background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

Aula 14 – Parte 1 

Amostragem e Estimadores ...................................................................... 2

 

Intervalo de confiança para a média .......................................................... 9

 

Intervalo de confiança para proporções ..................................................... 39

 

Relação das questões comentadas ........................................................... 51

 

Gabaritos .............................................................................................. 57

 

 

 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

 

Amostragem e Estimadores 

 

Inferência  é  algo  que  todo  mundo  já  fez  na  vida.  Ao  fazer  um  exame  de 
sangue,  por  exemplo,  não  é  necessário  tirar  todo  o  sangue  (rs...).  A 
informação  sobre  o  todo  é  extraída  de  uma  amostra.  Nem  sempre  é  tão 
simples  assim,  já  que,  às  vezes,  o  todo  sobre  o  qual  queremos  uma 
informação é mais complexo, mais heterogêneo que o sangue. 

Em  uma  pesquisa  para  as  intenções  de  voto  para  prefeito,  não  basta  o 
pesquisador  tomar  as  opiniões  somente  dos  moradores  dos  Jardins  (em  São 
Paulo)  ou  em  Casa  Forte  (em  Recife).  O  resultado  da  eleição  nesses  bairros, 
tendo  em  vista  serem  regiões  de  renda  elevada,  pode  ser  diferente  do 
resultado  em  bairros  mais  pobres.  A  pesquisa  só  serviria  para  termos  uma 
noção da intenção de voto naqueles bairros, e não na cidade como um todo. 

É  aqui  que  entra  a  Estatística  Inferencial.  Na  inferência  estatística,  o  todo  é 
denominado  população;  o  “pedaço”  é  denominado  amostra.  Portanto,  a 
estatística inferencial trata de, a partir da amostra, obter informações sobre a 
população. 

Suponhamos  que  desejamos  conhecer  alguma  coisa  de  determinada 
população.  Pode  ser  a  média  salarial,  a  variância  das  idades,  etc.  Essa 
população  pode  ser  composta  de  milhares  (ou  milhões!)  de  elementos.  Neste 
caso, pessoas, mas poderia ser qualquer coisa. Bom, são tantos elementos que 
seria muito difícil pesquisar o valor correto, pois seria inviável pesquisar todos 
os elementos. Nesse caso, somos obrigados a recorrer aos valores encontrados 
em uma amostra. 

Quando  o  número  de  elementos  na  amostra  é  muito  pequeno  em  relação  ao 
tamanho  da  população,  dizemos  que  a  população  é  infinita.  Vejamos,  por 
exemplo,  as  pesquisas  eleitorais:  há  milhões  e  eleitores  e  os  institutos  de 
pesquisa entrevistam mil, 2 mil pessoas e conseguem praticamente acertar os 
resultados. 

O valor da população, chamado 

parâmetro populacional

, é desconhecido. O 

que  é  possível  de  se  obter  é  um  valor  da  amostra,  que  supostamente  nos  dá 
uma idéia do valor correto (populacional) do parâmetro. Esse valor amostral é 
chamado de 

estimador 

do parâmetro populacional. 

Por  exemplo,  queremos  saber  a  média  da  altura  dos  adolescentes  de  Recife. 
Como  há  muitos  adolescentes,  recorremos  a  uma  amostra  de,  digamos,  80 
pessoas.  A  média  da  amostra  encontrada  foi  de  1,72m.  Essa  é  a  nossa 
estimativa para a média das alturas de todos os adolescentes de Recife. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

Não  confunda  estimativa  com  estimador.  Estimador  é  uma  variável.  Se  a 
amostra fosse outra, poderíamos ter encontrado outra estimativa. Estimativa é 
o  valor  encontrado  para  essa  variável,  isto  é,  o  valor  encontrado  para  o 
estimador nessa amostra. 

A  média  das  alturas  dos  adolescentes  é  realmente  1,72m?  Não  temos  como 
saber, a não ser que tenhamos condições de entrevistar todos os adolescentes 
de  Recife.  Portanto,  é  muito  importante,  a  partir  de  agora,  diferenciar  o 
parâmetro populacional e o estimador. A partir de agora utilizaremos símbolos 
diferentes para população e amostra. 

 = média populacional (parâmetro populacional) 

 = média amostral (estimador) 

É  importante  frisar  que  não  é  apenas  uma  diferença  de  valores.  Enquanto  o 
parâmetro  populacional  é  constante  (valor  fixo),  o  estimador  depende  da 
amostra  escolhida.  O  estimador  está  associado  a  uma  distribuição  de 
probabilidade e, assim, é uma variável aleatória. 

Outra notação importante que vamos utilizar é para a variância/desvio-padrão 
populacional/amostral. 

² = variância populacional 

² = variância amostral 

Em  geral,  chamamos  o  parâmetro  populacional  por  uma  letra  grega  e  o 
estimador  por  uma  letra  latina  correspondente.  Em  geral,  usamos  o  mesmo 
símbolo  do  parâmetro  populacional  para  os  valores  obtidos  de  uma  variável 
aleatória. Ou seja, a média de uma variável aleatória é designada por 

 e sua 

variância por 

². 

Parâmetro: é uma característica da população 

Estatística: é uma característica da amostra 

Já  sabemos  que  o  estimador  não  é  igual  ao  parâmetro  populacional.  No 
entanto, é preciso (ou desejável) que ele atenda a algumas propriedades. 

Quando  fazemos  uma  amostragem,  conseguimos  apenas  saber  a  média  e  o 
desvio  padrão  da  amostra  feita.  Nosso  objetivo,  portanto,  é,  a  partir  dos 
valores  de  média  e  desvio  padrão  da  amostra,  estimar  quais  os  valores  de 
média  e  desvio  padrão  da  população.  Nosso  objetivo  é  estimar  o  valor  do 
parâmetro desconhecido. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

 

Claro  que  poderíamos  estar  interessados  em  outros  parâmetros  que  não  a 
média e o desvio padrão. Mas, em concursos, na grande maioria das questões, 
são  cobrados  apenas  esses  dois  parâmetros  (além  da  variância,  intimamente 
relacionada com o desvio padrão, e da proporção, que veremos nesta aula). 

Quando  escolhemos  um  estimador,  podemos  estar  interessados  em  diversas 
características. Alguns tipos de estimadores são: 

- Não viesados (ou não tendenciosos ou não viesados) 

- De máxima verossimilhança 

- De variância mínima 

- De mínimos quadrados 

Vamos voltar ao exemplo do dado visto na aula de variáveis aleatória. 

Naquela  aula  vimos  que  a  média  da  variável  aleatória  (parâmetro 
populacional) é igual a 3,5. 

Imagine que nós lançamos o dado 5 vezes e obtivemos o seguintes resultados: 
3, 3, 4, 5, 6. 

Estes  cinco  lançamentos  são  uma  amostra  dos  infinitos  resultados  que 
poderiam  ocorrer.  Se  quisermos  nos  referir  à  média  de  uma  amostra,  vamos 
utilizar o símbolo 

 = 3 + 3 + 4 + 5 + 6

5

= 4,2 

O valor da média da amostra (

X

) é um estimador da média populacional (

µ ). 

É um estimador não tendencioso, de variância mínima, de mínimos quadrados 
e,  se  a  variável  aleatória  for  normal,  é  também  um  estimador  de  máxima 
verossimilhança.  

Mais adiante falamos sobre o que significa cada uma destas características dos 
estimadores. 

Resumindo:  se  o  exercício  pedir  qualquer  estimador  para  a  média, 
calcularemos a média aritmética simples, ok? 

Vamos agora falar sobre os estimadores da variância. 

Já comentei que 

² é o parâmetro populacional e que ² é o estimador. 

O estimador que vamos usar geralmente é: 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

² =

− 

 − 1

 

que é a mesma fórmula vista para a variância na aula de Estatística Descritiva. 
Quando  demos  a  fórmula  para  a  variância  amostral,  dissemos  que  o 
denominador  era  “

1

n

”.  Na  hora  eu  não  expliquei  muita  coisa.  Pois  bem, 

quando  queremos  estimar  a  variância  da  população,  um  dos  fatores  que  tem 
influência  nesse  denominador  é  justamente  a  característica  desejada  para  o 
estimador.  Para  que  o  estimador  tenha  uma  certa  característica  de  tal  forma 
que  ele  possa  ser  enquadrado  como  não  tendencioso,  é  necessário  que  o 
denominador seja “

1

n

”. 

Este  estimador  acima  é  o  mais  utilizado.  Ele  é  não  tendencioso.  Contudo

,  no 

caso da variável normal

, ele não é o estimador de máxima verossimilhança. 

O estimador de máxima verossimilhança é: 

(

)

n

X

X

s

i

=

2

2

 

Se por acaso o exercício der uma amostra de uma variável normal e pedir para 
calcular  o  estimador  de  máxima  verossimilhança  da  variância  utilizamos n  no 
denominador (em vez de 

1

n

). Mas acho que é improvável que isto ocorra. O 

que  deve  vai  cair  mesmo  é  com  o  denominador 

1

n

.  É  improvável,  mas  não 

impossível,  conforme  veremos  em  alguns  exercícios  de  concursos  durante  a 
aula. 

01.  (Sefaz-RJ  2008/FGV)  SEFAZ  RJ  2008  [FGV]  Considere  uma  Amostra 
Aleatória  Simples  de  n  unidades  extraídas  de  uma  população  na  qual  a 
característica,  X,  estudada  tem  distribuição  Normal  com  média 

µ e  variância 

2

σ , ambas desconhecidas, mas finitas. Considere, ainda, as estatísticas média 

da  amostra, 

X

  =

=

n

i

i

X

n

1

1

,  e  variância  da  amostra 

(

)

=

=

n

i

i

X

X

n

s

1

2

2

1

.  Então,  é 

correto afirmar que: 

(A) 

X

  e 

2

S

são,  ambos,  não  tendenciosos  para  a  estimação  da  média  e  da 

variância da população, respectivamente. 

(B) 

X

 é não-tendencioso, mas 

2

S

 é tendencioso para a estimação da média e 

da variância da população, respectivamente. 

(C) 

X

 é tendencioso, mas 

2

S

 é não-tendencioso para a estimação da média e 

da variância da população, respectivamente. 

(D) 

X

  e 

2

S

  são,  ambos,  tendenciosos  para  a  estimação  da  média  e  da 

variância da população, respectivamente. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

(E) 

X

  e 

2

S

são,  ambos,  não-tendenciosos  para  a  estimação  da  média  e  da 

variância da população, mas apenas 

X

 é consistente. 

 

Resolução: 

Nesta questão, temos: 

-  a  média  aritmética  da  amostra  como  um  estimador  da  média  populacional: 
vimos que a média da amostra é um estimador não-tendencioso. 

- a variância da amostra como um estimador da variância populacional: vimos 
que, quando se usa  n  no denominador, o estimador é tendencioso. 

Gabarito: B 

02.  (CGU  2008/ESAF)  Qual  o  estimador  de  máxima  verossimilhança  da 
variância  de  uma  variável  X  normalmente  distribuída  obtido  a  partir  de  uma 

amostra aleatória simples X

1

, X

2

, X

3

, ..., X

n

, desta variável, sendo 

n

X

m

i

/

=

 o 

estimador de máxima verossimilhança da média? 

a) 

1

)

(

2

n

m

X

i

 

 

b) 

2

)

(

2

n

m

X

i

 

 

c) 

5

,

0

2

1

)

(

n

m

X

i

   

d) 

2

)

(

m

X

i

 

e) 

n

m

X

i

2

)

(

 

Resolução 

O enunciado está usando a letra “m” para indicar a média amostral. 

Vimos  que  o  estimador  de  máxima  verossimilhança  da  variância  para  a 
distribuição normal é aquele que apresenta “n” no denominador.  

Gabarito: E. 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

 

03.  (APOFP  –  SEFAZ/SP  2009/ESAF)  SEFAZ  SP  2009  [ESAF]  (Dados  da 
questão anterior: 17, 12, 9, 23, 14, 6, 3, 18, 42, 25, 18, 12, 34, 5, 17, 20, 7, 
8, 21, 13, 31, 24, 9.) 

Considerando  que  as  observações  apresentadas  na  questão  anterior 
constituem  uma  amostra  aleatória  simples  X1,  X2,  ...,  Xn  de  uma  variável 
aleatória X, determine o valor mais próximo da variância amostral, usando um 
estimador não tendencioso da variância de X. 

Considere que: 

388

23

1

=

=

i

i

X

 

8676

23

1

2

=

=

i

i

X

 

a) 96,85       b) 92,64      c) 94,45     d) 90,57     e) 98,73 

Resolução 

Vamos  resolver  de  duas  maneiras.  A  primeira  delas  é  aplicando  uma  das 
fórmulas que vimos na aula de estatística descritiva (variância para amostra). 

=

1

 − 1 ∙  

∑ 

 

 

=

1

23 − 1 ∙ 8.676 −

388²

23  ≅ 96,84

 

A outra maneira consiste em fazer uma adaptação da fórmula de variância que 
estudamos aqui em Estatística Inferencial (na aula de variáveis aleatórias). 

Vimos que: 

² = !

 − [!]² 

Ou  seja,  a  variância  é  igual  à  diferença  entre  a  média  dos  quadrados  e  o 
quadrado da média. 

Para  aplicarmos  esta  fórmula  em  Estatística  Descritiva,  devemos  fazer  a 
adaptação dos símbolos (variância populacional): 

² = 

 − 

² 

Onde: 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

 

 = ∑ 

 

 = ∑ 

 

No  caso  da  variância  amostral,  devemos  fazer  uma  adaptação.  Basta 
multiplicar a variância amostral por n/(n-1). 

² = $

 − 

²% ∙ 

 − 1

 

O primeiro passo é calcular a média aritmética. Basta somar todos os valores e 
dividir pela quantidade de observações. 

 = ∑ 

 =

388

23

 

A média dos quadrados das observações: 

 = ∑ 

 =

8.676

23

 

Começamos calculando a diferença entre a média dos quadrados e o quadrado 
da média. 

 − 

=

8.676

23 − &

388

23 '

 

Agora multiplicamos esse resultado por n/(n-1) 

O estimador não tendencioso da variância é: 

² = $

 − 

²% ∙ 

 − 1 = 

8.676

23 − &

388

23 '

 ∙

23

23 − 1

 

² = 

8.676

23 − &

388

23 '

 ∙

23

22 =

8.676

23 ∙

23

22 − &

388

23 '

23

22

 

² =

8.676

22 −

388²

23 ∙ 22 ≅ 96,8458

 

Letra A 

Vamos falar agora um pouquinho sobre o estimador para proporções. 

Considere  que  a  proporção  de  eleitores  de  uma  cidade  que  pretendem  votar 
em  um  candidato  X  é  de  30%.  Esse  é  um  parâmetro  populacional,  pois 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

estamos  nos  referindo  a  todos  os  eleitores  da  cidade.  Sempre  que  nos 
referirmos à proporção da população, usamos o símbolo 

p

( = 30% = 0,30 

Suponha  que  vamos  realizar  uma  pesquisa  eleitoral  e,  para  tanto, 
entrevistamos  200  pessoas.  Dessas  200  pessoas,  80  afirmaram  que  votariam 
no candidato X. A proporção na amostra das pessoas que votarão em X é 40%. 

A proporção da amostra nós denotamos por 

(̂. 

(̂ = 40% = 0,40 

Nós utilizamos 

(̂ como estimador de (.  

Simples, não? 

Agora sim, vamos ao que interessa. Calcular intervalos de confiança. 

Intervalo de confiança para a média 

Muitas  populações  podem  ser  modeladas  segundo  uma  variável  aleatória. 
Como exemplo, considere a temperatura de um local, medida com  um fictício 
termômetro de infinitas casas após a vírgula. 

Nosso objetivo é estimar a temperatura média do local em um dado dia. Para 
tanto,  consideramos  que  a  temperatura  se  comporta  como  uma  variável 
aleatória X.  

Deste modo, encontrar a temperatura média do local é o mesmo que encontrar 
a esperança de X. 

?

)

(

=

=

µ

X

E

 

Num dado dia, vamos lá nesse local e, em dez instantes diferentes, medimos a 
temperatura.  Agora  temos  uma  amostragem  de  tamanho  10  para  a 
temperatura no local. 

Suponha que esta média tenha sido 

2

1

=

X

°C. 

Neste ponto, não custa nada lembrar a simbologia que padronizamos. 

· 

X

 é a média de uma amostra 

· 

µ  é a média da população (é o valor que pretendemos estimar) 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

10 

 

Só  que  os  instantes  em  que  realizamos  a  amostragem  foram  aleatoriamente 
escolhidos. Se, por acaso, outros instantes tivessem sido escolhidos, cada uma 
das medições poderia ser ligeiramente diferente. Seria possível ter obtido uma 

segunda média igual a 

1

,

2

2

=

X

°C. 

Ou também seria possível ter obtido uma terceira média 

051

,

2

3

=

X

°C. 

Quando  nos  referimos  a  uma  única  amostra, 

X

representa  um  número,  a 

média aritmética daquela amostra. 

Mas também podemos nos referir a 

X

 de forma diferente. Podemos pensar em 

inúmeras amostras, com 

X

 assumindo valores diferentes em cada uma delas. 

Assim, 

X

 seria uma variável aleatória. 

X

 pode ser vista como uma variável aleatória! 

É possível demonstrar que: 

µ

=

)

( X

E

 

Ou  seja,  o  valor  esperado  para  a  média  amostral  (vista  como  uma  variável 
aleatória) é igual à média da população. 

Explicando melhor. 

Se  fosse  possível  fazer  muitas  e  muitas  amostras,  de  tal  modo  que,  em  cada 

uma delas, calculássemos a média amostral (

X

), a média de todos os valores 

de 

X

 seria justamente a média da população (

µ ). 

Outro exemplo. 

Considere um tetraedro regular. Nas suas faces temos os números 1, 2, 3, 4. 

Lançamos o tetraedro sobre uma mesa. X representa o valor da face que fica 
em contato com a mesa. 

Vamos  realizar  um  estudo  dos  possíveis  resultados  deste  lançamento.  Para 
tanto, lançamos duas vezes (amostra de tamanho 2). 

Saíram os resultados 1 e 3. 

Para esta amostra em particular a média amostral foi: 

2

2

3

1

=

+

=

X

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

11 

Ok, fizemos uma única amostra. Neste caso, 

X

 é um número. É simplesmente 

a média aritmética dos valores pertencentes à amostra. 

Acontece  que  não  estamos  interessados  em  uma  amostra  específica,  que 

fornece um valor único para 

X

. Estamos interessados na variável aleatória 

X

O resultado do lançamento do dado é aleatório. Seria possível que tivéssemos 
obtido outras amostras. Se o tetraedro for homogêneo, as possíveis amostras 
seriam: 

1 e 1 

1 e 2 

1 e 3 

1 e 4 

2 e 1 

2 e 2 

2 e 3 

2 e 4 

3 e 1 

3 e 2 

3 e 3 

3 e 4 

4 e 1 

4 e 2 

4 e 3 

4 e 4 

Seriam  16  amostras  possíveis,  todas  elas  com  a  mesma  probabilidade  de 
ocorrer.  

O valor da média amostral em cada uma dessas amostras seria: 

Valores da 

amostra 

X

 

1 e 1 

1 e 2 

1,5 

1 e 3 

1 e 4 

2,5 

2 e 1 

1,5 

2 e 2 

2 e 3 

2,5 

2 e 4 

3 e 1 

3 e 2 

2,5 

3 e 3 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

12 

Valores da 

amostra 

X

 

3 e 4 

3,5 

4 e 1 

2,5 

4 e 2 

4 e 3 

3,5 

4 e 4 

Repare  que 

X

  pode  ser  visto  como  uma  variável  aleatória  que  assume 

diversos valores. 

A média de todos os possíveis valores de 

X

 fica: 

)

4

5

,

3

3

5

,

2

5

,

3

3

5

,

2

2

3

5

,

2

2

5

,

1

5

,

2

2

5

,

1

1

(

16

1

)

(

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

×

=

X

E

 

5

,

2

)

(

=

X

E

 

Vamos agora calcular a média da variável aleatória X. 

A variável aleatória X assume os valores 1, 2, 3, 4, cada um com probabilidade 
1/4. 

Portanto: 

4

4

1

3

4

1

2

4

1

1

4

1

)

(

×

+

×

+

×

+

×

=

=

µ

X

E

 

5

,

2

=

µ

 

Concluindo: a esperança da média amostral é igual à esperança da população. 
Isto  significa  que,  se  fosse  possível  fazer  um  número  muito  grande  de 
amostras,  a  média  de  todas  as  médias  amostrais  seria  igual  à  média  da 
população. 

Ainda  não  falamos  sobre  as  diversas  características  dos  estimadores.  Mas  já 
podemos antecipar uma delas: o estimador não tendencioso (ou não viciado). 

O  fato  da  média  de 

X

  ser  igual  à  média  da  população  nos  permite  classificar 

X

 como estimador não tendencioso (ou não viciado). Usando esse estimador, 

em  média  (considerando  as  inúmeras  amostras  que  poderiam  ser  feitas),  nós 
estamos realmente acertando o valor do parâmetro desconhecido. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

13 

Sempre  que  a  esperança  de  um  estimador  for  igual  ao  parâmetro 
estimado, estamos diante de um estimador não tendencioso. 

µ

=

)

( X

E

: a média de 

X

 é igual ao parâmetro estimado; se fizéssemos 

inúmeras amostragens, em média, acertaríamos a média populacional. 

Sabendo que 

X

 pode ser vista como uma variável aleatória, é possível calcular 

a sua variância. 

Seja 

2

σ  a variância da população. 

É possível demonstrar que, sendo ‘n’ o tamanho das amostras, a variância de 

X

 fica: 

n

X

V

2

)

(

σ

=

 

Um outro símbolo possível para a variância de 

X

 seria: 

2

X

σ

. Portanto: 

n

X

2

2

σ

σ

=

 

A variância da média amostral é igual à variância da população dividido por n. 

Por conseqüência, o desvio padrão da média amostral é: 

n

X

σ

σ

=

 

Ou seja, o desvio padrão de 

X

 é igual ao desvio padrão da população dividido 

por raiz de n. 

Estas  fórmulas  da  variância  e  desvio  padrão  só  são  válidas  se  a 
variável  aleatória  tiver  população  infinita  (ou  seja,  assume  infinitos 
valores, como no caso de uma variável aleatória contínua). 

Caso  a  população  seja  finita  (como  foi  o  caso  do  lançamento  do  tetraedro),  o 
resultado continua valendo, desde que a amostragem seja feita com reposição. 

Caso  a  população  seja  finita  e  a  amostragem  seja  feita  sem  reposição,  as 
fórmulas devem ser adaptadas. Veremos esta adaptação posteriormente. Para 
a  maior  parte  dos  concursos,  esta  correção  para  população  finita  pode 
simplesmente ser ignorada, pois quase nunca é cobrada.  

Por hora, vamos nos concentrar na fórmula que é mais cobrada: 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

14 

n

X

2

2

σ

σ

=

 

Por conseqüência: 

n

X

σ

σ

=

 

X

 pode ser vista como uma variável aleatória com esperança 

µ

 e 

variância 

n

2

σ

 

(e, consequentemente, desvio padrão 

n

σ

). 

Ou seja, a média de 

X

 é igual à média da população. E a variância de 

X

 é igual à variância da população dividida por n. O desvio padrão de 

X

 é igual ao desvio padrão da população dividido por raiz de n. 

Agora  vem  o  grande  detalhe.  Pelo  teorema  do  limite  central  é  possível 

demonstrar  que  a  variável  aleatória 

X

  tem  distribuição  aproximadamente 

normal.  A  aproximação  é  melhor  quanto  maior  o  tamanho  das  amostras 
(quanto  maior  o  valor  de  n).  Isto  vale  mesmo  que  a  variável  X  não  seja 
normal. 

Caso a variável X seja normal, a variável 

X

 também será normal (aí já não é 

aproximação). 

Ou  seja,  para  a  variável 

X

  nós  podemos  utilizar  a  tabela  de  áreas  para  a 

variável  normal.  Isto  é  de  extrema  utilidade  na  determinação  dos  chamados 
intervalos de confiança.  

X

  pode  ser  vista  como  uma  variável  aleatória  normal  (ou 

aproximadamente  normal),  com  média 

µ

,  variância 

n

2

σ

 

e  desvio 

padrão 

n

σ

A aproximação vale mesmo que X não seja normal. Quanto maior 
o tamanho das amostras, melhor a aproximação.

 

 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

15 

04. (SEFAZ-RJ 2011/FGV) Um processo X segue uma distribuição normal, com 
média  15  e  desvio  padrão 

 2, ou seja, ~-15,2

. Sobre uma amostra de 

tamanho 36 (

), analise as afirmativas a seguir: 

I. Dado que X é normal, 

 também é normal. 

II. A média amostral difere da população pelo fator 

 = 

.

/√, no qual 

.

 é 

a média populacional e n o número de observações na amostra. 

III. 

 apresenta desvio-padrão 1/3. 

Assinale 
(A) se apenas a afirmativa I estiver correta. 
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
Resolução 
 
Já  vimos  que  se  X  é  uma  variável  normal, 

  também  será  uma  variável 

normal. Assim, a frase I está correta. 
 
A frase II está errada. Não temos como saber a diferença exata entre a média 
populacional e a média amostral, a não ser que seja fornecido o valor da média 
populacional. Ele tente confundir o candidato com uma fórmula que não existe 
e que é parecida com a fórmula do erro padrão da média. 
 
A frase III pede o desvio-padrão (erro padrão) da média. 
 

.

=

=

2

√36

=

2

6 =

1

3

 

A frase III está correta. 
 

Letra D 

 

Seja  X  uma  variável  aleatória  que  representa  uma  população  infinita  com 
variância conhecida (

2

σ ). Este “infinita” é só para ser um pouco rigoroso. Caso 

a  população  seja  finita,  os  resultados  que  veremos  só  se  aplicam  se  a 
amostragem  for  feita  com  reposição.  No  concurso  só  vai  cair  assim.  Muitas 
questões  nem  se  preocupam  em  detalhar  isto...  fica  implícito.  Eu  diria  que 
vocês  não  precisam  se  preocupar  com  o  caso  de  população  finita  e 
amostragem sem reposição.  

Pois bem, então X é nossa variável aleatória com variância conhecida (

2

σ ). X 

representa  nossa  população.  Apesar  de  conhecermos  sua  variância,  não 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

16 

conhecemos sua média (

µ ). Nosso objetivo será obter uma amostra e, a partir 

dela, definir o chamado intervalo de confiança para 

µ .  

Vamos supor que a variância da população seja de 16. 

16

)

(

2

=

=

σ

X

V

 

A média da população, esta nós não conhecemos. Vamos chamá-la de 

µ . 

?

)

(

=

=

µ

X

E

 

Vamos obter uma amostra de tamanho 4. 

4

=

n

 

A média de uma amostra de tamanho 4 é 

X

.  

Antes  de  efetivamente  fazer  uma  amostragem  (o  que  nos  fornecerá  um  valor 

específico  para 

X

),  vamos  pensar  em  todas  as  amostras  que  poderiam  ser 

obtidas (com tamanho 4). Em cada uma delas, 

X

 assume um valor diferente. 

Conforme  visto  no  começo  da  aula, 

X

  pode  ser  vista  como  uma  variável 

aleatória normal (ou aproximadamente normal) de média 

µ . 

Sabemos também que 

X

 tem uma variância dada por: 

n

X

V

2

)

(

σ

=

 

4

4

16

)

(

=

=

X

V

 

Portanto, o desvio padrão da variável 

X

 é dado por: 

2

4 =

=

X

σ

 

Vamos criar a seguinte variável transformada: 

X

X

Z

σ

µ

=

 

A  variável  Z,  conforme  já  estudado  anteriormente,  tem  média  zero  e  desvio 
padrão unitário. É a nossa variável normal reduzida. 

Sabemos que Z tem média zero e desvio padrão unitário. E Z também é uma 
variável normal (ou aproximadamente normal). 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

17 

 

Para a variável Z nós podemos consultar a tabela da variável normal reduzida. 
Vamos  determinar  o  intervalo,  centrado  na  média,  que  contém  95%  dos 
valores de Z. 

Consultando a tabela da distribuição normal padrão, temos que o intervalo de 
0  a  1,96  contém  47,5%  dos  valores.  Portanto,  o  intervalo  de  -1,96  a  0 
também contém 47,5% dos valores.  

Juntando os  dois, temos que 95% dos valores estão entre -1,96 e 1,96 (área 
verde abaixo). 

 

 

Isto quer dizer que 95% dos valores de Z estão entre -1,96 e 1,96. 

Mas quem é Z? 

Lembrando: 

X

X

Z

σ

µ

=

 

Ou  seja,  se  fizéssemos  várias  amostras  e  para  cada  uma  delas  obtivéssemos 

um valor para 

X

, em 95% dos casos o valor 

X

X

σ

µ

 estaria entre -1,96 e 1,96. 

Portanto,  a  probabilidade  de 

X

X

σ

µ

  assumir  valores  entre  -1,96  e  1,96  é  de 

95%. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

18 

Ok.  Agora  nós  pegamos  e  realmente  fazemos  uma  amostra  com  4  valores. 
Esta amostra resultou em: 

1, 5, 3, 1. 

Para  esta  amostra  específica,  o  valor  de 

X

  foi  2,5.  Com  base  nesta  amostra 

específica,  temos  um  valor  específico  para 

X

.  Se  considerarmos  apenas  esta 

amostra, 

X

 não é mais variável. É um valor único (2,5). 

E para esta amostra específica o valor de Z é: 

2

5

,

2

µ

=

Z

A  probabilidade  de  este  valor  estar  no  intervalo  de  -1,96  a  1,96  não  é  mais 
95%.  Isto  porque  a  expressão  acima  não  assume  mais  valores  diversos, 
aleatórios. É um valor único. 

2,5 é um número, uma constante. 

O  valor  de 

µ   é  também  um  número,  constante.  É  desconhecido.  Mas  é 

constante. A média da população é um número, um valor único. 

E, por fim, o denominador 2 também é constante. 

Fazendo a conta 

2

5

,

2

µ

, obtemos um valor que pode ou não estar no intervalo 

-1,96 a 1,96. 

Quando substituímos a variável 

X

 por um valor obtido para uma dada amostra 

específica, não falamos mais em probabilidade. 

É errado afirmar que, com probabilidade de 95%, o valor 

2

5

,

2

µ

 estará entre -

1,96 e 1,96. 

Mas, supondo que este valor esteja entre -1,96 e 1,96, ficamos com: 

96

,

1

2

5

,

2

96

,

1

µ

 

92

,

3

5

,

2

92

,

3

µ

 

5

,

2

92

,

3

92

,

3

5

,

2

µ

 

42

,

1

42

,

6

µ

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

19 

42

,

6

42

,

1

µ

 

Este intervalo entre -1,42 e 6,42 é chamado de intervalo de 95% de confiança 
para a média da população. 

Repare que não temos certeza de que a média da população (

µ ) esteja neste 

intervalo. Nem podemos dizer que a probabilidade de ela estar neste intervalo 
seja de 95%. 

Tentando explicar de outra forma o que foi feito. 

Em 95% dos casos, 

X

 está distante menos de 1,96 desvios padrão da média 

µ . 

Como o desvio padrão de 

X

 é 2, temos que em 95% dos casos 

X

 dista menos 

que 3,92 da média 

µ . 

Ou seja, em 95% dos casos 

X

 está entre 

92

,

3

µ

 e 

92

,

3

+

µ

 

Fazemos  a  amostragem.  Obtemos  um  específico  valor  para 

X

  (=2,5).  Este 

valor  pode  estar  ou  não  no  intervalo  entre 

92

,

3

µ

  e 

92

,

3

+

µ

.  Se  fizéssemos 

inúmeras amostragens, em 95% delas o valor de 

X

 de fato estaria contido no 

referido intervalo. Para este valor em particular (2,5), não temos como saber. 

Vamos supor que este valor esteja neste intervalo. Se isto for verdade, qual o 
intervalo que contém 

µ ? 

O valor encontrado para 

X

 é de 2,5. Este valor pode tanto estar à esquerda de 

µ  quanto à direita. Vamos fazer os dois casos extremos. 

Se 

X

 estiver à esquerda de 

µ , o caso mais extremo seria justamente quando: 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

20 

 

92

,

3

=

µ

X

 

92

,

3

5

,

2

=

µ

 

Este caso extremo ocorreria se  

42

,

6

=

µ

 

Se 

X

 estiver à direita de 

µ , o caso mais extremo seria justamente quando: 

92

,

3

+

=

µ

X

 

92

,

3

5

,

2

+

=

µ

 

Este caso extremo ocorreria se: 

42

,

1

=

µ

 

Resumindo,  supondo  que  o  valor  encontrado  para 

X

  dista  menos  de  1,96 

desvios  padrão  de 

µ ,  os  valores  extremos  que  µ   pode  assumir  são  -1,42  e 

6,42. Portanto, com 95% de confiança, 

µ  está neste intervalo. 

Esta estimativa da média da população é por vezes chamada de estimativa por 
intervalo.  Não  estamos  lhe  atribuindo  um  valor  único,  mas  uma  faixa  de 
valores. 

No começo desta aula vimos como fazer a estimativa por ponto. Na estimativa 
por  ponto  não  determinávamos  uma  faixa  de  valores.  Sim  um  valor  único. 

Estimávamos o valor de 

µ  com o valor de 

X

.  

Vocês podem guardar que o intervalo de confiança será sempre da forma 

X

X

Z

X

Z

X

σ

µ

σ

0

0

+

 

RESUMO: cálculo do intervalo de confiança para a média da população. 

1° Passo: Achar o valor de Z

0

 associado ao nível de confiança dado no 

exercício. 

2° Passo: Encontrar o valor específico de 

X

 para a amostra feita. 

3° Passo: Encontrar o desvio padrão de

X

. Utilizar a fórmula: 

n

X

σ

σ

=

 

4° Passo: Determinar o intervalo de confiança: 

X

X

Z

X

Z

X

σ

µ

σ

×

+

×

0

0

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

21 

 

05. (ISS CAMPINAS 2011/CETRO) A duração da vida de uma peça é tal que o 
desvio-padrão  é  4  horas.  Foram  amostradas  100  dessas  peças  obtendo-se  a 
média  de  320  horas.  Dessa  forma,  assinale  a  alternativa  que  apresenta  um 
intervalo de confiança para a verdadeira duração média da peça com nível de 
95% de confiança. 

(A) [318,04; 321,96] 

(B) [318,125; 321,875] 

(C) [319,05; 320,95] 

(D) [319,216; 320,784] 

(E) [319,512; 320,488] 

Observação:  Havia  uma  figura  indicando  que  para  o  nível  de  95%  de 
confiança, devemos utilizar Z

0

 = 1,96. 

Resolução 

Vamos resumir os dados do enunciado. O tamanho da amostra é 100, ou seja, 
n  =  100;  a  média  amostral  X  é  igual  a  320  horas,    o  desvio-padrão 
populacional é igual a 4 horas. 

O  primeiro  passo  é  calcular  o  erro  padrão  (ou  desvio-padrão)  da  média 
amostral. E como calculamos este desvio padrão da média amostral? 

É muito simples! Basta dividir o desvio-padrão populacional pela raiz quadrada 
do número elementos da amostra. 

Desvio padrão populacional: σ =  4 

Desvio padrão da média amostral:  

.

=

1

√2

=

3

√455

= 0,4 

Pois bem, o intervalo de confiança pedido é dado por: 

[–7

5

.

;  +7

5

.

]

Em  que 

é  a  média  amostral  e 

.

  é  o  desvio  padrão  da  média  amostral. 

Substituindo os valores, obtemos: 

[320 – 1,96 • 0,4 ; 320 + 1,96 • 0,4] = [319,216 ; 320,784] 

Letra D 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

22 

06.  (ICMS/RJ  2011/FGV)  Um  processo  X  segue  uma  distribuição  normal  com 
média populacional desconhecida, mas com desvio-padrão conhecido e igual a 
4.  Uma  amostra  com  64  observações  dessa  população  é  feita,  com  média 
amostral 45. Dada essa média amostral, a estimativa da média populacional, a 
um intervalo de confiança de 95%, é 

a) (41;49) 

b) (37;54) 

c) (44,875;45,125) 

d) (42,5; 46,5) 

e) (44;46) 

Resolução 

No dia 26/04/2011 eu escrevi um artigo no Ponto sugerindo a anulação desta 
questão. Infelizmente, a FGV não anulou. 

http://www.pontodosconcursos.com.br/artigos3.asp?prof=249&art=6680&idpa
g=4  

Por  que  anular?  Porque  a  FGV  neste  caso  exigiu  que  o  candidato  soubesse 
alguns  valores  de 

7

5

  decorados.  Além  disso,  ele  utilizou  um  valor  errado  para 

7

5

 . Eis uma tabelinha com alguns valores importantes. 

Nível de 

Confiança 

c

z

 

99,73% 

3,00 

99% 

2,58 

98% 

2,33 

96% 

2,05 

95,45% 

2,00 

95% 

1,96 

90% 

1,645 

80% 

1,28 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves

www.pontodosconcursos.com.br                 

23 

68,27 

1,00 

50% 

0,6745 

Precisa  decorar  isto  tudo??  Bom,  eu  acho  que  não.  Se  fosse  para  escolher  3, 
eu escolheria os seguintes: 

Nível de 

Confiança 

c

z

 

99% 

2,58 

95% 

1,96 

90% 

1,645 

 

Vamos resumir os dados do enunciado. O tamanho da amostra é 64, ou seja, n 
= 100; a média amostral X é igual a 45, o desvio-padrão populacional é igual a 
4. 

O  primeiro  passo  é  calcular  o  erro  padrão  (ou  desvio-padrão)  da  média 
amostral. E como calculamos este desvio padrão da média amostral? 

É muito simples! Basta dividir o desvio-padrão populacional pela raiz quadrada 
do número elementos da amostra. 

Desvio padrão populacional: σ =  4 

Desvio padrão da média amostral:  

.

=

1

√2

=

3

√93

= 0,5 

Pois bem, o intervalo de confiança pedido é dado por: 

[–7

5

.

;  +7

5

.

]

Em  que 

é  a  média  amostral  e 

.

  é  o  desvio  padrão  da  média  amostral. 

Substituindo  os  valores,  obtemos  (para  uma  confiança  de  95%  utilizamos 
7

5

= 1,96). 

[45– 1,96 ∙ 0,5; 45– 1,96 ∙ 0,5] = [44,02; 45,98] 

Não há resposta compatível. 

A FGV considerou como resposta a letra E. 

Para que a resposta fosse a letra E, deveríamos ter utilizado 

7

5

= 2 no lugar de 

7

5

= 1,96. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

24 

Já  fica  a  dica  para  a  próxima  prova.  Se  o  intervalo  para  95%  de  confiança, 
utilize 

7

5

= 1,96. Se não der certo, troque por 7

5

= 2 

Letra E 

07. 

(CGU 2008/ESAF) Construa um intervalo de 95% de confiança para a 

média de uma população normal a partir dos dados de uma amostra aleatória 
simples de tamanho 64 desta população, que forneceu uma média de 48 e um 
desvio-padrão amostral de 16, considerando que F(1,96) = 0,975, onde  F(z) é 
a função de distribuição de uma variável aleatória normal padrão Z.  

a) 44,08 a 51,92. 

b) 41,78 a 54,22. 

c) 38,2 a 57,8. 

d) 35,67 a 60,43. 

e) 32,15 a 63,85. 

Resolução: 

Repare  que  não  conhecemos  a  variância  da  população.  Sempre  que  isso 
acontece, nós devemos adotar os seguintes procedimentos: 

- utilizamos a variância da amostra no lugar da variância da população 

-  consultamos  a  tabela  da  distribuição  T,  em  vez  da  tabela  da  distribuição 
normal. 

Nós  falaremos  um  pouco  mais  sobre  isso  no  próximo  tópico  que  vamos 
estudar. 

Dito  isso,  concluímos  que  o  certo  seria  utilizar  a  distribuição  T.  Contudo,  o 
exercício  não  forneceu  a  tabela  da  distribuição  T.  Forneceu  apenas  alguns 
valores da função distribuição de probabilidade da variável normal reduzida (= 
variável normal padrão).  

Não temos saída, teremos que utilizar os valores da variável reduzida. O mais 
exato seria resolver o exercício considerando a distribuição T. Mas não vamos 
“brigar” com o enunciado. Se o enunciado só deu informações sobre a variável 
normal, vamos usar a variável normal. 

Vamos considerar que essa amostra já é razoavelmente grande, de forma que 
a  diferença  entre  usar  a  distribuição  normal  no  lugar  da  distribuição  T  não  é 
tão grande. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

25 

 

Primeiro passo: determinando o valor de Z

0

 associado a 95% de confiança. 

Vimos  que  a  função  distribuição  de  probabilidade  (FDP)  também  serve  para 
cálculos de probabilidade. 

Se  F(1,96)  =  0,975,  isto  significa  que  a  probabilidade  de  Z  assumir  valores 
menores ou iguais a 1,96 é de 97,5%.  

Ou seja, a área verde da figura abaixo é de 97,5%. 

 

Sabemos que a área inteira  da figura  acima é igual a 1 (a probabilidade de Z 
assumir um valor qualquer é de 100%). 

Portanto,  a  área  amarela  é  de  2,5%.  Como  o  gráfico  é  simétrico,  a  área  à 
esquerda  de  -1,96  também  é  de  2,5%.  Deste  modo,  a  área  verde  da  figura 
abaixo é de 95%. 

 

Os  valores  -1,96  e  1,96  delimitam  o  intervalo  de  confiança  de  95%  para  a 
variável reduzida Z. Ou seja, o valor de Z

0

 associado a 95% é 1,96. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

26 

96

,

1

0

=

Z

 

Segundo passo: determinar o valor de 

X

 específico para a amostra feita. 

48

=

X

 

Terceiro passo: determinar o desvio padrão de 

X

A amostra tem tamanho 64 (n = 64). 

O desvio padrão de 

X

 é dado pela fórmula: 

n

X

σ

σ

=

 

Não  conhecemos  o  desvio  padrão  da  população.  Estamos  considerando  que  a 
amostra  é  muito  grande  a  tal  ponto  que  a  sua  variância  seja  um  excelente 
estimador da população. Vamos considerar que a variância amostral é igual  à 
variância  da  população.  Portanto,  o  desvio  padrão  da  população  também  é 
igual ao desvio padrão da amostra (=16). 

16

=

σ

 

2

64

16 =

=

X

σ

 

Quarto: determinar o intervalo de confiança. 

O intervalo de confiança é da forma: 

X

X

Z

X

Z

X

σ

µ

σ

×

+

×

0

0

 

Substituindo os valores: 

X

X

Z

X

Z

X

σ

µ

σ

×

+

×

0

0

 

2

96

,

1

48

2

96

,

1

48

×

+

×

µ

 

92

,

3

48

92

,

3

48

+

µ

 

92

,

51

08

,

44

µ

 

Gabarito: A. 

08. 

(BACEN/2006/FCC)  Os  preços  de  um  determinado  produto  vendido  no 

mercado  têm  uma  distribuição  normal  com  desvio  padrão  populacional  de  R$ 
20,00.  Por  meio  de  uma  pesquisa  realizada  com  uma  amostra  aleatória  de 
tamanho  100,  com  um  determinado  nível  de  confiança,  apurou-se,  para  a 
média destes preços, um intervalo de confiança sendo [R$ 61,08; R$ 68,92]. A 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

27 

mesma  média  amostral  foi  obtida  quadruplicando  o  tamanho  da  amostra  e 
utilizando  também  o  mesmo  nível  de  confiança.  Nos  dois  casos  considerou-se 
infinito o tamanho da população. O novo intervalo de confiança encontrado no 
segundo caso foi: 

a) [R$ 63,04; R$ 66,96] 

b) [R$ 62,06; R$ 67,94] 

c) [R$ 61,57; R$ 68,43] 

d) [R$ 61,33; R$ 68,67] 

e) [R$ 61,20; R$ 68,80] 

Resolução. 

O intervalo de confiança é da seguinte forma: 

X

X

Z

X

Z

X

σ

µ

σ

0

0

+

 

Para  calcular  a  amplitude  deste  intervalo,  fazemos  assim.  Tomamos  o  limite 
superior. Tomamos o limite inferior. Em seguida subtraímos um do outro. 

+

=

)

(

0

X

Z

X

A

σ

X

X

Z

X

Z

σ

σ

×

×

=

0

0

2

)

(

 

Substituindo o valor de 

X

σ : 

A

n

Z

σ

×

×

=

0

2

 

Amplitude do intervalo de confiança: 

X

Z

σ

×

×

2

0

 

n

Z

σ

×

×

=

0

2

 

 

Na primeira pesquisa, o intervalo de confiança foi [R$ 61,08; R$ 68,92].  

A média amostral 

)

( X

 corresponde ao ponto médio do intervalo de confiança. 

Portanto, nesta primeira amostragem, a média amostral obtida foi: 

65

2

08

,

61

92

,

68

=

+

=

X

 

A amplitude do intervalo é dada por: 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

28 

 

=

08

,

61

92

,

68

   7,84 

Na segunda pesquisa, a mesma média amostral foi obtida. 

Já  a  amostra  teve  seu  tamanho  quadruplicado.  O  novo  tamanho  da  amostra 
fica: 

n

n

4

' =

 

Com isso, a nova amplitude do intervalo de confiança fica: 

A’

2

4

4

2

'

2

0

0

A

A

n

Z

n

Z

=

=

×

=

×

×

=

σ

σ

 

Quando  quadruplicamos  o  tamanho  da  amostra,  a  amplitude  do  intervalo  fica 
reduzida pela metade. A nova amplitude é dada por: 

=

=

2

84

,

7

'

A

3,92 

Com isso, o novo intervalo é centrado em 65, com amplitude de 3,92. 

Isto nos permite achar os limites do novo intervalo de confiança: 

=

+

2

92

,

3

65

66,96 

=

2

92

,

3

65

63,04 

Logo: 

96

,

66

04

,

63

µ

 

Gabarito: A. 

Intervalo de confiança para a média quando a variância da população 

não é conhecida 

A maior parte dos exercícios de concursos sobre intervalo de confiança não são 
resolvidos por meio da distribuição normal. Eles envolvem o conhecimento da 
distribuição T de Student. A grande vantagem é que a forma de se resolverem 
os exercícios de intervalo de confiança por meio da distribuição T é exatamente 
a  mesma  daquela  vista  acima,  para  a  distribuição  normal.  A  única  coisa  que 
muda é a tabela em que fazemos a consulta. No final da aula há duas tabelas. 
A  única  coisa  que  vai  mudar  é  que  vamos  consultar  a  tabela  II,  em  vez  da 
tabela I. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

29 

Sabemos  que 

X

  pode  ser  visto  como  uma  variável  aleatória  normal  (ou 

aproximadamente  normal).  Portanto,  para 

X

  podemos  utilizar  a  tabela  de 

áreas da variável normal. 

Para utilizar esta tabela, precisamos encontrar a variável normal reduzida Z: 

X

X

Z

σ

µ

=

Onde 

X

σ  é o desvio padrão da variável 

X

. Sua fórmula é: 

n

X

σ

σ

=

Entretanto, se não soubermos a variância da população (

2

σ ), não temos como 

calcular 

X

σ . 

Nestes  casos,  utilizamos  a  variância  da  amostra  no  lugar  da  variância  da 
população.  Em  problemas  assim,  na  verdade,  nós  estamos  estimando  duas 
grandezas  ao  mesmo  tempo.  Estamos  estimando  a  média  e  a  variância  da 
população. 

Como  não  temos  certeza  nem  sobre  o  valor  da  média  nem  sobre  o  valor  da 
variância  da  população,  nosso  intervalo  de  confiança  tem  que  ser  maior  que 
aquele que seria obtido caso conhecêssemos o valor de 

2

σ , para mantermos o 

mesmo nível de confiança. É exatamente esta a idéia da distribuição T. 

Para ilustrar, seguem alguns gráficos. 

 

As  curvas  em  azul  e  vermelho  indicam  as  distribuições  T  com  2  e  4  graus  de 
liberdade.  Por  hora,  apenas  fiquem  com  a  informação  de  que  o  número  de 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

30 

graus  de  liberdade  tem  relação  com  o  tamanho  da  amostra.  Quanto  maior  o 
tamanho da amostra, maior o número de graus de liberdade. 

Quando a amostra é pequena (como é o exemplo da curva azul, com 2 graus 
de liberdade), o gráfico é diferente da curva normal (em verde). 

À medida que o tamanho da amostra aumenta, a distribuição T se aproxima da 
normal. Notem que a curva em vermelho já está mais próxima da curva verde. 
Isto é até intuitivo. Se a amostra for muito grande, então conhecer a variância 
da amostra é praticamente o mesmo que conhecer a variância da população. É 
como  se  estivéssemos  caindo  novamente  num  problema  em  que  a  variância 
populacional é conhecida. 

Portanto,  se  no  problema  não  soubermos  a  variância da  população,  as  únicas 
coisas que mudam são: 

·

 

Utilizamos a variância da amostra no lugar da variância da população. 

·

 

Em  vez  de  consultar  a  tabela  de  áreas  da  variável  reduzida  normal, 
consultamos a tabela da distribuição T 

Ao final desta aula consta uma tabela para a distribuição T (TABELA II). O seu 
gráfico  de  fdp  é  muito  parecido  com  o  da  distribuição  normal.  Ele  continua 
sendo simétrico, em um formato que lembra o de um sino. 

09. 

(SEFAZ MS 2006/FGV) Uma amostra aleatória simples de tamanho 25 foi 

selecionada para estimar a média desconhecida de uma população normal. A 
média amostral encontrada foi 4,2, e a variância amostral foi 1,44. 

O intervalo de 95% de confiança para a média populacional é: 

(A) 4,2 ± 0,49 

(B) 4,2 ± 0,64 

(C) 4,2 ± 0,71 

(D) 4,2 ± 0,75 

(E) 4,2 ± 0,81 

Resolução 

Primeiro  passo:  determinando 

0

t

  associado  a  95%  de  confiança.  Note  que 

agora  não  é  mais  o  valor  de  Z

0

.  Z

0

  era  quando  consultávamos  a  tabela  de 

áreas para a variável normal reduzida. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

31 

Só  que,  neste  exercício,  por  não  conhecermos  o  valor  da  variância  da 
população,  precisaremos  utilizar  a  variância  da  amostra.  Nestes  casos, 
consultamos a tabela da distribuição T (TABELA II em anexo). 

Para encontramos 

0

t

 associado a 95% de confiança, precisamos de uma tabela 

para a distribuição T. Ao final desta aula consta uma tabela (TABELA II).  

Esta  tabela  é  um  pouco  diferente  da  tabela  para  a  variável  normal.  Para 
consultá-la, precisamos saber: 

·

 

O nível de confiança desejado. 

·

 

O número de graus de liberdade 

O nível de confiança desejado foi informado no enunciado: 95%. 

O número de graus de liberdade é igual ao tamanho da amostra menos 1. 

1

_

_

= n

liberdade

de

graus

 

Neste caso, o número de graus de liberdade é 24. 

Consultamos o valor de 

0

t

 que delimita 95% dos valores de t, para 24 graus de 

liberdade. O valor é: 

064

,

2

0

=

t

 

Segundo passo: determinar o valor específico de 

X

 para a amostragem feita. 

2

,

4

=

X

 (fornecido no enunciado) 

Terceiro passo: determinar o desvio padrão de 

X

A amostra tem tamanho 25. (n = 25) 

n

X

V

2

)

(

σ

=

 

Só que não sabemos a variância da população (

2

σ ). Portanto, não temos como 

calcular  a  variância  de 

X

.  Neste  caso,  vamos  substituir  a  variância  da 

população  (

2

σ ) pela variância da amostra fornecida no exercício. Isto porque 

vimos  nesta  aula  que  a  variância  da  amostra  é  um  estimador  da  variância  da 
população. 

Estimador da variância da população: 

44

,

1

2

=

X

s

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

32 

E o estimador da variância de 

X

 fica: 

25

44

,

1

44

,

1

2

=

=

n

s

X

 

Agora podemos calcular a estimativa do desvio padrão de 

X

24

,

0

5

2

,

1

25

44

,

1

=

=

=

X

s

 

Quarto passo: determinar o intervalo de confiança. 

Para tanto, sabemos que em 95% dos casos o valor de t estará entre -2,064 e 
2,064. 

064

,

2

064

,

2

t

 

Mas quem é t? A variável t é quem está substituindo a variável Z. 

Para  obter  a  variável  t,  o  procedimento  é  análogo  ao  procedimento  para  a 
variável Z. 

X

s

X

t

µ

=

 

A  única  diferença  é  que  não  sabemos  o  desvio  padrão  de 

X

.  Por  isto 

utilizamos a sua estimativa (

X

s

). 

Ok,  continuando  o  problema.  Sabemos  que  em  95%  dos  casos  o  valor  de  t 
estará entre -2,064 e 2,064. 

064

,

2

064

,

2

t

 

064

,

2

064

,

2

X

s

X

µ

 

06

,

2

24

,

0

2

,

4

06

,

2

µ

 

24

,

0

064

,

2

2

,

4

24

,

0

064

,

2

×

×

µ

 

24

,

0

06

,

2

2

,

4

2

,

4

24

,

0

06

,

2

×

+

×

µ

 

24

,

0

064

,

2

2

,

4

24

,

0

064

,

2

2

,

4

×

+

×

µ

 

49

,

0

2

,

4

49

,

0

2

,

4

+

µ

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

33 

Gabarito: A 

Outra  forma  de  fazer  é  lembrar  que  o  intervalo  de  confiança  da  média  é  da 
forma: 

X

X

s

t

X

s

t

X

0

0

+

µ

 

Substituindo os valores, chegamos a: 

49

,

0

2

,

4

49

,

0

2

,

4

+

µ

10. 

(TRF 1ª Região/2001/FCC) Para responder à questão seguinte, considere 

as tabelas a seguir. Elas fornecem alguns valores da função de distribuição 
F(x). A tabela 1 refere-se à variável normal padrão, as tabelas 2 e 3 referem-
se à variável t de Student com 10 e 15 graus de liberdade, respectivamente. 

Tabela 1 

Tabela 2 

Tabela 3 

F(x) 

F(x) 

F(x) 

1,20 

0,885 

1,37 

0,90 

1,75 

0,95 

1,60 

0,945 

1,81 

0,95 

2,25 

0,98 

1,64 

0,950 

2,36 

0,98 

2,60 

0,99 

O  peso  de  crianças  recém-nascidas  do  sexo  feminino  numa  comunidade  tem 
distribuição normal com média 

µ  e desvio padrão desconhecido. Uma amostra 

de  16  recém-nascidos  indicou  um  peso  médio  de  3,0  kg  e  desvio  padrão 
amostral igual a 0,8 kg. Um intervalo de confiança para 

µ , com coeficiente de 

confiança de 96% é dado por: 

a) 

37

,

0

0

,

3

±

  

b) 

41

,

0

0

,

3 ±

  

c) 

45

,

0

0

,

3 ±

  

d) 

68

,

0

0

,

3 ±

  

e) 

73

,

0

0

,

3 ±

 

 

Resolução. 

Primeiro passo: obter t

0

 associado a 96% de confiança. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

34 

 

Como  a  amostra  tem  tamanho  16,  o  número  de  graus  de  liberdade  é  igual  a 
15. Consultaremos a tabela 3 dada no enunciado. 

A probabilidade de t ser menor ou igual a 2,25 é de 0,98 (área verde da figura 
abaixo).  Portanto,  a  probabilidade  de  t  ser  maior  que  2,25  é  de  2%  (área 
vermelha abaixo). 

 

Como  o  gráfico  da  fdp  é  simétrico,  a  probabilidade  de  t  ser  menor  que  -2,25 
também é de 2%.  

Cada uma das áreas vermelhas abaixo vale 2%. 

 

Sabemos que a área total é igual a 1. Concluímos que a área verde abaixo é de 
96%. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

35 

 

Assim, a probabilidade de t estar entre -2,25 e 2,25 é de 96% (=100% - 2% - 
2%). 

Concluímos que o valor de t

0

 que está associado a 96% é 2,25. 

 

Segundo passo: obter o valor específico de 

X

 para a amostra feita 

3

=

X

 (fornecido no enunciado) 

 

Terceiro passo: obter o desvio padrão de 

X

 

2

,

0

16

8

,

0

=

=

=

n

s

s

X

 

 

Quarto passo: determinar o intervalo de confiança. 

O intervalo de confiança é da forma: 

X

X

s

t

X

s

t

X

×

+

×

0

0

µ

 

2

,

0

25

,

2

3

2

,

0

25

,

2

3

×

+

×

µ

 

45

,

0

3

45

,

0

3

+

µ

 

Gabarito: C 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

36 

11. 

(MPE PE/2006/FCC) Para resolver a questão abaixo, considere as tabelas 

a seguir. Elas fornecem alguns valores da distribuição F(x). A tabela 1 refere-
se à variável normal padrão, as tabelas 2 e 3 referem-se à variável t de 
Student com 15 e 16 graus de liberdade, respectivamente: 

 

Tabela 1 

Tabela 2 

Tabela 3 

X

 

F(x) 

X

 

F(x) 

F(x) 

1,60  0,945  1,753  0,95  1,746  0,95 

1,64  0,950  2,248  0,98  2,235  0,98 

2,00  0,977  2,583  0,99  2,567  0,99 

Supondo-se  que  a  porcentagem  da  receita  investida  em  educação,  dos  600 
municípios  de  uma  região,  tem  distribuição  normal  com  média 

µ ,  deseja-se 

estimar essa média. Para tanto se sorteou dentre esses 600, aleatoriamente e 
com reposição, 16 municípios e se observou os percentuais investidos por eles 
em  educação.  Os  resultados  indicaram  uma  média  amostral  de  8%  e  desvio 
padrão  amostral  igual  a  2%.  Um  intervalo  de  confiança  para 

µ ,  com 

coeficiente de confiança de 96%, é dado por: 

a) 

)%

124

,

1

8

( ±

 

b) 

)%

117

,

1

8

( ±

 

c) 

)%

877

,

0

8

( ±

 

d) 

)%

870

,

0

8

( ±

 

e) 

)%

755

,

0

8

( ±

 

Resolução. 

Temos um exercício de intervalo de confiança em que não se sabe a variância 
da  população.  Devemos  consultar  a  tabela  para  a  variável  t.  Como  a  amostra 
tem tamanho 16, o número de graus de liberdade é igual a 15. A tabela a ser 
utilizada é a tabela 2 do enunciado. 

Vamos para os passos de sempre. 

Primeiro passo: determinar o valor de t

0

 associado a 96% de confiança. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

37 

Da  tabela  2,  sabemos  que  a  probabilidade  de  t  assumir  valores  menores  que 
2,248 é de 98%. Logo, a probabilidade de t assumir valores maiores que 2,248 
é de 2%. 

Como  o  gráfico  da  fdp  da  distribuição  t  é  simétrico,  a  probabilidade  de  t 
assumir valores menores que -2,248 também é de 2%. 

Como conseqüência, a probabilidade de t estar entre -2,248 e 2,248 é de 96% 
(=100% - 2% - 2%). 

Os valores de t que delimitam 96% dos valores são -2,248 e 2,248.  

248

,

2

0

=

t

 

Segundo passo: determinando o valor específico de 

X

%

8

=

X

 (dado no enunciado) 

Terceiro passo: determinar o desvio padrão de

X

16

=

n

 (fornecido no enunciado) 

4

16

2

2

2

σ

σ

σ

σ

σ

=

=

=

X

X

n

 

Como  não  sabemos  o  desvio  padrão  populacional,  substituímos  pela  sua 

estimativa. Desse modo, a estimativa do desvio padrão de 

X

 é: 

4

s

s

X

=

 

5

,

0

4

2 =

=

X

s

 

Quarto passo: encontrando o intervalo de confiança. 

O intervalo de confiança é da forma: 

X

X

s

t

X

s

t

X

×

+

×

0

0

µ

 

5

,

0

248

,

2

5

,

0

248

,

2

8

×

+

×

X

µ

 

124

,

1

124

,

1

8

+

X

µ

 

Gabarito: A. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

38 

 

12. 

(Senado Federal 2008/FGV) Uma amostra aleatória simples X

1

, X

2

, ..., 

X

16

, de tamanho 16, de uma distribuição normal foi observada e indicou as 

seguintes estatísticas: 

4

,

70

16

1

=

=

i

i

X

 e 

=

16

1

2

60

)

(

i

i

X

X

 

O  intervalo  usual  de  95%  de  confiança  para  a  média  populacional,  com  duas 
casas decimais, é: 

(A) (3,58 , 5,22). 

(B) (3,47 , 5,33). 

(C) (3,33 , 5,47). 

(D) (3,19 , 5,61). 

(E) (3,01 , 5,81). 

 

Resolução: 

Como não foi dada a variância da população, precisamos usar a distribuição T 
para determinação do intervalo de confiança. 

Primeiro passo: determinando t

0

 associado a 95% de confiança. 

O número de graus de liberdade é: 

graus de liberdade: 

15

1

16

1

=

=

n

 

Consultando a tabela para um nível de 95%  e 15 graus de liberdade, temos: 

131

,

2

0

=

t

 

Segundo passo: determinar o valor específico de 

X

 para a amostragem feita. 

=

=

=

=

16

4

,

70

16

16

1

i

Xi

X

4,4 

Terceiro passo: determinar o desvio padrão de 

X

A amostra tem tamanho 16. (n = 16) 

n

X

V

2

)

(

σ

=

 

Só que não sabemos a variância da população (

2

σ ). Portanto, não temos como 

calcular  a  variância  de 

X

.  Neste  caso,  vamos  substituir  a  variância  da 

população  (

2

σ ) pela variância da amostra fornecida no exercício. Isto porque 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

39 

vimos  nesta  aula  que  a  variância  da  amostra  é  um  estimador  da  variância  da 
população. 

Estimador da variância da população: 

4

15

60

1

16

)

(

16

1

2

2

=

=

=

=

i

X

X

Xi

s

 

E o estimador da variância de 

X

 fica: 

16

4

2

2

=

=

n

s

s

X

X

 

Agora podemos calcular a estimativa do desvio padrão de 

X

5

,

0

4

2

16

4

=

=

=

X

s

 

 

Quarto passo: determinar o intervalo de confiança. 

O intervalo de confiança da média é da forma: 

X

X

s

t

X

s

t

X

0

0

+

µ

 

5

,

0

131

,

2

4

,

4

5

,

0

131

,

2

4

,

4

×

+

×

µ

 

47

,

5

33

,

3

µ

 

Gabarito: C 

Intervalo de confiança para proporções 

 

Seja 

p

  a  proporção  de  casos  favoráveis  em  uma  população  e 

  a  proporção 

de casos favoráveis em uma amostra. Vimos que 

 é um estimador para 

p

Para  ficar  mais  claro,  vamos  analisar  o  exemplo  do  dado  que  é  lançado  três 
vezes. Consideramos caso favorável quando sai um múltiplo de 3.  

Na  população  (formada  por  todos  os  possíveis  resultados  do  lançamento  do 
dado),  a  proporção  de  casos  favoráveis  é  igual  a  1/3.  Por  esse  motivo,  a 
probabilidade  de  sucesso  em  um  único  lançamento  é  igual  a  1/3.  Assim,  a 
proporção de casos favoráveis na população é igual à probabilidade de sucesso 
em um lançamento.  

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

40 

Ficamos com:  

3

/

1

=

p

  (proporção  de  casos  favoráveis  na  população  =  probabilidade  de 

sucesso em um lançamento) 

3

/

2

=

q

  (proporção  de  casos  desfavoráveis  na  população  =  probabilidade  de 

fracasso em um lançamento). 

Lançamos o dado três vezes. Obtemos os seguintes resultados: 1, 3, 6. 

Na amostra de tamanho 3, a proporção de casos favoráveis foi de 2/3.  

3

/

2

ˆ

=

p

 

Usamos  a  proporção  amostral  para  estimar  a  proporção  da  população.  Caso 
não soubéssemos que o dado tem 1/3 de faces com múltiplos de 3, a partir do 
resultado obtido na amostragem acima, estimaríamos esta proporção em 2/3. 

Quando temos uma única amostra, 

 é um valor, um número, fixo, constante. 

Mas podemos pensar em 

 de forma diferente. Podemos pensar em inúmeras 

amostras  possíveis.  Se  lançássemos  o  dado  três  vezes  novamente,  obtendo 
outra  amostra, 

  poderia  assumir  outros  valores.  Quando  consideramos  as 

inúmeras amostras possíveis, 

 é uma variável aleatória. 

Neste exemplo do dado, as amostras de tamanho 3 possíveis seriam: 

 

Todas essas amostras são equiprováveis. Podemos montar o seguinte quadro: 

1 1 1 2 1 1 3 1 1 4 1 1 5 1 1 6 1 1

1 1 2 2 1 2 3 1 2 4 1 2 5 1 2 6 1 2

1 1 3 2 1 3 3 1 3 4 1 3 5 1 3 6 1 3

1 1 4 2 1 4 3 1 4 4 1 4 5 1 4 6 1 4

1 1 5 2 1 5 3 1 5 4 1 5 5 1 5 6 1 5

1 1 6 2 1 6 3 1 6 4 1 6 5 1 6 6 1 6

1 2 1 2 2 1 3 2 1 4 2 1 5 2 1 6 2 1

1 2 2 2 2 2 3 2 2 4 2 2 5 2 2 6 2 2

1 2 3 2 2 3 3 2 3 4 2 3 5 2 3 6 2 3

1 2 4 2 2 4 3 2 4 4 2 4 5 2 4 6 2 4

1 2 5 2 2 5 3 2 5 4 2 5 5 2 5 6 2 5

1 2 6 2 2 6 3 2 6 4 2 6 5 2 6 6 2 6

1 3 1 2 3 1 3 3 1 4 3 1 5 3 1 6 3 1

1 3 2 2 3 2 3 3 2 4 3 2 5 3 2 6 3 2

1 3 3 2 3 3 3 3 3 4 3 3 5 3 3 6 3 3

1 3 4 2 3 4 3 3 4 4 3 4 5 3 4 6 3 4

1 3 5 2 3 5 3 3 5 4 3 5 5 3 5 6 3 5

1 3 6 2 3 6 3 3 6 4 3 6 5 3 6 6 3 6

1 4 1 2 4 1 3 4 1 4 4 1 5 4 1 6 4 1

1 4 2 2 4 2 3 4 2 4 4 2 5 4 2 6 4 2

1 4 3 2 4 3 3 4 3 4 4 3 5 4 3 6 4 3

1 4 4 2 4 4 3 4 4 4 4 4 5 4 4 6 4 4

1 4 5 2 4 5 3 4 5 4 4 5 5 4 5 6 4 5

1 4 6 2 4 6 3 4 6 4 4 6 5 4 6 6 4 6

1 5 1 2 5 1 3 5 1 4 5 1 5 5 1 6 5 1

1 5 2 2 5 2 3 5 2 4 5 2 5 5 2 6 5 2

1 5 3 2 5 3 3 5 3 4 5 3 5 5 3 6 5 3

1 5 4 2 5 4 3 5 4 4 5 4 5 5 4 6 5 4

1 5 5 2 5 5 3 5 5 4 5 5 5 5 5 6 5 5

1 5 6 2 5 6 3 5 6 4 5 6 5 5 6 6 5 6

1 6 1 2 6 1 3 6 1 4 6 1 5 6 1 6 6 1

1 6 2 2 6 2 3 6 2 4 6 2 5 6 2 6 6 2

1 6 3 2 6 3 3 6 3 4 6 3 5 6 3 6 6 3

1 6 4 2 6 4 3 6 4 4 6 4 5 6 4 6 6 4

1 6 5 2 6 5 3 6 5 4 6 5 5 6 5 6 6 5

1 6 6 2 6 6 3 6 6 4 6 6 5 6 6 6 6 6

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

41 

 

Probabilidade 

64/216 

1/3 

96/216 

2/3 

48/216 

3/3 

8/216 

A esperança de 

 fica: 

3

/

1

216

8

3

3

216

48

3

2

216

96

3

1

216

64

0

)

ˆ

(

ˆ

=

×

+

×

+

×

+

×

=

=

p

p

E

µ

 

A  esperança  da  proporção  amostral  é  igual  à  esperança  da  proporção  da 
população. 

Sabendo  que  a  proporção  amostral  pode  ser  vista  como  uma  variável,  é 
importante ver um meio mais rápido para calcular sua média e sua variância.  

Nesse  exemplo  do  lançamento  do  dado,  seja X  o  número  de  casos  favoráveis 
em  ‘n’  lançamentos.  Vimos  que  X  é  uma  variável  binomial  com  média  e 
variância dadas por: 

np

µ

X

=

 

npq

X

=

2

σ

 

Onde ‘n’ é o número de experimentos, p é a probabilidade de sucesso e q é a 
probabilidade de fracasso. Nesse exemplo, n = 3; p = 1/3; q = 2/3. 

Ficamos com: 

1

=

= np

X

µ

 

3

/

2

2

=

= npq

X

σ

 

X

  tem  média  1  e  variância  2/3.  Isso  significa  que,  em  três  lançamentos, 

esperamos 1 caso favorável (e dois desfavoráveis). Ou seja, se fosse possível 
fazer  infinitos  conjuntos  de  três  lançamentos  do  dado,  o  número  médio  de 
casos favoráveis seria igual a 1. 

Seja  ‘

’  a  proporção  de  casos  favoráveis  verificada  numa  dada  amostra  de 

tamanho ‘n’. A variável ‘

’ pode ser obtida a partir de X. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

42 

n

X

p =

ˆ

 

Para ficar mais claro, suponhamos um conjunto de lançamentos em particular. 
Lançamos o dado três vezes, obtendo: 1, 3, 6. 

Nessa  situação,  o  número  de  casos  favoráveis  é  igual  a  2  (X  =  2).  E  a 
proporção de casos favoráveis fica: 

n

X

p =

ˆ

 

3

2

ˆ

=

p

 

Em dois terços dos casos, tivemos sucesso. 

Fácil, né? Para achar a proporção de casos favoráveis na amostra, basta pegar 
a variável X e dividir por ‘n’.   

Sabemos  como  calcular  a  média  e  a  variância  da  variável  binomial.  Sabemos 
que  a  variável  ‘

’,  que  indica  a  proporção  de  casos  favoráveis  na  amostra, 

pode ser obtida por: 

n

X

p =

ˆ

Para obtermos ‘

’, dividimos a variável ‘X’ por uma constante ‘n’. 

Quando  dividimos  uma  variável  por  uma  constante,  a  média  também  fica 
dividida por essa constante. A média de 

 é: 

p

n

np

n

X

p

=

=

=

µ

µ

ˆ

 

Concluímos que a esperança de 

 é justamente a probabilidade de sucesso em 

um experimento. 

Quando lançamos o dado três vezes (obtendo uma única amostra de tamanho 
3), teremos um determinado valor para a proporção amostral (

). Esse valor 

pode  ser  igual  a  1/3  ou  não.  No  exemplo  acima  (com  resultados  1,  3  e  6), 
inclusive, foi diferente. 

Mas,  se  fosse  possível  repetir  infinitas  vezes  o  conjunto  de  três  lançamentos, 
obtendo  para  cada  amostra  um  valor  de 

,  teríamos  que  a  média  de 

seria 

igual a 1/3. 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

43 

Vejamos  agora  a  variância  de 

.  Quando  dividimos  uma  variável  por  uma 

constante, a variância sofre a variação ao quadrado. 

n

pq

n

npq

n

n

X

p

X

p

=

=

=

=

2

2

2

2

ˆ

ˆ

σ

σ

 

E seu desvio padrão fica: 

n

pq

p

=

ˆ

σ

 

Então o que importa para gente é saber isso. Se 

 for a variável que indica a 

proporção  de  casos  favoráveis  na  amostra,  então 

  tem  média  e  desvio 

padrão dados por: 

p

p

=

ˆ

µ

 

n

pq

p

=

ˆ

σ

 

PROPORÇÃO DE CASOS FAVORÁVEIS NA AMOSTRA (

Pode  ser  vista  como  uma  variável  com  média  e  desvio  padrão 
dados por: 

p

p

=

ˆ

µ

 

n

pq

p

=

ˆ

σ

 

Onde ‘p’ é a proporção de casos favoráveis na população e ‘q’ é a 

proporção de casos desfavoráveis na população. 

 

Quando  estudamos  intervalo  de  confiança  para  uma  média,  queríamos 
justamente estimar um intervalo para a média de uma população (

µ ). 

Agora queremos estimar uma proporção (p). O procedimento será análogo. 

 

Exemplo: 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

44 

Maria tem um dado. Só que não é um dado normal (com faces 1, 2, 3, 4, 5 e 
6). É um dado especial. Nas suas faces vêm outros números, que não sabemos 
quais são. Além disso, não sabemos quantas faces há nesse dado. Podem ser 
5, 7, 9, 20, etc.  

Maria  desafia  João  a  descobrir  a  proporção  de  faces  que  contém  múltiplos  de 
3.  Se  esse    fosse  um  dado  normal,  João  saberia  que  1/3  das  faces  são 
múltiplas de 3. 

O procedimento combinado é o seguinte. Maria lança o dado. Depois de lançá-
lo,  ela  diz  o  resultado  a  João,  que  o  anota.  Depois  disso,  Maria  lança  o  dado 
uma  segunda  vez.  Novamente  comunica  o  resultado  a  João.  E  isso  se  repete 
por mais duas vezes. 

Resumindo: Maria lança o dado quatro vezes. A partir desses resultados, João 
tem que descobrir qual a proporção de faces do dado que contém múltiplos de 
3. 

Os resultados dos quatro lançamentos foram: 3, 7, 9, 2. 

Nesses  4  lançamentos,  tivemos  dois  casos  favoráveis.  Ou  ainda:  na  amostra, 
tivemos 50% de casos favoráveis. 

Vimos  nesta  aula  que  um  estimador  para  a  proporção  da  população  é  a 
proporção  da  amostra.  Desse  modo,  João  estima  que  metade  das  faces  do 
dado são múltiplas de 3. 

João estima a proporção de múltiplos de 3 como sendo: 

2

1

ˆ

=

p

 

João fez uma estimativa por ponto.  

Mas, e se João quisesse estimar uma “faixa” de valores para a proporção? E se 
João quisesse estabelecer um intervalo de 95% de confiança?? Como ficaria??  

Seja  X  a  variável  que  indica  o  número  de  casos  favoráveis  nesses  quatro 
lançamentos. Sabemos que X é uma variável binomial com média 

np

 e desvio 

padrão 

npq

Vimos também que X é aproximadamente normal para grandes valores de ‘n’. 

Eu  sei  que,  nesse  exemplo,  ‘n’  nem  é  tão  grande  (n  =  4).  Mas  vamos  supor 
que já seja razoável dizer que X é aproximadamente normal.  

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

45 

Ok, então X, além de ser binomial, é aproximadamente normal. 

Considere a variável abaixo: 

X

X

X

Z

σ

µ

=

 

Z tem média zero e desvio padrão unitário. Z é uma variável normal reduzida. 
Para  a  variável  Z,  nós  podemos  consultar  a  tabela  I.  Sabemos  que,  em  95% 
dos casos, Z assume valores entre -1,96 e 1,96. 

Assim, em 95% das vezes, temos: 

96

,

1

96

,

1

Z

 

Substituindo o valor de Z: 

96

,

1

96

,

1

X

X

X

σ

µ

 

Substituindo o valor da média e do desvio padrão da variável binomial: 

96

,

1

96

,

1

npq

np

X

 

npq

np

X

npq

×

×

96

,

1

96

,

1

 

Dividindo todos os termos por ‘n’: 

n

pq

p

n

X

n

pq

×

×

96

,

1

96

,

1

 

Lembrando que, se X é a variável binomial, então: 

n

X

p =

ˆ

 

n

pq

p

p

n

pq

×

×

96

,

1

ˆ

96

,

1

 

Isolando o ‘p’: 

n

pq

p

p

n

pq

p

×

+

×

96

,

1

ˆ

96

,

1

ˆ

 

Multiplicando todos os termos por -1: 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

46 

n

pq

p

p

n

pq

p

×

+

×

96

,

1

ˆ

96

,

1

ˆ

 

Lembrando que:  

n

pq

p

=

ˆ

σ

 

Ficamos com: 

p

p

p

p

p

ˆ

ˆ

96

,

1

ˆ

96

,

1

ˆ

σ

σ

×

+

×

 

E esse é o intervalo de confiança de 95% para a proporção. Veja como é bem 
parecido com o intervalo de confiança para a média. 

 

Vimos que o intervalo de confiança para a média da variável X é dado por: 

X

X

Z

X

Z

X

σ

µ

σ

×

+

×

0

0

 

 

E o intervalo de confiança para uma proporção é da seguinte forma: 

p

p

Z

p

p

Z

p

ˆ

0

ˆ

0

ˆ

ˆ

σ

σ

×

+

×

 

Então  pra  gente  o  que  importa  é  isso.  Interessa  saber  qual  o  intervalo  de 
confiança para a proporção. 

INTERVALO DE CONFIANÇA PARA A PROPORÇÃO: 

p

p

Z

p

p

Z

p

ˆ

0

ˆ

0

ˆ

ˆ

σ

σ

×

+

×

 

 

Calcule o intervalo de 95% de confiança para a proporção de eleitores 
de  um  município  que  votarão  no  candidato  A.  Considere  que  uma 
pesquisa  com  100  eleitores  revelou  que,  destes,  20%  votarão  no 
referido candidato. 

 

Resolução 

Primeiro passo: determinar o valor de Z

0

 correspondente a 95% de confiança. 

Sabemos  que  proporções  podem  ser  tratadas  a  partir  de  variáveis  binomiais, 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

47 

que podem ser aproximadas pela variável normal. Assim, para determinar Z

0

no  caso  de  proporções,  também  utilizamos  a  tabela  de  áreas  para  a  variável 
normal reduzida. 

Consultando a TABELA I, vemos que 

96

,

1

0

=

Z

Segundo passo: determinar os valores específicos de  pˆ e 

  

Para a amostra feita, temos: 

20

,

0

ˆ

=

p

 (proporção da amostra) 

80

,

0

ˆ

1

ˆ

=

=

p

q

 

Terceiro passo: determinar o desvio padrão de 

 

n

q

p

s

p

ˆ

ˆ

ˆ

=

 

04

,

0

10

4

,

0

100

80

,

0

20

,

0

ˆ

=

=

×

=

p

s

 

 

Quarto passo: determinar o intervalo de confiança. 

p

p

s

Z

p

p

s

Z

p

ˆ

0

ˆ

0

ˆ

ˆ

×

+

×

 

04

,

0

96

,

1

2

,

0

04

,

0

96

,

1

2

,

0

×

+

×

p

 

%

84

,

27

%

16

,

12

≤ p

 

Com  95%  de  confiança,  a  proporção  populacional  de  eleitores  que  votará  no 
candidato A é está entre 12,16% e 27,84%. 

Observação:  na  verdade,  quando  escolhemos  a  amostra  de  100  eleitores,  é 
usual  que  a  amostra  seja  sem  reposição.  Ou  seja,  entrevistado  um  eleitor,  o 
mesmo não será novamente escolhido. 

Vimos  que,  em  uma  situação  assim,  a  variável  é  apenas  aproximadamente 
binomial. Vimos isto lá no tópico sobre proporções. Demos o exemplo de uma 
cidade  com  100.000  habitantes.  Estávamos  pesquisando  a  proporção  de 
pessoas  favoráveis  a  uma  política  urbana.  Fizemos  dois  exemplos.  Um  com 
reposição, outro sem reposição. Mostramos que a diferença nas probabilidades 
envolvidas era pequena. Finalizei dizendo que, atendidas algumas condições, a 
variável pode ser considerada aproximadamente binomial. 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

48 

Justamente  agora  vemos  a  importância  disto.  Quando  quisermos  estabelecer 
intervalos  de  confiança  para  uma  proporção,  mesmo  que  a  amostragem  seja 
feita  sem  reposição,  podemos  considerar  que  temos  uma  variável  binomial. 
Sabemos  que,  atendidas  algumas  condições,  a  variável  binomial  tem 
distribuição  muito  próxima  da  distribuição  normal.  Portanto,  poderemos 
consultar  a  tabela  de  áreas  para  a  variável  normal.  Foi  exatamente  o  que 
fizemos no exemplo acima.   

13. 

(SEFAZ MS – 2006/FGV) Uma amostra aleatória de tamanho 400 revelou 

que  64%  dos  torcedores  brasileiros  acham  que  conquistaremos  o 
hexacampeonato  mundial  de  futebol.  O  intervalo  de  95%  de  confiança  para  a 
proporção de torcedores na população que acreditam no hexacampeonato é: 

 (A) 64% ± 3,9% 

(B) 64% ± 4,2% 

(C) 64% ± 4,7% 

(D) 64% ± 5,1% 

(E) 64% ± 5,6% 

Resolução. 

Primeiro passo: determinar o valor de Z

0

 correspondente a 95% de confiança. 

Consultando a TABELA I, este valor é de 1,96. 

Segundo passo: determinar os valores específicos de pˆ e 

64

,

0

ˆ

=

p

 

36

,

0

ˆ

=

q

 

Terceiro passo: determinar o desvio padrão de 

 

n

q

p

s

p

ˆ

ˆ

ˆ

=

 

024

,

0

20

6

,

0

8

,

0

400

36

,

0

64

,

0

ˆ

=

×

=

×

=

p

s

 

Quarto passo: determinar o intervalo de confiança. 

p

p

s

Z

p

p

s

Z

p

ˆ

0

ˆ

0

ˆ

ˆ

×

+

×

 

047

,

0

64

,

0

047

,

0

64

,

0

+

p

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

49 

Gabarito: C. 

LEMBRETE DE INTERVALO DE CONFIANÇA: 

Se for intervalo de confiança para uma média e conhecermos a variância 
da população, utilizamos a tabela da variável normal. 

Se  for  intervalo  de  confiança  para  uma  média  e  não  conhecermos  a 
variância  da  população,  utilizamos  a  tabela  da  distribuição  T  (a  menos 
que o exercício diga para utilizar a tabela da variável normal). 

Se for intervalo de confiança para uma proporção, utilizamos a tabela da 
variável normal. 

 

14. 

(MP RO 2005/CESGRANRIO) 

Uma amostra aleatória de 400 eleitores 

revelou 64% de preferências pelo candidato X. O intervalo de 95% de 
confiança para a proporção de eleitores que preferem X é: 

(A) 0,64 ± 0,047  

(B) 0,64 ± 0,052 

(C) 0,64 ± 0,056  

(D) 0,64 ± 0,064 

(E) 0,64 ± 0,085 

 

Resolução. 

Primeiro passo: obtendo o valor de Z

0

 associado a 95% de confiança. 

96

,

1

0

=

Z

 

Segundo passo: determinar os valores específicos de pˆ e 

64

,

0

ˆ

=

p

 

36

,

0

ˆ

=

q

 

Terceiro passo: determinar o desvio padrão de 

 

n

q

p

s

p

ˆ

ˆ

ˆ

=

 

024

,

0

20

6

,

0

8

,

0

400

36

,

0

64

,

0

ˆ

=

×

=

×

=

p

s

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

50 

 

 

Quarto passo: determinar o intervalo de confiança. 

p

p

s

Z

p

p

s

Z

p

ˆ

0

ˆ

0

ˆ

ˆ

×

+

×

 

024

,

0

96

,

1

64

,

0

024

,

0

96

,

1

64

,

0

×

+

×

p

 

047

,

0

64

,

0

047

,

0

64

,

0

+

p

 

Gabarito: A 

 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

51 

Relação das questões comentadas 

01.  (Sefaz-RJ  2008/FGV)  SEFAZ  RJ  2008  [FGV]  Considere  uma  Amostra 
Aleatória  Simples  de  n  unidades  extraídas  de  uma  população  na  qual  a 
característica,  X,  estudada  tem  distribuição  Normal  com  média 

µ e  variância 

2

σ , ambas desconhecidas, mas finitas. Considere, ainda, as estatísticas média 

da  amostra, 

X

  =

=

n

i

i

X

n

1

1

,  e  variância  da  amostra 

(

)

=

=

n

i

i

X

X

n

s

1

2

2

1

.  Então,  é 

correto afirmar que: 

(A) 

X

  e 

2

S

são,  ambos,  não  tendenciosos  para  a  estimação  da  média  e  da 

variância da população, respectivamente. 

(B) 

X

 é não-tendencioso, mas 

2

S

 é tendencioso para a estimação da média e 

da variância da população, respectivamente. 

(C) 

X

 é tendencioso, mas 

2

S

 é não-tendencioso para a estimação da média e 

da variância da população, respectivamente. 

(D) 

X

  e 

2

S

  são,  ambos,  tendenciosos  para  a  estimação  da  média  e  da 

variância da população, respectivamente. 

(E) 

X

  e 

2

S

são,  ambos,  não-tendenciosos  para  a  estimação  da  média  e  da 

variância da população, mas apenas 

X

 é consistente. 

 
02.  (CGU  2008/ESAF)  Qual  o  estimador  de  máxima  verossimilhança  da 
variância  de  uma  variável  X  normalmente  distribuída  obtido  a  partir  de  uma 

amostra aleatória simples X

1

, X

2

, X

3

, ..., X

n

, desta variável, sendo 

n

X

m

i

/

=

 o 

estimador de máxima verossimilhança da média? 

a) 

1

)

(

2

n

m

X

i

 

 

b) 

2

)

(

2

n

m

X

i

 

 

c) 

5

,

0

2

1

)

(

n

m

X

i

   

d) 

2

)

(

m

X

i

 

e) 

n

m

X

i

2

)

(

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

52 

03.  (APOFP  –  SEFAZ/SP  2009/ESAF)  SEFAZ  SP  2009  [ESAF]  (Dados  da 
questão anterior: 17, 12, 9, 23, 14, 6, 3, 18, 42, 25, 18, 12, 34, 5, 17, 20, 7, 
8, 21, 13, 31, 24, 9.) 

Considerando  que  as  observações  apresentadas  na  questão  anterior 
constituem  uma  amostra  aleatória  simples  X1,  X2,  ...,  Xn  de  uma  variável 
aleatória X, determine o valor mais próximo da variância amostral, usando um 
estimador não tendencioso da variância de X. 

Considere que: 

388

23

1

=

=

i

i

X

 

8676

23

1

2

=

=

i

i

X

 

a) 96,85       b) 92,64      c) 94,45     d) 90,57     e) 98,73 

04. (SEFAZ-RJ 2011/FGV) Um processo X segue uma distribuição normal, com 
média  15  e  desvio  padrão 

 2, ou seja, ~-15,2

. Sobre uma amostra de 

tamanho 36 (

), analise as afirmativas a seguir: 

I. Dado que X é normal, 

 também é normal. 

II. A média amostral difere da população pelo fator 

 = 

.

/√, no qual 

.

 é 

a média populacional e n o número de observações na amostra. 

III. 

 apresenta desvio-padrão 1/3. 

Assinale 
(A) se apenas a afirmativa I estiver correta. 
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
05. (ISS CAMPINAS 2011/CETRO) A duração da vida de uma peça é tal que o 
desvio-padrão  é  4  horas.  Foram  amostradas  100  dessas  peças  obtendo-se  a 
média  de  320  horas.  Dessa  forma,  assinale  a  alternativa  que  apresenta  um 
intervalo de confiança para a verdadeira duração média da peça com nível de 
95% de confiança. 

(A) [318,04; 321,96] 

(B) [318,125; 321,875] 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

53 

(C) [319,05; 320,95] 

(D) [319,216; 320,784] 

(E) [319,512; 320,488] 

06.  (ICMS/RJ  2011/FGV)  Um  processo  X  segue  uma  distribuição  normal  com 
média populacional desconhecida, mas com desvio-padrão conhecido e igual a 
4.  Uma  amostra  com  64  observações  dessa  população  é  feita,  com  média 
amostral 45. Dada essa média amostral, a estimativa da média populacional, a 
um intervalo de confiança de 95%, é 

a) (41;49) 

b) (37;54) 

c) (44,875;45,125) 

d) (42,5; 46,5) 

e) (44;46) 

07. 

(CGU 2008/ESAF) Construa um intervalo de 95% de confiança para a 

média de uma população normal a partir dos dados de uma amostra aleatória 
simples de tamanho 64 desta população, que forneceu uma média de 48 e um 
desvio-padrão amostral de 16, considerando que F(1,96) = 0,975, onde  F(z) é 
a função de distribuição de uma variável aleatória normal padrão Z.  

a) 44,08 a 51,92. 

b) 41,78 a 54,22. 

c) 38,2 a 57,8. 

d) 35,67 a 60,43. 

e) 32,15 a 63,85. 

08. 

(BACEN/2006/FCC)  Os  preços  de  um  determinado  produto  vendido  no 

mercado  têm  uma  distribuição  normal  com  desvio  padrão  populacional  de  R$ 
20,00.  Por  meio  de  uma  pesquisa  realizada  com  uma  amostra  aleatória  de 
tamanho  100,  com  um  determinado  nível  de  confiança,  apurou-se,  para  a 
média destes preços, um intervalo de confiança sendo [R$ 61,08; R$ 68,92]. A 
mesma  média  amostral  foi  obtida  quadruplicando  o  tamanho  da  amostra  e 
utilizando  também  o  mesmo  nível  de  confiança.  Nos  dois  casos  considerou-se 
infinito o tamanho da população. O novo intervalo de confiança encontrado no 
segundo caso foi: 

a) [R$ 63,04; R$ 66,96] 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

54 

b) [R$ 62,06; R$ 67,94] 

c) [R$ 61,57; R$ 68,43] 

d) [R$ 61,33; R$ 68,67] 

e) [R$ 61,20; R$ 68,80] 

09. 

(SEFAZ MS 2006/FGV) Uma amostra aleatória simples de tamanho 25 foi 

selecionada para estimar a média desconhecida de uma população normal. A 
média amostral encontrada foi 4,2, e a variância amostral foi 1,44. 

O intervalo de 95% de confiança para a média populacional é: 

(A) 4,2 ± 0,49 

(B) 4,2 ± 0,64 

(C) 4,2 ± 0,71 

(D) 4,2 ± 0,75 

(E) 4,2 ± 0,81 

10. 

(TRF 1ª Região/2001/FCC) Para responder à questão seguinte, considere 

as tabelas a seguir. Elas fornecem alguns valores da função de distribuição 
F(x). A tabela 1 refere-se à variável normal padrão, as tabelas 2 e 3 referem-
se à variável t de Student com 10 e 15 graus de liberdade, respectivamente. 

Tabela 1 

Tabela 2 

Tabela 3 

F(x) 

F(x) 

F(x) 

1,20 

0,885 

1,37 

0,90 

1,75 

0,95 

1,60 

0,945 

1,81 

0,95 

2,25 

0,98 

1,64 

0,950 

2,36 

0,98 

2,60 

0,99 

O  peso  de  crianças  recém-nascidas  do  sexo  feminino  numa  comunidade  tem 
distribuição normal com média 

µ  e desvio padrão desconhecido. Uma amostra 

de  16  recém-nascidos  indicou  um  peso  médio  de  3,0  kg  e  desvio  padrão 
amostral igual a 0,8 kg. Um intervalo de confiança para 

µ , com coeficiente de 

confiança de 96% é dado por: 

a) 

37

,

0

0

,

3

±

  

b) 

41

,

0

0

,

3 ±

  

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

55 

c) 

45

,

0

0

,

3 ±

  

d) 

68

,

0

0

,

3 ±

  

e) 

73

,

0

0

,

3 ±

 

11. 

(MPE PE/2006/FCC) Para resolver a questão abaixo, considere as tabelas 

a seguir. Elas fornecem alguns valores da distribuição F(x). A tabela 1 refere-
se à variável normal padrão, as tabelas 2 e 3 referem-se à variável t de 
Student com 15 e 16 graus de liberdade, respectivamente: 

 

Tabela 1 

Tabela 2 

Tabela 3 

X

 

F(x) 

X

 

F(x) 

F(x) 

1,60  0,945  1,753  0,95  1,746  0,95 

1,64  0,950  2,248  0,98  2,235  0,98 

2,00  0,977  2,583  0,99  2,567  0,99 

Supondo-se  que  a  porcentagem  da  receita  investida  em  educação,  dos  600 
municípios  de  uma  região,  tem  distribuição  normal  com  média 

µ ,  deseja-se 

estimar essa média. Para tanto se sorteou dentre esses 600, aleatoriamente e 
com reposição, 16 municípios e se observou os percentuais investidos por eles 
em  educação.  Os  resultados  indicaram  uma  média  amostral  de  8%  e  desvio 
padrão  amostral  igual  a  2%.  Um  intervalo  de  confiança  para 

µ ,  com 

coeficiente de confiança de 96%, é dado por: 

a) 

)%

124

,

1

8

( ±

 

b) 

)%

117

,

1

8

( ±

 

c) 

)%

877

,

0

8

( ±

 

d) 

)%

870

,

0

8

( ±

 

e) 

)%

755

,

0

8

( ±

 

12. 

(Senado Federal 2008/FGV) Uma amostra aleatória simples X

1

, X

2

, ..., 

X

16

, de tamanho 16, de uma distribuição normal foi observada e indicou as 

seguintes estatísticas: 

4

,

70

16

1

=

=

i

i

X

 e 

=

16

1

2

60

)

(

i

i

X

X

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

56 

O  intervalo  usual  de  95%  de  confiança  para  a  média  populacional,  com  duas 
casas decimais, é: 

(A) (3,58 , 5,22). 

(B) (3,47 , 5,33). 

(C) (3,33 , 5,47). 

(D) (3,19 , 5,61). 

(E) (3,01 , 5,81). 

 
13. 

(SEFAZ MS – 2006/FGV) Uma amostra aleatória de tamanho 400 revelou 

que  64%  dos  torcedores  brasileiros  acham  que  conquistaremos  o 
hexacampeonato  mundial  de  futebol.  O  intervalo  de  95%  de  confiança  para  a 
proporção de torcedores na população que acreditam no hexacampeonato é: 

 (A) 64% ± 3,9% 

(B) 64% ± 4,2% 

(C) 64% ± 4,7% 

(D) 64% ± 5,1% 

(E) 64% ± 5,6% 

14. 

(MP RO 2005/CESGRANRIO) 

Uma amostra aleatória de 400 eleitores 

revelou 64% de preferências pelo candidato X. O intervalo de 95% de 
confiança para a proporção de eleitores que preferem X é: 

(A) 0,64 ± 0,047  

(B) 0,64 ± 0,052 

(C) 0,64 ± 0,056  

(D) 0,64 ± 0,064 

(E) 0,64 ± 0,085 

 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

57 

Gabaritos 

 

01. 

02. 

03. 

04. 

05. 

06. 

07. 

08. 

09. 

10. 

11. 

12. 

13. 

14. 

 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

58 

TABELA I 
Z é a variável normal reduzida (média zero e desvio padrão unitário). 

 

 

PROBABILIDADE DE Z ESTAR ENTRE 0 E Z

0

 

 

Segunda casa decimal de Z

0

 

Z

0

 

0,01 

0,02 

0,03 

0,04 

0,05 

0,06 

0,07 

0,08 

0,09 

0,0 

0,0000  0,0040  0,0080  0,0120  0,0160  0,0199  0,0239  0,0279  0,0319  0,0359 

0,1 

0,0398  0,0438  0,0478  0,0517  0,0557  0,0596  0,0636  0,0675  0,0714  0,0753 

0,2 

0,0793  0,0832  0,0871  0,0910  0,0948  0,0987  0,1026  0,1064  0,1103  0,1141 

0,3 

0,1179  0,1217  0,1255  0,1293  0,1331  0,1368  0,1406  0,1443  0,1480  0,1517 

0,4 

0,1554  0,1591  0,1628  0,1664  0,1700  0,1736  0,1772  0,1808  0,1844  0,1879 

0,5 

0,1915  0,1950  0,1985  0,2019  0,2054  0,2088  0,2123  0,2157  0,2190  0,2224 

0,6 

0,2257  0,2291  0,2324  0,2357  0,2389  0,2422  0,2454  0,2486  0,2517  0,2549 

0,7 

0,2580  0,2611  0,2642  0,2673  0,2704  0,2734  0,2764  0,2794  0,2823  0,2852 

0,8 

0,2881  0,2910  0,2939  0,2967  0,2995  0,3023  0,3051  0,3078  0,3106  0,3133 

0,9 

0,3159  0,3186  0,3212  0,3238  0,3264  0,3289  0,3315  0,3340  0,3365  0,3389 

1,0 

0,3413  0,3438  0,3461  0,3485  0,3508  0,3531  0,3554  0,3577  0,3599  0,3621 

1,1 

0,3643  0,3665  0,3686  0,3708  0,3729  0,3749  0,3770  0,3790  0,3810  0,3830 

1,2 

0,3849  0,3869  0,3888  0,3907  0,3925  0,3944  0,3962  0,3980  0,3997  0,4015 

1,3 

0,4032  0,4049  0,4066  0,4082  0,4099  0,4115  0,4131  0,4147  0,4162  0,4177 

1,4 

0,4192  0,4207  0,4222  0,4236  0,4251  0,4265  0,4279  0,4292  0,4306  0,4319 

1,5 

0,4332  0,4345  0,4357  0,4370  0,4382  0,4394  0,4406  0,4418  0,4429  0,4441 

1,6 

0,4452  0,4463  0,4474  0,4484  0,4495  0,4505  0,4515  0,4525  0,4535  0,4545 

1,7 

0,4554  0,4564  0,4573  0,4582  0,4591  0,4599  0,4608  0,4616  0,4625  0,4633 

1,8 

0,4641  0,4649  0,4656  0,4664  0,4671  0,4678  0,4686  0,4693  0,4699  0,4706 

1,9 

0,4713  0,4719  0,4726  0,4732  0,4738  0,4744  0,4750  0,4756  0,4761  0,4767 

2,0 

0,4772  0,4778  0,4783  0,4788  0,4793  0,4798  0,4803  0,4808  0,4812  0,4817 

2,1 

0,4821  0,4826  0,4830  0,4834  0,4838  0,4842  0,4846  0,4850  0,4854  0,4857 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves    www.pontodosconcursos.com.br                 

59 

 

PROBABILIDADE DE Z ESTAR ENTRE 0 E Z

0

 

 

Segunda casa decimal de Z

0

 

Z

0

 

0,01 

0,02 

0,03 

0,04 

0,05 

0,06 

0,07 

0,08 

0,09 

2,2 

0,4861  0,4864  0,4868  0,4871  0,4875  0,4878  0,4881  0,4884  0,4887  0,4890 

2,3 

0,4893  0,4896  0,4898  0,4901  0,4904  0,4906  0,4909  0,4911  0,4913  0,4916 

2,4 

0,4918  0,4920  0,4922  0,4925  0,4927  0,4929  0,4931  0,4932  0,4934  0,4936 

2,5 

0,4938  0,4940  0,4941  0,4943  0,4945  0,4946  0,4948  0,4949  0,4951  0,4952 

2,6 

0,4953  0,4955  0,4956  0,4957  0,4959  0,4960  0,4961  0,4962  0,4963  0,4964 

2,7 

0,4965  0,4966  0,4967  0,4968  0,4969  0,4970  0,4971  0,4972  0,4973  0,4974 

2,8 

0,4974  0,4975  0,4976  0,4977  0,4977  0,4978  0,4979  0,4979  0,4980  0,4981 

2,9 

0,4981  0,4982  0,4982  0,4983  0,4984  0,4984  0,4985  0,4985  0,4986  0,4986 

3,0 

0,4987  0,4987  0,4987  0,4988  0,4988  0,4989  0,4989  0,4989  0,4990  0,4990 

 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves

www.pontodosconcursos.com.br                 

60 

TABELA II 

A  tabela  fornece  valores  de 

0

t

tal  que  a  probabilidade  de  t   assumir  valores 

entre 

0

t

 e 

0

t

+

 seja igual a P. 

 

Graus de 

liberdade 

Valores de P (Probabilidade associada ao intervalo) 

0,8 

0,9 

0,95 

0,98 

0,99 

0,995 

3,078 

6,314 

12,706 

31,821 

63,657 

127,321 

1,886 

2,920 

4,303 

6,965 

9,925 

14,089 

1,638 

2,353 

3,182 

4,541 

5,841 

7,453 

1,533 

2,132 

2,776 

3,747 

4,604 

5,598 

1,476 

2,015 

2,571 

3,365 

4,032 

4,773 

1,440 

1,943 

2,447 

3,143 

3,707 

4,317 

1,415 

1,895 

2,365 

2,998 

3,499 

4,029 

1,397 

1,860 

2,306 

2,896 

3,355 

3,833 

1,383 

1,833 

2,262 

2,821 

3,250 

3,690 

10 

1,372 

1,812 

2,228 

2,764 

3,169 

3,581 

11 

1,363 

1,796 

2,201 

2,718 

3,106 

3,497 

12 

1,356 

1,782 

2,179 

2,681 

3,055 

3,428 

13 

1,350 

1,771 

2,160 

2,650 

3,012 

3,372 

14 

1,345 

1,761 

2,145 

2,624 

2,977 

3,326 

15 

1,341 

1,753 

2,131 

2,602 

2,947 

3,286 

16 

1,337 

1,746 

2,120 

2,583 

2,921 

3,252 

17 

1,333 

1,740 

2,110 

2,567 

2,898 

3,222 

18 

1,330 

1,734 

2,101 

2,552 

2,878 

3,197 

19 

1,328 

1,729 

2,093 

2,539 

2,861 

3,174 

20 

1,325 

1,725 

2,086 

2,528 

2,845 

3,153 

21 

1,323 

1,721 

2,080 

2,518 

2,831 

3,135 

22 

1,321 

1,717 

2,074 

2,508 

2,819 

3,119 

background image

RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO PARA AFRFB 

PROFESSOR: GUILHERME NEVES 

Prof. Guilherme Neves

www.pontodosconcursos.com.br                 

61 

23 

1,319 

1,714 

2,069 

2,500 

2,807 

3,104 

24 

1,318 

1,711 

2,064 

2,492 

2,797 

3,091 

25 

1,316 

1,708 

2,060 

2,485 

2,787 

3,078 

26 

1,315 

1,706 

2,056 

2,479 

2,779 

3,067 

27 

1,314 

1,703 

2,052 

2,473 

2,771 

3,057 

28 

1,313 

1,701 

2,048 

2,467 

2,763 

3,047 

29 

1,311 

1,699 

2,045 

2,462 

2,756 

3,038 

30 

1,310 

1,697 

2,042 

2,457 

2,750 

3,030 

40 

1,303 

1,684 

2,021 

2,423 

2,704 

2,971 

60 

1,296 

1,671 

2,000 

2,390 

2,660 

2,915 

99 

1,290 

1,660 

1,984 

2,365 

2,626 

2,871 

120 

1,289 

1,658 

1,980 

2,358 

2,617 

2,860 

 

1,282 

1,645 

1,960 

2,326 

2,576 

2,807