1140535886

1140535886



6 • NcRócios c Finanęns • scguntla-fcira. 17/12/90 JORNAL DO BRASIL

Grupo Arbi traz ao Brasil nova tecnologia


Sonia Araripc

Um computador moderno, produado nos Eslpdos Umdos pcla Filc Net, capaz de ar-muzenar milhares de doetmemos importan-les c depois rcprcduri-los quando for ncccs-sjrio, c uma das uliimas novidadcs da informatka quc esta prezes a aterrisar no mcrcado nacionaL Por tras dnie lanęamcnto esta um empresArio gaócho dłscrcto. que nos ultimos anos comcguiu acumular um palri-mónio inrajawl adquirindo partkipaęócs cm pelo menos 20 empresas nacionais, com duas caracicristkas cm comum: nenhum endisida-mento c setores qoc dcsponlam como impor-lantcs filócs de negócios. E Daniel Birmann. 39 anos, controlador do grupo Arbi, com sede no Rio dc Janeiro, c ramificaęócs cm segmentos tao variados como o fmancciro, o tćxtil c o belko.

Seu notne nao ć muito conbecido pcla maioria dos consumidores brasikiros, mas sua marca esta por detras do succsso dc alguns produtos quc sao ulilizados por milhares cc pessoas. Muitos dos ónibus quc circulam hojc pelas principais cidades do pais lim arroccria da Marcopolo, empresa dc Owias do Sul (RS), dc controk partilhado. ondc o grupo Arbi dclćm 21% do Capital \otanlc.

Nas rodas dc corivcrsa de empresarios. porem, muitos ainda associam seu nomc a sua linka opcraęlo nalsuccdida: a tcniativa dc adquirir o controk da Ailantk oo Brasil. cm uma compłcna opcraęao dc engenharia financeira, quc covołvia conscrsao dc divida ctlcrna. naufragado no finał dc 1987. Daniel Birmann, cnlrclanio, rio se abalou com esic tropcęo c lhc cuslou USS 10 milhóes, dados como sinal do negócio.

Caraiba — "Hojc. pensando no quc aconlcccu. acho qoe os bancos crcdorcs nao cmcndcram a opcraęao. Teriamos todos lu-audo muito". aralia. Ele nio adąuiriu a rede dc ccrca dc 2,6 mil postos Atlantk. mas rccupcrou rapido o fólćgo c passo u a farcjar oulras oportunidades de ncgocios. Em agos-to dc 1988, por cxcraplo, junto com outros dois parcciros, o Banco da Bahia dc Inrasłi-mentos e o Paraibuiu dc Metais, arrematou na bolsa dc ralores, por USS 85 milhóes, o conirolc da Caraiba Metais, uoica fabrkante n3cional de cobrc cktrolitko. Em uma bem .órquesirada operaęJo de engenharia fi rur.-.ccira. esta empresa hojc tern o controk partilhado cm tris parłeś iguais: uma da Arbi. outra do Banco da Bihia e do Banco leatu c a ultima da Paraibuna.

Esta empresa e hojc uma cxceęao i»o orga-nograma do grupo Arbi. E a unka endiwda-da. com um passivo dc ccrca dc USS 200 milhóes, dc um total dc 25 partkipaęócs. "Gosto de dormir iranquilo. E nao consegui-ria isto se prtósasse mc prcocupar cm como financiar dividaj a estes nivcis dc laxas de juros", revda. E dificil cakular o tamanho do património do grupo, mas. só para se ter uma ideia, as empresas controladas — sem contar a Caraiba e a Mnrvin, dc controk partilhado. ,c ris partkipaęócs minoritarias — tern um património de ccrca dc USS 141 milhóes. ativos dc USS 274 milhóes. c fccharam o ano

Kssado com um lucro liquido de ccrca dc »S 22 milhóes.

Para estc ano estio preristos mvcstimcr.-los dc ccrc3 dc USS 5 milhóes. dos qunts USS 3 milhóes apenas na a informatizaęao da ultima aauiuęio do grupo, a corrctora de seguros Santa Cruz. tsłe projeto ć hojc a mcnma-dos-olhos dc Birmann.

Oferta* — Como nos liltimos anos ek se especializou cm descobrir bons ncgóoos para


entrar como sócio, agora e cuda raz mais frcqucntc a aterrisagem dc wojetos dos mais diferentes na sua mesa. ‘Tern de ludo um pooco. Dcsdc empresas dc alimcntos ao setor mctalurgjco". rcrah Birmann, que nos ultimos anos tem preferido fazer imcstimcnlos majori-tarios, pots aeredila que os empresarks brasi-leiros nao tćm tradięio cm trabalhar com eon-ido. As crop dc donos dc companhias para kvar adiantc scus planos ou atć mesmo intcrcssados cm passar scus negódos adiantc. Por cnquanto, o dirigente do grupo Arbi ainda nao se mosłrou interessado cm nada que lhc passou pelas maos.

Mas mngućm devt duvidar dc seu para pctccbcr alguma boa oportunidadc de ganhar dinheiro: ek nao vai pensar duas vczcs. “Pode-ria atć mesmo ser uma empresa qut broda. Ja comprei assim. Só quc nao estou pensando nisto agora", garantc. Ek nao di maiłaś potas, mas da para pcrccbcr quc sua maior preo-cupaędo hc^e e com projetos diferentes. O moderno computador, capaz de armazenar imagew, ć um ćeks. Entusiasmado, Birmann conta que um grandę banco, ou a Rcceita Fcderal, poderia com apenas um destes arqui-var documcntos importantes, como contratos. "Em poucos segu ocios da para pedir uma có-pia e u esta novimen(e o documcnto”.

Como sócio era diferentes Któreś, Daniel Birmar.n confcssa quc nio ć — nem nunca test ambięao de ser — txpen cm assuntos tao diferentes como robótica, munięóes ou ccramica. Mas rcrala um segredo que tern sido a alma do seu negócio. "Apreodo logo as cxpressócs mais importantes, os termos tćcnkos mais ulilizados, o jargao do Ktor." Por cor.l3 disto. cle pode conwrsar horas com os cxecutivos ou cspcciaiistas das empre-sas quc partkipa e dar a impresuo dc que rcalmcme comprecnde ludo; Birmann cxigc, porem, respostas sempre claras para o que prccisa saber. “Sc nSo botstr bom senso, cu nao fico satisfeito."

Equipo — Outro ponto alto da sua ad-ministraęao ć a sua cqmpc. Scus principais cscuikiros sdo: Roberto Terziani. 42 anos. no grupo dcsdc 1937, rcsponsavel pcla holding c todas as partkipaęócs; Wagner Frandoni dc Carvalho Gama, 39 anos, aue cuida da arca financeira c da trading c Hcnriquc Saraiva, 54 anos, no grupo dcsdc o finał de 1989, vicc-presidente da Santa Cruz Seguradora. Eks, e todos os empregados do grupo eon-tam com partkipaęiio nos lucros.

Sua formaęao sempre foi na Arca fmancci-ra. O embriao do forte grupo que hojc avan-ęa cm todas as dircęócs comcęou com apcr.as uma discrcta corrctora. nasoda para adtni-nistrar principalmcnte os recursos da familia. Hojc, esta Arca cngloba um banco, a corrctora. uma tradmg, uma pequena empresa de łurismo c ainda uma inccrporadora imobilia-ria. respondendo pela makr fatia das empresas 100% controladas. De um total de 13 empresas, setc eslao lieadas a Arca nnanccira, qtse emprega ao todo 200 fuocionArios.

“Qwrcmos cada vez prestar mais smięos aos nossos clicotes”, eonu Wagner Franci oni dc Canalbo Gama, diretor superintendente do Banco Arbi, respomastł tambera pda


troić partilhado. As propostas quc surgera s3o en busca de oinbeiro


e pda corrctora. O património do banco cm 31 dc outubro era de USS 14 milhóes e a trading dcvcra fcchar este ano com um whune dc cxportaęócs dc ccrca dc USS 30 milhóes. Ek conta cuc na irea dc comercio a tenor foi possisei, por cxcmplo, garantir uma boa cco-nomia para os clicotes: algumas desembotsa-sam ale 12% dc cuslo sobre o produto para cxportar, mas com a ajuda do grupo estc cuslo caiu para ccrca de 4.5%.


Novo filao e o seguro


O ultimo ocgócio fechaóo pelo copre-sirło Daniel Birmann foi a compra <j< 39,22% do controle da Santa Cruz Seguradora, oo flul do ano passado, por certa de USS 3,7 milhóes, segundo caleo-latn algumas footes do mcrcado. Moje. esta empresa se destaca do resto do sełor como uma das mais infomatizadta. Foi um pro-jrto-exceęao quc contou com um ingre-diente a mali na hora de ser atatiado: os laęos familńres. O avfl de Birmann parti


10 maiore.! segurndoras do pals.

‘Predsamos fazer todos os tsforęos para rarlonilizar os aotos e poder atender me-Ibor os seguraden", drz Saraiu, qoe antes de eotrar para ata Arca tratalhou 10 oku em algumas empresas do Póło Petroquknico de Camaęari (B.\). -Foi ai qoe dcscobrl a importinda de uma engenharia Ugoda A seguranęa”, eonu.

Economia — Atualmenłe, a Santa Cruz i 136* colocada no ranking das segu-


opon do Capital da seguradora na decada    radoras do pais em termos de prtmlos.

de 40. ąuando eła fol ftindada e, um pooco    Qoaodo o grupo Arbi entroo como sodo

esta pośęio era a 39*. A rtetiU brała em prfmio durante 1989 foi de USS 23 mObóes e

. , ----------------------------- o patrimdoŃ, apenas cm aęóes, ebega a USS

segurador wlęo Schwclz A. YersScberuogs,    28 miiMes. O rice-preddrate espUca quc

com 7% do Capital e outros adonistas    desde o finał do too passado uma espWc dc

puherizados. A seguradora nasetu no Rio    raio X na empresa serifkou o que era prtdso

Grandę do Sul, onde ainda cooceolra uma    oudar. Uma das descobertas fol a de que era

boa parte de suas atiridades. Mas ha al-    preclso aulomidzar, agilizar o proetsso bo-

gun anos, principalmcnte a partir da mu-    rocratko. “A apASce de on autorami de-

danęa no controk, o mercado aho passou    morara alguns dm para fiar proata. Hoje

• ser Sio Pauk, respoosAset por uma faba    sal tm seó horas. A de incćodio te»t prazo


depois, seu pal timbem.

Os outros sóckis neste empreendimeato sio a familia Sturm. com 253%, o grapo


de certa de 46% do totil de contratos. “£ IA que estio os maiores clieatcs", explka Hcnriqoc Saraira, rke-presidente executi*o da Santa Cruz, 54 anos.

Piano*— Ele diside soa semana entre a sede em Porto Alegre e as fl-liais de Sio Paulo e do Rio dc Janeiro. Os planos para a empresa sao ousados: todo o proce&so estA sendo infortsatiza-do, entohendo i*vesti-mentos de USS 2,5 mi-.Ihdes, para que em cinco anos a rcceita brata de primlos passe dos atuals USS 23 milhóes para USS 50 milbCcs, com re-duęio no nómero dc fun-cionarios dc 250 paru ccrca de 200. A meta ć conquistar, nestes cinco anos, o sdeto timc das



Surńiw agi Ii/o u semęo


reduzido de sers £as para apenas um", orgo-Iha-K Sandra. qof cooąuistou esta ccooomb prindpahnnite com a in-formatuaęk, com o pro-grama just in timc e com a padronizaęio dos senlęos.

Os planos da Santa Cruz sio de crescer rada rez mais nos seguros «pe-cializados e nao apenas nos produtos de massa. "Qucnoos ofereccr o tl-po de seguro qoc o dkote realroenłc precisa, dese-nhar urna apótke para cada um", erptka o ext«-d»o. Isto słgnllka otsccr muito na irea de riscos Industrials e comerciah, mas tambem em produtos mali sofistkados, como o seguro de obras dc arie, “unia das Areas qoe pode errsetr bastantc”. acredł-ta Saralra.


A ••trirtura do Grupo Arbi


DFV AIR


mm

Cl

ic


I


V


ManHn


Crui

Banco

AftH

Arbi

Arbi

Aj

Arb)

Arbi

TurUmo

S#9uro«

Coc retora

Trodln?

^ *

, i • • ’ * •

□ holdioga.

• pArtłdpaęów mlflGfitAriA*.

coniroła pAdilKado.


DfV


DFV

Pllkingt


Caraiba Malała ~


Copla oa


Dlgitot •

fcit y uma q

• »

p

KolHp

Sohbel*

_L

-*

I

i

r~

-►

Paro*i

I

opto •:

Engocor•

i

-►

Lfliorttch


Meta e ganhar mais produtividade


Pc!o menos metade das empresas que hojc compócm o grupo Arbi ja devol-vcu o Capital aplicado. Marvin, Marcopolo, Digitcl c a Kalii Sehbc sao os n>clhorcsexemplos. “Compramos o quc julgamos garantir o melhor retomo. Pelo menos uma ccntcna dc outros projetos passaram por nossas maos mas nao fcchamos ncgocio”, conta Roberto Terziani, vice-prcsidentc da holding Arbi, quc conlrola todas as participaęoes do conglomcrado.

Assim como os outros cxcculivos do grupo, Terziani, 42 anos, ha tres traba-Ihando como um dos principais braęos-direitos de Danid Birmann, viaja prati-camcnte toda a semana para o Sul, Nordeste ou Sao Paulo. Sua missao: vcrificar dc perto como andam os negó-cios. Nas empresas quc contam com participaęao minoritaria, nao ha ne-nhuma gcrencia do rumo da compa-nhia. O controlador e que toma conta dc praticamcntc tudo, mas o grupo Arbi indica um representante para o Con-sclho dc Administraęao, quc participa das decisóes estrategicas.

Profiaaionai — Nas controladas. o gerenciamcnlo ć muito parccido. “Con-tratamos proflssionais no mcrcado para administrar as empresas. Temos como regra nunca colocar alguem da familia ou do próprio grupo para cuidar de


uma das companhias controladas”, conta o vice-prcsidcnte da holding. O grupo partkipa apenas na hora das decisóes de longo prazo e da alocaęao dos invcstimcntos. “Jamais interferimos no dia-a-dia.”

Nos ultimos meses, segundo Terziani, a principal tarefa ć garantir a maior produtividade das empresas. Esta sendo fcito um raio-X das empresas quc o grupo controla para preparar um diag-nóstico das dcficiencias c das necessida-dcs. Isto ja foi concrctizado na D.F. Vasconcellos. fabrkante dc binóculos e instrumentos óticos de alta prccisao, como microscópios. A próxima da lista e a Marvin, do setor de ligas dc cobre, quc no ano passado vendcu ccrca dc USS 90 milhóes.

Nao esta nos planos do grupo agora ampliar novamcntc o numero dc p3rti-cipaęóes. “Qucrcmos consolidar o quc ja existe. Investir mais cm produtivida-dc e qualłdade”, explica Terziani, que acaba dc voltar da Italia onde foi co-nhcccr como isto funciona por la. Os invesiimcntos nesta melhoria estc ano dcvcrao ftear por volta dc USS 5 mi-Ihócs, dos quais USS 3 milhóes apenas para a Seguradora Santa Cruz.

Robó* — Para ajudar a manier o controle de tantas partkipaęócs cm sc-tores tao diferentes. o exccutivo tem na


parede um quadro grandę para anotar todos os dados importantes dc cada companhia. Este ano, um dos melhores desempenhos foi da Marcopolo; quc tem vcndido quasc toda sua produięao c sofreu pouco com o Piano Collor. Em 1989 suas vcndas chcgaram a USS 125 milhóes c a lucro liquido ficou em USS 20 milhóes.

Mas dcvcra ser a D.F. Automaęao c Robótka, fabrkante dc robós indus-triais, quc ira despontar como a epe/a deste ano, garantindo o melhor retomo. **Vcndcmos muitos cquipamcntoslpara projetos de papel e cciulosc c siderurgi-ca”, conta Terziani. Esta empresa, com apenas 64 funcionarios, situada cm Sao Paulo, fechou o ano passado com vcn-das liąuidas dc USS 5,8 milhóes b um lucro, tambem liquido, dc USS 1,? mi-IhÓcs.

A cxpcctativa para as outras cippre-sas, como a Companhia Brasileira de Cartuchos, fabrkante de munięóes, ć dc manterem praticamente no mesmo pa-lamar dc vcndas do ano passado. As cxporlaęócs da CBC para a Europa. Estados Unidos c Oriente crcsccnnn um pouco, mas estao apenas compcnsando a qucda no mcrcado interno. Em 1989 suas vcndas foram dc USS 30 milhóes c o lucro liuqido ficou em USS 6,$ mi-lhóes.(S.A.)


Qucm imagina um empresirio sisudo, fc-chado a Kle cnaves, se csóantaria em conhc* cer dc perto o estih Danka Birmann: amples, alegre, mas muito discrcto. Ek evita as fotos. "Dttesto esta parte." Mas sua espaęosa e bem dccorada sala, situada em um predio moderno do Centro do Rio, Ł um retrato fkl do ku temperamento. Enquanlo as paredes mostram uadros de pintorcs famosos, como Oaude onct, e uma kgilima escultura de August Rodin, o empresario di seu toque pessoal, rolando urna bola dc beiKbol cor-dc-abóbora de um lado para o outro da mesa, enauanto vai Icmbraooo o comcęo da soa trajetoria dc empresirio. Para rtfrescar a memória, ek abrc. pela primdra stz, um !ivro sobre imi-erantes de origem israelita no Rio Grandę do Sul, quc conta a trajetoria da sua familia. “Nunca tira tempo para ter. E olha qoe e bem interessante", adrnite. O bisavó, Podro, c o avó, Isaac Birmann. vicram com toda a familia da Russia, no inicio do sćculo, para a rcgiio de Passo Fundo (RS). Fizeram dc ludo um pouco, atć fundarem uma madeireira. que


Ousadia e estilo de empresario


ii


randia principalmcnte dormcatcs para linhas ferrosiarias. 0 pai de Daniel, Aron, depois de Kguir os tnesmos passos, rcsols-eu ir um pouco akm c foi estudar cm Sao Paulo. Na dćcada dc 60, a vida de Aron Birmann deu uma guinada de 360 graut rie ingressou oo mcrcado fmancciro.

Bolsa — Em pouco tempo, o pai de Daniel fundou o conglomcrado Crefisul, aue acabou k associando cm 1972 ao Citibank e ura pooco mais a trenie, cm 1978, por motivos de saudc (Aron tinha uma docoęa incurivd), o controk foi \tadido para Hcnrique Grtgo-ri. por cerc3 dc USS 40 milhóes. Foi na Crefisul quc Dankl — o filho mais vclho de um total de tres — comcęou a trabalhar. Em 1969 ek entrou no grupo, óentro de um pro-grama preparado pelo pai para irconbccendo aos poucos todos os departamentos.

“Em menos dc duas setnattas me cnchi daquilo tudo. Quindo me coJocaram para bater nota promissória de cmprćstimo. eu fui para cisa", lembra o empresario. Sua estrate-

Sdcu certo: no dia seguinle estara comeęao-na arca de fundos dc aęóes. "A bolsa cstava passando por um serdadciro boom. Vcndi muitos fuados atć 1971." Depois dc uma ripkto passagem pelo Dcparlamento dc Marketing do Crefisul. Daniel foi para a Uni-rarsidade dc Colorado (EUA), onde K for-mou cm Administraęao e Fmanęas. Quando voltou para o Brasil, em 1976. foi direto para


Daniel Birmann toma o plancjamento emprcsarial como um passa tempo


a corretora SN Crefisul, ii com partśapaęóo doCitibonk.

Ndmeros — De Ii atć boje foi tudo muito ripido. Pouco antes da morte do pai, cm 1978, eks fundaram a Arbi, aue cuida ria principalmcnte dos negócios da-familia. Dankl tera entao que tomar as redeas c aprender a comandar sozinho o património dcixado pdo pai. que morecu cm 1980. "NJo ćramos muito parecidos. Ek gostava mais da area ligada a fmanciarrento c credito. Eu Kmpre fui um apai.eonado por bolsa", eonu.

Mas, sem durida. ek herdou do pai o arrojo e o empenho. Pouco a pooco foi com-prando participaęoes minoritarias e de con-trolc em dezenas dc empresas abertas Primei-ro veio a Marvin, depois a Digitcl. um pouco mais A frente a D.F. Yascoocelos e por ai em diantc. "Gosto de negócios que envołvam tecnologia dc ponta, qoe tenham futuro."

Sua afinidadc com numeros c com a mate-matica o empurraram para a area financeira. Ek conta quc ao longo dos tempos criou um


know-bw sobre avaliaędo de bons ncgocios. "Vou mudando aos poucos os criterioi quc utilizo. Hojc acho importante saber asjpers-pcctisas futuras do setor. a capacidide dc geraęao de caixa. Ha alguns anos olhava mais a rmtabilidadc das aęóes da empresa em bolsa". e*pbca.

Birmann, aos 39 anos. k cowidcra realiza-do, mas adrnite quc ainda tern muitos planos para o futuro. "Procuro traęar melas, u): cinco anos por aemplo. E um dos mcus passa-tempos prcdilctos" Ningućra dera esperar, porem, que sua cabeęa esteja preocupadi com o sobe-c-desce da bolsa. do ouro ou dodólar ou com o dia-a-dia dos negócios. "Queslócs que possam ser resolsidas cm 10 ou 20 pinu-tos nio mc atraem. Gosto dc namorpr as operaęócs". rcsela. Foi assim, por cxcmplo, com a compra dc 70% do controk da Com-inhia Brasileira de Cartuchos (CBC). cm ». ou na melindrosa opcraęao da Caraiba Metais. quc envolvcu ccrca dc tres anos qte Kr fcchada. Este ć o niilo Daniel Birmann. (S.A.)




Wyszukiwarka

Podobne podstrony:
2 • Negócios o Finanęas • scgunda-fcira, 17/12/90 JORNAL DO BRASIL 2 • Negócios o Finanęas •
4 • Ncgócios e Finanęas • scgunda-fcira, 17/12/90 JORNAL DO BRASIL Poupanęa O rocihor du parj dcposi
6 O Eaportcw O łcgttnda-fcira, 17/12/90 JORNAL DO BRASIL •* ■
10 □ rcadcrno □ segunda-fcira, 17/12/90 JORNAL DO BRASU, * - Estadon turion Fonnoso Pirtv 27 anos. d
O o Cidadc o scgunda-fcira. 17/12 90 JORNAL DO BRASELCopacabanaQuem mora nos grandes apartamentos se
h 3 • Negócios e Finanęas • tcręu-fcira, 10/12/91 JORNAL DO BRASIL INTERNACIONALEmpresarios fazem
^8 m • JNogócioB e Finanęas • tcręa-fcira. 10/12/91 JORNAL DO BRASILInformatica Microsoft ja atende
f scgunda-fciru. 17 12/90 B JORNAL DO BRASILAs pupilas do senhor FonsecaJose Rubem Fonseca inspira e
8 a l*cadcrno □ scgundn-fcirn. 17/12/90 JORNAL DO BRASIL suRfos sK coaaf.s — rwodft** MO
4 o Cidade o scgunda-fdra, 17/12/90 JORNAL DO BRASTL Cursos_ Um novo espaęo cultural Lugar Comum ’
10 • Negócios o Finanęas • teręa-feira, 10/12/91 JORNAL DO BRASIL Luiz Fernando Mello O grupo Master
4 o Cidade o teręu-fcira, 10/12/91 JORNAL DO BRASIL — Cartas mdonados perambuhm, por seguranęa,
6 o Cidade o teręa-fcira, 10/12/91 JORNAL DO BRASIL 6 o Cidade o teręa-fcira, 10/12/91 JORNAL DO BRA
JORNAL DO BRASIL scgunda-fcira, 17/12/90 eNcgócio# e Finanęas • SSeu BolsoIdosos ja podem sacar cruz
V-i cd (D cd T3 C/3 O O O •43 P K(U C JORNAL DO BRASIL_Opiniao__segunda-fcira. 17/12/90 p l-cadcrno
JORNAL DO BRASILMeio Ambiente/Ci§ncia scgtinda-fcira. 17/12/90 u l“cadcmo □ łl R*cha/<3
2 g l"cadcmo □ Kgunda-fcira, 17/12/90 f Politica e Economia JORNAL DO BRASILCoisas da PoliticaP
JORNALDO BRASIL scgunda-fcira, 17/12/90 o Cidade o 3 iw YestibularCesgranrio tem primeira Fundaęao m
JORNAL DO BRAS1I, scgunda-fcira. 17/12/90 o Cidado o 5 Volmer recebe homenagem na Camara do Rio

więcej podobnych podstron