questão 
em segundos. 
Acabamos  de ver que o valor esperado (esperança) de uma variável  aleatória 
binomial X é o produto do número de ensaios pela probabilidade de sucesso. 
=
= 100 ∙ 0,2 = 20
Letra C
03. (SEE-RJ 2010/CEPERJ) Sabendo que a variável aleatória X tem distribuição 
binomial  de  parâmetros: 
= 20 e = 0,4, a média e a variância de X serão,
respectivamente:
a) 8 e 4,8 
b) 8 e 3,2 
c) 4 e 2,4 
d) 8 e 2,4 
e) 4 e 4,8 
Resolução
Como  acabamos  de  ver,  a  média  (esperança)  da  variável  X  com  distribuição 
binomial é igual a 
() = ∙ = 20 ∙ 0,4 = 8.
A variância da variável X é igual a
BCD() = , onde = 1 − .
BCD() = 20 ∙ 0,4 ∙ (1 − 0,4)
 
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BCD() = 20 ∙ 0,4 ∙ 0,6 = 4,8
Letra A
04.  (SUSEP  2010/ESAF)  Um  estudo  indica  que,  nas  comunidades  que  vivem 
em  clima  muito  frio  e  com  uma  dieta  de  baixa  ingestão  de  gordura  animal,  a 
probabilidade de os casais terem filhos do sexo masculino é igual a 1/4. Desse 
modo, a probabilidade de um casal ter dois meninos e três meninas é igual a: 
 
a) 37/64 
b) 45/216 
c) 1/64 
d) 45/512 
e) 9/16 
 
Resolução 
 
Chamemos de “sucesso” ter um filho do sexo masculino: probabilidade 
igual a 1/4. 
Chamemos de “fracasso” ter um filho do sexo feminino: probabilidade 
igual a 3/4. 
 
A  probabilidade  de,  em  cinco  experimentos  (n  =  5),  obtermos  2 
sucessos (k=2), pelo teorema binomial é: 
 
P(X = 2) = 6527 ∙ %
1
4& ∙ %
3
4&
?
=
5 ∙ 4
2 ∙ 1 ∙
1
16 ∙
27
64 =
135
512
Anulada
 
05. (SUSEP 2010/ESAF) Uma urna contém bolas vermelhas, azuis, amarelas e 
pretas.  O  número  de  bolas  pretas  é  duas  vezes  o  número  de  bolas  azuis,  o 
número  de  bolas  amarelas  é  cinco  vezes  o  número  de  bolas  vermelhas,  e  o 
número de bolas azuis é duas vezes o número de bolas amarelas. Se as bolas 
diferem  apenas  na  cor,  ao  se  retirar  ao  acaso  três  bolas  da  urna,  com 
reposição, qual a probabilidade de exatamente duas bolas serem pretas? 
a) 100/729. 
b) 100/243. 
c) 10/27. 
d) 115/243. 
e) 25/81. 
 
Resolução 
 
Suponha que temos apenas 
uma bola vermelha
.
 
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O número de bolas amarelas é cinco vezes o número de bolas vermelhas, logo 
temos 
5 bolas amarelas
.
 
O  número  de  bolas  azuis  é  duas  vezes  o  número  de  bolas  amarelas,  logo 
temos 
10 bolas azuis
.
 
O  número  de  bolas  pretas  é  duas  vezes  o  número  de  bolas  azuis,  logo  temos 
20 bolas pretas. 
 
Total de bolas: 
1
+
5
+
10
+ 20 = 36 bolas.
 
20 bolas pretas e 16 não-pretas. 
 
Ao  se  retirar  ao  acaso  três  bolas  da  urna,  com  reposição,  qual  a 
probabilidade de exatamente duas bolas serem pretas? 
 
Como  o  processo  é  com  reposição,  os  eventos  são  independentes  e  podemos 
aplicar o teorema binomial. 
 
Vamos considerar que extrair uma bola preta é um sucesso. A probabilidade do 
sucesso é p = 20/36. A probabilidade do fracasso é q = 16/36. 
 
Queremos obter 2 sucessos em 3 ensaios. 
P(X = 2) = 6327 ∙ %
20
36& ∙ %
16
36&
(X = 2) = 3 ∙
20
36 ∙
20
36 ∙
16
36 =
100
243
Letra B
 
06.  (CEB  Distribuição  –  Administrador  2010/Fundação  Universa)  O  mau 
funcionamento  de  uma  das  máquinas  de  uma  indústria fez  com  que  10%  das 
peças produzidas em um determinado lote apresentassem defeito. Escolhendo-
se  aleatoriamente  cinco  peças  desse  lote,  a  probabilidade  aproximada  de  que 
menos de três delas apresentem esse defeito, se cada peça retirada é reposta 
antes de se retirar a próxima, é de 
(A) 90%. (B) 91%. (C) 93%. (D) 96%. (E) 99%.
Resolução
Vamos considerar que escolher uma peça com defeito é um sucesso e escolher 
uma peça boa é um fracasso. 
 
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Escolhendo uma peça aleatoriamente, a probabilidade de ser defeituosa é 10% 
e a probabilidade de ser boa é 90%. 
Assim,
= 10%e = 90%.
“Escolhendo-se  aleatoriamente  cinco  peças  desse  lote,  a  probabilidade 
aproximada  de  que  menos  de  três  delas  apresentem  esse  defeito,  se 
cada peça retirada é reposta antes de se retirar a próxima
, é de...”
Como  o  experimento  é  feito  com  reposição,  os  eventos  são  independentes. 
Assim, podemos aplicar o teorema binomial. 
Queremos  obter  menos  de  3  sucessos.  Ou  seja,  podemos  ter  0,  1  ou  2 
sucessos em 5 ensaios. 
Queremos calcular:
( = 0) + ( = 1) + ( = 2)
Vamos calcular cada parcela separadamente e somar os resultados.
P(X=2)
( = 2) = 6527 ∙ %
10
100& ∙ %
90
100&
?
= 7,29%
P(X=1)
( = 1) = 6517 ∙ %
10
100&
∙ %
90
100&
H
= 32,805%
P(X=0)
( = 0) = 6507 ∙ %
10
100&
>
∙ %
90
100&
9
= 59,049%
Desta forma, a probabilidade de que menos de três delas apresentem esse 
defeito é: 
( = 2 ,- = 1 ,- = 0) = 7,29% + 32,805% + 59,049% = 99,144%
Letra E
Questão bem trabalhosa (principalmente as contas, que fiz na calculadora).
 
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07.  (AFC-CGU  2008/ESAF)  Seja X  uma  variável  aleatória  discreta  com  função 
de  probabilidade  binomial 
)
(x
f
, onde
I() = 3
4,J
J
(1 − )
4=J
e
3
4,J
é o número
de  combinações  de  n  elementos  tomados  x  a  x.  Sendo  n=6  e  p=1/3, 
determine f(6). 
a) 1/729
b) 1
c) 0
d) 64/729
e) 8/729
Resolução
Basta aplicar a fórmula que vimos.
( = ;) = 6;7 ∙
<
∙
4=<
( = 6) = 6667 ∙ %
1
3&
∙ %
2
3&
>
=
1
729
Letra A
08.  (AFC-CGU  2008/ESAF)  Seja  F(x)  a  função  de  distribuição  da  variável 
aleatória definida na questão anterior, determine 
)
0
(
F
.
a) 0
b) 1/729
c) 64/729
d) 243/729
e) 1.
Resolução
Como vimos na aula passada, a função de distribuição fornece a probabilidade 
de X ser menor ou igual a um dado valor. 
Se x = 0, a função dará a probabilidade de X ser menor ou igual a zero.
A variável binomial sempre assume valores maiores ou iguais a 0. Na verdade, 
0 ≤  ≤ . Ou seja, X nunca poderá ser negativo. 
 
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Assim, concluímos que
+(0) = ( ≤ 0) = ( = 0).
( = ;) = 6;7 ∙
<
∙
4=<
( = 0) = 6607 ∙ %
1
3&
>
∙ %
2
3&
=
64
729
Letra C
09. (ATA-MF 2009/ESAF) Ao se jogar um dado honesto três vezes, qual o valor 
mais próximo da probabilidade de o número 1 sair exatamente uma vez? 
a) 35%
b) 17%
c) 7%
d) 42%
e) 58% 
 
Resolução
Muito  parecido  com  o  exemplo  que  utilizei  na  exposição  teórica.  Vamos 
considerar  que  sair  o  número  1  é  sucesso  e  sair  qualquer  outro  número  é 
fracasso. Vamos lançar o dado três vezes (n=3) e queremos a probabilidade de 
obter um sucesso (k=1). 
Neste caso, p = 1/6 e q = 5/6.
( = ;) = 6;7 ∙
<
∙
4=<
( = 1) = 6317 ∙ %
1
6&
∙ %
5
6&
( = 1) = 3 ∙
1
6 ∙
25
36 =
75
216 ≅ 34,72%
Letra A
10. (AFRFB 2009 ESAF)
Em um experimento binomial com três provas, a
probabilidade  de  ocorrerem  dois  sucessos  é  doze  vezes  a  probabilidade  de 
ocorrerem três sucessos. Desse modo, as probabilidades de sucesso e fracasso 
são, em percentuais, respectivamente, iguais a: 
a) 80 % e 20 % 
b) 30 % e 70 % 
c) 60 % e 40 % 
 
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d) 20 % e 80 % 
e) 25 % e 75 % 
Resolução
Chamamos de k o número de sucessos. Assim, se o número de sucessos é 2, 
então k = 2. Se o número de sucessos é igual a 3, então k = 3.  
A  probabilidade  de  ocorrerem  dois  sucessos  é  indicada  por  P(X=2)  e  a 
probabilidade  de  ocorrerem  três  sucessos  é  indicada  por  P(X=3).  Como  são 
três tentativas (três provas), então n=3. 
O problema nos disse que a probabilidade de ocorrerem dois sucessos é igual a 
doze vezes a probabilidade de ocorrerem três sucessos. 
Algebricamente,
( = 2) = 12 ∙ ( = 3)
Aplicamos a fórmula do teorema binomial que diz que a probabilidade de em n 
provas obtermos k sucessos é dada por 
6;7 ∙
<
∙
4=<
= 6;7 ∙
<
∙ (1 − )
4=<
Assim,
6327 ∙
∙ (1 − )
= 12 ∙ 6337 ∙
?
∙ (1 − )
>
Observe que (1-p)
0
é igual a 1, e que
6337 = 1.
3
(1 − ) = 12³
3 ∙ ∙ ∙ (1 − ) = 12 ∙ ∙ ∙
Cortando...
3 ∙ (1 − ) = 12 ∙
3 − 3 = 12
15 = 3
=
1
5 = 20%
 
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Obviamente,  se  a  probabilidade  de  obter  um  sucesso  é  de  20%,  a 
probabilidade do fracasso é de 80%. 
Letra D
11.  (MPOG  2006  ESAF)  Um  experimento  binomial  é  um  experimento  que 
comporta  um  número  fixo  de  provas  independentes,  n.  Cada  prova  tem  os 
resultados  classificados  em  apenas  duas  categorias,  a  saber:  sucesso  ou 
fracasso. Muito embora essa classificação seja arbitrária, costuma-se denotar a 
probabilidade  de  sucesso  por  p,  e  a  probabilidade  de  fracasso  por  q.  Desse 
modo,  realizando-se  50  provas,  a  probabilidade  de  se  obter  30  sucessos  é 
dada por 
a)
30
30
20
50
C p q
b)
30
20
30
50
C p q
c)
30
0
20
50
C p q
d)
30
20
50
C p q
⋅
e)
30
20
0
50
C p q
Resolução
A probabilidade de ocorrerem exatamente k sucessos em uma sequência de n 
provas independentes, na qual a probabilidade de sucesso em cada prova é p e 
de a probabilidade de cada fracasso é q, é igual a 
30
30
20
50
k
k
n k
n
C p
q
C p q
−
⋅
=
.
Letra A
 
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12. (APOG- SAD/PE 2010/CESPE-UnB)
A figura acima apresenta a distribuição percentual da população de crianças e 
jovens entre cinco a dezenove anos de idade que nunca procurou um dentista, 
por  renda  domiciliar  per  capita  no  Brasil  em  1998.  “As  diferenças  entre  os 
diversos  grupos  de  renda  per  capita  é  acentuada.  Aproximadamente  25%  da 
população brasileira com idade entre cinco e dezenove anos nunca procuraram 
um dentista. Entretanto, este valor sofre oscilações segundo a renda variando 
de  50,7%  naqueles  domicílios  com  renda  de  até  R$  37,75  a  1,5%  naqueles 
domicílios com renda per capita entre R$ 1.813,00 e R$ 40.500,00”. 
A. Nunes et al. Medindo as desigualdades em saúde
no Brasil, OPAS/OMS, 2001 (com adaptações)
Considerando que uma amostra aleatória simples de cinco mil indivíduos fosse 
retirada  da  população  de  crianças  e  jovens  entre  cinco  e  dezenove  anos  de 
idade  no  Brasil  em  1998,  se  X  representa  o  número  de  indivíduos  nessa 
amostra que nunca procurou um dentista, então a variância de X é 
A) inferior a 400. 
B) superior a 400 e inferior a 600. 
C) superior a 600 e inferior a 800. 
 
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D) superior a 800 e inferior a 1.000. 
E) superior a 1.000. 
Resolução
25,2%  da  população  brasileira  com  idade  entre  cinco  e  dezenove  anos  nunca 
procuraram um dentista. 
Isto significa que, para cada pessoa entrevistada, é como se fosse um jogo em 
que  há  25,2%  de  chance  de  esse  eleitor  nunca  ter  procurado  um  dentista  e 
(100-25,2)%=74,8%  de  chance  de  esse  eleitor  alguma  vez  na  vida  ter 
procurado um dentista.  
Portanto,  é  como  se  cada  eleitor  entrevistado  fosse  uma  distribuição  de 
Bernoulli.  A  distribuição  de  Bernoulli  se  caracteriza  pela  existência  de 
apenas  dois  eventos,  mutuamente  exclusivos,  que  denominaremos  de 
sucesso
e
fracasso
. No nosso exemplo, podemos afirmar que o “sucesso” é o
entrevistado nunca ter procurado um dentista e “fracasso” já ter procurado um 
dentista.  Normalmente  a  probabilidade  do  sucesso  é  designada  por 
p
e a
probabilidade do fracasso por
q
. Nesse caso temos que p=25,2% e q=74,8%.
Observe que p+q=1 ou, de outra maneira, p+q=100%.
A  distribuição  binomial  nada  mais  é  do  que  a  generalização  da  distribuição 
de  Bernoulli.  Há  um  sucesso,  com  probabilidade  p,  e  um  fracasso,  com 
probabilidade  q,  tal  que  p+q=1,  mas  o  número  de  experimentos  pode  ser 
qualquer  um.  No  nosso  exemplo.  Realizaremos  o  mesmo  experimento 
(perguntar a um entrevistado se ele já visitou um dentista) 5000 vezes. Numa 
distribuição binomial, a variância é dada pela fórmula 
"² =
Nesta fórmula, n é o número de experimentos, p é a probabilidade do sucesso 
e q a probabilidade do fracasso. Temos então, 
"² = = 5.000 ∙
25,2
100 ∙
74,8
100 = 942,48
Resposta D) superior a 800 e inferior a 1.000.
Na  minha  concepção,  é  uma  questão  difícil,  pois  nem  todos  perceberiam  que 
se trata de uma distribuição binomial.  
 
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25
13. (ANA 2009/ESAF) Na população brasileira verificou-se que a probabilidade 
de  ocorrer  determinada  variação  genética  e  de  1%.  Ao  se  examinar  ao  acaso 
três  pessoas  desta  população,  qual  o  valor  mais  próximo  da  probabilidade  de 
exatamente uma pessoa examinada possuir esta variação genética? 
a) 0,98% 
b) 1% 
c) 2,94% 
d) 1,30% 
e) 3,96% 
Resolução
Temos  um  experimento  binomial  em  que  a  probabilidade  de  obtermos  um 
sucesso (ter a variação genética) é igual a 1%. A probabilidade do fracasso é 
igual  a  99%.  Queremos  calcular  a  probabilidade  de  ocorrer  1  sucesso  em  3 
ensaios. 
( = 1) = 6317 ∙ 0,01
∙ 0,99
≅ 2,94%
Letra C
Distribuição Geométrica
A  distribuição  geométrica  também  se  refere  a  sucessos  e  fracassos,  mas, 
diferentemente  da  binomial,  é  a  probabilidade  de  que  o  sucesso  ocorra 
exatamente no k-ésimo ensaio. Por exemplo, no jogo de cara ou coroa, qual a 
probabilidade  de  que  a  coroa  só  ocorra  na  quarta  jogada?  Ou  qual  é  a 
probabilidade de que o dado só dê o número 5 na terceira jogada? 
Assim, a forma geral da distribuição geométrica é dada por:
( = ;) =
<=
∙
Ou  seja,  já  que  queremos  um  sucesso  apenas  no  k-ésimo  ensaio,  queremos 
que aconteça 
++++ … * (uma sequência de k-1 fracassos seguido de apenas um
sucesso).
14.  (AFC-CGU  2008/ESAF)  A  probabilidade  de  sucesso  em  um  experimento 
aleatório é p. Seja X o número de experimentos independentes realizados até 
se obter o primeiro sucesso. Qual a probabilidade de X = k, onde k=1,2,3,.... 
a) (1-p)
k-1
.
b) p(1-p)
k-1
.
 
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c) k p
k-1
(1-p).
d) p
k-1
(1-p).
e) k(1-p)
k-1
p.
Resolução
Aplicação direta da teoria vista.
Em  cada  experimento,  a  probabilidade  de  sucesso  é  p  e  a  probabilidade  de 
fracasso é q. 
Nos  k-1  primeiros  experimentos,  temos  fracasso  e  temos  no  último 
experimento um sucesso.  
Para que X seja igual a k devemos ter k-1 fracassos e 1 sucesso, nesta ordem. 
Como os eventos são independentes, a probabilidade pedida é igual ao produto 
das probabilidades. 
( = ;) = ∙ ∙ ∙ … ∙
OPPPQPPPR
<=
∙
( = ;) =
<=
∙ = (1 − )
<=
∙
Letra B
15. (Petrobras 2011/CESGRANRIO) Uma pessoa lança repetidamente um dado 
equilibrado, parando quando obtém a face com o número 6. A probabilidade de 
que o dado seja lançado exatamente 3 vezes é 
a) 1/216      
b) 1/36      
c) 25/216      
d) 1/6       
e) 25/36 
Resolução
Este  problema  ilustra  perfeitamente  a  distribuição  geométrica.  Vamos 
considerar  que  o  sucesso  é  obter  o  número  6  (p=1/6).  Queremos  obter  um 
sucesso  exatamente  no  3º  lançamento.  A  probabilidade  do  fracasso  é  igual  a 
5/6. Queremos obter, nesta ordem, fracasso-fracasso-sucesso. 
( = 3) =
5
6 ∙
5
6 ∙
1
6 =
25
216
Letra C
 
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Distribuição Hipergeométrica
Já  comentei  algumas  vezes  que  para  podermos  usar  o  teorema  binomial,  os 
processos  devem  ser  feitos  com  reposição  (para  que  os  eventos  sejam 
independentes). 
A  distribuição  hipergeométrica  refere-se  à  probabilidade  de,  ao  retirarmos, 
sem  reposição,  n  elementos  de  um  conjunto  N,  saiam  k  elementos  com  o 
atributo  sucesso,  considerando-se  que,  do  total  de  N  elementos,  s  possuem 
esse atributo e, portanto, N-s possuem o atributo fracasso. 
Assim,  a  probabilidade  de  obtermos  um  sucesso  (no  primeiro  experimento)  é 
igual  a  p  =  s/N.  Queremos  calcular  a  probabilidade  de  que,  retirando-se  n 
elementos, k possuam o atributo sucesso e n-k possuam o atributo fracasso. 
Esta probabilidade é dada por:
( = ;) =
6S;76
T − S
− ;7
6T7
Exemplo:  Sabe-se  que  há  10%  de  peças  defeituosas  em  um  lote  de  50.  Ao 
retirar oito peças desse lote, sem reposição, qual a probabilidade de que duas 
delas sejam defeituosas? 
Resolução
Como  são  10%  de  peças  defeituosas  em  um  total  de  50,  então  há  5  peças 
defeituosas.  
Temos 50 objetos e escolheremos 8. Este é o nosso denominador.
( = ;) =
6S;76
T − S
− ;7
650
8 7
Pede-se  a  probabilidade  de  retirar  duas  (do  total  das  5)  peças  defeituosas  e 
seis (de um total de 45) peças em bom estado. 
( = 2) =
65276
45
6 7
650
8 7
≅ 15,17%
16.  (IPHAN  2009/FUNIVERSA)  Em  um  instituto  de  pesquisa  trabalham,  entre 
outros  funcionários,  3  físicos,  6  biólogos  e  2  matemáticos.  Deseja-se  formar 
 
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uma equipe com 4 desses 11 estudiosos, para realizar uma pesquisa. Se essa 
equipe  for  composta  escolhendo-se  os  pesquisadores  de  forma  aleatória,  a 
probabilidade  de  todos  os  físicos  serem  escolhidos  é  um  número  cujo  valor 
está compreendido entre 
(A) 0,00 e 0,01. 
(B) 0,01 e 0,02. 
(C) 0,02 e 0,03. 
(D) 0,03 e 0,04. 
(E) 0,04 e 0,05. 
Resolução
Neste caso, o processo é feito sem reposição, pois um mesmo profissional não 
poderá ser escolhido duas vezes. 
Dos 11 estudiosos, vamos escolher 4. Este é o nosso denominador.
( = ;) =
6S;76
T − S
− ;7
611
4 7
Queremos  que  os  3  físicos  sejam  escolhidos.  Assim,  vamos  escolher  3  físicos 
(dentre 3 disponíveis) e 1 profissional (dentre os 8 não-físicos). 
( = 3) =
63376
8
17
611
4 7
=
1 ∙ 8
11 ∙ 10 ∙ 9 ∙ 8
4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
=
8
330 = 0,0242424 …
Letra C
Vejam  outra  maneira  de  resolver  esta  questão  sem  o  uso  da  fórmula  da 
distribuição hipergeométrica: 
Quer-se calcular a probabilidade de todos os físicos serem escolhidos. Como há 
apenas  3  físicos,  obrigatoriamente  a  quarta  pessoa  será  escolhida  dentre  os 
biólogos/matemáticos (não-físicos). 
Existem quatro maneiras de dispor a ordem dos sorteados (F é um físico e X é 
um não-físico): 
+++ ,- +++ ,- +++ ,- +++
Assim, vou calcular uma dessas probabilidades e multiplicar o resultado por 4.
São 11 pessoas. Assim, a probabilidade de o primeiro ser um físico é 3/11.
 
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Como  o  processo  é  sem  reposição,  a  probabilidade  de  o  segundo  ser  físico  é 
2/10 (pois agora temos 2 físicos e um total de 10 pessoas). A probabilidade de 
o terceiro ser físico é 1/9. 
Agora  temos  que  escolher  o  último  como  não-físico.  Sobraram  um  total  de  8 
pessoas e todos eles são não-físicos. A probabilidade de um deles ser escolhido 
é 8/8. 
(+++ ,- +++ ,- +++ ,- +++) = 4 ∙
3
11 ∙
2
10 ∙
1
9 ∙
8
8 =
24
990 = 0,02424 …
Letra C
17. (APEX Brasil 2006/Fundação Universa) Em uma empresa, há 12 dirigentes 
de níveis hierárquicos distintos capacitados para a elaboração de determinado 
estudo: 5 diretores e 7 gerentes. Para isso, entre esses 12 dirigentes, 4 serão 
sorteados  aleatoriamente  para  integrarem  um  grupo  que  realizará  o  referido 
estudo.  A  probabilidade  de  os  4  dirigentes  sorteados  serem  do  mesmo  nível 
hierárquico está entre: 
(A) 0,01 e 0,05. 
(B) 0,06 e 0,10. 
(C) 0,11 e 0,15. 
(D) 0,16 e 0,20. 
(E) 0,21 e 0,25. 
Resolução
Novamente o nosso processo será realizado sem reposição. São 12 pessoas e 
vamos escolher 4, sem reposição. Este é o nosso denominador. 
( = ;) =
6S;76
T − S
− ;7
612
4 7
Só  que  agora  queremos  calcular  duas  probabilidades  e  somar,  pois  queremos 
que os 4 sejam diretores ou que os 4 sejam gerentes. 
Probabilidade de os 4 serem diretores: Dos 5 diretores, escolheremos 4 e dos 
7 gerentes escolheremos nenhum (zero). 
U
=
65476
7
07
612
4 7
=
5 ∙ 1
12 ∙ 11 ∙ 10 ∙ 9
4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
=
5
495 =
1
99
 
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Probabilidade de os 4 serem gerentes: Dos 7 gerentes, escolheremos 4 e dos 5 
diretores escolheremos nenhum (zero). 
V
=
67476
5
07
612
4 7
=
7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4
4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 ∙ 1
12 ∙ 11 ∙ 10 ∙ 9
4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
=
35
495 =
7
99
=
U
+
V
=
1
99 +
7
99 =
8
99 = 0,0808080808 …
Letra B
Podemos também resolver estas questões de distribuição hipergeométrica com 
os conhecimentos adquiridos na aula de probabilidade. 
Para  que  os  quatro  dirigentes  sejam  do  mesmo  nível  hierárquico,  podemos 
escolher 4 diretores ou 4 gerentes. 
Vamos  calcular  cada  uma  das  probabilidades  separadamente  e  depois  somar 
os resultados. 
Probabilidade de escolher 4 diretores
A probabilidade de o primeiro ser um diretor é igual a 5/12.
A probabilidade de o segundo ser um diretor é igual a 4/11.
A probabilidade de o terceiro ser um diretor é igual a 3/10.
A probabilidade de o quarto ser um diretor é igual a 2/9.
A probabilidade de os 4 serem diretores é igual a
U
=
5
12 ∙
4
11 ∙
3
10 ∙
2
9
Observe  que  4  x  3  =  12  (podemos  cancelar  o  4  e  o  3  com  o  12).  Observe 
ainda que 5 x 2 =10. Cancelamos 5 e 2 com 10. 
U
=
1
99
Probabilidade de escolher 4 gerentes
A probabilidade de o primeiro ser um gerente é igual a 7/12.
A probabilidade de o segundo ser um gerente é igual a 6/11.
A probabilidade de o terceiro ser um gerente é igual a 5/10.
 
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A probabilidade de o quarto ser um gerente é igual a 4/9.
A probabilidade de os 4 serem gerentes é igual a
V
=
7
12 ∙
6
11 ∙
5
10 ∙
4
9
Observe que 6 x 5 x 4 = 120 e que 12 x 10 = 120. Assim, podemos cancelar 
6, 5 e 4 com 12 e 10. 
V
=
7
99
A probabilidade pedida é igual a
=
U
+
V
=
1
99 +
7
99 =
8
99 = 0,0808080808 …
Letra B
Distribuição de Poisson
Vamos  utilizar  como  exemplo  um  objeto  muito  utilizado  no  cotidiano:  o 
telefone. Talvez até sejamos capazes de dizer quantas vezes, em média, nosso 
telefone toca por dia. Mas quantas vezes o telefone não toca? Essa pergunta é 
muito  difícil  de  responder.  Quando  uma  variável  aleatória  tem  um 
comportamento parecido com esse, dizemos que ela segue uma distribuição de 
Poisson. 
Se  considerarmos  que  sucesso  é  tocar  o  telefone,  é  muito  difícil  calcular  p,  a 
probabilidade de isso ocorrer, já que não temos como calcular a não-ocorrência 
do evento. 
A solução é imaginar que p é muito pequeno
( → 0), já que o toque do
telefone  dura  apenas  alguns  segundos  em  um  dia  de  24  horas  (86.400 
segundos).  Dessa  forma,  o  número  de  vezes  que  o  experimento  é  realizado 
(telefone  toca  ou  não  toca),  que  é  o  n  da  distribuição  binomial,  é  realizado 
muitas  vezes.  É  assim  que  modelamos  a  distribuição de  Poisson:  partimos  de 
uma distribuição binomial, considerando que p é muito pequeno (tende a zero) 
e que n é muito grande (tende a infinito). 
→ 0
→ ∞
 
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Mesmo  p  tendendo  a  zero  e  n  tendendo  a  infinito,  o  produto  np  tende  a  um 
número diferente de zero. 
Y =
Esse produto np é a média da distribuição binomial.
Esse número
Y é exatamente o número médio de vezes que o evento ocorre.
No exemplo do telefone, é o número de vezes que o telefone toca por dia.
Ainda é possível calcular a variância partindo da distribuição binomial.
"² = = (1 − )
Como p tende a 0, 1-p tende a 1.
"² = ∙ 1
"² = = Y
A  distribuição  de  Poisson  se  caracteriza,  dessa  forma,  por  ter  média  igual  à 
variância.  Para  calcularmos  a  probabilidade  de  uma  variável  como  essa, 
partimos  da  distribuição  binomial  e  fazemos 
→ 0 e → ∞ (não farei aqui a
demonstração  desse  fato,  pois  deve  ser  utilizado  conhecimentos  de 
matemática universitária). 
( = ;) =
Z
=[
∙ Y
<
;!
Onde o número e é uma constante e vale aproximadamente 2,718...
Os  autores  Bussab  e  Morettin  dizem  que  a  aproximação  da  binomial  por 
Poisson é boa se 
≤ 7 (Estatística Básica, Atual Editora).
18.  (TRANSPETRO  2011/CESGRANRIO)  Uma  distribuição  discreta  de 
probabilidade  que  fornece  a  frequência  de  ocorrência  de  certos  tipos  de 
eventos  aleatórios,  podendo  ser  usada  como  aproximação  da  distribuição 
binomial, corresponde à distribuição 
(A) geométrica 
(B) hipergeométrica 
(C) normal 
(D) uniforme 
(E) de Poisson 
Resolução
Aplicação direta da teoria vista.
Letra E
 
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19. (AFC-CGU 2008/ESAF) Tem-se que
I() = 3
4,J
J
(1 − )
4=J
, onde
3
4,J
é o
número  de  combinações  de  n  elementos  tomados  x  a  x,  é  a  função  de 
probabilidade de uma variável aleatória binomial. Fazendo-se na sua expressão 
 → 0,  → ∞, mas com  = Y, I() tem como limite a função de probabilidade 
de uma variável aleatória de Poisson, que é: 
a)
Y
\
e
=[
b)
Y
\
e
=[
/x!
c)
YZ
=[J
d)
YZ
=J/[
e)
Y − 1Z − /Γ(Y)
Resolução
Aplicação direta da exposição teórica.
Letra B
20.  (MPOG  2006  ESAF)  Uma  variável  aleatória  X  tem  distribuição  de  Poisson, 
com parâmetro “m”, e k = 0, 1, 2, 3... se e somente se 
a)
(
)
m
m e
P X
k
k
−
⋅
=
=
b) (
)
k
m
m
e
P X
k
k
−
⋅
=
=
c) (
)
k
m
m
e
P X
k
k
⋅
=
=
d) (
)
k
m
e
P X
k
k
⋅
=
=
e) (
)
!
k
m
m
e
P X
k
k
−
⋅
=
=
Solução
A  fórmula  para  se  determinar  a  probabilidade  de  um  dado  número  X  de 
sucessos em uma distribuição de Poisson é  
( = ;) =
Z
=[
∙ Y
<
;!
O parâmetro
λλλ foi chamado de m e o número de sucessos X foi
chamado de k.
 
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Assim,
(
)
!
k
m
m
e
P X
k
k
−
⋅
=
=
.
Letra E
21.  (SEE-RJ  2010/CEPERJ)  Na  revisão  tipográfica  de  um  livro  com  600 
páginas,  encontrou-se,  em  média,  1,2  erros  por  página.  Considerando      
Z
=,
= 0,30 e estimando o número de páginas que não precisam sofrer
alterações por não apresentarem defeitos, tem-se:
a) 500 páginas 
b) 420 páginas 
c) 200 páginas 
d) 180 páginas 
e) 36 páginas 
Resolução
Como a média é de 1,2 erros por páginas, temos uma distribuição de Poisson 
com 
Y = 1,2. Já que queremos saber o valor esperado de páginas sem defeitos,
devemos considerar
= 0.
( = ;) =
Z
=[
∙ Y
<
;!
( = 0) =
Z
=,
∙ 1,2
>
0!
=
1 ∙ 0,30
1
= 0,30
Portanto, a probabilidade de certa página não conter erros é de 0,30 = 30%.
Como o livro tem 600 páginas, o esperado é que:
30% `Z 600 = 0,30 ∙ 600 = 180 páginas não tenham defeitos.
Letra D
22. (MEC 2009 CESGRANRIO) O número de clientes que chega a cada hora a 
uma  empresa  tem  Distribuição  de  Poisson,  com  parâmetro  2,  ou  seja,  a 
probabilidade de que cheguem k clientes é dada por
2
2
!
k
e
k
−
para k = 0, 1, 2, ....
Qual  é  a  probabilidade  de  que,  em  uma  determinada  hora,  cheguem  dois  ou 
mais clientes?  
(Dado: e
-2
= 0,14)
 
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(A) 0,28 
(B) 0,35 
(C) 0,42 
(D) 0,58 
(E) 0,72 
Solução
A probabilidade pedida é dada por (
2)
(
3) ...
P K
P K
=
+
=
+
Teríamos  que  calcular  infinitas  parcelas.  A  melhor  maneira  de  resolver  esta 
questão  é  calcular  a  probabilidade  complementar,  ou  seja,  a  probabilidade  de 
que  cheguem  menos  de  dois  clientes.  Lembramos  que  a  probabilidade  total  é 
igual a 1.  
Como assim probabilidade complementar?
É muito comum o evento ser complicado de calcular. Em muitos desses casos, 
poderemos utilizar o seguinte artifício: ao invés de calcular a probabilidade que 
o  enunciado  pediu,  você  calculará  a  probabilidade  que  o  enunciado  não 
pediu. 
Calcular a probabilidade de que cheguem menos de dois clientes é dada por
(
0)
(
1)
P K
P K
=
+
=
.
0
1
2
2
(
0)
(
1)
0,14
0,14
0,14 0, 28
0, 42
0!
1!
P K
P K
=
+
= =
⋅
+
⋅
=
+
=
(
2)
(
3) ... 1 0, 42
0, 58
P K
P K
=
+
=
+ = −
=
Letra D
23. (AFRFB 2009 ESAF)
O número de petroleiros que chegam a uma refinaria
ocorre segundo uma distribuição de Poisson, com média de dois petroleiros por 
dia.  Desse  modo,  a  probabilidade  de  a  refinaria  receber  no  máximo  três 
petroleiros em dois dias é igual a: 
a)
4
32
73
e
−
b)
4
3
71
e
c)
4
71
3
e
−
 
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d)
2
71
3
e
−
e)
2
32
3
e
−
Resolução
A média é de dois petroleiros por dia. Devemos calcular a média para 2 dias. 
Obviamente a média será de 4 petroleiros a cada 2 dias. Logo 
λ
=4.
Lembre-se da fórmula:
( = ;) =
Z
=[
∙ Y
<
;!
( ≤ 3) = ( = 0) + ( = 1) + ( = 2) + ( = 3)
( ≤ 3) = Z
=H
+ 4 ∙ Z
=H
+ 8 ∙ Z
=H
+
32 ∙ Z
=H
3
( ≤ 3) =
3Z
=H
+ 12Z
=H
+ 24Z
=H
+ 32Z
=H
3
=
71Z
=H
3
Letra C
24.  (ICMS-RJ  2009/FGV)  O  número  de  clientes  que  buscam,  em  cada  dia,  os 
serviços  de  um  renomado  cirurgião  tem  uma  distribuição  de  Poisson  com 
média  de  2  pacientes  por  dia.  Para  cada  cirurgia  efetuada,  o  cirurgião  recebe 
R$ 10.000,00. No entanto, ele consegue fazer o máximo de duas cirurgias em 
um  dia;  clientes  excedentes  são  perdidos  para  outros  cirurgiões.  Assinale  a 
alternativa  que  indique  o  valor  esperado  da  receita  diária  do  cirurgião. 
(considere e
–2
= 0,14)
(A) R$ 5.600,00. 
(B) R$ 8.400,00. 
(C) R$ 10.000,00. 
(D) R$ 14.400,00. 
(E) R$ 20.000,00. 
Resolução
Questão muito bem feita.
Vamos  considerar  que  X  é  a  variável  que  informa  o  número  de  clientes  que 
buscam, em cada dia, os serviços do renomado cirurgião. O problema informou 
que  essa  distribuição  é  de  Poisson  com  média  de  dois  pacientes  por  dia,  ou 
seja, 
Y = 2.
 
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( = ;) =
Z
=[
∙ Y
<
;!
( = ;) =
Z
=
∙ 2
<
;!
Vamos  agora  calcular  a  probabilidade  de  X=0  ou  X=1  (nenhum  cliente 
procurar o cirurgião ou um cliente procurar o cirurgião). 
( = 0) =
Z
=
∙ 2
>
0!
=
Z
=
∙ 1
1 = Z
=
= 0,14
( = 0) =
Z
=
∙ 2
1!
=
Z
=
∙ 2
1 = 2Z
=
= 0,28
O  problema  nos  informou  que  se  chegarem  2  ou  mais  clientes,  o  cirurgião 
atenderá apenas 2 clientes. Por exemplo, se chegarem 50 clientes na clínica, o 
cirurgião  atenderá  apenas  2.  Portanto,  se  chegarem  2  ou  mais  clientes,  o 
cirurgião trabalhará como se tivessem chegado apenas 2 clientes. 
Se  chegarem  2,  3,  4  ou  50  clientes,  a  receita  do  cirurgião  será  de  R$ 
20.000,00. 
Resumindo:
Se chegar nenhum cliente, a receita do cirurgião será 0 (probabilidade igual a 
0,14= 14%). 
Se chegar um cliente, a receita do cirurgião será R$ 10.000,00 (probabilidade 
igual a 0,28 = 28%). 
Em  qualquer  outro  caso,  a  receita  do  cirurgião  será  R$  20.000,00 
(probabilidade igual a 
1 − 0,14 − 0,28 = 0,58 = 58%).
Clientes
(X)
Receita do médico
(R)
Probabilidade
0
0
0,14
1
10.000,00
0,28
2 ou mais
20.000,00
0,58
Para calcular o valor esperado da receita diária do médico, devemos multiplicar 
cada receita pela sua respectiva probabilidade e somar tudo. 
(D) = 0 × 0,14 + 10.000 × 0,28 + 20.000 × 0,58
(D) = 14.400,00
 
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Letra D
Distribuições contínuas
A partir de agora vamos começar a estudar as distribuições contínuas. Vamos 
começar  com  duas  menos  importantes  (distribuição  uniforme  e  distribuição 
exponencial)  e  depois  vamos  estudar  e  resolver  muitos  exercícios  da 
distribuição  contínua  mais  importante  e  que  mais  aparece  em  provas  de 
concursos  (para  todas  as  áreas,  principalmente  os  concursos  fiscais)  que  é  a 
distribuição normal. 
Distribuição Uniforme Contínua
No  início  da  aula,  estudamos  a  distribuição  uniforme  discreta.  Vimos  que 
naquela distribuição todos os valores têm a mesma probabilidade de ocorrer. 
Este  é  o  modelo  mais  simples  de  variável  aleatória  contínua.  Sua  função 
densidade  de  probabilidade  é  representada  através  de  um  segmento  de  reta 
horizontal.  É  igual  a  zero  em  toda  a  reta  real,  com  exceção  de  um  dado 
intervalo, onde assume um valor constante. Se o intervalo em que a função é 
constante  for  limitado  pelos  números  “a”  e  “b”,  seu  gráfico  terá  a  seguinte 
representação. 
Utilizando  o  cálculo  integral  (assunto  de  cursos  na  área  de  exatas  como 
engenharia,  matemática,  etc),  pode-se  demonstrar  que  o  valor  esperado  e  a 
variância são dados por: 
() =
a + b
2
"² =
(b − a)²
12
 
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39
Para calcular probabilidades, devemos calcular as áreas abaixo do gráfico como 
vimos na aula passada. 
25.  (AFC-CGU  2008  ESAF)  Sendo  X  uma  variável  aleatória  uniformemente 
distribuída no intervalo [0,1], determine sua variância. 
a) 1/2.
b) 1/3.
c) 1/4.
d) 1/6.
e) 1/12.
Graficamente,  teremos  um  segmento  de  reta  horizontal.  Sabemos  que  a 
probabilidade  é  dada  em  termos  de  área.  Sabemos  ainda  que  a  probabilidade 
total é igual a 1 ou 100%. Portanto, para que a área do retângulo seja igual a 
1, a altura deve ser igual a 1, pois a base também é igual a 1. 
A média é dada por:
() =
0 + 1
2 =
1
2
A variância é dada por:
"² =
(b − a)²
12
=
(1 − 0)²
12
=
1
12
Letra E
Para  os  engenheiros  e  ex-estudantes  de  cursos  afins,  segue  a  resolução  utilizando 
cálculo integral. 
2
2
( )
(
) { ( )}
VAR X
E X
E X
=
−
(
)
2
1
1
2
0
0
( )
( )
( )
VAR X
x
f x dx
x f x dx
=
⋅
−
⋅
∫
∫
 
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40
(
)
( )
2
1
1
2
0
0
2
1
1
2
0
0
2
1
1
3
2
0
0
2
( )
1
1
( )
( )
3
2
1
1
1
1
4 3
( )
0
0
3
2
3
4
12
1
( )
12
VAR X
x
dx
x dx
VAR X
x dx
xdx
x
x
VAR X
VAR X
VAR X
=
⋅
−
⋅
=
−
=
−
−
 
=
−
−
−
= − =
 
 
=
∫
∫
∫
∫
Distribuição Exponencial
A  distribuição  exponencial  é  uma  importante  distribuição  de  probabilidade,  mas  muito 
pouco cobrada em concursos públicos. Nem todos os livros de Estatística abordam este 
assunto. Para  você  ter  uma  ideia, estou agora  em minhas  mãos com  três  importantes e 
bons livros de Estatística: 
Wilton O. Bussab e Pedro A. Morettin – Estatística Básica
Luiz Gonzaga Morettin – Estatística Básica – Probabilidade e Inferência
Paul L. Meyer – Probabilidade – Aplicações à Estatística
Cada um dos livros contribui com apenas 1 página sobre Distribuição Exponencial. Esta 
página contém teoria e exercício resolvido. 
Resumindo: estou com 3 livros muito famosos de Estatística e reunindo tenho apenas 3 
páginas (1 em cada livro). Imagine o que você vai encontrar sobre este assunto nos livros 
direcionados para concursos: absolutamente nada!! 
Uma  variável  aleatória  contínua  X,  que  tome  todos  os  valores  não-negativos,  terá  uma 
distribuição  exponencial  com  parâmetro 
Y > 0, se a sua função densidade de
probabilidade for dada por:
I() = Y ∙ Z
=[J
, SZ ≥ 0
I() = 0, SZ < 0
A esperança ou valor médio desta variável aleatória é dada por:
() =
1
Y
 
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A variância desta variável aleatória é dada por:
BCD() =
1
Y
26.  (SEE-RJ  2010/CEPERJ)  Se  X  é  uma  variável  aleatória  exponencial  de 
parâmetro 
Y = 10, então a expectância de X é igual a:
a) 0,10 
b) 0,20 
c) 0,30 
d) 0,40 
e) 0,50 
Resolução
Expectância é o mesmo que esperança (valor médio).
A esperança ou valor médio desta variável aleatória é dada por:
() =
1
Y
() =
1
10 = 0,10
Letra A
Problemas  sobre  a  distribuição  exponencial  que  envolva  cálculos  de 
probabilidades,  só  podem  ser  resolvidos  utilizando  cálculo  integral.  Assim, 
segue  um  problema  aos  que  são  engenheiros  e  ex-estudantes  de  área  afins 
(este  exercício  foi  retirado  de  uma  prova  para  o  cargo  específico  de 
Estatístico). 
27.  (IBGE  2010/CESGRANRIO)O  intervalo  de  tempo  entre  a  chegada  de  dois 
navios a um porto, em horas, segue distribuição exponencial com média 1. Se 
acaba de chegar um navio, qual a probabilidade aproximada de que leve mais 
de uma hora até a chegada do próximo? 
(A) 0,37 
(B) 0,5 
(C) 0,63 
(D) 0,75 
(E) 0,9 
Resolução
A média é igual a 1, ou seja,
Y = 1.
 
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42
A nossa f.d.p. (função densidade de probabilidade) é dada por:
I() = Y ∙ Z
=[J
I() = 1 ∙ Z
=J
I() = Z
=J
Queremos calcular a probabilidade de x>1.
( > 1) = f I()`
g
= f Z
=J
`
g
= #−Z
=J
$
g
= Z
=
≅ 0,3678
Letra A
Distribuição Normal
Um  dos  mais  importantes  exemplos  de  uma  distribuição  contínua  de 
probabilidade  é  a  distribuição  ou  curva  normal,  ou  a  distribuição  de  Gauss, 
definida pela equação 
2
1
2
1
( )
2
X
f x
e
µ
σ
σ
π
−
− 
=
⋅
onde,
3,1415926535...
2, 718281828...
e
média
desvio padrão
π
µ
σ
=
=
=
=
Calma...  Você  não  precisará  memorizar  essa  fórmula.    Coloquei  a  título  de 
curiosidade  e  para  mostrar  um  fato:  a  distribuição  normal  só  depende  da 
média e do desvio padrão (ou da variância se preferir). Como o desvio padrão 
será  elevado  ao  quadrado  na  fórmula,  diremos  que  a  distribuição  normal 
depende da média e da variância. 
Na  aula  passada,  resolvemos  vários  problemas  calculando  áreas  sobre  os 
gráficos. Os problemas envolvendo a distribuição normal serão bem parecidos. 
Só que aqui utilizaremos tabelas fornecidas pelas provas. Este assunto é muito 
cobrado nas provas e, com o devido treino, se tornará muito fácil. 
 
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Como  acabamos  de  falar,  a  distribuição  normal  é  bem  definida  quando  são 
fornecidos a média e a variância. 
Logo,
( )
f x
depende de
µ e de
2
σ , que são os parâmetros da Distribuição Normal.
Indicaremos
2
( ,
)
N
µ σ
. Ou seja, X tem uma distribuição normal, com média (
µ
) e
variância (
2
σ
).
Exemplo: N(4,9) significa uma distribuição normal com média 4 e variância 9.
A  distribuição  N(0,1)  de  média  0  e  variância  1  é  muito  importante  e  recebe  um  nome 
especial: distribuição normal padrão ou distribuição normal reduzida. 
Vamos  apenas  afirmar  que  distribuição  normal  serve  como  uma  excelente 
aproximação  para  grande  classe  de  distribuições,  que  têm  enorme  importância 
prática. 
Além  disso,  esta  distribuição  apresenta  algumas  propriedades  matemáticas  muito 
desejáveis, que permitem concluir importantes resultados teóricos. 
Genericamente, o gráfico da distribuição normal tem o seguinte aspecto:
O  gráfico  se  apresenta  em  forma  de  um  sino,  perfeitamente  simétrica  em  relação  à 
ordenada  principal  (
Mo
Md
µ
=
=
). Esse fato é importantíssimo. O GRÁFICO
REPRESENTATIVO  DA  DISTRIBUIÇÃO  NORMAL  É  SIMÉTRICO  EM  RELAÇÃO  À 
MÉDIA!!! E que em toda distribuição normal, a média, a moda e a mediana são iguais. 
Isto significa que TUDO QUE ACONTECER DO LADO ESQUERDO, também acontecerá 
do LADO DIREITO!! Isso é muito importante. 
É  óbvio  que  a  função matemática  vista  anteriormente  mostra  uma  função  teórica,  e  que 
na prática os fenômenos estudados dificilmente seguiriam exatamente esta função. Mas o 
que buscamos, ou ainda, o objetivo deste tópico é tentar estudar este fenômeno de uma 
maneira mais próxima possível da realidade. 
Vimos  anteriormente  que  a  distribuição  normal  depende  exclusivamente  da  média  e  do 
desvio padrão. São eles que vão influenciar “o formato do gráfico”. 
 
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Vamos  dar  uma  olhada  no  gráfico  da  distribuição  normal  padrão  (ou  reduzida). 
Lembrando que esta distribuição tem média 0 e variância igual a 1. 
A média é uma medida de posição. É ela que vai determinar se o gráfico está “mais para 
a esquerda ou mais para a direita”. Ou seja, suponha que o desvio padrão é constante: se 
aumentarmos  a  média,  o  gráfico  se  desloca  para  a  direita;  se  diminuirmos  a  média,  o 
gráfico se desloca para a esquerda. 
O gráfico que vimos acima, tem média 0 e variância igual a 1.
Vamos agora construir um gráfico com média 2 e variância 1. Perceba que o formato do 
gráfico continua exatamente o mesmo. A única coisa que vai mudar é que o gráfico não 
vai ficar centrado no 0, vai ficar centrado no 2, que é a média. 
O desvio padrão é uma medida de dispersão, de afastamento. O desvio padrão (
σ
)
determina a abertura, visto que todas as curvas normais têm uma área total igual a 1 ou 
100%. Se diminuirmos o desvio padrão, a distribuição terá um menor grau de afastamento 
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
-3,00
-2,50
-2,00
-1,50
-1,00
-0,50
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
 
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e  o  gráfico  se  concentrará  em  torno  da  média  (B).  Se  aumentarmos  o  desvio  padrão,  a 
distribuição será mais dispersa, e o gráfico se afastará da média (A). 
Vamos  comparar  os  gráficos  de  duas  distribuições  normais  com  a  mesma 
média  (média  =  0)  e  com  variâncias  diferentes.  O  primeiro  gráfico  terá 
variância igual a 1 e o segundo gráfico terá variância igual a 4. 
 
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Observe que o primeiro gráfico é bem mais concentrado em torno da média. É 
por isso que ele tem menor variância. 
Vamos  agora  aprender  e  algumas  propriedades  muito  importantes  da 
distribuição normal (independente da sua média/variância). 
Propriedades da Curva Normal
i)
A função é simétrica em torno de
µ e área abaixo do gráfico é igual a 1. A área
à esquerda da média é igual a 0,5 e a área à sua direita também é igual a 0,5 
(por isso a média é igual à mediana). 50% dos valores estão abaixo da média e 
50% dos valores estão acima da média. 
ii) A função tem um ponto de máximo para
x
µ
=
, por isso a média é igual à moda.
iii) A função é duplamente assintótica. Ou seja, a medida que seguimos ao longo do
eixo x, o gráfico se aproxima cada vez mais do eixo x, porém nunca tocando-o.
iv) 68,27% dos elementos estão entre os valores
µ σ
± , 95,45% dos elementos
estão entre os valores
2
µ
σ
±
e 99,73% dos elementos estão entre os valores
3
µ
σ
±
(esses valores são tabelados).
Professor, não entendi essa última propriedade!!
Vejamos  com  exemplos  numéricos.  Vamos  considerar  uma  distribuição  normal  com 
média 3 e desvio padrão igual a 2, ou seja, 
= 3 e " = 2.
 
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Assim,
+ " = 3 + 2 = 5 e − " = 3 − 2 = 1. Ora, nós dissemos que 68,27% dos valores
estão entre
± ". No nosso exemplo a área entre os números 1 e 5 é igual a 68,27%.
Se  fosse  a  distribuição  normal  padrão  (aquela  com  média  0  e  desvio  padrão 
igual a 1), diríamos que a área compreendida entre os números -1 e 1 é igual 
a 68,27%. 
Também afirmamos que a área compreendida entre
± 2" é igual a 95,45%.
Voltemos ao nosso exemplo da distribuição normal de média 3 e desvio padrão 
2. 
Neste caso,
+ 2" = 3 + 2 × 2 = 7 e − 2" = 3 − 2 × 2 = −1. Isto significa que a
área compreendida entre os números
−1 Z 7 é igual a 95,45%.
Finalmente, afirmamos que a área compreendida entre
± 3" é igual a
99,73%.
Voltemos ao nosso exemplo da distribuição normal de média 3 e desvio padrão 
2. 
 
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Neste caso,
+ 3" = 3 + 3 × 2 = 9 e − 3" = 3 − 3 × 2 = −3. Isto significa que a
área compreendida entre os números
−3 Z 9 é igual a 99,73%.
Na  distribuição  normal  padrão  (ou  reduzida)  dizemos  que  a  área  entre  os 
números 
−1 Z 1 é igual a 68,27%; que a área entre os números −2 Z 2 é igual a
95,45% e que a área entre os números
−3 Z 3 é igual a 99,73%.
28.  (PETROBRAS  2010/CESGRANRIO)  Qual  dos  tipos  de  distribuição  a  seguir 
corresponde  a  uma  distribuição  de  variável  aleatória  contínua,  aplicada 
frequentemente  em  situações  em  que  valores  extremos  são  menos  prováveis 
do que valores moderados? 
(A) Binomial.  
(B) Normal. 
(C) de Poisson.  
(D) Geométrica. 
(E) Hipergeométrica. 
Resolução
As  distribuições  binomial,  Poisson,  Geométrica  e  Hipergeométrica  são  todas 
discretas.  A  única  distribuição  contínua,  dentre  as  alternativas,  é  a  normal.  
Pelo formato do seu gráfico, vemos que valores extremos são menos prováveis 
do que valores moderados. 
Letra B
 
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Distribuição Normal Padrão
Já falei que representamos as distribuições normais com o símbolo
T(; "
) e
que a distribuição normal com média 0 e variância 1,
T(0,1) é chamada de
distribuição normal padrão ou distribuição normal reduzida.
A grande maioria dos problemas sobre distribuição normal envolve cálculos de 
áreas  sobre  o  gráfico.  Só  que  a  fdp  da  distribuição  normal  é  bastante 
complicada de trabalhar. Então os estatísticos resolveram criar uma tabela que 
fornecesse as áreas abaixo dos gráficos da distribuição normal. 
Nós até já vimos algumas áreas.
Na  distribuição  normal  padrão  (ou  reduzida)  dizemos  que  a  área  entre  os 
números 
−1 Z 1 é igual a 68,27%; que a área entre os números −2 Z 2 é igual a
95,45% e que a área entre os números
−3 Z 3 é igual a 99,73%.
Bom,  na  sua  prova  virá  uma  tabela  parecida  com  a  seguinte  (ou  alguma 
variação/parte dela). 
 
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51
Vamos  aprender  a  trabalhar  com  essa  tabela  antes  de  começar  a  resolver  as 
questões de concursos. 
Exemplo:  Calcule  a  probabilidade  de  uma  variável  aleatória  normal  padrão 
assumir valores entre 1 e 1,5. 
Resolução
Ora, sabemos que a variável aleatória normal padrão possui média 0 e desvio 
padrão 1 (desvio padrão unitário). Eis a área que queremos calcular. 
O que esta tabela fornece é a probabilidade de X estar entre zero e Z
0
. É
importante  olhar  o  que  a  tabela  fornece.  É  possível  construí-la  de  diversas 
formas, trazendo informações diferentes. Veremos alguns  outros exemplos de 
tabelas na resolução das questões. 
A tabela nos fornece a área compreendida entre os números 0 e Z. Assim, se 
procurarmos o número 1,00 na tabela, ela fornecerá a área entre os números 
0 e 1. 
 
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À esquerda temos a parte inteira e a primeira casa decimal de Z. Acima temos 
a segunda casa decimal de Z. Concluímos que a área entre 0 e 1,00 é igual a 
0,3413 (área vermelha abaixo). 
Vamos agora olhar o outro valor na tabela: 1,50.
Assim,  concluímos  que  a  área  compreendida  entre  0  e  1,5  é  igual  a  0,4332 
(área verde abaixo). 
 
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Então,  para  obter  a  área  entre  1  e  1,5,  basta  subtrair  a  área  verde  da 
vermelha. Ficamos com: 0,4332 - 0,3413 = 0,0919=9,19%. 
A variável assume valores entre 1 e 1,5 com probabilidade igual a 9,19%.
Exemplo:  Calcule  a  probabilidade  de  uma  variável  aleatória  normal  padrão 
assumir valores menores que 
−2.
Resolução
Ora,  sabemos  que  a  distribuição  normal  é  simétrica  em  relação  à  média. 
Assim, calcular a probabilidade de a variável assumir valores menores que 
−2
é o mesmo que calcular a probabilidade de a variável assumir valores maiores 
que 2. Veja o gráfico a seguir. 
Bom, sabemos que a área à direita do zero é igual a 0,5. A tabela que estamos 
trabalhando nos fornece a área entre o 0 e 2. 
 
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Olhe  a  tabela  e  verifique  que  a  área  entre  o  0  e  2  é  igual  a  0,4772  (região 
azul). 
Assim, a área pedida é igual a 0,5 – 0,4772 = 0,0228 = 2,28%, ou seja a área 
vermelha é toda a área à direita do zero (0,5) menos a área da região azul. 
Vocês  perceberam  que  até  agora  só  trabalhamos  com  a  distribuição  normal 
padrão (ou reduzida). Isso porque a tabela que é fornecida em todas as provas 
de estatística sempre se refere a essa distribuição. 
Pois bem, vamos agora aprender como utilizar a tabela da distribuição normal 
reduzida  mesmo  quando  a  distribuição  normal  do  problema  possui  média 
diferente de 0 e variância diferente de 1. 
Exemplo:  Considere  uma  variável  aleatória  normal  com  média  3  e  desvio 
padrão 2. Calcule a probabilidade de essa variável assumir valores entre 4 e 7. 
Resolução
Graficamente, o que queremos é o seguinte:
 
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O  problema  é  que  não  temos  uma  tabela  que  forneça  áreas  em  uma 
distribuição normal de média 3 e desvio padrão 2. 
Nós  vamos  agora  aprender  a  “transportar”  uma  distribuição  qualquer  para  a 
distribuição normal reduzida. 
Queremos saber a área entre os números 4 e 7. Devemos nos perguntar:
-  O  número  4  desta  distribuição  corresponde  a  que  número  na  distribuição 
normal padrão? 
-  O  número  7  desta  distribuição  corresponde  a  que  número  na  distribuição 
normal padrão? 
Bom, existe uma fórmula para fazer esta correspondência. Ei-la:
j =
−
"
Onde X é o número que queremos “transportar”,
é a média e " é o desvio
padrão.
Vamos substituir os nossos valores:
j =
− 3
2
Vamos  agora  substituir  os  valores  4  e  7  para  descobrir  os  seus 
correspondentes. 
j =
4 − 3
2 = 0,5
 
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Isto  significa  que  o  número  4  corresponde  ao  0,5  da  distribuição  normal 
padrão. 
j =
7 − 3
2 = 2,0
Isto  significa  que  o  número  7  corresponde  ao  número  2,0  da  distribuição 
normal padrão. 
Conclusão: Calcular a área entre os números 4 e 7 (na distribuição normal de 
média 3 e desvio padrão 2) é o mesmo que calcular a área entre os números 
0,5 e 2,0 na distribuição normal padrão. Ou seja, as áreas abaixo são iguais!!! 
Sensacional, não?
 
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Agora é só ir lá na tabela da distribuição normal reduzida e calcular a área.
Ora, a tabela diz que a área entre o 0 e 0,5 é igual a 0,1915.
A área entre 0 e 2 é igual a 0,4772.
Como  queremos  a  área  entre  0,5  e  2,0,  basta  subtrair  0,4772  –  0,1915  = 
0,2857 = 28,57%. 
Resposta:  A  probabilidade  de  uma  variável  aleatória  com  média  3  e  desvio 
padrão 2 assumir valores entre 4 e 7 é igual a 28,57%. 
29.  (SAD-PE  2010/CESPE-UnB)  Considere  que  o  tempo  de  espera  por 
atendimento X em certo local siga uma distribuição normal com média igual a 
15 minutos. Com base nessas informações, assinale a opção correta acerca de 
probabilidades. 
A) P( X = 15 minutos) > 0,45. 
B) P(X < 10 minutos) = P(X > 20 minutos). 
C) P(X > 15 minutos) < 0,48. 
D) P(X > 20 minutos) < P(X > 25 minutos). 
E) P(X < 5 minutos) = 1 – P(X > 20 minutos). 
Resolução
Como o problema nos disse que a média é igual a 15 minutos, temos então o 
seguinte gráfico: 
Analisemos, agora, cada uma das alternativas:
A) P(X =15 minutos) > 0,45
FALSO
         Ao  contrário  de  uma  variável  aleatória  discreta,  uma  variável 
aleatória contínua pode assumir qualquer valor dentro de um intervalo 
definido de valores.  
 
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         Desta  maneira,  para  distribuições  de  probabilidade,  não  se 
consegue  enumerar  todos  os  possíveis  valores  de  uma  variável 
aleatória contínua com os valores de probabilidades correspondentes.  
          Para definir uma função de probabilidade contínua, é necessário 
utilizar  critérios  diferentes  das  variáveis  discretas,  isto  porque  X 
deverá  estar  compreendido  entre  dois  valores  diferentes  (em  se 
considerando  uma  variável  aleatória  contínua),  sendo  que  em  geral  a 
probabilidade  de  x  assumir  um  determinado  valor  é  0. 
Portanto, a
probabilidade  de  a  variável  X  ser  igual  a  15  minutos  é  igual  a  0. 
Portanto a letra A) é falsa!! 
           No  caso  de  variáveis  contínuas,  as  probabilidades  são 
especificadas em termos de intervalos, pois a probabilidade associada 
a um número específico é zero. 
B) P(X < 10 minutos) = P(X > 20 minutos).
VERDADEIRO!!!
Para analisar esta alternativa lembre-se:
A DISTRIBUIÇÃO NORMAL É
SIMÉTRICA!!  Repita!!  A  DISTRIBUIÇÃO  NORMAL  É  SIMÉTRICA!! 
Simétrica em relação a quem?? Simétrica em relação à média!!! 
Ou  seja,  o  que  acontece  à  esquerda  da  média  é  idêntico  ao  que  acontece  à 
direita.  E  o  que  isso  tem  a  ver  com  a  questão?  Ora,  10  está  a  5  unidades 
(esquerda)  da  média  enquanto  que  20  está  a  5  unidades  (direita)  da  média. 
Então, a probabilidade de X ser menor do que 10 é igual a probabilidade de X 
ser maior do 15. Veja no gráfico...  
 
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C) P(X > 15 minutos) < 0,48.
Falsa
A média (
µ ) centra a curva e visto que todas as curvas normais têm uma área
total igual a 1 ou 100%, a probabilidade de X ser maior do que 15 (média)  é 
exatamente 50%=0,50>0,48.  
D) P(X > 20 minutos) < P(X > 25 minutos).
Falsa
Claramente  no  gráfico  verificamos  que  a  probabilidade  de  X  ser  maior  do  que 
20  é  maior  do  que  a  probabilidade  de  X  ser  maior  do  que  25.  No  gráfico,  a 
probabilidade  de  X  ser  maior  do  que  20  é  a  soma  da  área 
vermelha
com a
área
cinza
, enquanto que a probabilidade de X ser maior do que 25 é apenas a
área
cinza
.
E) P(X < 5 minutos) = 1 – P(X > 20 minutos).
Falsa
Ora, dizer que P(X < 5 minutos) = 1 – P(X > 20 minutos) é o mesmo que dizer 
que P(X < 5 minutos) + P(X > 20 minutos) = 1 =100%.  
 
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Claramente  percebemos  que  esta  alternativa  é  falsa,  pois  a  área  total  sob  o 
gráfico é que é igual a 1. 
Letra B
30.  (Prefeitura  Municipal  de  Florianópolis  –  Economista  –  2008  –  FEPESE) 
Assinale  a  alternativa  que  completa  corretamente  a  frase  abaixo.  A 
distribuição normal de probabilidade é caracterizada por: 
a) ter um formato de sino, com uma área total sob a curva igual a 1. 
b) ser tipicamente uma distribuição discreta de probabilidade. 
c) ter pontos de inflexão da curva quando o valor de variável é igual à média 
mais ou menos dois desvios-padrão. 
d) ter a média e a mediana iguais e superiores à moda quando a distribuição 
normal é assimétrica à direita. 
Resolução
A) Esta alternativa é claramente
verdadeira
como vimos na
exposição teórica. 
B) A distribuição normal é uma distribuição contínua. Falso. 
C)  Eu  ainda  não  tinha  falado  sobre  a  propriedade  do  ponto  de  inflexão.  A 
função  tem  dois  pontos  de  inflexão  para  x
µ σ
= ± . O ponto de inflexão é
aquele em que a curva muda de concavidade. Em torno da média, o gráfico 
tem  concavidade  voltada  para  baixo.  Nas  caudas,  a  concavidade  está 
voltada  para  cima.  O  ponto  em  que  a  concavidade  muda  é  denominado 
ponto de inflexão. Falso. 
D) A distribuição normal é sempre simétrica e a média, a moda e a mediana 
são sempre iguais. Falso 
Letra A
 
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31.  (SAD-PE  2008  FGV)  A  respeito  de  distribuição  normal  de  probabilidades, 
analise as afirmativas a seguir: 
I. Se uma variável tem distribuição normal com média
µ e desvio padrão σ,
então o intervalo (
µ – 2σ; µ + 2σ) contém cerca de 95% de seus valores
possíveis.
II. Se uma variável aleatória X tem distribuição normal com média
µ e
variância
σ
2
, então a variável Z = (X –
µ)/σ tem distribuição normal com média
0 e variância 1.
III.  Se  uma  variável  tem  distribuição  normal  de  probabilidades,  então  o  valor 
de sua média é igual ao de sua mediana. 
IV.  Se  uma  variável  X  tem  distribuição  normal  com  média  0,1,  então  a 
probabilidade de que X assuma um valor negativo é maior do que 50%. 
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Resolução
I.  Vimos  anteriormente  que  68,27%  dos  elementos  estão  entre  os 
valores 
µ σ
± , 95,45% dos elementos estão entre os valores
2
µ
σ
±
e
99,73% dos elementos estão entre os valores
3
µ
σ
±
.
Verdadeiro.
II. Sempre que aplicamos a seguinte fórmula:
x
Z
µ
σ
−
=
.
Transformamos  a  distribuição  dada  em  uma  distribuição  normal  padrão  que 
possui média 0 e variância 1. 
Verdadeiro.
III.  Vimos  na  exposição  teórica  que  em  toda  distribuição  normal,  a 
média, a moda e a mediana são iguais. 
Verdadeiro.
IV. A média é igual a 0,1. Assim, a probabilidade de a variável assumir 
valores negativos (menor que 0) é menor que 50% (isto porque 0 está 
à esquerda da média). 
Letra C
 
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32.  (Auditor  IBGE  2010  CESGRANRIO)  Seja  H  a  variável  aleatória  que 
representa  as  alturas  dos  cidadãos  de  certo  país.  Sabe-se  que  H  tem 
distribuição  normal  com  média  1,70  m  e  desvio  padrão  0,04  m.  A 
probabilidade  de  que  um  cidadão  desse  país  tenha  mais  do  que  1,75  m  de 
altura é, aproximadamente, 
(A) 9,9% 
(B) 10,6% 
(C) 22,2% 
(D) 39,4% 
(E) 40,6% 
Resolução
Como  o  problema  nos  disse  que  a  média  é  igual  a  1,70  m,  temos  então  o 
seguinte gráfico: 
Queremos calcular a
probabilidade de que um cidadão desse país tenha mais
do que 1,75 m de altura, ou seja, queremos calcular a seguinte área:
Se padronizarmos a variável H, ou seja, subtrairmos a média e dividirmos pelo 
desvio-padrão, obteremos: 
j =
k −
" =
1,75 − 1,70
0,04
= 1,25
 
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Resumindo: Calcular a probabilidade
de que um cidadão desse país tenha mais
do  que  1,75  m  de  altura  na  distribuição  normal  com  média  1,70  m  e  desvio 
padrão  0,04  m  é  o  mesmo  que  calcular  a  probabilidade  de  que  Z  >  1,25  em 
que Z é a distribuição normal padronizada (média zero e variância igual a 1). 
Assim,
(
1, 75)
(
1, 25)
P H
P Z
>
=
>
Devemos obter a probabilidade através da tabela fornecida na prova:
A tabela diz que
(0
1, 25)
0,39435
P
Z
< <
=
. Sabemos que a probabilidade
de Z > 0 é igual a 0,5 (isso porque a distribuição normal é simétrica e a área 
total é igual a 1. 
Pense assim: A área total sob a curva  é igual a 1. Logo, a probabilidade de a 
variável estar acima da média é igual a 0,5. 
Assim, a probabilidade pedida é:
 
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(
1, 25)
(
0)
(0
1, 25)
P Z
P Z
P
Z
>
=
>
−
< <
(
1, 25)
0, 5 0, 39435
0,10565 10, 565%
P Z >
=
−
=
=
Letra B
33.  (Estatístico  –  Pref.  Manaus  2004  CESGRANRIO)  Se  X  tem  distribuição 
normal  com  média  4  e  variância  9,  a  probabilidade  de  que  X  >  5, 
aproximadamente, vale: 
a) 0,25 
b) 0,28 
c) 0,33 
d) 0,37 
e) 0,46 
Resolução
Se a variância é igual a 9, então o desvio-padrão é igual a 3 (basta calcular a 
raiz quadrada). 
Para  calcular  a  probabilidade  de  que  X  >  5  vamos  fazê-lo  na  distribuição 
normal  padronizada.  Vamos  calcular  o  valor  correspondente  de  X  =  5  na 
distribuição  normal  padronizada.  Para  padronizar  basta  subtrair  a  média  e 
dividir pelo desvio-padrão. 
4
5 4
1
0,33
3
3
3
X
X
Z
µ
σ
−
−
−
=
=
=
= ≅
Ou  seja,  calcular  a  probabilidade  de  que  X  >  5  é  o  mesmo  que  calcular  a 
probabilidade de que Z > 0,33. 
Assim,
(
5)
(
0,33)
P X
P Z
>
=
>
. Temos que utilizar a tabela fornecida na prova.
 
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A tabela nos informa que a probabilidade de a variável estar no intervalo   0 < 
Z  <  0,33 é  igual  a  0,1297.  Estamos  interessados  nos  valores  maiores  do  que 
0,33. Sabemos que a probabilidade de Z ser maior do que 0 é igual a 0,5 (já 
que  a  probabilidade  total  é  1,0  e  que  a  distribuição  normal  é  simétrica  em 
relação à média. Assim, a probabilidade pedida é  
(
5)
(
0,33)
0,50 0,1297
0,3703
P X
P Z
>
=
>
=
−
=
Letra D
34. (Estatístico TCE-RO 2007 CESGRANRIO) O gasto médio dos clientes de um 
posto  de  gasolina  é  uma  variável  aleatória  normal  com  média  R$  100,00  e 
desvio  padrão  R$  25,00.  Os  10%  dos  que  mais  consomem  recebem  um 
tratamento  VIP,  incluindo  lavagem  de  carroceria,  calibragem  nos  pneus  e 
verificação  do  óleo  e  da  água.  Quanto  você  precisa  gastar  nesse  posto  de 
gasolina, em reais, para obter tratamento VIP? 
(A) 158,00  
(B) 149,00 
(C) 141,00  
(D) 132,00 
(E) 128,00 
Resolução
Temos  uma  variável  aleatória  normal  com  média  100  e  desvio  padrão  25. 
Queremos calcular o valor X tal que 10% dos valores sejam superiores a X. Em 
suma, queremos calcular X de tal forma que a área à direita de X seja 10%. 
 
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66
A prova forneceu uma tabela das áreas da distribuição normal padronizada. De
acordo com a tabela P(Z>1,28) = 0,10.
Devemos  achar  o  correspondente  de  1,28  (da  distribuição  normal  padrão)  na 
distribuição do gasto médio dos clientes do posto de gasolina. 
Usaremos a fórmula de padronização:
j =
−
"
1,28
 
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67
1,28 =
− 100
25
= 132
Letra D
35.  (SEE-RJ  2010/CEPERJ)  Numa  escola,  têm-se  as  seguintes  informações 
sobre os salários de dois professores: 
Professor
Salário Mensal
Em R$
Padronizado
(Z)
Gauss
1.400
2
Euler
900
-0,5
Baseando-se nos dados acima, a média e o desvio padrão para os salários da 
escola serão, respectivamente de: 
a) R$ 500,00 e R$ 100,00 
b) R$ 1.000,00 e R$ 200,00 
c) R$ 1.000,00 e R$ 100,00 
d) R$ 1.150,00 e R$ 100,00 
e) R$ 1.150,00 e R$ 200,00 
 
Resolução 
O enunciado da questão está bastante incompleto. Eles deveriam dizer que os 
salários dos professores seguiam uma distribuição normal, etc. 
A padronização Z é feita de acordo com a seguinte fórmula:
j =
−
"
Onde
é a média e " é o desvio padrão.
Vamos formar duas equações a partir dos dados da tabela:
1.400 −
"
= 2
900 −
"
= −0,5
A primeira equação pode ser arrumada da seguinte forma:
 
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68
2" = 1.400 −
= 1.400 − 2"
A segunda equação pode ser arrumada da seguinte forma:
−0,5" = 900 −
= 900 + 0,5"
Já que
= 1.400 − 2" e = 900 + 0,5", podemos afirmar que:
900 + 0,5" = 1.400 − 2"
0,5" + 2" = 1.400 − 900
2,5" = 500
" =
500
2,5
" = 200
Como
= 1.400 − 2", então:
= 1.400 − 2 ∙ 200
= 1.400 − 400
= 1.000
A média é igual a R$ 1.000,00 e o desvio padrão é igual a R$ 200,00.
Letra B
Instruções:  Para  resolver  às  questões  de  números  36  e  37  utilize  as 
informações abaixo referentes à distribuição normal padrão Z: 
36.  (APOFP/SEFAZ-SP/FCC/2010)  Os  salários  dos  empregados  de  uma 
determinada  categoria  profissional  apresentam  uma  distribuição  normal  com 
média igual a R$ 1.200,00 e desvio padrão igual a R$ 160,00. A proporção dos 
empregados com salários superiores a R$ 1.000,00 e inferiores a R$ 1.520,00 
é 
 
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a) 87% 
b) 89% 
c) 92% 
d) 96% 
e) 98% 
Resolução
Para  calcular  a  probabilidade  de  que  1.000  <  X  <  1.520  vamos  utilizar  a 
distribuição  normal  padrão.  Vamos  calcular  o  valor  correspondente  de  X  = 
1.000  e X  =  1.520 na  distribuição  normal  padronizada.  Para  padronizar  basta 
subtrair a média e dividir pelo desvio-padrão. 
j =
−
"
j
=
1.000 − 1.200
160
= −1,25
j
=
1.520 − 1.200
160
= 2
Ou  seja,  calcular  a  área  entre  1.000  e  1.520  na  distribuição  normal  do 
problema  é  o  mesmo  que  calcular  a  área  entre  -1,25  e  2  na  distribuição 
normal padrão. 
(1.000 < < 1.520) = (−1,25 < j < 2)
Ora,  mas  calcular  a  área  de  -1,25  até  2  é  o  mesmo  que  calcular  a  área  de  -
1,25 até 0 e de 0 até 2. 
(−1,25 < j < 2) =
1(−., /' < l < 0)
+ (0 < j < 2)
Como a distribuição normal é simétrica, a área de -1,25 até 0 é igual à área de 
0 até 1,25. 
(−1,25 < j < 2) =
1(m < l < 1,25)
+ (0 < j < 2)
Agora é só pegar os valores dados na tabela:
(−1,25 < j < 2) = 0,39 + 0,48 = 0,87 = 87%
Portanto:
(1.000 < < 1.520) = 87%
Letra A
 
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37.  (APOFP/SEFAZ-SP/FCC/2010)  A  distribuição  das  medidas  dos  cabos 
fabricados por uma indústria é considerada normal. Sabe-se que 7% dos cabos 
medem no máximo 2,4 metros e apenas 2% medem no mínimo 16,4 metros. 
A média das medidas destes cabos é igual a 
a) 7,8 metros 
b) 8,0 metros 
c) 8,2 metros 
d) 8,4 metros 
e) 9,4 metros 
Resolução
Graficamente, temos o seguinte problema:
E foi fornecida a seguinte tabela:
Já  que  a  probabilidade  de  x  estar  entre  a  média  e  16,4  é  48%,  então 
16,4 corresponde a 2,00 na distribuição normal padronizada. 
Para  padronizar  os  valores  devemos  subtrair  a  média  e  dividir  pelo 
desvio padrão. 
16,4 −
"
= 2 ⇒ 2" = 16,4 − ⇒ = 16,4 − 2"
A  tabela  forneceu  valores  à  direita  da  média.  O  problema  é  que  2,4  está  à 
esquerda  da  média.  Aproveitamos  o  fato  de  que  a  distribuição  normal  é 
simétrica em relação à média. Então o 2,4 da distribuição X corresponde a  (-
1,50) da distribuição normal padronizada.   
2,4 −
"
= −1,5 ⇒ −1,5" = 2,4 − ⇒ = 2,4 + 1,5"
 
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Como
= 16,4 − 2" Z = 2,4 + 1,5", Zoã, 2,4 + 1,5" = 16,4 − 2"
1,5" + 2" = 16,4 − 2,4
3,5" = 14
" = 4
Como
= 2,4 + 1,5", Zoã, = 2,4 + 1,5 ∙ 4 = 8,4
Letra D
38.  (ICMS-RJ  2008/FGV)  Dentre  as  distribuições  de  probabilidades  a  seguir, 
aquela em que 
() = ( − ())² é:
a) de densidade
)
2
exp(
2
1
)
(
2
x
x
f
−
=
π
,
∞
<
<
∞
−
x
b) de densidade
1
)
(
=
x
f
,
1
0
<
< x
c)
x
n
x
p
p
x
n
x
X
P
−
−
=
=
)
1
(
)
(
, x = 0, 1, 2, ..., n
d)
!
)
(
x
e
x
X
P
x
λ
λ
−
=
=
, x = 0, 1, 2, ...
e)
 +
−
=
=
n
M
N
x
n
M
x
N
x
X
P
)
(
, x = 0, 1, 2, ... n
Resolução 
 
E(X)  é  o  mesmo  que  valor  esperado,  média,  esperança  de  uma  variável 
aleatória. 
E(X-E(X))²  significa  valor  esperado  dos  quadrados  dos  desvios  e  é  o  mesmo 
que  variância.  Assim,  o  problema  quer  saber  qual  é  a  distribuição  que  possui 
média e variância iguais. A alternativa A é uma distribuição normal com média 
0 e desvio padrão unitário. Essa foi a única questão que eu vi que ele cobrou o 
conhecimento  da  “fórmula”  da  distribuição  normal.  Mesmo  assim,  eu  não  me 
preocuparia em decorar. 
Na alternativa B temos uma variável uniforme contínua no intervalo entre 0 e 
1. Sua média é 0,5. 
Como vimos, a variância é calculada da seguinte maneira:
 
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B() =
(b − a)²
12
=
1
12
A variância e a média são diferentes.
Na  alternativa  C  temos  uma  distribuição  binomial,  cuja  média  é  np  e  cuja 
variância é npq. 
Na alternativa D temos uma distribuição de Poisson. Sua média é
λ
e sua
variância também. Essa é a resposta da questão.
Na alternativa E temos uma distribuição hipergeométrica. Não vimos a fórmula 
da  média  e  da  variância  desta  distribuição.  De  qualquer  forma,  segue  uma 
tabelinha  com  um  resumo  sobre  a  média  e  a  variância  das  distribuições 
discretas. 
Distribuição
Forma Geral
P(X=k)
Média
Variância
Binomial
6;7 ∙
<
∙
4=<
Geométrica
<=
∙
1
1 −
²
Hipergeométrica
6S;76
T − S
− ;7
6T7
∙
T −
T − 1
Poisson
Z
=[
∙ Y
<
;!
Y
Y
  
39. (COPERGAS 2011/FCC) O tempo que um sistema computacional leva para 
executar  certa  tarefa  é  uma  variável  aleatória  com  distribuição  normal  com 
média  100  segundos  e  desvio  padrão  10  segundos.  Se  a  tarefa  é  realizada  3 
vezes,  a  probabilidade  de  ela  ser  executada  em  mais  do  que  108,4  segundos 
em pelo menos uma dessas 3 vezes é: 
Dado: Se Z tem distribuição normal padrão, então: 
P(Z < 0,84) = 0,8; P(Z < 1,96) = 0,975 
(A) 0,356. 
(B) 0,488. 
(C) 0,512. 
(D) 0,536. 
(E) 0,544. 
Resolução
 
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Essa  questão  é  bem  interessante  porque  mistura  distribuição  normal  com  a 
distribuição binomial. 
Existe  uma  tarefa  que  vai  ser  realizada  3  vezes.  Queremos  saber  a 
probabilidade  de  ela  ser  executada  em  mais  do  que  108,4  segundos  em  pelo 
menos uma dessas 3 vezes. 
Vamos considerar que executar a tarefa em mais do que 108,4 segundos é um 
sucesso. Sua probabilidade é p. 
Queremos então executar uma tarefa 3 vezes e obter pelo menos um sucesso. 
Assim, queremos calcular a seguinte probabilidade: 
( = 1) + ( = 2) + ( = 3)
Ora, como k só pode ser 0,1,2 ou 3, então é bem mais fácil calcular
( = 0) e
dizer que:
( = 1) + ( = 2) + ( = 3) = 1 − ( = 0)
Ou seja, a probabilidade de obter pelo menos um sucesso é igual a 1 menos a 
probabilidade de obtermos 3 fracassos (X=0). 
Pois bem, a conta que queremos fazer é a seguinte:
1 − ( = 0) = 1 − 6307 ∙
>
∙
?
= 1 − ³
Só precisamos agora calcular p e q. E como vamos fazer isso?
Ora, utilizando as informações do texto.
“O  tempo  que  um  sistema  computacional  leva  para  executar  certa  tarefa  é 
uma  variável  aleatória  com  distribuição  normal  com  média  100  segundos  e 
desvio padrão 10 segundos.” 
Eu  disse  que  p  é  a  probabilidade  de  executar  a  tarefa  em  mais  do  que  108,4 
segundos. 
= (p > 108,4)
Vamos utilizar a padronização.
j =
p −
" =
p − 100
10
=
108,4 − 100
100
= 0,84
Ou  seja,  a  probabilidade  de  a  variável  normal  do  problema  ser  maior  que 
108,4 é igual à probabilidade de a variável normal padrão ser maior que 0,84. 
O problema informou que P(Z < 0,84) = 0,8, ou seja, a área abaixo de 0,84 é 
igual a 0,8. Então a área acima de 0,84 é igual a 0,2 (pois a área total é igual 
a 1. 
Assim,
= 0,2
Consequentemente,
= 0,8.
A probabilidade pedida será:
 
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( = 1) + ( = 2) + ( = 3) = 1 − ( = 0) = 1 − ³ = 1 − 0,8³ = 0,488
Letra B
Poderíamos também ter calculado a soma efetivamente.
( = 1) + ( = 2) + ( = 3) = 6317 ∙
∙
+ 6327 ∙
∙
+ 6337 ∙
?
∙
>
=
= 3
+ 3
+
?
= 3 ∙ 0,2 ∙ 0,8
+ 3 ∙ 0,2
∙ 0,8 + 0,2
?
= 0,488
Distribuição normal como aproximação da binomial
Sob  certas  condições,  podemos  utilizar  a  distribuição  normal  como  uma 
aproximação da distribuição binomial. 
Eis um trechinho do livro Estatística para Economistas (Rodolfo Hoffmann):
“Na  prática,  para  saber  se  a  forma  de  uma  distribuição  binomial  pode  ser 
considerada aproximadamente igual à forma da distribuição normal, usamos a 
seguinte  regra  empírica:  se 
> 5 quando ≤ 0,5, ou quando > 5 quando
 > 0,5,  a  aproximação  é  aceitável.  Para  maior  exatidão,  devemos  ter  	Z	 
maiores do que 15 (ver Hoel, 1968, p.88 e Silva Leme, 1972, p.119)”. 
Vejamos  um  problema  para  entendermos  melhor  a  aplicação  prática  deste 
fato. 
40.  (AFC-CGU  2008/ESAF)  Em  determinadas  circunstâncias,  uma  variável 
aleatória  binomial  pode  ser  bem  aproximada  por  uma  variável  aleatória 
normal. Seja X uma variável aleatória binomial com n = 400 e p = 1/2. Calcule 
o  valor  mais  próximo  de 
(181 ≤ ≤ 219) usando a aproximação da variável
binomial pela normal, dado que
q(1,96) = 0,975, q(2,17) = 0,985, q(2,33) = 0,99,
q(2,41) = 0,992 e q(2,58) = 0,995, q(r) é a função de distribuição de uma variável 
aleatória normal padrão Z. 
a) 0,95 
b) 0,97 
c) 0,98 
d) 0,984 
e) 0,99 
Resolução
O exercício não forneceu uma tabela com as áreas da distribuição normal. Ele 
forneceu valores da função de distribuição da variável aleatória normal padrão.  
 
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Por exemplo:
q(1,96) = 0,975 significa que a área abaixo do número 1,96 é igual
a 0,975 (ver figura abaixo).
O nosso objetivo é descobrir a probabilidade de X assumir valores entre 181 e 
219.  
O  texto  informou  que  X  é  uma  variável  aleatória  binomial.  O  texto  ainda 
informa  que  utilizaremos  a  distribuição  normal  como  uma  aproximação  da 
binomial. 
Vamos  calcular  a  média  e  a  variância.  Como  a  variável  é  binomial,  utilizemos 
as fórmulas vistas: 
= = 400 ∙
1
2 = 200
"² = = 400 ∙
1
2 ∙
1
2 = 100
Como o desvio padrão é a raiz quadrada da variância, temos:
" = 10
Esta  variável  binomial  X  é  muito  próxima  de  uma  variável  normal  de  média 
200 e desvio padrão igual a 10.  
Vamos  reescrever  o  enunciado  deixando-o  mais  simples:  calcule  a 
probabilidade  de  uma  variável  normal  de  média  200  e  desvio  padrão  10 
assumir valores entre 181 e 219? 
Vamos “transportar” estes valores para a variável normal reduzida.
j =
−
" =
− 200
1
Substituindo X por 181, temos:
 
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j =
181 − 200
10
= −1,9
Substituindo X por 219, temos:
j =
219 − 200
10
= 1,9
Assim, o nosso objetivo será calcular a área entre -1,9 e 1,9.
O problema não fornece valores da função de distribuição para z = 1,9. Como 
ele pede o valor mais próximo, vamos utilizar Z = 1,96. 
q(1,96) = 0,975
Isto significa que a área vermelha seguinte é 97,5%.
Como a área total é igual a 1, então a área verde é igual a 100% - 97,5% = 
2,5%. 
Só que estamos interessados na área entre -1,96 e 1,96.
 
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77
Ora,  se  a  área  da  região  que  fica  após  1,96  é  igual  a  2,5%,  então,  por 
simetria,  a  área  da  região  que  fica  abaixo  de  -1,96  também  será  2,5%. 
Portanto, a área entre -1,96 e 1,96 será igual a 100% - 2,5% - 2,5% = 95%. 
Assim,  aproximadamente  95%  dos  valores  de  Z  estão  entre  -1,9  e  1,9. 
Concluímos  que  aproximadamente  95%  dos  valores  de  X  estão  entre  181  e 
219. 
Letra A
Ficamos por aqui. Um abraço e até a próxima aula.
 
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78
Tabela para a distribuição normal padrão
 
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Relação das questões comentadas
01. (Economista – TJ/RO 2008/CESGRANRIO)
Uma urna contém dez bolas,
cada uma gravada com um número diferente, de 1 a 10. Uma bola é retirada 
da urna aleatoriamente e X é o número marcado nesta bola. X é uma variável 
aleatória cujo(a) 
(A) desvio padrão é 10. 
(B) primeiro quartil é 0,25. 
(C) média é 5. 
(D) distribuição de probabilidades é uniforme. 
(E) distribuição de probabilidades é assimétrica. 
02.  (AFRE-SC  2010/FEPESE)  Uma  variável  aleatória  X  segue  uma  distribuição 
binomial  com  os  seguintes  parâmetros:  número  de  ensaios  =  100; 
probabilidade  de  sucesso  em  cada  ensaio  =  0,2.  De  acordo  com  essas 
informações, qual é o valor esperado de X? 
a) 0,2 
b) 0,8 
c) 20 
d) 80 
e) 100 
 
03. (SEE-RJ 2010/CEPERJ) Sabendo que a variável aleatória X tem distribuição 
binomial  de  parâmetros: 
= 20 e = 0,4, a média e a variância de X serão,
respectivamente:
a) 8 e 4,8 
b) 8 e 3,2 
c) 4 e 2,4 
d) 8 e 2,4 
e) 4 e 4,8 
04.  (SUSEP  2010/ESAF)  Um  estudo  indica  que,  nas  comunidades  que  vivem 
em  clima  muito  frio  e  com  uma  dieta  de  baixa  ingestão  de  gordura  animal,  a 
probabilidade de os casais terem filhos do sexo masculino é igual a 1/4. Desse 
modo, a probabilidade de um casal ter dois meninos e três meninas é igual a: 
 
a) 37/64 
b) 45/216 
c) 1/64 
d) 45/512 
e) 9/16 
 
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05. (SUSEP 2010/ESAF) Uma urna contém bolas vermelhas, azuis, amarelas e 
pretas.  O  número  de  bolas  pretas  é  duas  vezes  o  número  de  bolas  azuis,  o 
número  de  bolas  amarelas  é  cinco  vezes  o  número  de  bolas  vermelhas,  e  o 
número de bolas azuis é duas vezes o número de bolas amarelas. Se as bolas 
diferem  apenas  na  cor,  ao  se  retirar  ao  acaso  três  bolas  da  urna,  com 
reposição, qual a probabilidade de exatamente duas bolas serem pretas? 
a) 100/729. 
b) 100/243. 
c) 10/27. 
d) 115/243. 
e) 25/81. 
 
06.  (CEB  Distribuição  –  Administrador  2010/Fundação  Universa)  O  mau 
funcionamento  de  uma  das  máquinas  de  uma  indústria fez  com  que  10%  das 
peças produzidas em um determinado lote apresentassem defeito. Escolhendo-
se  aleatoriamente  cinco  peças  desse  lote,  a  probabilidade  aproximada  de  que 
menos de três delas apresentem esse defeito, se cada peça retirada é reposta 
antes de se retirar a próxima, é de 
(A) 90%. (B) 91%. (C) 93%. (D) 96%. (E) 99%.
07.  (AFC-CGU  2008/ESAF)  Seja X  uma  variável  aleatória  discreta  com  função 
de  probabilidade  binomial 
)
(
x
f
, onde
I() = 3
4,J
J
(1 − )
4=J
e
3
4,J
é o número
de  combinações  de  n  elementos  tomados  x  a  x.  Sendo  n=6  e  p=1/3, 
determine f(6). 
a) 1/729
b) 1
c) 0
d) 64/729
e) 8/729
08.  (AFC-CGU  2008/ESAF)  Seja  F(x)  a  função  de  distribuição  da  variável 
aleatória definida na questão anterior, determine 
)
0
(
F
.
a) 0   
b) 1/729 
c) 64/729   
d) 243/729  
e) 1. 
 
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09. (ATA-MF 2009/ESAF) Ao se jogar um dado honesto três vezes, qual o valor 
mais próximo da probabilidade de o número 1 sair exatamente uma vez? 
a) 35%
b) 17%
c) 7%
d) 42%
e) 58%
 
10.  (AFRFB  2009  ESAF) 
Em um experimento binomial com três provas, a
probabilidade  de  ocorrerem  dois  sucessos  é  doze  vezes  a  probabilidade  de 
ocorrerem três sucessos. Desse modo, as probabilidades de sucesso e fracasso 
são, em percentuais, respectivamente, iguais a: 
a) 80 % e 20 % 
b) 30 % e 70 % 
c) 60 % e 40 % 
d) 20 % e 80 % 
e) 25 % e 75 % 
11.  (MPOG  2006  ESAF)  Um  experimento  binomial  é  um  experimento  que 
comporta  um  número  fixo  de  provas  independentes,  n.  Cada  prova  tem  os 
resultados  classificados  em  apenas  duas  categorias,  a  saber:  sucesso  ou 
fracasso. Muito embora essa classificação seja arbitrária, costuma-se denotar a 
probabilidade  de  sucesso  por  p,  e  a  probabilidade  de  fracasso  por  q.  Desse 
modo,  realizando-se  50  provas,  a  probabilidade  de  se  obter  30  sucessos  é 
dada por 
a)
30
30
20
50
C p q
b)
30
20
30
50
C p q
c)
30
0
20
50
C p q
d)
30
20
50
C p q
⋅
e)
30
20
0
50
C p q
 
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12. (APOG- SAD/PE 2010/CESPE-UnB)
A figura acima apresenta a distribuição percentual da população de crianças e 
jovens entre cinco a dezenove anos de idade que nunca procurou um dentista, 
por  renda  domiciliar  per  capita  no  Brasil  em  1998.  “As  diferenças  entre  os 
diversos  grupos  de  renda  per  capita  é  acentuada.  Aproximadamente  25%  da 
população brasileira com idade entre cinco e dezenove anos nunca procuraram 
um dentista. Entretanto, este valor sofre oscilações segundo a renda variando 
de  50,7%  naqueles  domicílios  com  renda  de  até  R$  37,75  a  1,5%  naqueles 
domicílios com renda per capita entre R$ 1.813,00 e R$ 40.500,00”. 
A. Nunes et al. Medindo as desigualdades em saúde
no Brasil, OPAS/OMS, 2001 (com adaptações)
Considerando que uma amostra aleatória simples de cinco mil indivíduos fosse 
retirada  da  população  de  crianças  e  jovens  entre  cinco  e  dezenove  anos  de 
idade  no  Brasil  em  1998,  se  X  representa  o  número  de  indivíduos  nessa 
amostra que nunca procurou um dentista, então a variância de X é 
A) inferior a 400. 
B) superior a 400 e inferior a 600. 
C) superior a 600 e inferior a 800. 
D) superior a 800 e inferior a 1.000. 
E) superior a 1.000. 
 
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13. (ANA 2009/ESAF) Na população brasileira verificou-se que a probabilidade 
de  ocorrer  determinada  variação  genética  e  de  1%.  Ao  se  examinar  ao  acaso 
três  pessoas  desta  população,  qual  o  valor  mais  próximo  da  probabilidade  de 
exatamente uma pessoa examinada possuir esta variação genética? 
a) 0,98% 
b) 1% 
c) 2,94% 
d) 1,30% 
e) 3,96% 
14.  (AFC-CGU  2008/ESAF)  A  probabilidade  de  sucesso  em  um  experimento 
aleatório é p. Seja X o número de experimentos independentes realizados até 
se obter o primeiro sucesso. Qual a probabilidade de X = k, onde k=1,2,3,.... 
a) (1-p)
k-1
.
b) p(1-p)
k-1
.
c) k p
k-1
(1-p).
d) p
k-1
(1-p).
e) k(1-p)
k-1
p.
15. (Petrobras 2011/CESGRANRIO) Uma pessoa lança repetidamente um dado 
equilibrado, parando quando obtém a face com o número 6. A probabilidade de 
que o dado seja lançado exatamente 3 vezes é 
a) 1/216      
b) 1/36      
c) 25/216      
d) 1/6       
e) 25/36 
16.  (IPHAN  2009/FUNIVERSA)  Em  um  instituto  de  pesquisa  trabalham,  entre 
outros  funcionários,  3  físicos,  6  biólogos  e  2  matemáticos.  Deseja-se  formar 
uma equipe com 4 desses 11 estudiosos, para realizar uma pesquisa. Se essa 
equipe  for  composta  escolhendo-se  os  pesquisadores  de  forma  aleatória,  a 
probabilidade  de  todos  os  físicos  serem  escolhidos  é  um  número  cujo  valor 
está compreendido entre 
(A) 0,00 e 0,01. 
(B) 0,01 e 0,02. 
(C) 0,02 e 0,03. 
(D) 0,03 e 0,04. 
(E) 0,04 e 0,05. 
 
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17. (APEX Brasil 2006/Fundação Universa) Em uma empresa, há 12 dirigentes 
de níveis hierárquicos distintos capacitados para a elaboração de determinado 
estudo: 5 diretores e 7 gerentes. Para isso, entre esses 12 dirigentes, 4 serão 
sorteados  aleatoriamente  para  integrarem  um  grupo  que  realizará  o  referido 
estudo.  A  probabilidade  de  os  4  dirigentes  sorteados  serem  do  mesmo  nível 
hierárquico está entre: 
(A) 0,01 e 0,05. 
(B) 0,06 e 0,10. 
(C) 0,11 e 0,15. 
(D) 0,16 e 0,20. 
(E) 0,21 e 0,25. 
18.  (TRANSPETRO  2011/CESGRANRIO)  Uma  distribuição  discreta  de 
probabilidade  que  fornece  a  frequência  de  ocorrência  de  certos  tipos  de 
eventos  aleatórios,  podendo  ser  usada  como  aproximação  da  distribuição 
binomial, corresponde à distribuição 
(A) geométrica 
(B) hipergeométrica 
(C) normal 
(D) uniforme 
(E) de Poisson 
19. (AFC-CGU 2008/ESAF) Tem-se que
I() = 3
4,J
J
(1 − )
4=J
, onde
3
4,J
é o
número  de  combinações  de  n  elementos  tomados  x  a  x,  é  a  função  de 
probabilidade de uma variável aleatória binomial. Fazendo-se na sua expressão 
 → 0,  → ∞, mas com  = Y, I() tem como limite a função de probabilidade 
de uma variável aleatória de Poisson, que é: 
a)
Y
\
e
=[
b)
Y
\
e
=[
/x!
c)
YZ
=[J
d)
YZ
=J/[
e)
Y − 1Z − /Γ(Y)
20.  (MPOG  2006  ESAF)  Uma  variável  aleatória  X  tem  distribuição  de  Poisson, 
com parâmetro “m”, e k = 0, 1, 2, 3... se e somente se 
a)
(
)
m
m e
P X
k
k
−
⋅
=
=
b) (
)
k
m
m
e
P X
k
k
−
⋅
=
=
 
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c) (
)
k
m
m
e
P X
k
k
⋅
=
=
d) (
)
k
m
e
P X
k
k
⋅
=
=
e) (
)
!
k
m
m
e
P X
k
k
−
⋅
=
=
21.  (SEE-RJ  2010/CEPERJ)  Na  revisão  tipográfica  de  um  livro  com  600 
páginas,  encontrou-se,  em  média,  1,2  erros  por  página.  Considerando      
Z
=,
= 0,30 e estimando o número de páginas que não precisam sofrer
alterações por não apresentarem defeitos, tem-se:
a) 500 páginas 
b) 420 páginas 
c) 200 páginas 
d) 180 páginas 
e) 36 páginas 
22. (MEC 2009 CESGRANRIO) O número de clientes que chega a cada hora a 
uma  empresa  tem  Distribuição  de  Poisson,  com  parâmetro  2,  ou  seja,  a 
probabilidade de que cheguem k clientes é dada por
2
2
!
k
e
k
−
para k = 0, 1, 2, ....
Qual  é  a  probabilidade  de  que,  em  uma  determinada  hora,  cheguem  dois  ou 
mais clientes?  
(Dado: e
-2
= 0,14)
(A) 0,28 
(B) 0,35 
(C) 0,42 
(D) 0,58 
(E) 0,72 
23. (AFRFB 2009 ESAF)
O número de petroleiros que chegam a uma refinaria
ocorre segundo uma distribuição de Poisson, com média de dois petroleiros por 
dia.  Desse  modo,  a  probabilidade  de  a  refinaria  receber  no  máximo  três 
petroleiros em dois dias é igual a: 
a)
4
32
73
e
−
b)
4
3
71
e
 
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c)
4
71
3
e
−
d)
2
71
3
e
−
e)
2
32
3
e
−
24.  (ICMS-RJ  2009/FGV)  O  número  de  clientes  que  buscam,  em  cada  dia,  os 
serviços  de  um  renomado  cirurgião  tem  uma  distribuição  de  Poisson  com 
média  de  2  pacientes  por  dia.  Para  cada  cirurgia  efetuada,  o  cirurgião  recebe 
R$ 10.000,00. No entanto, ele consegue fazer o máximo de duas cirurgias em 
um  dia;  clientes  excedentes  são  perdidos  para  outros  cirurgiões.  Assinale  a 
alternativa  que  indique  o  valor  esperado  da  receita  diária  do  cirurgião. 
(considere e
–2
= 0,14)
(A) R$ 5.600,00. 
(B) R$ 8.400,00. 
(C) R$ 10.000,00. 
(D) R$ 14.400,00. 
(E) R$ 20.000,00. 
25.  (AFC-CGU  2008  ESAF)  Sendo  X  uma  variável  aleatória  uniformemente 
distribuída no intervalo [0,1], determine sua variância. 
a) 1/2.
b) 1/3.
c) 1/4.
d) 1/6.
e) 1/12.
26.  (SEE-RJ  2010/CEPERJ)  Se  X  é  uma  variável  aleatória  exponencial  de 
parâmetro 
Y = 10, então a expectância de X é igual a:
a) 0,10 
b) 0,20 
c) 0,30 
d) 0,40 
e) 0,50 
27.  (IBGE  2010/CESGRANRIO)O  intervalo  de  tempo  entre  a  chegada  de  dois 
navios a um porto, em horas, segue distribuição exponencial com média 1. Se 
acaba de chegar um navio, qual a probabilidade aproximada de que leve mais 
de uma hora até a chegada do próximo? 
(A) 0,37 
 
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(B) 0,5 
(C) 0,63 
(D) 0,75 
(E) 0,9 
28.  (PETROBRAS  2010/CESGRANRIO)  Qual  dos  tipos  de  distribuição  a  seguir 
corresponde  a  uma  distribuição  de  variável  aleatória  contínua,  aplicada 
frequentemente  em  situações  em  que  valores  extremos  são  menos  prováveis 
do que valores moderados? 
(A) Binomial.  
(B) Normal. 
(C) de Poisson.  
(D) Geométrica. 
(E) Hipergeométrica. 
29.  (SAD-PE  2010/CESPE-UnB)  Considere  que  o  tempo  de  espera  por 
atendimento X em certo local siga uma distribuição normal com média igual a 
15 minutos. Com base nessas informações, assinale a opção correta acerca de 
probabilidades. 
A) P( X = 15 minutos) > 0,45. 
B) P(X < 10 minutos) = P(X > 20 minutos). 
C) P(X > 15 minutos) < 0,48. 
D) P(X > 20 minutos) < P(X > 25 minutos). 
E) P(X < 5 minutos) = 1 – P(X > 20 minutos). 
30.  (Prefeitura  Municipal  de  Florianópolis  –  Economista  –  2008  –  FEPESE) 
Assinale  a  alternativa  que  completa  corretamente  a  frase  abaixo.  A 
distribuição normal de probabilidade é caracterizada por: 
a) ter um formato de sino, com uma área total sob a curva igual a 1. 
b) ser tipicamente uma distribuição discreta de probabilidade. 
c) ter pontos de inflexão da curva quando o valor de variável é igual à média 
mais ou menos dois desvios-padrão. 
d) ter a média e a mediana iguais e superiores à moda quando a distribuição 
normal é assimétrica à direita. 
31.  (SAD-PE  2008  FGV)  A  respeito  de  distribuição  normal  de  probabilidades, 
analise as afirmativas a seguir: 
I. Se uma variável tem distribuição normal com média
µ
e desvio padrão
σ
,
então o intervalo (
µ
– 2
σ
;
µ
+ 2
σ
) contém cerca de 95% de seus valores
possíveis.
 
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II. Se uma variável aleatória X tem distribuição normal com média
µ
e
variância
σ
2
, então a variável Z = (X –
µ
)/
σ
tem distribuição normal com média
0 e variância 1.
III.  Se  uma  variável  tem  distribuição  normal  de  probabilidades,  então  o  valor 
de sua média é igual ao de sua mediana. 
IV.  Se  uma  variável  X  tem  distribuição  normal  com  média  0,1,  então  a 
probabilidade de que X assuma um valor negativo é maior do que 50%. 
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
32.  (Auditor  IBGE  2010  CESGRANRIO)  Seja  H  a  variável  aleatória  que 
representa  as  alturas  dos  cidadãos  de  certo  país.  Sabe-se  que  H  tem 
distribuição  normal  com  média  1,70  m  e  desvio  padrão  0,04  m.  A 
probabilidade  de  que  um  cidadão  desse  país  tenha  mais  do  que  1,75  m  de 
altura é, aproximadamente, 
(A) 9,9% 
(B) 10,6% 
(C) 22,2% 
(D) 39,4% 
(E) 40,6% 
33.  (Estatístico  –  Pref.  Manaus  2004  CESGRANRIO)  Se  X  tem  distribuição 
normal  com  média  4  e  variância  9,  a  probabilidade  de  que  X  >  5, 
aproximadamente, vale: 
a) 0,25 
b) 0,28 
c) 0,33 
d) 0,37 
e) 0,46 
34. (Estatístico TCE-RO 2007 CESGRANRIO) O gasto médio dos clientes de um 
posto  de  gasolina  é  uma  variável  aleatória  normal  com  média  R$  100,00  e 
desvio  padrão  R$  25,00.  Os  10%  dos  que  mais  consomem  recebem  um 
tratamento  VIP,  incluindo  lavagem  de  carroceria,  calibragem  nos  pneus  e 
 
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verificação  do  óleo  e  da  água.  Quanto  você  precisa  gastar  nesse  posto  de 
gasolina, em reais, para obter tratamento VIP? 
(A) 158,00  
(B) 149,00 
(C) 141,00  
(D) 132,00 
(E) 128,00 
35.  (SEE-RJ  2010/CEPERJ)  Numa  escola,  têm-se  as  seguintes  informações 
sobre os salários de dois professores: 
Professor
Salário Mensal
Em R$
Padronizado
(Z)
Gauss
1.400
2
Euler
900
-0,5
Baseando-se nos dados acima, a média e o desvio padrão para os salários da 
escola serão, respectivamente de: 
a) R$ 500,00 e R$ 100,00 
b) R$ 1.000,00 e R$ 200,00 
c) R$ 1.000,00 e R$ 100,00 
d) R$ 1.150,00 e R$ 100,00 
e) R$ 1.150,00 e R$ 200,00 
Instruções:  Para  resolver  às  questões  de  números  36  e  37  utilize  as 
informações abaixo referentes à distribuição normal padrão Z: 
36.  (APOFP/SEFAZ-SP/FCC/2010)  Os  salários  dos  empregados  de  uma 
determinada  categoria  profissional  apresentam  uma  distribuição  normal  com 
média igual a R$ 1.200,00 e desvio padrão igual a R$ 160,00. A proporção dos 
empregados com salários superiores a R$ 1.000,00 e inferiores a R$ 1.520,00 
é 
a) 87% 
b) 89% 
c) 92% 
 
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90
d) 96% 
e) 98% 
37.  (APOFP/SEFAZ-SP/FCC/2010)  A  distribuição  das  medidas  dos  cabos 
fabricados por uma indústria é considerada normal. Sabe-se que 7% dos cabos 
medem no máximo 2,4 metros e apenas 2% medem no mínimo 16,4 metros. 
A média das medidas destes cabos é igual a 
a) 7,8 metros 
b) 8,0 metros 
c) 8,2 metros 
d) 8,4 metros 
e) 9,4 metros 
38.  (ICMS-RJ  2008/FGV)  Dentre  as  distribuições  de  probabilidades  a  seguir, 
aquela em que 
() = ( − ())² é:
a) de densidade
)
2
exp(
2
1
)
(
2
x
x
f
−
=
π
,
∞
<
<
∞
−
x
b) de densidade
1
)
(
=
x
f
,
1
0
<
< x
c)
x
n
x
p
p
x
n
x
X
P
−
−
=
=
)
1
(
)
(
, x = 0, 1, 2, ..., n
d)
!
)
(
x
e
x
X
P
x
λ
λ
−
=
=
, x = 0, 1, 2, ...
e)
 +
−
=
=
n
M
N
x
n
M
x
N
x
X
P
)
(
, x = 0, 1, 2, ... n
39. (COPERGAS 2011/FCC) O tempo que um sistema computacional leva para 
executar  certa  tarefa  é  uma  variável  aleatória  com  distribuição  normal  com 
média  100  segundos  e  desvio  padrão  10  segundos.  Se  a  tarefa  é  realizada  3 
vezes,  a  probabilidade  de  ela  ser  executada  em  mais  do  que  108,4  segundos 
em pelo menos uma dessas 3 vezes é: 
Dado: Se Z tem distribuição normal padrão, então: 
P(Z < 0,84) = 0,8; P(Z < 1,96) = 0,975 
(A) 0,356. 
(B) 0,488. 
(C) 0,512. 
(D) 0,536. 
(E) 0,544. 
 
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91
40.  (AFC-CGU  2008/ESAF)  Em  determinadas  circunstâncias,  uma  variável 
aleatória  binomial  pode  ser  bem  aproximada  por  uma  variável  aleatória 
normal. Seja X uma variável aleatória binomial com n = 400 e p = 1/2. Calcule 
o  valor  mais  próximo  de 
(181 ≤ ≤ 219) usando a aproximação da variável
binomial pela normal, dado que
q(1,96) = 0,975, q(2,17) = 0,985, q(2,33) = 0,99,
q(2,41) = 0,992 e q(2,58) = 0,995, q(r) é a função de distribuição de uma variável 
aleatória normal padrão Z. 
a) 0,95 
b) 0,97 
c) 0,98 
d) 0,984 
e) 0,99 
 
RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB
PROFESSOR: GUILHERME NEVES
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92
Gabaritos
01.
D
02.
C
03.
A
04.
Anulada 135/512
05.
B
06.
E
07.
A
08.
C
09.
A
10.
D
11.
A
12.
D
13.
C
14.
B
15.
C
16.
C
17.
B
18.
E
19.
B
20.
E
21.
D
22.
D
23.
C
24.
D
25.
E
26.
A
27.
A
28.
B
29.
B
30.
A
31.
C
32.
B
33.
D
34.
D
35.
B
36.
A
37.
D
38.
D
 
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93
39.
B
40.
A