CADERNO B O JORNAl DO BRASU O Rio do Jonolro, segundo-feira, 21 de oulubro do 1974 □ PAGINA 5
MElttADO DE A UTE
COTACOES
Oóvis Graciano, Dan-ętrino. 0,65 x 0,50 — CrS 9 mil e 900. Di Ca-valcanti, Mulheres na Varanda, 0,41 x 0,27 — Cr$ 90 mil. Di Cavakarv ti, Mulher Sontada, 0,36 x 0,56 - CrS 70 mil. Bianco, Trigal, 0,55 x 0,40 — CrS 16 mil e 500. Bianco, Flores. 0,45 x 0.50 - CrS 16 mil e 500. Bianco. Cameiro, 0.40 x 0.35 - CrS 11 mil. Cicero Dias, 0,60 x 0.73 - CrS 9 mil. Bm Kondo, Azul, 0,80 x 0,60 - CrS 3 mil e 800. Claudio Tozzł, Parafuto Amarelo, 0.90 x 0,50 — Cr$ 5 mil. Milton Da-costa, Figura, 0.22 x 0,17 — CrS 69 mil. Di Cevalcanti, Enterro, 0,45 x 0.38 - CrS 42 mil. Dacio Ambrosio, Amiza-de. CrS 5 mil e 500. Far-nese, Mulheres, 0,50 x 0,70 - CrS 3 mil e 900. Fukushima, A bstra-to, 1,00 x 0,50 - CrS 8 mil e 900. Glauco Rodri-gues, Violcncia, 0.33 x 0,41 — CrS 3 mil e 300. AWrio Gruber, Figura, 0,60 x 0,68 - CrS 37 mil. Glauco Pinto de M o r a e s, locomotivas, 0,90 x 1.20 — Cr$ 8 mil e 300. lanclli, Com-posicao, 1.00 x 0,65 -CrS 8 mil e 500. Lucia-
no Mauricio. Convcrsa com Sio Joao Batista,
0,35 x 0*50 - CrS 4 mil c 300. Manabu Mabe, Abstrato. 0,76 x 0,76 — CrS 32 mil e 500. New-ton Rezende, Barca Claudia, 0,60 x 0,84 - CrS 14 mil e 500. Newton Rezende, Casal da Ja-nela, 0.30 x 0,40 - CrS 5 mil e 500. Newton Ro-zende, Bandinha. 0,41 x 0,51 - CrS 6 mil e 900. Newton Rezende, Bar dos Marinheiros, 0,80 x 0,40 - CrS 9 mil e 500. Pancetfl, Marinha, 0,46 x 0,55 - CrS 85 mil. Pancetti. Catamenlo na Roęa, 0.38 x 0.47 - CrS 78 mil. Reynaldo Fonse-ca, Frutas e Moringa. 0.49 x 0.61 - CrS 16 e 400. Reynaldo Fon-scca, Mulher de Chapću, 0,38 x 0,40 - CrS 11 mil e 400. Roberto Fei-tosa. 0.32 x 0.65 - CrS
5 mil e 600. Roberto Feitosa. 0,50 x 0,40 — CrS 4 mil e SCO. Scliar, Paisagem, 0,56 x 0,37 - CrS 4 mil o 900. Sa-wada, 0.60 x 0.80 — CrS 4 mil c 200. Sawa-da, 0,91 x 0,98 - CrS
6 mil e 600. Vo!pi, 0,24 x 0,33 - CrS 20 mil. Volpi. 0,50x0,56-CrS 48 mil. Wakabayashi, 1.16 x 1,16 - CrS 14 m»I e 400.
Francisco Stockinger, Touro, escultura — CrS 15 mil. Stockinger, Cal-cireo. escultura, CrS 9 mil. Concessa Colaęo. Mae do Silcncio, tapeca-ria. 1,10 x 1,27 - CrS 20 mil e 900. Concessa Colaęo, Anjo das Flores, tapeęaria, 0,73 x 0,63 — CrS 7 mil, 150. Milton Dacosta, gravuro. 0,22 x 0,17-CrS 2 mile 100. Osmar Dillon, Chuva, objęto CrS 2 mil. Ema n u e I Arajo, gravura, 1,04 x 0.70-CrS 1 mil e 600. Krajcberg, gravu-ra, 0.73 x 0.54 - CrS 3 mil c 500. Maria Bo-nomi, gravura, 0,60 x 0.71 - CrS 1 mil e 500. Paulo Roberto Leal, Ar-magom, 0,70 x 0,70 -CrS 3 mil. Ormezzano, O quo 6 que a baiana tern, escultura — CrS 18 mil. Ormezzano, Plisets-kaya, escultura, CrS 4 mil e 500. Ormezzano, Tante Genevi6ve, escultura — CrS 3 mil e 600. Ormezzano, C h a p 6 u (fundięao a cera perdi-da), escultura — CrS 10 mil.
OBS.: Os preęos aci-ma łoram fornecidos pe-las Galerias Ipanema e Marle 21 (ultima* escul-turas).
Em sous quaso 10 anos dc cxist*ncia. a Galeria Ir-tandini val realizar nesta semana o scu primelro leilao de arte. Serio 400 lotes que deade ontem csldo cxpostos na Assoclaędo da Pequena Cruzada. na Fonte da Sau-dadc, Lagoa, onde podem ser vlstos. ho)e ainda. das 14 as 23h. O lellio. proprlamcnle dito, conduzldo por Emani, comcęa amanha. c prosseguc dlariatnente atć o dla 25.
Grandę parte dos traba-Ihos a serem leiioados per-tencem ao accrvo da Galeria, completado por pcę&s de co-Iccionadorcs. Irlandini cx-plica que dccidiu csse lipo dc vcnda agora '•porąue acho que o mcrcado dc arte cstA cm tempo dc elclęao e o pii-blico maU propenso a achar o quc pretende asslm do quc visitando as galerias de arte."
Preferenda
— E' tambim ouase uma pesquisa de mcrcado — acrcsccnta — para atender a cssa clicntcla quc esta pre-fcrłndo lellóes. Cerca de 87* ć das peęas serao colocadas a venda sem preęo bAsie o. Qucm vai determinar os pre-ęos ć, entdo. o publico. Eł possivel que este seja o prl-mcłro lellio de uma sAric, embora n&o faęa o mcu genc-ro. Sou um artista quc tern uma galeria e minha manei-ra dc cncarrar a arte 6 dlfc-
rente da dos marchands comuns.
Com predominancia dc obras de artUtas brasileiros. hi tambem algumas dc cs-tranaeiros. n u m conjunto rcunldo Mscm dbtlnęao de gćncro, ćpoca ou estiio, pois se trata de um leilio de arte sem dłscrimlnaęao.M Ha qua-dros de EUscu Yisconti, Balista da Costa. Antonio Parrcira, Raimundo de Oll-vdra. Di Cavalcanli. Yicentc do Rego Montelro, Milton Dacosta. Walter Levy. DJani-ra, Rcbolo, Volpi, Marcier. Kaminagay, InimA, Pcrez Rubio. Guignard. Casiagnct-to. Carlos Bastos, Antonio Maia. Jcnner Augusto. Bianco. Slgaud. Scliar, Fernando Coelho. Quaglia. Josć d c Domc. Augusto Petit. Gul-ma, Jose Paulo Morclra da Fonseca. Roberto Magalhaes. Pancetti, Salinas, RodoUo Amocdo. entre outios.
Oravuras de Goeldl, Grassmann. Oswald. Kisling. Kracjbcrg. Bernard Buflet, SaWador Dali. Luręat. Utril-lo. Weingartncr. Picasso, guachcs e desenhos de Ibcrc* Camargo. T&rslla. Adclson do Prado. Alvaro Apocalipsc. Rcinakto Fonseca. Frank Wood, Takaoka. Ismael Nery, Bablruky, Aldemlr Martins, Pcrcy Lau. Ivan Frcitas. Ca-ribć. E ainda. sempre entre outros. serigrafins de Dio-nisio del Santo. Mirt. Ivan Scrpa. Klee, Picasso.
ALTA ARABE TAMBEM EM ARTE
Quadros com temas drabes tem sido bastante ralorizados nos mcrcados de arte. F.spccialista* cOHsfcfrram quc o dinheiro arabc causard um impacto na ienda de quadros e objetos artisticos de temat orientati. Recenlemente uma aquarcla de David Roberts, sobre o Cairo. attngiu 1 350 libras em letldo realizado em Londrct. | opesar dc eslar aoahada entre 500 e 700 libras Por outro lado — noticia The Times — as aquarelas dc temas europeus /oram ren-didas a prcęoj mais baixos do que as estlmatiias preriom.
QUANDO A ARTE AMBIENTAL ENCONTRA O ESPAęO L!VRE
AlBERTO BEUTTENMUUE*
rrit/
S&o Paulo iSucursal) — Exi-blndo ao ar llvre escul tu ras do nortc-ainertcano Oforgc Walker, a FundaęAo Armando Alvarts Pentesdo lnic la um noto procesjo dentro do panorama artisllco pauluu. Enąuanlo no Museu de Arte Brtullclra eitAo txpoatos os trnbalho* da 2 Mootra Brasllclra dc Tapeęarla. na proęa frontelra Aquda fundaęio as escultura* de Walker ocupam todo o espaęo. quase sempre destlnado ao laser doo estudantes da escola de comunlcaęóea
Ceoric Walker vem tlajan-do pelas prtncipals eldades do mundo. proca rundo sempre es-paco para luas escultura*. reall-tadai em PVC. nvaterlal plAstlco. pin Udo de cor meUllca. lem-brsndo o aluminlo. O lm por tanie nos seus trablheń t a fusAo de cor e forma, num espoęo lltrt. A cor nAo e um tlgno. mas faz parte do todo. da esirulura.
Neasa expo*l<;Ao. Walker — profrasor da Faculdaće de Arte c 11 utcna da Arte da Unltcralda-
de de Iowa — procura petguisar duas forma* da escultura alual. A eiUtlca. ondc blocos se entre-laęam de forma arg^lKt^nlca. e a cor. embora forte, passe des-pcreebkla. paru realęar a forma e o rquUlbrlo. e a dlnamlca Ncs-U. o* lubos comprldos e delga-do de PVC n&o só modlflcam a estrutura do amblente A sua tol-U. como se aproprlsm de um oulro elemento — o lAdtco.
Os canos de PVC necessltam princlpalmente dc rento paru crlar ouUos espaęos c retom ar, pouco a pouco. outras dlmensde* e |>oslęóei. A fiealblUdade dcases flnos canos dolom o amblente de um llrumo agreAslro como a pró-prta paisagem onde cstAo Insert doo.
No catAlogo. o artuta expli-ca seu trmbalho: "Ha rArtos anos cxplorc e erperlmento o amblto da cor relaclonada A forma e ao espaęo. Ao longo desie eamlnho. fol posil teł encontra r alguns modelos capazes de sugrrtr a crtoęAo de noto* coneeltos cm
tomo dc como o Kr hu mano perce be o espaęo. a forma e o moYtmcnto. r Umbfcn minha IntenęAo Lnclulr a nexlbilldade dc muluu conftgurwęócs deutro dc cuda obra.'
Oeorge Walker recorre A cor em seus trabalhos. taUei por Kr tambem plntor. Na Unguagem p^etdrica de seus quadros, porto, a cor tem outru eonotac&o poru equiUbrto da obra: a sim-bóbca. Em suas escultura*. sen-ttu quc a cor cm mais uma alta-da da forma e do espaęo. 8uus pesąulsas sAo. por Uso. um aper-fclęoanicnto da llngusKcm risual ełcultorlca. dotando cada objęto de sua cor era acorco com sua forma, procurando sempre o espaęo natura! — ao ar lirre — poru quc a obra pooiua um sen-tklo rac łona) na pabagem.
Os trabalhos dc Walker JA foram cxlbldcs em mostra* colctl-va* e Indlrtduab em 8do Francisco. Saint Louis, Chicago. Mm* neapolto. Loodres. Madrt e Alc-manha Ocldental.
VISAO MACICA E CRlTICA
Fol prorrogada aU o dla 27 prfalmo. a ex-poiię&o dc fotografia* de Renato Comodo e Kay Harris na O a ter la do Cumpo rm Nltcról Com me nos de cinco anos de proflssio. o fotd-grufo brusUclro tem um currlcuło que Indlca uma cofutanle t ranada expertłncła: do tnl-clo do Studio Dclagunlere. em Parb. paammlo pela publlcldadc. Imprema c audiorUuaU.
A relaę&o de Renato eom a fotografia fl-fere um pouco do comum, porque tem dela uma rU&o artcsanal que o lcra a ocupar-sc de todo o procewo. espccUlmente nas cópłas a corea Mas para Iwo tem que enfrentar uma sćrlc dc obtlacuktt reaultantes do ciqucma de comerclallzaęao doi produtos quim»oos para a fotografia a coret. No mcrcado brasllclro o» fabrlcanles Impóem uma quoU minima de aąubKAo que. calculada cm funęio dos gran-des rcYtndcdores e laboratbrkn. deafavorccc o fológrufo autónomo.
Como pro2 balonal cle tein outra preo-oupaęAo: acha quc e preebo estar alento para ex*»ur o cntuslasmo fddl e a poslęio colonUa-da cm rclaęAo aos cstltas. mulUs tezes con-Ycnctonals. dos fotógrufos estrangetro*. Em termos de erlaę&o. uma fotografia alual rcfle-te duas llnhas dlsttnU*. Por um lado o do mbtćrlo, da magla com que pretende mostrur sua Knslbilldadc cm rclaęAo ao mundo alual quc se dlYłdf cada rti mais enUe a pesąulsa denUflca e a Inuca do ocuito. do mAglco. do lrreal. Por outro. Renato procura reglalrar de manclra critlca o mundo do consumo supdr-fluo. do dlstanclamcnto entre o homcm e a natureza. aprcsenUndo v|»Ao traglca do homcm boncco de consumo entre os rejcltos dc sua próprta dvUlzaęAo.