184 REYISTA BIBLIOORAFICA
dencia enlre urna e as outras medidas. Em face dos numeros apre-sentados, conclue-se, como dizem os AA., que nos caracteres estudados existe urna evidente polimeria como jd os resullados do estudo morfoldgico e genćtico das medidas claramente indicavam.
A. ATHAYDE.
HERNANI MONTEIRO — Visibilidade do sistema linfatico no vivo — Exlr. do «Portugal Mćdico», Porto, 1934.
O iluslre professor de Anatomia Topogrdfica da Paculdade de Medicina do Pório resume nesta conferencia realisada em Lugo por ocasi&o das <Jornadas Mćdicas Qalegas> de 1933 os resul-tados das experićncias suas e de seus dedicados colaboradores Roberto de Carva)ho, Alvaro Rodrigues e Souza Pereira para obter a visibilidade dos vasos linfdticos no vivo. Estas investiga-ęóes estdo na sequencia das de Egas Moniz, Reinaldo dos Santos, etc., sóbre arteriogratia c flebografia, e foram inspiradas, durante o estudo da andtomo-fisiologia do simpdlico-—a que Hernani Monteiro, AWaro Rodrigues e Souza Pereira se con-sagraram — pela necessidade dc averiguar da intluencia das sim-paticectomias sóbre a circulaęao da linfa.
Injectadas nos gdnglios de cdes subslancias opacas (abrodil, tordiol e ultimamente o torotraste, que 6 prefeiivel). conseguiu a tćcnica consagrada de Roberto de Carvalho excelentes radiografia*.
£ escusado salientar a importancia que ćste mćtodo, aplicado ao homem, vird de-certo a ter ndo sd em Fisiopatologia e Ciinica como na prdpria Fisiologia Geral.
M. C.
ALFRF.DO NlCEFORO— Profilo di una statistica biológica — 1 voł.
dc 300 pdg., e.xtr. da <Difesa Socialo, Roma, 1934.
O grandę Mestre da estatistica dd-nos neste volume urna bela sintese da história, do estado actual e das perspectivas da estatistica biológica. Examina em primeiro lugar os factos susccptiveis de apreciaędo estatistica, reiere-se em seguida ós estatisticas mćdi-cas, ó bio-estatistica vegetal e animal e respectivas leis quantitati-vas e aplicaęóes biomćtricas experimentais, ó Antropo-estatistica e Psico-estatistica, aos estudos estatisticos em Eugenia e Genćtica, A Biosociologia ou Biologia social, etc. Por firn, ocupa-se dos novos mćlodos de cdlculo, da seriaędo, da variabilidade, da pro-babilidade e erros provdveis, dos perfis grdficos para o estabele-cimento dos caracteres normais e anormais, da correlaędo.
Sflo muito lucidas c importantes as consideroędes do A. sóbre o factor biológico na vida social, sóbre o valor social das raęas, sóbre o exame biosocioldgico dos grup os de excepędo (criminosos, homens de gćnio, etc.), sóbre o aumento da populaędo e dos gru-pos, etc.
O autor, espirito duma clara visflo crltica e duma rara erudi-<flo, fornece neste livro seguras directrizes a quem quiser orien-tar-se nestas matćrias em que a prudencia e o saber se devem encootrar permanentemente associados.
M. C.
DR. ReN£ MaRTIAI.— La Race Franęaise — J voI. de 350 pdgs.,
c Mercure de France*, Paris, 1934.
O Dr. Renć Martial, encarregado do curso de Immigraęflo no Jnstituto de Higienę da Faculdade de Cióncias de Paris e confe-renle na Escola de Antropologio, considera a raęa, ndo openas no ponto de vista morfobioldgico, mas tambćm nos aspeclos psi-coldgico e histdrico. Define-n «o conjunto duma populaędo cujos caracteres psicoldgicos latentes ou manifestos (a lingua especial-mente) e cujos traęos antropobioldgicos constituem no tempo (histeria) urna unidade distinta». A trilogia < antropologia, psicotogia, historia» Ihe serve de base para a noęfio de raęa. Na verdade, os laęos entre estas diferentes facetas dos problemas da pnpula-ęflo ndo aparecem bem claros c, embora reconhecendo no Europa as tres raęas < fundamentais* cldssicos— ndrd»cos, alpinos e medi-lerraneos — o Dr. Martial fala-nos aqui e ali em <raęa judaica* ou em croęa ariona* sem se saber ao certo o que ełns sflo, e intitula corajosamente o scu livro «Raęa francesn>, quondo, na verdade, teria feito melhor, a-pezar-de tudo, em escrcver, por exemp!o, «Etnia francesa>... Ele mesmo acha excelente a cxpressdo < etnia > proposta por P. Regnoult, embora o conjunto psiquico nesta apareęa muito mais acentuado do que o lisico. Mas poderia ampliar a expressdo para < Bio-etnia *...
Na realidade, F. Martial emprega (p. 296) as palavras raęa e etnia quasi como sindnimas, dizendo que urna raęa, urna etnia, traduz a sua psicologia por urn habitns exterior. De-certo. Mas o habitns externo duma etnia nflo 6 necessariamentc una raęa.
Na sua dcfinię&o de raęa, jd refcrida, Martial póe de parte o