Prezado Aluno,
Vamos à última aula do nosso curso de auditoria para AFRFB.
Hoje faremos uma rápida revisão dos principais pontos da disciplina e um
simulado com 30 questões para que avalie melhor o conhecimento que adquiriu
até aqui.
Vamos em frente....
Sumário
Revisão do conteúdo
Conceitos de Auditoria e Objetivos Gerais do Auditor
Você deve estar lembrado que a Auditoria Independente das Demonstrações
Contábeis é uma técnica da contabilidade que objetiva avaliar as
demonstrações contábeis de uma entidade, por meio de um exame
sistemático e independente.
A lógica da A u d i t o r i a
Para captar recursos e exercer suas
atividades, as entidades precisam fornecer
informações aos diversos usuários de
informações contábeis.
No entanto, estes usuários não têm
certeza se as informações recebidas são
verdadeiras.
Auditor Independente
A definição do objetivo da auditoria, segundo a NBC TA 200 é:
O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado
mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório
financeiro aplicável.
Atenção: É muito comum definir o objetivo da auditoria independente
como "emitir parecer sobre as demonstrações contábeis". Portanto,
"emitir um parecer" é uma expressão equivalente de "expressar uma
opinião".
Atenção: A estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de
relatórios financeiros (Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do
Exercício etc.), adotada pela administração que é considerada aceitável em
vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis,
de acordo com o que diz a lei, os regulamentos, as definições CFC etc.
Bom... vimos que a finalidade precípua da auditoria independente é emitir uma
opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis. Para isso, ao conduzir
esse trabalho, os objetivos gerais do auditor são:
(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um
todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas
por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos
os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável; e
(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se,
em conformidade com suas constatações.
Veja que, quando não for possível obter essa segurança razoável e a opinião no
relatório do auditor (mesmo que ressalvada) for insuficiente, as normas
requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao
trabalho (neste último caso, quando possível de acordo com a legislação).
Para fechar esse tópico, lembre que, tão importante quanto saber quais são os
objetivos do auditor, é saber identificar aquilo que não é seu objetivo:
(a) elaborar relatórios financeiros;
(b) identificar erros e fraudes;
(c) garantir a integridade da informação, ou seja, que todos (100%) os
lançamentos contábeis foram efetuados corretamente.
(d) assegurar a viabilidade futura da entidade; e
(e) atestar a eficiência ou eficácia dos negócios conduzidos pela
administração da entidade.
Auditoria Independente X Auditoria Interna
Vimos que a auditoria independente ou externa é aquela executada por
profissionais ou empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à
empresa auditada, com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a
entidade. A auditoria interna, por sua vez, é aquela executada pela própria
organização, com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos
institucionais, por meio da avaliação contínua de seus procedimentos e
controles internos.
As principais diferenças entre a auditoria interna e externa são resumidas em:
Auditor Interno
Auditor Externo ou
Independente
Relação com a
empresa
é empregado da empresa
não possui vínculo
empregatício
Grau de
independência
menor
maior
Finalidade
auxiliar a administração
emissão de uma opinião sobre
a adequação das
demonstrações contábeis
Tipos de
auditoria
contábil e operacional
contábil
Público alvo
interno
interno e externo
(principalmente o último)
Duração
contínua
pontual
Volume de testes
maior
menor
Onde é realizada
em pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de
direito privado.
Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente
Antes de iniciar um trabalho de auditoria, o auditor deve certificar-se que certas
condições prévias necessárias para o bom desenvolvimento do trabalho estão
satisfeitas, que foram ou serão efetivamente implementadas pelos responsáveis
na entidade auditada.
Assim, o auditor, salvo obrigado por lei ou regulamento, não deve aceitar o
trabalho de auditoria que apresente limitação de escopo ou quando não
existirem as condições prévias para o trabalho de auditoria.
• A estrutura de relatório financeiro das
demonstrações contábeis é aceitável; e
• Administração reconhece e entende sua
responsabilidade:
- pela elaboração das demonstrações
contábeis de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável;
- pelo controle interno; e
- por fornecer ao auditor acesso a todas as
informações e pessoas da entidade.
• O auditor deve estabelecer como apropriado,
os termos do trabalho de auditoria com a
administração e os responsáveis pela
governança; e
• Os termos do trabalho devem ser
formalizados na carta de contratação de
auditoria ou outra forma de acordo por
escrito.
Ética Profissional e Independência
Sabemos que o auditor, como a maioria dos profissionais, está sujeito a
exigências éticas no que diz respeito aos trabalhos por ele desenvolvidos. Esses
princípios são:
(a) Integridade: manter a integridade e a honestidade em todas as suas
relações profissionais.
(b) Objetividade: não ter conflito de interesses, preservando sempre sua
independência - de fato e na aparência.
(c) Competência e zelo profissional: aumentar continuamente a
competência profissional, melhorar a qualidade dos serviços e desempenhar
suas atribuições da melhor forma possível.
(d) Confidencialidade: não divulgar informações confidenciais da entidade
auditada sem que tenha seu consentimento específico.
(e) Comportamento (ou conduta) profissional: seguir as normas
relevantes de auditoria e evitar quaisquer ações que maculem a imagem de sua
profissão.
Outro conceito importante é o de independência do auditor - estado no qual
as obrigações ou interesses são isentos dos interesses das entidades auditadas,
de forma a permitir objetividade.
O auditor independente deve aceitar ou continuar um trabalho de
auditoria somente quando houver...
Existência das condições prévias
Entendimento comum entre sobre
os termos do trabalho de auditoria
Atenção! Veja que é importante o auditor ser independente de fato e
na aparência.
Assim, ao decidir sobre a aceitação ou a continuação de uma auditoria, ou se
uma pessoa específica pode ser membro da equipe, o auditor deve identificar e
avaliar as ameaças à independência. Quando necessário, deve aplicar
salvaguardas para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.
Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis
O auditor e as firmas de auditoria devem estabelecer e manter um sistema de
controle de qualidade do trabalho realizado a fim de obter segurança razoável
de que todas as normas técnicas, bem como as exigências regulatórias e legais
estão sendo cumpridas; e de que os relatórios sobre as demonstrações
contábeis estão corretos e apropriados.
Dessa forma, um sistema de controle de qualidade inclui políticas e
procedimentos que tratam dos seguintes tópicos:
• Responsabilidades da liderança pela qualidade.
• Exigências éticas relevantes.
• Aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de
trabalhos específicos
• Recursos humanos.
• Execução do trabalho.
• Monitoramento
Outro ponto importante dentro do processo de controle de qualidade é a
responsabilidade do auditor em realizar revisões periódicas do trabalho, de
acordo com as políticas e procedimentos da firma de auditoria, com base no
fato de que o trabalho de membros menos experientes da equipe deve ser
revisado por membros mais experientes.
Identificar as
ameaças
Avaliar sua
importância
Tomar medidas
(salvaguardas)
para eliminar as
ameaças ou
reduzi-las a um
nível aceitável
Fraudes e a Responsabilidade do Auditor
Você deve lembrar que:
Já falamos sobre isso, mas não custa reforçar: O auditor não é responsável
pela prevenção ou detecção de erros e fraudes.
A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.
Portanto, são responsabilidades do auditor:
(a) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de
fraude;
(b) obter evidências sobre os riscos identificados de distorção relevante
decorrente de fraude, por meio da definição e implantação de
respostas apropriadas; e
(c) responder adequadamente face à fraude ou a suspeita de fraudes
identificada durante a auditoria.
Segundo as normas de auditoria, caso o auditor tenha identificado uma fraude
ou obtido informações que indiquem a possibilidade de fraude, deve comunicar
estes assuntos tempestivamente à pessoa de nível apropriado da administração
que têm a responsabilidade primordial de prevenir e detectar fraude (ex.:
administração, responsáveis pela governança).
Atenção! Há situações em que a existência de fraudes deixa o auditor sem
condições de continuar o trabalho.
Erros
Fraudes
• erros aritméticos na escrituração contábil
ou nas demonstrações contábeis;
• aplicação incorreta das normas
contábeis;
• interpretação errada das variações
patrimoniais.
• manipulação, falsificação ou alteração de
registros contábeis ou documentos;
• mentira ou omissão intencional de
eventos, operações ou outras
informações significativas; e
• aplicação incorreta intencional dos
princípios contábeis.
Planejamento de Auditoria
O planejamento é a etapa inicial da auditoria.
Muita atenção! O planejamento não é uma fase isolada da auditoria,
mas um processo contínuo e iterativo.
De acordo com a NBC TA 300, para a auditoria inicial, o auditor pode considerar
os seguintes temas adicionais na definição do planejamento:
• manter contato com o auditor antecessor, para conduzir a revisão de seus
papéis de trabalho (exceto se for proibido por lei ou norma);
• verificar se os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma
relevante as demonstrações contábeis do período corrente;
• avaliar se as políticas contábeis foram aplicadas de maneira uniforme nas
demonstrações contábeis do período corrente, ou as mudanças estão
devidamente registradas, apresentadas e divulgadas;
• considerar quaisquer assuntos importantes discutidos com a
administração e relacionados à escolha do auditor, à comunicação desses
temas aos responsáveis pela governança e como eles afetam a estratégia
global de auditoria e o plano de auditoria; e
• outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de qualidade da
firma para trabalhos de auditoria inicial.
A estratégia global define o alcance,
a época e a direção da auditoria, para
orientar o desenvolvimento do plano
de auditoria
O plano de auditoria é mais
detalhado que a estratégia global de
auditoria visto que inclui a natureza,
a época e a extensão dos
procedimentos de auditoria a serem
realizados pelos membros da equipe
de trabalho.
Materialidade e Relevância no planejamento e na execução
Lembre que materialidade para execução da auditoria significa o valor ou
valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as
demonstrações contábeis como um todo, para adequadamente reduzir a um
nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas
em conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como
um todo.
A materialidade é, portanto, um valor de
referência para o auditor (parâmetro) que
ele utiliza para ter segurança de que os
problemas eventualmente detectados nas
demonstrações contábeis não se
constituam em distorções relevantes.
O auditor deve, portanto, definir dois
níveis de materialidade: materialidade
para as demonstrações contábeis com
um todo e materialidade para
execução da auditoria.
No primeiro caso, estamos preocupados
com os valores que podem
individualmente ser relevantes. No
segundo, com aqueles que em conjunto
Assim, ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve
determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo,
mediante o exercício de julgamento profissional.
Veja que planejar a auditoria somente para detectar distorção individualmente
relevante negligencia o fato de que as distorções individualmente irrelevantes,
em conjunto, podem levar à distorção relevante das demonstrações contábeis.
Assim, o auditor deve definir a materialidade para execução da auditoria (um
ou mais valores), fixada para reduzir, a um nível adequadamente baixo, a
probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas, em
conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um
todo.
Dessa forma é possível avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a
natureza, a época e a extensão de procedimentos de auditoria.
Valor (R$)
podem ser relevantes.
Valor considerado
relevante para as
demonstrações contábeis
como um todo
Materialidade para
execução da auditoria
Identificação e avaliação dos Riscos de Distorção Relevante
Compete ao auditor obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis, como um todo, estão livres de distorção relevante
independentemente se causada por fraude ou erro.
Uma importante etapa, dentro desse processo, é identificar e avaliar os riscos
de distorção relevante, por meio do entendimento da entidade, do seu
ambiente e controle interno. Assim, é possível melhor formar uma base para o
seu planejamento.
No processo de avaliação dos riscos, o auditor deve obter entendimento do
controle interno relevante para a auditoria.
O controle interno representa em uma organização o conjunto de
procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de produzir dados
contábeis confiáveis (controles contábeis); trazer efetividade e eficiência às
operações (controles operacionais); bem como permitir a aderência às leis,
normas e regulamentos (controles normativos).
Tipo de controle
Foco
Operacional
Ações que propiciam o alcance dos objetivos da entidade
Contábil
Veracidade e à fidedignidade dos registros e das
demonstrações contábeis
Normativo
Observância da regulamentação pertinente
Assim, quando o auditor entende que os controles internos da entidade
conseguem reduzir os riscos de distorções, mais confiante ele fica que as
demonstrações contábeis estão adequadas. No caso contrário, mas desconfiado
ele fica que os números podem ter problemas...
Cuidado! Os procedimentos de avaliação de riscos, por si só, não
fornecem evidências de auditoria apropriada e suficiente para suportar a
opinião da auditoria.
Cuidado! Embora seja mais provável que a maioria dos controles
relevantes para o auditor esteja relacionada com demonstrações contábeis,
nem todos os controles contábeis são relevantes para a auditoria. É
uma questão de julgamento profissional do auditor, determinar se um
controle, individualmente ou em combinação com outros, é relevante.
Vamos falar agora sobre o risco de auditoria.
De acordo com a NBC TA 200, o risco de auditoria é o risco de que o auditor
expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações
contábeis contiverem distorção relevante.
O risco de auditoria é uma função de dois tipos de risco: dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção.
O risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis
contenham distorção relevante antes da auditoria.
Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em dois
componentes: risco inerente e risco de controle.
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma
transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa
ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções,
antes da consideração de quaisquer controles relacionados.
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em
uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou
divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto
com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida
tempestivamente pelo controle interno da entidade.
Por fim, o risco de detecção é o risco de que os procedimentos
executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.
O risco final (risco de auditoria) pode ser calculado como sendo o produto dos
diferentes tipos de risco:
Atenção! Lembre que há uma relação inversa entre o risco de detecção e
os riscos de distorção relevante (risco inerente e risco de controle).
Execução dos trabalhos: evidências, testes e procedimentos técnicos de
auditoria
Segundo a NBC TA 500, na fase de execução, o auditor deve definir e executar
procedimentos de auditoria que permitam a obtenção de evidência de
auditoria apropriada e suficiente que lhe possibilitem obter conclusões
razoáveis para fundamentar a sua opinião.
Risco de Auditoria = Risco de Distorção Relevante x Risco de Detecção
A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria, enquanto que
a adequação é a medida da qualidade dessa evidência, isto é, sua relevância e
sua confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a
opinião do auditor.
Suficiência
Adequação
QUANTIDADE
QUALIDADE
Diz-se que suficiência e adequação são dimensões inter-relacionadas, pois a
primeira é afetada pela segunda, ou seja, quanto maior a qualidade, menos
evidência será exigida. Contudo, é preciso ficar atento, pois o caminho inverso
não é válido, ou seja, a obtenção de mais evidência de auditoria não compensa
a sua má qualidade.
Ademais, é importante ressaltar que a quantidade da evidência de auditoria
necessária é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto
mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja exigida
mais evidência de auditoria).
Já os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que permitem
ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para
fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas,
permitindo que eventuais distorções relevantes sejam identificadas.
Esses procedimentos podem ser divididos em dois grandes grupos: testes de
controle e os procedimentos substantivos, de acordo com o seu objetivo. O
primeiro grupo busca verificar se o controle interno funciona corretamente, o
segundo se dispõe a entender se os valores presentes nos sistemas contábeis
estão corretos, isto é, se são suficientes, exatos e válidos.
• Teste de controle (=testes de observância ou exames de aderência):
procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade
operacional dos controles internos na prevenção ou detecção e correção
de distorções relevantes no nível de afirmações.
• Procedimentos substantivos: aqueles planejados para detectar distorções
relevantes no nível de afirmações, e podem ser divididos em:
o Testes de detalhes: fornecem evidências nas quais o auditor verifica
se os fatos contábeis foram adequadamente registrados; e
o Procedimentos analíticos substantivos ( = revisão analítica):
verificação do comportamento de valores significativos, mediante
índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com
vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.
O auditor deve definir e executar procedimentos técnicos de auditoria que
sejam apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente, que é conseguida pela execução de:
• procedimentos de avaliação de riscos; e
• procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:
o testes de controles; e
o procedimentos substantivos.
Os principais procedimentos de auditoria utilizados e mencionados pelas normas
de auditoria independente do CFC são:
É importante lembrar também dos tipos de confirmação externa...
Os procedimentos de auditoria descritos abaixo podem ser utilizados como
procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos
substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor:
Inspecão: envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em
forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um
ativo.
Observação: consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros,
por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados
da entidade ou da execução de atividades de controle.
Indagacão: consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento,
financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade.
Confirmação externa: representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como
resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita,
eletrônica ou em outra mídia. Os procedimentos de confirmação externa
frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos
saldos contábeis e seus elementos.
Recálculo: consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou
registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.
Procedimentos analíticos: consistem em avaliação das informações feitas por meio
de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os
procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações
identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se
desviem significativamente dos valores previstos.
Reexecução: envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou
controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da
entidade.
Amostragem
Ao selecionar os itens a serem testados, o auditor deve determinar a relevância
e a confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de
auditoria. Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens são:
• seleção de todos os itens (exame de 100% ou censo);
• seleção de itens específicos; e
• amostragem de auditoria.
Amostragem é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de
100% dos itens da população, de maneira que todas as unidades de
amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas, proporcionando
que o auditor possa concluir sobre toda a população.
Assim, o auditor pode utilizar amostragem para obter informações sobre muitas
características de uma população. No entanto, geralmente se está preocupado
em obter respostas para a taxa de desvios nos controles da entidade (testes de
controle) ou para as distorções relevantes presentes nos saldos contábeis
(procedimentos substantivos).
Técnica de
Amostragem
Tipo de teste
Finalidade
Amostragem de
atributos
Teste de controle
estimar a taxa de desvios
da população
Amostragem de
variáveis
Teste de detalhes
estimar um total monetário
ou o valor monetário de
erros em uma população
Branca
Preta
Positiva
Negativa
Circularização
Ao executar os testes de auditoria o auditor pode utilizar dois tipos de
amostragem: estatística e a não estatística (por julgamento).
A amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada de acordo
com a teoria da probabilidade ou as
regras estatísticas. Já a
amostragem não estatística é
determinada pelo auditor utilizando
sua experiência, critério e
conhecimento da entidade, mas
sem base científica.
A escolha entre os dois tipos de
abordagem envolve principalmente
a consideração da relação custo-
benefício do processo.
Atenção! É importante lembrar-se
de uma espécie particular de amostragem estatística: amostragem
estratificada ou estratificação.
Outro conceito importante é risco de amostragem, definido como o risco de
que a conclusão do auditor, com base na amostra, pudesse ser diferente se
toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
Por fim, não podemos esquecer os métodos de seleção da amostra:
• Todos os itens da população ou do estrato fixado tenham idêntica
possibilidade de serem escolhidos.
• A seleção de itens é procedida de maneira que haja sempre um intervalo
constante entre cada item selecionado.
• O auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada, de
acordo com a sua experiência.
• Envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da
população.
• A população é estratificada por valor monetário, permitindo que o
trabalho maior de auditoria possa ser direcionado para os itens de valor
maior.
Amostragem
Não-
Estatística
Estatística
Simples
Estratificada
Aleatória
(randômica)
Sistemática
(por intervalo)
Casual
(ao acaso)
Por Blocos
Unidade
monetária
Avaliação das distorções identificadas
Compete ao auditor avaliar efeito das distorções identificadas e das distorções
não corrigidas.
Assim, o auditor deve:
1. acumular distorções identificadas durante a auditoria que não sejam
claramente triviais;
Atenção! ''claramente triviais" não são sinônimos de "não relevantes"
2. comunicar tempestivamente ao nível apropriado todas as distorções
detectadas durante a auditoria (a menos que seja proibido por lei ou
regulamento);
3. requerer que a administração corrija essas distorções; e
4. obter o entendimento sobre as razões pelas quais a administração
decidiu por não efetuar as correções e considerar esse entendimento ao
avaliar se as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorções relevantes
5. determinar se as distorções não corrigidas são relevantes,
individualmente ou em conjunto, considerando:
a) a magnitude e a natureza das distorções; e
b) o efeito de distorções não corrigidas relacionadas a períodos
anteriores.
6. comunicar aos responsáveis pela governança as distorções não
corrigidas e seu o efeito sobre a opinião no seu relatório (a menos que
seja proibido por lei ou regulamento), incluindo:
a) Identificação das distorções não corrigidas relevantes; e
b) Necessidade de correção das distorções não corrigidas.
Relatório de Auditoria
O relatório de auditoria é o produto final da auditoria que deve conter a
expressão da opinião do auditor, sobre se as demonstrações contábeis (que
inclui as respectivas notas explicativas) são elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
Caso o auditor esteja satisfeito quanto à apresentação das demonstrações
contábeis, e julgue que estão elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de
acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, deverá emitir uma
opinião não modificada ( = parecer padrão ou sem ressalvas).
De outro lado, o auditor deve modificar sua opinião, ou seja, emitir uma opinião
diferente da sem ressalva, quando:
• concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as
demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções
relevantes; ou
• não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente
para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não
apresentam distorções relevantes.
De acordo com a situação o auditor poderá emitir uma opinião sem ressalvas ou
uma opinião com ressalva ou uma opinião adversa ou, ainda, se abster de
opinar.
Opinião sem
ressalva
É emitida quando as demonstrações contábeis, no
julgamento do auditor, estão elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.
Opinião com
ressalva
É emitida quando o auditor:
• tendo obtido evidência de auditoria apropriada e
suficiente, conclui que as distorções são relevantes.
Opinião com
ressalva
mas não generalizadas
r
individualmente ou em
conjunto, nas demonstrações contábeis; ou
• não consegue obter evidência apropriada e suficiente
Opinião com
ressalva
de auditoria para suportar sua opinião, mas ele conclui
que os possíveis efeitos de distorções não detectadas,
se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam
ser relevantes, mas não generalizados.
Opinião
adversa
O auditor deve expressar uma opinião adversa quando ,
tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente,
conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto,
são relevantes e generalizadas para as demonstrações
Opinião
adversa
contábeis.
Abstenção de
opinião
O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando
não consegue obter evidência apropriada e suficiente para
Abstenção de
opinião
suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de
distorções não detectadas, se houver, sobre as
demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e
generalizadas.
Por fim, é importante lembrar que o parágrafo de ênfase serve para o auditor
chamar a atenção para um assunto apresentado ou divulgado nas
demonstrações contábeis que, segundo seu julgamento, é fundamental para o
entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis.
• divulgações adicionais: nos casos em que a estrutura do relatório financeiro prevista em lei ou
regulamento específico não é aceitável, a administração deve fazer divulgações adicionais nas
demonstrações contábeis necessárias para evitar que as demonstrações contábeis sejam
enganosas.
• eventos subsequentes: o auditor independente deve incluir no seu relatório, novo ou
reemitido, parágrafo de ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais
detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e
do relatório anterior fornecido pelo auditor independente.
• continuidade operacional da entidade: se for feita divulgação adequada nas demonstrações
contábeis, o auditor deve expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase
em seu relatório destacando a existência de incerteza significativa e chamando a atenção para
as respectivas notas explicativas às demonstrações contábeis.
Documentação de Auditoria
A documentação de auditoria (papéis de trabalho) fornece as evidências para
uma conclusão quanto ao cumprimento do seu objetivo global, bem como de
que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e
exigências legais e regulamentares aplicáveis.
Alguns pontos importantes:
• O auditor pode usar quaisquer documentos e demonstrações
preparados ou fornecidos pela entidade, desde que avalie sua
consistência e se satisfaça com sua forma e conteúdo, como:
- informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade;
- cópias ou excertos de documentos legais, contratos e atas; e
- cartas de responsabilidade da administração.
• Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor.
- Partes ou excertos destes podem, a critério do auditor, serem
postos à disposição da entidade.
Exemplos de situações que exigem paragrafo de ênfase
A opinião do auditor não é modificada pela ênfase!
• A confidencialidade dos papéis de trabalho é dever permanente do
auditor.
• O auditor deve manter a custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de
cinco anos, a contar da data do relatório de auditoria.
• Os papéis de trabalho podem ser classificados em correntes ou
permanentes.
- Correntes: utilizados em apenas um exercício social (ex.: extratos
bancários)
- Permanentes: utilizados em mais de um exercício social (ex.:
estatuto social)
Eventos subsequentes
A investigação dos eventos ou transações subsequentes, os quais por sua
relevância possam afetar substancialmente a situação patrimonial e/ou
financeira da empresa, e a sua consequente revelação, é atividade típica da
auditoria externa independente.
O quadro abaixo resume o tratamento dado ao auditor para os diferentes tipos
de eventos subsequentes.
Tipo de evento
subsequente
entre o término do
exercício e a
emissão do
relatório
entre emissão do
parecer e a
divulgação das
demonstrações
após a divulgação
das
demonstrações
contábeis
O auditor tem
responsabilidade em
indagar por eventos
subsequentes?
SIM
NÃO
NÃO
O que acontece
quando a
administração faz as
alterações
necessárias?
Emite opinião sem
ressalvas
Emite novo relatório
com parágrafo de
ênfase (data
posterior à data das
modificações)
Emite novo relatório
com parágrafo de
ênfase (data
posterior à data das
modificações)
O que acontece
quando a
administração não
faz as alterações
necessárias?
Opinião com
ressalvas ou adversa
Opinião com
ressalvas ou adversa
Medidas para
impedir que o
relatório seja
utilizado por
terceiros
Auditoria de estimativas Contábeis
O uso de estimativas, desde que razoáveis, é uma parte essencial da
preparação das demonstrações contábeis e não afeta sua confiabilidade.
Guarde bem -> Os cálculos das estimativas contábeis são de exclusiva
responsabilidade da administração da entidade.
Ao auditor cabe tomar conhecimento da forma como as estimativas foram
apuradas, analisando os controles, os procedimentos e os métodos
utilizados pela entidade, e deve assegurar-se que as estimativas relevantes,
individualmente consideradas, são razoáveis.
Então, para verificar se as estimativas são razoáveis o auditor deve:
• Analisar a fundamentação matemático-estatística dos procedimentos
utilizados pela entidade na quantificação das estimativas; e
• Verificar a coerência das estimativas com o comportamento dos itens
estimados em períodos anteriores, as práticas correntes em entidades
semelhantes, os planos futuros da entidade, a conjuntura econômica e as
suas projeções.
Continuidade Operacional
Compete ao auditor obter evidência suficiente sobre a adequação do uso, pela
administração, do pressuposto de continuidade operacional na elaboração
e apresentação das demonstrações contábeis e expressar uma conclusão sobre
se existe incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade operacional.
Atenção! A ausência de qualquer referência à incerteza de continuidade
operacional, no relatório do auditor independente, não pode ser
considerada uma garantia da capacidade de continuidade operacional.
O auditor deve, portanto, revisar a avaliação da administração sobre a
capacidade de continuidade operacional, cobrindo o mesmo período utilizado
pela administração em sua avaliação - período este que deve ser de, no
mínimo, 12 meses a partir da data das demonstrações contábeis.
Essa avaliação é feito com base na análise de indicações de risco a
continuidade:
1. Financeiras (ex.: patrimônio líquido negativo)
2. Operacionais (ex.: perda de pessoal chave sem reposição)
3. Outras Indicações (ex.: processos legais ou regulatórios pendentes)
Fique atento! A análise desses indicadores feita isoladamente pode não
ser suficiente para caracterizar a possibilidade da descontinuidade das
operações da empresa.
Representações formais (carta de responsabilidade da administração)
Representação formal É uma declaração escrita pela administração, fornecida
ao auditor, para confirmar certos assuntos ou suportar outra evidência de
auditoria.
Entre outros usos, o auditor deve solicitar à administração que forneça
representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela
elaboração das demonstrações contábeis.
Além disso, sempre que o auditor não possa ter uma expectativa razoável
quanto à existência de outra evidência de auditoria pertinente, ele deve obter
declarações por escrito da administração sobre os assuntos significativos para
as Demonstrações Contábeis.
Importante! As declarações da administração não substituem outras
evidências de auditoria.
Auditoria no setor público federal
A auditoria governamental se caracteriza por uma atuação autônoma com dois
objetivos específicos:
• emitir uma opinião sobre a adequação das contas governamentais
(=auditoria de regularidade ou auditoria de conformidade); e
• avaliar e apresentar recomendações sobre o desempenho das atividades e
programas governamentais (=auditoria de desempenho ou auditoria
operacional ou auditoria de otimização de recursos).
Ou seja, uma auditoria operacional pode avaliar aspectos de legalidade e
legitimidade, assim como uma auditoria de regularidade pode avaliar aspectos
de eficiência e economicidade.
Segundo referida IN SFC/MF n° 01/2001, a auditoria é o conjunto de técnicas
que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais, e
a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado,
mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado
critério técnico, operacional ou legal.
A auditoria governamental pode ser classificada em 5 (cinco) tipos:
1. Auditoria de Avaliação da Gestão: objetiva emitir uma opinião com vistas a
certificar a regularidade das contas públicas, verificar a execução de
contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos
dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da
União ou a ela confiados.
2. Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo dos processos
de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos
efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma entidade,
evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo
gargalos ao desempenho da sua missão institucional.
3. Auditoria Contábil: objetiva opinar se os registros contábeis foram
efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se
as demonstrações refletem, adequadamente, a situação econômico-
financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado
e as demais situações nelas demonstradas.
Auditoria Operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os
procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das
unidades ou entidades da administração pública federal, programas de
governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de
emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência,
eficácia e economicidade, procurando auxiliar a administração na
gerência e nos resultados, por meio de recomendações, que visem
aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a
responsabilidade gerencial. Este tipo de procedimento auditorial, consiste
numa atividade de assessoramento ao gestor público, com vistas a
aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida
de forma tempestiva no contexto do setor público, atuando sobre a gestão,
seus programas governamentais e sistemas informatizados.
4. Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas
relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas
para atender determinação expressa de autoridade competente.
Classificam-se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos
em outras classes de atividades.
Segundo a SFC, além da classificação por tipo, a auditoria também pode ser
classificada pela forma de execução:
I. Direta - trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente
por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal, sendo subdividas em:
a. centralizada - executada exclusivamente por servidores em exercício
nos Órgão Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo Federal.
b. descentralizada - executada exclusivamente por servidores em
exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal.
c. integrada - executada conjuntamente por servidores em exercício
nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
II. Indireta - trata-se das atividades de auditoria executadas com a
participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que
desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da
Administração Pública Federal ou entidade privada.
a. compartilhada - coordenada pelo Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições
públicas ou privada.
b. terceirizada - executada por instituições privadas, ou seja, pelas
denominadas empresas de auditoria externa.
III. Simplificada - trata-se das atividades de auditoria realizadas, por
servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais
ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal,
sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por
meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais, cujo
custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão.
Essa forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de
indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente
executor das ações de controle.
Agora, tente resolver as 30 questões abaixo!
Simulado
01. (FCC/Tribunal de Contas de São Paulo/Auditor/2013) Considere as
afirmações a seguir, que tratam dos procedimentos e métodos de auditoria:
1. O rastreamento é uma investigação minuciosa, com exame de
documentos, de unidades e órgãos que tenham procedimentos interligados,
cujo objetivo é dar segurança à opinião do auditor.
II. Os procedimentos de revisão analítica compreendem a análise
documental, a confirmação externa e a conferência dos cálculos dos dados
produzidos pelo sistema de escrituração contábil da entidade.
III. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à
suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos pelo sistema contábil da
entidade auditada, com o objetivo de reduzir o risco inerente da auditoria.
IV. Os testes substantivos têm por objetivo a obtenção de uma segurança
razoável de que os sistemas de controles internos implantados pela entidade
estão alcançando seus objetivos, o que servirá de base para determinar a
extensão dos procedimentos de auditoria.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A)I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) II e IV.
(E) II, III e IV.
02. (FGV/CGE MA/Auditor do Estado/2014) A respeito da Auditoria
Independente, analise as afirmativas a seguir.
I. A opinião do auditor expressa se as demonstrações contábeis estão
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro.
II. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e as
exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar opinião sobre as
demonstrações contábeis.
III. A auditoria em conformidade com as normas de auditoria é conduzida com
base na premissa de que a administração e, quando apropriado, os
responsáveis pela governança têm conhecimento de certas responsabilidades
que são fundamentais para a condução da auditoria.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
03. (FCC/Nova Caixa - Contador/2011) Visam à obtenção de uma
razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos
pela administração da empresa auditada estão em efetivo funcionamento:
(A) Procedimentos de revisão analítica.
(B) Testes de detecção.
(C) Testes de observância.
(D) Testes substantivos.
(E) Testes de transações e saldos.
04. (FCC/ISS SP/2012) A empresa exportatudo S.A. tem em suas
operações instrumentos financeiros derivativos de hedge de moeda para
cobertura de sua exposição cambial. Apesar de enquadrar- se na condição para
contabilização pelo método de hedge accounting não o aplica. Dessa forma,
deve o auditor externo
(A) ressalvar e enfatizar, no relatório de auditoria, os efeitos que o referido
procedimento causa às demonstrações financeiras auditadas.
(B) verificar se o procedimento está divulgado em nota explicativa e emitir
relatório de auditoria sem ressalva, uma vez que esse procedimento é opcional.
(C) avaliar o impacto e verificar se o procedimento afeta representativamente o
resultado, ressalvando o relatório de auditoria.
(D) emitir relatório de auditoria, condicionando sua avaliação aos reflexos que o
referido procedimento causaria às demonstrações contábeis.
(E) abster-se de emitir opinião em virtude da relevância que o procedimento
causa nas demonstrações contábeis das empresas de forma geral.
05. (FCC/ISS SP/2012) A empresa Terceserv S.A. possui prejuízos fiscais
decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos dois anos no valor de
R$ 1.000.000,00. Opera em Mercado extremamente competitivo e não há por
parte da administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos.
A empresa aposta na qualidade dos serviços prestados para superar a
concorrência e começar a gerar lucro. Como não há prescrição do crédito
tributário, a empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito.
Nesse caso, o auditor externo deve
(A) ressalvar o relatório de auditoria, mesmo que o valor seja irrelevante, uma
vez que a empresa infringe regra contábil e fiscal.
(B) abster-se de emitir o relatório de auditoria, em virtude de não atender aos
pronunciamentos contábeis vigentes.
(C) solicitar que a empresa reverta o lançamento, caso a empresa não atenda
ressalvar o relatório de auditoria.
(D) manter o lançamento, uma vez que o crédito é devido, e emitir relatório de
auditoria sem ressalva ou ênfase.
(E) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período, uma vez
que o benefício já é devido, e emitir relatório de auditoria sem ressalva.
06. (FCC/TRT 6R/Analista Judiciário - Contabilidade/2012) A empresa
Jaú S.A. de capital aberto, por problemas administrativos e financeiros, não
efetuou a auditoria externa de suas demonstrações financeiras nos anos de
2009, 2010 e 2011. Em 2012, por determinação da CVM foi solicitada a
apresentar as auditorias de todo o período, senão teria seu registro cancelado.
A empresa precisando manter essa forma de capitação de recursos, contratou
auditoria para emitir
(A) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para os
anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a
partir de 2010.
(B) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a
aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.
(C) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de auditoria
vigentes para o período até 2009, e relatório de auditoria para os anos de 2010
e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.
(D) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a
aplicação das normas de auditoria vigentes até 2009.
(E) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de auditoria
vigentes para o período até 2009 e parecer de auditoria, para os anos de 2010
e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de
07. (FGV/CGE MA/Auditor do Estado/2014) A respeito da evidência de
auditoria, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de
fontes internas dentro da entidade.
(B) A confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior
quando os controles relacionados são efetivos, incluindo os controles, impostos
pela entidade, sobre sua elaboração e manutenção.
(C) A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável do
que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência.
(D) A evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia
eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida
verbalmente.
(E) A evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável
do que a evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por
documentos que foram filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira
para forma eletrônica.
2010.
08. (FCC/Nova Caixa/Contador/2011) Quando ocorrer incerteza quanto a
fato relevante, cujo desfecho poderá afetar significativamente a posição
patrimonial e financeira da entidade, mas que foi mencionado nas notas
explicativas às demonstrações contábeis, o auditor deve
(A) emitir parecer adverso.
(B) adicionar parágrafo de ênfase em seu parecer sem ressalva.
(C) emitir parecer com abstenção de opinião.
(D) não emitir o parecer até ter maiores informações sobre o assunto.
(E) emitir parecer com ressalva.
09. (FGV/CGE MA/Auditor do Estado/2014) O auditor, no processo de
avaliação de risco da entidade, deve buscar entender se a entidade tem
processo para os casos listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
(A) Identificar riscos de negócio relevantes para os objetivos das
demonstrações contábeis.
(B) Estimar a significância dos riscos.
(C) Avaliar a probabilidade da ocorrência de riscos.
(D) Decidir sobre ações em resposta aos riscos.
(E) Analisar procedimentos analíticos de erros e fraudes.
10. (FGV/CGE MA/Auditor do Estado/2014) A determinação da
materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento
profissional. Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um referencial
selecionado como ponto de partida para determinar a materialidade para as
demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que podem afetar a
identificação de referencial apropriado incluem
(A) os elementos das notas explicativas.
(B) os itens que tendem a inibir a atenção dos usuários das demonstrações
contábeis da entidade específica.
(C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o
ambiente econômico em que atua.
(D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada.
(E) a volatilidade relativa do capital.
11. (FCC/TRT24-Anal.Jud.Contabilidade/2011) Ao conduzir uma auditoria
de demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter segurança
(A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.
(B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de parecer financeiro.
(C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção
relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.
(D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção
irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor expresse opinião sobre
se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
(E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos considerados, em conformidade com a estrutura de parecer
financeiro consolidado do auditor independente.
12. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - Sefaz SP/2009 - Adaptada) O
trabalho de auditoria interna
(A) tem maior independência que o de auditoria externa.
(B) é responsável pela implementação e pelo cumprimento dos controles
internos.
(C) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
(D) deve emitir opinião, que será publicado com as demonstrações contábeis.
(E) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.
13. (Cesgranrio/Auditor - Funasa/2009) Segundo as normas profissionais
do auditor interno, este profissional, não obstante a sua posição funcional, deve
preservar a sua autonomia profissional. Isto equivale, na ótica da auditoria
externa, ao preceito da
(A) prudência.
(B) objetividade.
(C) qualificação.
(D) independência.
(E) hierarquia.
14. (FCC/ISS-SP/2012) A independência do auditor externo da empresa
Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:
I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de auditoria
da adquirente é a
mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e
de consultoria tributária
no ano da aquisição para a empresa Ágile.
II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do
diretor presidente da empresa
Aquisição S.A.
III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa
Aquisição S.A. em suas contingências tributárias.
Afeta a independência do auditor externo o que consta em
(A) III, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) I, apenas.
(E) II e III, apenas.
15. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Nas atividades de planejamento o auditor deve
estabelecer uma estratégia global definindo o alcance, a época e a direção para
o desenvolvimento do plano de auditoria.
A respeito do planejamento da auditoria, assinale a afirmativa incorreta.
(A) O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu
alcance, bem como definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a
planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas.
(B) O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional são
significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho e determinar a
natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o
trabalho.
(C) O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do
trabalho de auditoria e, quando for o caso, a relevância do conhecimento obtido
em outros trabalhos.
(D) O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a
descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de
avaliação de risco.
(E) O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria,
para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão do seu
trabalho.
16. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2008) Entre os fatores a serem
considerados no planejamento, é possível destacar:
• o grau de conhecimento da atividade da auditada;
• a existência de auditoria interna;
• a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), oportunidade
(quando) e extensão (até onde, o percentual) dos procedimentos a
serem aplicados;
• os relatórios a serem entregues;
• a equipe técnica.
Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada
entidade, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados de
acordo com o CFC e com a doutrina.
Nas alternativas a seguir estão listados alguns desses cuidados, à exceção de
uma. Assinale-a.
(A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de
"conhecimento" da auditada)
(B) mapeamento das fraudes e erros (relevantes ou não) detectados pelos dois
últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM
(C) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido
alterações de um exercício para o outro, tais como mudança no método de
avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação -
lucro presumido para real, por exemplo)
(D) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-
base do exercício, revelados ou não.
(E) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle
interno.
17. (Cesgranrio/BNDES - Ciências Contábeis/2009) O relatório do Comitê
de Organizações Patrocinadoras identifica os cinco componentes do controle
interno: ambiente de controle; avaliação de risco; atividade de controle;
informação e comunicação; monitoração. Dentre eles, aquele que identifica as
políticas e procedimentos que permitem assegurar que as diretrizes da
administração estão sendo seguidas é o(a)
(A) ambiente de controle.
(B) avaliação de risco.
(C) atividade de controle.
(D) informação e comunicação.
(E) monitoração.
18. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2007) Avalie as afirmativas a
seguir:
I. Risco de auditoria é o risco de que o auditor possa inadvertidamente não
modificar adequadamente seu parecer sobre demonstrações contábeis que
contêm erros ou classificações indevidas materiais.
II. Risco inerente é o risco de que um erro ou classificação indevida materiais
que possam constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados
tempestivamente pelos controles internos da entidade.
III. Risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou
classificação indevida materiais, supondo que não haja controles.
IV. Risco de detecção é o risco de que o auditor não detecte um erro ou
classificação indevida relevantes que existam em uma afirmação.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
19. (FGV/SAD-PE - Analista de Controle Interno: Finanças
Públicas/2008) - ADAPTADA - Na aplicação dos testes de detalhes
substantivos o auditor deve objetivar às seguintes conclusões, à exceção de
uma. Assinale-a.
(A) Corte - se as transações e eventos foram registrados nas contas corretas.
(B) Existência - se ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido existem.
(C) Ocorrência - se as transações e eventos que foram registrados ocorreram e
são da entidade.
(D) Integridade - se todas as divulgações que deviam ser incluídas nas
demonstrações contábeis foram incluídas.
(E) Direitos e obrigações - se a entidade detém ou controla os direitos sobre
ativos e os passivos são as obrigações da entidade.
20. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - Sefaz SP/2006) - ADAPTADA - Os
procedimentos substantivos de auditoria dividem-se em testes de
(A) amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica.
(B) eventos subsequentes e testes de detalhes.
(C) detalhes e procedimentos de revisão analítica.
(D) observância e testes de circularização de saldos.
(E) observância e testes de amostragem estatística.
21. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) - ADAPTADA - Avalie as
seguintes situações:
I. O auditor deve obter informações junto a pessoas com conhecimento,
financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade.
II. O auditor faz uma avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.
Os procedimentos técnicos aplicáveis a essas situações são, respectivamente:
(A) inspeção e indagação / inspeção dedutiva.
(B) revisão e análise / confirmação analítica.
(C) cálculo e observação / procedimentos confirmativos.
(D) indagação / procedimentos analíticos.
(E) revisão e observação / análise quantitativa.
12. (ESAF/Fiscal de Rendas - ISS RJ/2010) Avalie, se verdadeiro ou falso,
os itens a seguir a respeito do uso de amostragem estatística em auditoria e
assinale a opção que indica a sequência correta.
I. O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da
amostra exigido em razão da existência de outros controles a serem utilizados;
II. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada unidade de
amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada;
III. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de
procedimentos de auditoria não apropriados;
IV. Para os testes de controle, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente
alta pode levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante.
(A) V, V, F, V
(B) F, V, V, V
(C) V, V, V, F
(D) F, F, F, V
(E) V, F, V, F
23. (Elaboração Própria/2012) Sobre a avaliação das distorções
identificadas durante a auditoria, aponte a assertiva falsa:
(A) Distorção é a diferença entre um item informado nas demonstrações
contábeis e o que requerido para que este item esteja de acordo com a
estrutura de relatório financeiro aplicável.
(B) O auditor deve determinar se as distorções não corrigidas são relevantes,
individualmente ou em conjunto.
(C) Caso a natureza das distorções identificadas e as circunstâncias em que elas
ocorreram indicarem que podem existir outras distorções que, em conjunto com
as distorções detectadas durante a auditoria, poderiam ser relevantes, o auditor
deve determinar se a estratégia global e o plano de auditoria precisam ser
revisados. O mesmo não é aplicável quando o conjunto das distorções
detectadas se aproxima da materialidade.
(D) O auditor deve comunicar tempestivamente ao nível apropriado da
administração todas as distorções detectadas durante a auditoria, a menos que
seja proibido por lei ou regulamento, e requerer que sejam corrigidas.
(D) Se, por solicitação do auditor, a administração examinou uma classe de
transações, saldos contábeis ou divulgação e corrigiu distorções que foram
detectadas, o auditor deve executar procedimentos adicionais de auditoria para
determinar se continua havendo distorções.
24. (CESPE/ACE Espec. Administração Pública e/ou de Empresas - TCE
AC/2008) - ADAPTADA - De acordo com as normas de auditoria,
independentemente das demonstrações contábeis, o auditor deve adotar
procedimentos apropriados para manter os papéis de trabalho por
(A) dois anos, a partir da data do fim da auditoria.
(B) três anos, a partir da data de emissão do seu relatório.
(C) três anos, a partir da data do fim da auditoria.
(D) cinco anos, a partir da data de emissão do seu relatório.
(E) cinco anos, a partir da data do fim da auditoria.
25. (NCE/Analista de Normas Contábeis e de Auditoria/CVM/2008) -
adaptada - O relatório (parecer) com abstenção de opinião é emitido quando:
(A) for constatado que as demonstrações financeiras não representam a
realidade da organização auditada;
(B) as demonstrações contábeis representarem em seu conjunto a situação
patrimonial da empresa analisada;
(C) o auditor não consegue reunir comprovação suficiente para formar sua
opinião sobre as demonstrações financeiras;
(D) for detectado pelos auditores erro que induza os usuários a uma
compreensão falha da empresa auditada;
(E) for encontrado erro relevante nas demonstrações contábeis auditadas.
26. (FCC/ISS-SP/2006) - adaptada - Considere as afirmações a seguir,
relativas a transações e eventos subsequentes ao término do exercício social a
que se referem as demonstrações contábeis auditadas:
I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subsequente
relevante.
II. Eventos subsequentes, após a divulgação das demonstrações contábeis, não
devem ser considerados pelo auditor, uma vez que ele não pode emitir um novo
relatório.
III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados adequadamente pela
companhia, e o auditor não tenha fornecido seu relatório a entidade ele deve
modificar sua opinião como apropriado.
IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considerada
um evento subsequente relevante.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
27. (FCC/Auditor - TCE SP/2008) Os exames realizados pelo auditor
externo na avaliação das estimativas contábeis devem
I. fundamentar matemática e estatisticamente os procedimentos utilizados pela
entidade na quantificação das estimativas.
II. verificar a coerência das estimativas com o comportamento da entidade em
períodos passados.
III. avaliar a conjuntura econômica existente no momento e suas projeções
para períodos futuros.
Está correto o que se afirma em
(A) III, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.
28. (FCC/Analista: Contabilidade - MPE SE/2009) - adaptada - Segundo
a NBC TA 570, a análise da continuidade da entidade auditada, caracterizam-se
como indicadores financeiros
(A) a falta continuada de suprimentos importantes e a perda de financiador
estratégico.
(B) os processos legais e administrativos pendentes contra a entidade que
resultem em obrigações que não possam ser cumpridas e a perda de
financiador estratégico.
(C) a falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus
compromissos com a entidade e a verificação de prejuízos operacionais
substanciais de forma continuada.
(D) a perda de fornecedor essencial, a existência de passivo a descoberto e a
perda de mercado importante.
(E) os prejuízos operacionais substanciais de forma continuada e a perda de
pessoal-chave na administração, sem que haja substituição.
29. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização - CGU/ 2012) Uma auditoria
qualquer, coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal com o auxílio de uma empresa privada de auditoria, deve ter sua forma
de execução classificada como:
(A) Centralizada.
(B) Descentralizada.
(C) Integrada.
(D) Compartilhada.
(E) Terceirizada.
30. (SMA/ Técnico de Controle Externo - TCM RJ/2011) Na gestão
pública por resultados, é relevante a adoção de indicadores de desempenho.
Nesse contexto, numa adequada avaliação dos resultados atingidos pelo gestor,
realizada pelos Tribunais de Contas, deve-se considerar, no que tange à correta
aplicação dos indicadores, a:
(A) economicidade, que consiste na relação entre os objetivos e metas
realizadas em confronto com os resultados pretendidos
(B) legalidade, correspondente à relação entre os resultados alcançados, o
tempo despendido e os recursos utilizados
(C) eficiência, quando observar o correto cumprimento da legislação pertinente
(D) eficácia na análise dos gastos públicos, comparados aos preços praticados
pelo mercado local
(E) efetividade, que compreende o grau de atendimento e satisfação das
demandas da sociedade
Bom... agora confira o gabarito na página seguinte e veja como se saiu.
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Tudo tranquilo? Esperamos que sim! Vamos comentar cada uma dessas
questões...
Gabaritos:
Questões comentadas
01. (FCC/Tribunal de Contas de São Paulo/Auditor/2013) Considere as
afirmações a seguir, que tratam dos procedimentos e métodos de auditoria:
I. O rastreamento é uma investigação minuciosa, com exame de
documentos, de unidades e órgãos que tenham procedimentos interligados,
cujo objetivo é dar segurança à opinião do auditor.
II. Os procedimentos de revisão analítica compreendem a análise
documental, a confirmação externa e a conferência dos cálculos dos dados
produzidos pelo sistema de escrituração contábil da entidade.
III. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à
suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos pelo sistema contábil da
entidade auditada, com o objetivo de reduzir o risco inerente da auditoria.
IV. Os testes substantivos têm por objetivo a obtenção de uma segurança
razoável de que os sistemas de controles internos implantados pela entidade
estão alcançando seus objetivos, o que servirá de base para determinar a
extensão dos procedimentos de auditoria.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A)I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) II e IV.
(E) II, III e IV.
Comentários:
Vamos analisar cada item:
Item I - de fato, o rastreamento, procedimento técnico previsto na IN SFC
01/01 que trata da auditoria no setor público é definido como uma investigação
minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades, órgãos e
procedimentos interligados, visando dar segurança à opinião do responsável
pela execução do trabalho sobre o fato observado.
Item II - está errado, a revisão analítica é a verificação do comportamento de
valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou
outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.
Item III - está errado, essa é a definição dos testes substantivos.
Item IV - está errado, essa é a definição dos testes de controle.
Gabarito: letra A.
02. (FGV/CGE MA/Auditor do Estado/2014) A respeito da Auditoria
Independente, analise as afirmativas a seguir.
I. A opinião do auditor expressa se as demonstrações contábeis estão
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro.
II. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e as
exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar opinião sobre as
demonstrações contábeis.
III. A auditoria em conformidade com as normas de auditoria é conduzida com
base na premissa de que a administração e, quando apropriado, os
responsáveis pela governança têm conhecimento de certas responsabilidades
que são fundamentais para a condução da auditoria.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentários:
Todos os itens estão corretos e trazem a literalidade da NBC TA 200.
Aproveitamos para deixar uma dica: leia essa norma um pouco antes da
prova... Não é tão grande e as bancas adoram "copiar a colar" muitos dos seus
itens.
Item I - certo. Essa é a definição de opinião de auditoria independente.
Item II - certo. Para emitir sua opinião, o auditor deve conduzir seu trabalho de
acordo com as normas técnicas e profissionais de auditoria.
Item III - certo. As normas de auditoria não impõem obrigações à
administração da entidade, mas se pressupõe que ela conhece suas
responsabilidades em relação à auditoria (Ex.: fornecer as informações
necessárias ao auditor, implantar e manter controle internos etc.)
03. (FCC/Nova Caixa - Contador/2011) Visam à obtenção de uma
razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos
pela administração da empresa auditada estão em efetivo funcionamento:
(A) Procedimentos de revisão analítica.
(B) Testes de detecção.
(C) Testes de observância.
(D) Testes substantivos.
(E) Testes de transações e saldos.
Comentários:
Os testes que visam à obtenção de uma razoável segurança de que os
procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração da empresa
auditada estão em efetivo funcionamento são denominados testes de
observância ou testes de controle.
Gabarito: letra C.
04. (FCC/ISS SP/2012) A empresa exportatudo S.A. tem em suas
operações instrumentos financeiros derivativos de hedge de moeda para
cobertura de sua exposição cambial. Apesar de enquadrar- se na condição para
contabilização pelo método de hedge accounting não o aplica. Dessa forma,
deve o auditor externo
(A) ressalvar e enfatizar, no relatório de auditoria, os efeitos que o referido
procedimento causa às demonstrações financeiras auditadas.
(B) verificar se o procedimento está divulgado em nota explicativa e emitir
relatório de auditoria sem ressalva, uma vez que esse procedimento é opcional.
(C) avaliar o impacto e verificar se o procedimento afeta representativamente o
resultado, ressalvando o relatório de auditoria.
(D) emitir relatório de auditoria, condicionando sua avaliação aos reflexos que o
referido procedimento causaria às demonstrações contábeis.
(E) abster-se de emitir opinião em virtude da relevância que o procedimento
causa nas demonstrações contábeis das empresas de forma geral.
Comentários:
Essa questão mistura conhecimentos de contabilidade e auditoria.
A chave para respondê-la é saber se a empresa adotou um posicionamento
incorreto (se for incorreto, qual a extensão do problema) e seu impacto na
opinião do auditor.
O enunciado nos dá uma dica ao afirmar que apesar de a empresa enquadrar-
se na condição para utilizar a contabilização pelo método de hedge accounting,
ela não aplica esse método, dando a entender que é algo opcional.
De fato, de acordo com o Pronunciamento CPC-14: Para entidades que realizam
operações com derivativos (e alguns instrumentos financeiros não derivativos -
instrumento de hedge para proteger o risco de variação cambial) com o objetivo
de hedge em relação a um risco específico determinado e documentado, há a
possibilidade de aplicação da metodologia denominada contabilidade de
operações de hedge (hedge accounting).
Dado que se trata de uma aplicação opcional, não há nenhuma incorreção no
procedimento adotado pela empresa, assim, o parecer do auditor será sem
ressalva.
Gabarito: letra B.
05. (FCC/ISS SP/2012) A empresa Terceserv S.A. possui prejuízos fiscais
decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos dois anos no valor de
R$ 1.000.000,00. Opera em Mercado extremamente competitivo e não há por
parte da administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos.
A empresa aposta na qualidade dos serviços prestados para superar a
concorrência e começar a gerar lucro. Como não há prescrição do crédito
tributário, a empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito.
Nesse caso, o auditor externo deve
(A) ressalvar o relatório de auditoria, mesmo que o valor seja irrelevante, uma
vez que a empresa infringe regra contábil e fiscal.
(B) abster-se de emitir o relatório de auditoria, em virtude de não atender aos
pronunciamentos contábeis vigentes.
(C) solicitar que a empresa reverta o lançamento, caso a empresa não atenda
ressalvar o relatório de auditoria.
(D) manter o lançamento, uma vez que o crédito é devido, e emitir relatório de
auditoria sem ressalva ou ênfase.
(E) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período, uma vez
que o benefício já é devido, e emitir relatório de auditoria sem ressalva.
Comentários:
As contingências ativas não podem ser reconhecidas (provisionadas) nas
demonstrações contábeis, devido ao princípio da prudência. Quando a entrada
de benefícios econômicos for praticamente certa, não se trata de ativo
contingente, mas de ativo propriamente dito.
No caso em pauta, a empresa pretende provisionar a "expectativa de crédito
tributário", ou seja, uma contingência ativa. Assim, a princípio, estaríamos
diante de uma prática não adequada pelo simples fato de se tratar de uma
contingência ativa.
No entanto, as contingências tratadas na NBC TG 25 (anteriormente
denominada NBC T 19.7), devem ser aplicadas por todas as entidades na
contabilização de provisões, e de passivos e ativos contingentes, exceto:
• os que resultem de contratos a executar, a menos que o contrato seja
oneroso; e
• os cobertos por outra norma.
Ou seja, há algumas exceções. A NBC TG 32 trata de tributos sobre o lucro e
admite a possibilidade de que um ativo fiscal diferido possa ser reconhecido
para o registro de prejuízos fiscais e créditos fiscais não utilizados na medida
em que seja provável que estarão disponíveis lucros tributáveis futuros.
Veja que para que haja esse reconhecimento é necessário que haja
probabilidade razoável de lucros tributáveis futuros. Na medida em que não for
provável que estará disponível lucro tributável contra o qual prejuízos fiscais ou
créditos fiscais não utilizados sejam utilizados, o ativo fiscal diferido não deve
ser reconhecido.
A NBC TG 32 define alguns critérios para avaliar a probabilidade de que haverá
disponibilidade de lucro tributável:
• se a entidade tem diferenças temporárias tributáveis suficientes
relacionadas com a mesma autoridade tributária e a mesma entidade
tributável que resultarão em valores tributáveis contra os quais os
prejuízos fiscais ou créditos fiscais não utilizados podem ser utilizados
antes que expirem;
• se for provável que a entidade terá lucros tributáveis antes que os
prejuízos fiscais ou créditos fiscais não utilizados expirem;
• se os prejuízos fiscais não utilizados resultarem de causas identificáveis
que são improváveis de ocorrer novamente; e
• se estiverem disponíveis para a entidade oportunidades de planejamento
tributário que criarão lucro tributável no período em que prejuízos fiscais
ou créditos fiscais não utilizados possam ser utilizados.
Note que o enunciado não dá elementos para concluir que o auditor possui
evidências que a empresa terá lucro no futuro. Consequentemente, as
demonstrações contábeis não estão adequadas. Portanto, o auditor deve
discutir com a administração o ajuste das demonstrações e, caso não atendido,
modificar sua opinião. Neste caso, será uma ressalva, pois se trata de uma
distorção relevante e não de uma limitação de escopo.
Gabarito: letra C.
06. (FCC/TRT 6R/Analista Judiciário - Contabilidade/2012) A empresa
Jaú S.A. de capital aberto, por problemas administrativos e financeiros, não
efetuou a auditoria externa de suas demonstrações financeiras nos anos de
2009, 2010 e 2011. Em 2012, por determinação da CVM foi solicitada a
apresentar as auditorias de todo o período, senão teria seu registro cancelado.
A empresa precisando manter essa forma de capitação de recursos, contratou
auditoria para emitir
(A) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para os
anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a
partir de 2010.
(B) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a
aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.
(C) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de auditoria
vigentes para o período até 2009, e relatório de auditoria para os anos de 2010
e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.
(D) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a
aplicação das normas de auditoria vigentes até 2009.
(E) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de auditoria
vigentes para o período até 2009 e parecer de auditoria, para os anos de 2010
e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de
2010.
Comentários:
As novas normas de auditoria passaram a vigorar a partir de 1°/1/2010,
portanto, devem ser aplicadas as normas de auditoria vigentes até 2009 para o
parecer de auditoria referente ao ano de 2009, e as normas de auditoria,
vigentes a partir de 2010, para os relatórios de auditoria dos anos de 2010 e
2011.
Gabarito: letra C.
07. (FGV/CGE MA/Auditor do Estado/2014) A respeito da evidência de
auditoria, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de
fontes internas dentro da entidade.
(B) A confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior
quando os controles relacionados são efetivos, incluindo os controles, impostos
pela entidade, sobre sua elaboração e manutenção.
(C) A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável do
que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência.
(D) A evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia
eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida
verbalmente.
(E) A evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável
do que a evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por
documentos que foram filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira
para forma eletrônica.
Comentários:
A confiabilidade das evidências obtidas de fontes externa é maior que de fontes
internas, portanto, o item A está incorreto.
Gabarito: A.
08. (FCC/Nova Caixa/Contador/2011) Quando ocorrer incerteza quanto a
fato relevante, cujo desfecho poderá afetar significativamente a posição
patrimonial e financeira da entidade, mas que foi mencionado nas notas
explicativas às demonstrações contábeis, o auditor deve
(A) emitir parecer adverso.
(B) adicionar parágrafo de ênfase em seu parecer sem ressalva.
(C) emitir parecer com abstenção de opinião.
(D) não emitir o parecer até ter maiores informações sobre o assunto.
(E) emitir parecer com ressalva.
Comentários:
O enunciado trata de dúvida quanto à continuidade operacional da entidade,
nesse caso, se for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis, o
auditor deve expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de
ênfase em seu relatório destacando a existência de incerteza significativa e
chamando a atenção para as respectivas notas explicativas às demonstrações
contábeis.
Gabarito: letra B.
09. (FGV/CGE MA/Auditor do Estado/2014) O auditor, no processo de
avaliação de risco da entidade, deve buscar entender se a entidade tem
processo para os casos listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
(A) Identificar riscos de negócio relevantes para os objetivos das
demonstrações contábeis.
(B) Estimar a significância dos riscos.
(C) Avaliar a probabilidade da ocorrência de riscos.
(D) Decidir sobre ações em resposta aos riscos.
(E) Analisar procedimentos analíticos de erros e fraudes.
Comentários:
Essa questão trata dos componentes do COSO.
Quando falamos no componente Avaliação de Risco, destacamos que:
• A organização especifica os objetivos com clareza suficiente para permitir
a identificação e avaliação dos riscos associados aos objetivos.
• A organização identifica os riscos para a concretização dos seus objetivos
por meio da entidade e analisa os riscos como base para determinar como
eles devem ser gerenciados.
Quando falamos em Atividades de Controle, destacamos que:
• A organização seleciona e desenvolve atividades de controle que
contribuem para a mitigação dos riscos a níveis aceitáveis.
•
• A organização seleciona e desenvolve atividades de controle sobre as
inovações tecnológicas para apoiar a realização dos objetivos.
•
• A organização implanta atividades de controle por meio de políticas que
estabelecem o que é esperado; e estabelece os procedimentos para
colocar em prática essas políticas.
Enfim, dos itens listados na questão, fazer análise de procedimentos analíticos
de erros e fraudes não faz parte desse processo.
Gabarito: E.
10. (FGV/CGE MA/Auditor do Estado/2014) A determinação da
materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento
profissional. Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um referencial
selecionado como ponto de partida para determinar a materialidade para as
demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que podem afetar a
identificação de referencial apropriado incluem
(A) os elementos das notas explicativas.
(B) os itens que tendem a inibir a atenção dos usuários das demonstrações
contábeis da entidade específica.
(C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o
ambiente econômico em que atua.
(D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada.
(E) a volatilidade relativa do capital.
Comentários:
Determinar a materialidade tem relação com a definição do que é relevante em
uma auditoria.
O conceito de relevância para auditoria se relaciona com aquilo que é
importante para a tomada de decisão econômica dos usuários das
demonstrações contábeis.
Assim, para definir relevância e materialidade o auditor precisa entender o que
é importante para usuário das demonstrações daquela entidade. Logicamente, a
natureza da entidade, o setor em que atual e o seu ciclo de vida são elementos
essenciais nessa análise.
Gabarito: C.
11. (FCC/TRT24-Anal.Jud.Contabilidade/2011) Ao conduzir uma auditoria
de demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter segurança
(A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.
(B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de parecer financeiro.
(C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção
relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.
(D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção
irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor expresse opinião sobre
se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
(E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos considerados, em conformidade com a estrutura de parecer
financeiro consolidado do auditor independente.
Comentários:
Perceba que essa questão cobra a literalidade da NBC TA 200:
Ao conduzir uma auditoria de demonstrações contábeis, são objetivos gerais do
auditor obter segurança
(A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.
Item correto.
(B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de parecer financeiro.
A banca omitiu a questão das fraudes.
(C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.
Essa era só ler a primeira palavra. O auditor por mais diligente que seja nunca
terá segurança total de que as demonstrações contábeis estão livres de fraudes
e/ou erros. Além disso, as demonstrações são analisadas como um todo e não
em parte como afirma a alternativa.
(D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.
Veja o comentário da alternativa anterior. Além disso, faltou mencionar os
erros.
(E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos considerados, em conformidade com a estrutura de parecer
financeiro consolidado do auditor independente.
Por fim, este enunciado está errado, pois as demonstrações são analisadas
como um todo e de acordo com a estrutura do relatório financeiro aplicável à
entidade auditada e não consolidado pelo auditor independente.
Gabarito: letra A.
12. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - Sefaz SP/2009 - Adaptada) O
trabalho de auditoria interna
(A) tem maior independência que o de auditoria externa.
(B) é responsável pela implementação e pelo cumprimento dos controles
internos.
(C) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
(D) deve emitir opinião, que será publicado com as demonstrações contábeis.
(E) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.
Comentários:
Vamos analisar item a item:
Item A: errado.
É exatamente o contrário, a auditoria externa é mais independente que a
auditoria interna.
Item B: errado.
O auditor interno não é responsável pela implementação e pelo cumprimento
dos controles internos, ele é responsável por verificar se os mesmos estão
sendo cumpridos.
Item C: errado.
O auditor interno deve ser subordinado ao mais alto nível da administração, e
não a controladoria.
Item D: errado.
O auditor interno não emite opinião sobre as demonstrações contábeis. O seu
objetivo é elaborar um relatório que comunique os trabalhos realizados, as
conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas em
relação aos controles internos da entidade.
Item E: certo.
Como já falamos, o auditor interno é responsável por verificar a necessidade de
aperfeiçoamento e propor novas normas para o sistema contábil e de controles
internos.
Gabarito: letra E.
13. (Cesgranrio/Auditor - Funasa/2009) Segundo as normas profissionais
do auditor interno, este profissional, não obstante a sua posição funcional, deve
preservar a sua autonomia profissional. Isto equivale, na ótica da auditoria
externa, ao preceito da
(A) prudência.
(B) objetividade.
(C) qualificação.
(D) independência.
(E) hierarquia.
Comentários:
Essa é bem fácil mesmo, não é? O auditor interno deve sempre preservar a
sua autonomia, ou seja, a sua independência.
Gabarito: letra D.
14. (FCC/ISS-SP/2012) A independência do auditor externo da empresa
Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:
I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de auditoria
da adquirente é a
mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e
de consultoria tributária
no ano da aquisição para a empresa Ágile.
II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do
diretor presidente da empresa
Aquisição S.A.
III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa
Aquisição S.A. em suas contingências tributárias.
Afeta a independência do auditor externo o que consta em
(A) III, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) I, apenas.
(E) II e III, apenas.
Comentários:
Vamos analisar cada um dos itens:
I - Certo. Outros serviços prestados podem gerar ameaças à independência do
auditor.
II - Errado. As relações familiares que podem gerar ameaças à independência
são aquelas entre o auditor e a empresa auditada - o que não é o caso do item.
III - Errado. Não há vedações em relação à indicação de outra empresa para
prestar um serviço.
Gabarito: letra D.
15. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Nas atividades de planejamento o auditor deve
estabelecer uma estratégia global definindo o alcance, a época e a direção para
o desenvolvimento do plano de auditoria.
A respeito do planejamento da auditoria, assinale a afirmativa incorreta.
(A) O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu
alcance, bem como definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a
planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas.
(B) O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional são
significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho e determinar a
natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o
trabalho.
(C) O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do
trabalho de auditoria e, quando for o caso, a relevância do conhecimento obtido
em outros trabalhos.
(D) O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a
descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de
avaliação de risco.
(E) O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria,
para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão do seu
trabalho.
Comentários:
Segundo a NBC TA 300 (Resolução CFC n° 1.211/09), o auditor deve atualizar e
alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que
necessário no curso da auditoria e não para definir o tipo de técnica e os
procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho.
Em decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ou na evidência de
auditoria obtida na aplicação de procedimentos de auditoria, o auditor pode ter
que modificar a estratégia global e o plano de auditoria.
Gabarito: letra E.
16. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2008) Entre os fatores a serem
considerados no planejamento, é possível destacar:
• o grau de conhecimento da atividade da auditada;
• a existência de auditoria interna;
• a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), oportunidade
(quando) e extensão (até onde, o percentual) dos procedimentos a
serem aplicados;
• os relatórios a serem entregues;
• a equipe técnica.
Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada
entidade, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados de
acordo com o CFC e com a doutrina.
Nas alternativas a seguir estão listados alguns desses cuidados, à exceção de
uma. Assinale-a.
(A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de
"conhecimento" da auditada)
(B) mapeamento das fraudes e erros (relevantes ou não) detectados pelos dois
últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM
(C) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido
alterações de um exercício para o outro, tais como mudança no método de
avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação -
lucro presumido para real, por exemplo)
(D) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-
base do exercício, revelados ou não.
(E) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle
interno.
Comentários:
Essa questão é bem parecida com a anterior e procura saber o que não deve
ser cuidado adicional na realização de uma auditoria inicial.
Depois do que vimos, fica fácil matar a questão, não é mesmo?
Item (A): correto.
A revisão da documentação de auditoria ( = papéis de trabalho) produzida pelos
seus antecessores é importante em um trabalho inicial.
Item (B): errado.
Mapear fraude e erros irrelevantes não é necessariamente importante nesse
tipo de trabalho. Além disso, não há nenhuma especificação do tipo "dois
últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM" nas
normas novas, tampouco nas antigas. Portanto, é o gabarito da questão.
Item (C), (D) e (E): correto.
Verificar a uniformidade dos critérios contábeis e analisar se não ocorreram
fatos relevantes subsequentes ou mudanças no controle interno são elementos
importantes em um trabalho de auditoria inicial.
Gabarito: letra B.
17. (Cesgranrio/BNDES - Ciências Contábeis/2009) O relatório do Comitê
de Organizações Patrocinadoras identifica os cinco componentes do controle
interno: ambiente de controle; avaliação de risco; atividade de controle;
informação e comunicação; monitoração. Dentre eles, aquele que identifica as
políticas e procedimentos que permitem assegurar que as diretrizes da
administração estão sendo seguidas é o(a)
(A) ambiente de controle.
(B) avaliação de risco.
(C) atividade de controle.
(D) informação e comunicação.
(E) monitoração.
Comentários:
O enunciado da questão pergunta qual é o componente que identifica as
políticas e procedimentos (=atividades ou procedimentos de controle) que
permitem assegurar que as diretrizes da administração estão sendo seguidas. A
resposta correta é, portanto, atividades de controle.
Gabarito: letra C.
18. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2007) Avalie as afirmativas a
seguir:
I. Risco de auditoria é o risco de que o auditor possa inadvertidamente não
modificar adequadamente seu parecer sobre demonstrações contábeis que
contêm erros ou classificações indevidas materiais.
II. Risco inerente é o risco de que um erro ou classificação indevida materiais
que possam constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados
tempestivamente pelos controles internos da entidade.
III. Risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou
classificação indevida materiais, supondo que não haja controles.
IV. Risco de detecção é o risco de que o auditor não detecte um erro ou
classificação indevida relevantes que existam em uma afirmação.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentários:
Vamos analisar cada um dos itens.
Item I: correto.
Risco de auditoria é o risco de o auditor emitir uma opinião inadequada sobre
demonstrações contábeis inadequadas, ou seja, que contenham distorções
relevantes (erros ou classificações indevidas materiais).
Item II: errado.
Essa é a definição de risco de controle.
Item III: errado.
Essa é a definição de risco inerente.
Item IV: correto.
Risco de detecção é o risco de o auditor não detectar uma distorção relevante
nas demonstrações.
Gabarito: letra B.
19. (FGV/SAD-PE - Analista de Controle Interno: Finanças
Públicas/2008) - ADAPTADA - Na aplicação dos testes de detalhes
substantivos o auditor deve objetivar às seguintes conclusões, à exceção de
uma. Assinale-a.
(A) Corte - se as transações e eventos foram registrados nas contas corretas.
(B) Existência - se ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido existem.
(C) Ocorrência - se as transações e eventos que foram registrados ocorreram e
são da entidade.
(D) Integridade - se todas as divulgações que deviam ser incluídas nas
demonstrações contábeis foram incluídas.
(E) Direitos e obrigações - se a entidade detém ou controla os direitos sobre
ativos e os passivos são as obrigações da entidade.
Comentários:
Essa questão cobra o conhecimento sobre as conclusões dos procedimentos ou
testes substantivos, percebemos que o único item que não condiz com as
definições que estudamos é o "A".
Corte não corresponde à avaliação se as transações e eventos foram
registrados nas contas corretas, mas se foram registradas no período correto
(=competência).
Gabarito: letra A.
20. (FCC/Agente Fiscal de Rendas - Sefaz SP/2006) - ADAPTADA - Os
procedimentos substantivos de auditoria dividem-se em testes de
(A) amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica.
(B) eventos subsequentes e testes de detalhes.
(C) detalhes e procedimentos de revisão analítica.
(D) observância e testes de circularização de saldos.
(E) observância e testes de amostragem estatística.
Comentários:
Veja como esse assunto é cobrado... De acordo com o que discutimos, os
procedimentos substantivos podem ser divididos em:
• Testes de detalhes (denominado testes de transações e saldos pelas
normas antigas), que fornecem evidências nas quais o auditor verifica se
os fatos contábeis foram adequadamente registrados; e
• Procedimentos analíticos substantivos, que consistem na verificação
do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes,
quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de
situação ou tendências atípicas.
Gabarito: letra C.
21. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) - ADAPTADA - Avalie as
seguintes situações:
I. O auditor deve obter informações junto a pessoas com conhecimento,
financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade.
II. O auditor faz uma avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.
Os procedimentos técnicos aplicáveis a essas situações são, respectivamente:
(A) inspeção e indagação / inspeção dedutiva.
(B) revisão e análise / confirmação analítica.
(C) cálculo e observação / procedimentos confirmativos.
(D) indagação / procedimentos analíticos.
(E) revisão e observação / análise quantitativa.
Comentários:
O enunciado quer saber que procedimentos correspondem a:
I. O auditor deve obter informações junto a pessoas com conhecimento,
financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade, (indagação)
II. O auditor faz uma avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. (Procedimentos
analíticos)
Gabarito: letra D.
22. (ESAF/Fiscal de Rendas - ISS RJ/2010) Avalie, se verdadeiro ou falso,
os itens a seguir a respeito do uso de amostragem estatística em auditoria e
assinale a opção que indica a sequência correta.
I. O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da
amostra exigido em razão da existência de outros controles a serem utilizados;
II. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada unidade de
amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada;
III. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de
procedimentos de auditoria não apropriados;
IV. Para os testes de controle, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente
alta pode levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante.
(A) V, V, F, V
(B) F, V, V, V
(C) V, V, V, F
(D) F, F, F, V
(E) V, F, V, F
Comentários:
Vamos analisar cada um dos itens:
Item I: Errado. Vimos que tamanho da amostra varia diretamente com o nível
de risco existentes.
Item II: Certo. Essa é uma característica básica da amostragem estatística -
seleção aleatória dos itens da amostra, de forma que cada unidade de
amostragem tenha a mesma chance de ser escolhida.
Item III: Certo. Além dos riscos do processo de amostragem, há outros riscos
que podem comprometer o processo auditorial.
Item IV: Certo. Vimos que quando a Taxa de Desvio da Amostra for maior que
Taxa Tolerável de Desvio, pode indicar uma amostragem falha devido ao
aumento no risco de distorção relevante.
Gabarito: letra B.
23. (Elaboração Própria/2012) Sobre a avaliação das distorções
identificadas durante a auditoria, aponte a assertiva falsa:
(A) Distorção é a diferença entre um item informado nas demonstrações
contábeis e o que requerido para que este item esteja de acordo com a
estrutura de relatório financeiro aplicável.
(B) O auditor deve determinar se as distorções não corrigidas são relevantes,
individualmente ou em conjunto.
(C) Caso a natureza das distorções identificadas e as circunstâncias em que elas
ocorreram indicarem que podem existir outras distorções que, em conjunto com
as distorções detectadas durante a auditoria, poderiam ser relevantes, o auditor
deve determinar se a estratégia global e o plano de auditoria precisam ser
revisados. O mesmo não é aplicável quando o conjunto das distorções
detectadas se aproxima da materialidade.
(D) O auditor deve comunicar tempestivamente ao nível apropriado da
administração todas as distorções detectadas durante a auditoria, a menos que
seja proibido por lei ou regulamento, e requerer que sejam corrigidas.
(D) Se, por solicitação do auditor, a administração examinou uma classe de
transações, saldos contábeis ou divulgação e corrigiu distorções que foram
detectadas, o auditor deve executar procedimentos adicionais de auditoria para
determinar se continua havendo distorções.
Comentários:
O auditor deve determinar se a estratégia global e o plano de auditoria
precisam ser revisados:
• caso a natureza das distorções identificadas e as circunstâncias em que
elas ocorreram indicarem que podem existir outras distorções que, em
conjunto com as distorções detectadas durante a auditoria, poderiam ser
relevantes; ou
• quando o conjunto das distorções detectadas se aproxima da
materialidade.
Gabarito: letra C.
24. (CESPE/ACE Espec. Administração Pública e/ou de Empresas - TCE
AC/2008) - ADAPTADA - De acordo com as normas de auditoria,
independentemente das demonstrações contábeis, o auditor deve adotar
procedimentos apropriados para manter os papéis de trabalho por
(A) dois anos, a partir da data do fim da auditoria.
(B) três anos, a partir da data de emissão do seu relatório.
(C) três anos, a partir da data do fim da auditoria.
(D) cinco anos, a partir da data de emissão do seu relatório.
(E) cinco anos, a partir da data do fim da auditoria.
Comentários:
Bom... Vimos que o prazo de guarda da documentação de auditoria não pode
ser inferior a 5 (cinco) anos a contar da data do relatório do auditor ou,
se posterior, da data do relatório do auditor do grupo.
Gabarito: letra D.
25. (NCE/Analista de Normas Contábeis e de Auditoria/CVM/2008) -
adaptada - O relatório (parecer) com abstenção de opinião é emitido quando:
(A) for constatado que as demonstrações financeiras não representam a
realidade da organização auditada;
(B) as demonstrações contábeis representarem em seu conjunto a situação
patrimonial da empresa analisada;
(C) o auditor não consegue reunir comprovação suficiente para formar sua
opinião sobre as demonstrações financeiras;
(D) for detectado pelos auditores erro que induza os usuários a uma
compreensão falha da empresa auditada;
(E) for encontrado erro relevante nas demonstrações contábeis auditadas.
Comentários:
O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele
conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre
as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas.
Gabarito: letra C.
26. (FCC/ISS-SP/2006) - adaptada - Considere as afirmações a seguir,
relativas a transações e eventos subsequentes ao término do exercício social a
que se referem as demonstrações contábeis auditadas:
I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subsequente
relevante.
II. Eventos subsequentes, após a divulgação das demonstrações contábeis, não
devem ser considerados pelo auditor, uma vez que ele não pode emitir um novo
relatório.
III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados adequadamente pela
companhia, e o auditor não tenha fornecido seu relatório a entidade ele deve
modificar sua opinião como apropriado.
IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considerada
um evento subsequente relevante.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
Comentários:
Item I - e emissão de debêntures e ações após o término do exercício social é
considerada evento subsequente relevante.
Item II - Como vimos os eventos subsequentes devem ser considerados pelo
auditor.
Item III - Perfeito, se o relatório do auditor independente ainda não tiver sido
fornecido à entidade, ele deve modificá-lo conforme exigido pela NBC TA 705.
Item IV - O item se refere a um tipo de evento subsequente que pode ser
relevante.
Gabarito: letra E.
27. (FCC/Auditor - TCE SP/2008) Os exames realizados pelo auditor
externo na avaliação das estimativas contábeis devem
I. fundamentar matemática e estatisticamente os procedimentos utilizados pela
entidade na quantificação das estimativas.
II. verificar a coerência das estimativas com o comportamento da entidade em
períodos passados.
III. avaliar a conjuntura econômica existente no momento e suas projeções
para períodos futuros.
Está correto o que se afirma em
(A) III, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.
Comentários:
Vimos que as estimativas contábeis são responsabilidade da administração da
entidade.
No entanto, cabe ao auditor tomar conhecimento da forma como as estimativas
foram apuradas, analisando os controles, os procedimentos e os métodos
utilizados pela entidade, e deve assegurar-se que as estimativas relevantes,
individualmente consideradas, são razoáveis.
Nesse processo, o auditor deve:
• fundamentar matemática e estatisticamente os procedimentos utilizados
pela entidade na quantificação das estimativas;
• verificar a coerência das estimativas com o comportamento da entidade
em períodos passados; e
• avaliar a conjuntura econômica existente no momento e suas projeções
para períodos futuros.
Enfim, todos esses itens fazem parte da análise dos procedimentos e métodos
aplicados na avaliação das estimativas da entidade.
Gabarito: letra E.
28. (FCC/Analista: Contabilidade - MPE SE/2009) - adaptada - Segundo
a NBC TA 570, a análise da continuidade da entidade auditada, caracterizam-se
como indicadores financeiros
(A) a falta continuada de suprimentos importantes e a perda de financiador
estratégico.
(B) os processos legais e administrativos pendentes contra a entidade que
resultem em obrigações que não possam ser cumpridas e a perda de
financiador estratégico.
(C) a falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus
compromissos com a entidade e a verificação de prejuízos operacionais
substanciais de forma continuada.
(D) a perda de fornecedor essencial, a existência de passivo a descoberto e a
perda de mercado importante.
(E) os prejuízos operacionais substanciais de forma continuada e a perda de
pessoal-chave na administração, sem que haja substituição.
Comentários:
Os únicos indicadores de descontinuidade exclusivamente financeiros estão no
item "C" (a falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus
compromissos com a entidade e a verificação de prejuízos operacionais
substanciais de forma continuada). Os demais possuem indicadores
operacionais e outros indicadores.
Gabarito: letra C.
29. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização - CGU/ 2012) Uma auditoria
qualquer, coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal com o auxílio de uma empresa privada de auditoria, deve ter sua forma
de execução classificada como:
(A) Centralizada.
(B) Descentralizada.
(C) Integrada.
(D) Compartilhada.
(E) Terceirizada.
Comentários:
A auditoria de execução indireta é a atividade executada com a participação de
servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de auditoria em
quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada.
Dentro desse grupo, a auditoria compartilhada é aquela coordenada pelo
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de
órgãos/instituições públicas ou privada.
Gabarito: letra D.
30. (SMA/ Técnico de Controle Externo - TCM RJ/2011) Na gestão
pública por resultados, é relevante a adoção de indicadores de desempenho.
Nesse contexto, numa adequada avaliação dos resultados atingidos pelo gestor,
realizada pelos Tribunais de Contas, deve-se considerar, no que tange à correta
aplicação dos indicadores, a:
(A) economicidade, que consiste na relação entre os objetivos e metas
realizadas em confronto com os resultados pretendidos
(B) legalidade, correspondente à relação entre os resultados alcançados, o
tempo despendido e os recursos utilizados
(C) eficiência, quando observar o correto cumprimento da legislação pertinente
(D) eficácia na análise dos gastos públicos, comparados aos preços praticados
pelo mercado local
(E) efetividade, que compreende o grau de atendimento e satisfação das
demandas da sociedade
Comentários:
O item E traz a correta definição de efetividade. Os outros itens trazem a
definição errada, enquanto que o correto seria:
• Item A: eficácia.
• Item B: eficiência.
• Item C: legalidade.
• Item D: economicidade.
Gabarito: letra E.
Caro concursando,
Finalizamos, aqui, nossas aulas. Esperamos que tenha gostado.
Saiba que, apesar de nosso curso acabar hoje, estaremos sempre à disposição
para ajudá-lo no que for possível - seja pelo fórum de dúvidas ou por nossos e-
mails.
Bons estudos e boa sorte!
Um grande abraço,
Davi e Fernando