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1.

 

Matrizes .................................................................................................................................................. 2

 

2.

 

Classificação das Matrizes ............................................................................................................... 2

 

3.

 

Igualdade de Matrizes ...................................................................................................................... 4

 

4.

 

Adição de Matrizes ............................................................................................................................. 5

 

5.

 

Matriz Oposta ....................................................................................................................................... 6

 

6.

 

Produto de número real por matriz ........................................................................................... 10

 

7.

 

Produto de Matrizes ......................................................................................................................... 11

 

8.

 

Matriz Transposta ............................................................................................................................. 20

 

9.

 

Determinantes ................................................................................................................................... 22

 

10.

 

Propriedades dos determinantes ............................................................................................. 25

 

11.

 

Teorema de Binet ........................................................................................................................... 37

 

12.

 

Matriz Inversa ................................................................................................................................. 39

 

13.

 

Sistemas Lineares .......................................................................................................................... 42

 

14.

 

Classificação dos sistemas lineares ........................................................................................ 43

 

15.

 

Sistema Linear Homogêneo ....................................................................................................... 46

 

16.

 

Teorema de Cramer ...................................................................................................................... 46

 

Questões ESAF 2012/2013 .............................................................................................................................. 60

 

17.

 

Relação das questões comentadas nesta aula ................................................................... 65

 

18.

 

Gabaritos ........................................................................................................................................... 74

 

 

 

 

Aula 5 - Parte 2 

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1.  Matrizes 

 

A ideia de matriz do tipo 

×  é a de uma tabela retangular formada por 

números reais distribuídos em   linhas e   colunas. 

Adotamos a convenção que linha é horizontal, coluna é vertical e fila se refere 
à linha ou coluna (horizontal ou vertical). 

Vejamos alguns exemplos: 

1 −4

7 √3

0 2

é

 

3 × 2 (3  ℎ    2

1 0 −2  é

 

1 × 3 (1  ℎ    3

!1 0

0 1" 

é

 

2 × 2 (2  ℎ    2

é

 

1 × 1 (1  ℎ    1

#

1

2

0

−5

é

 

4 × 1 (4  ℎ    1

Em uma matriz qualquer, cada elemento é indicado por 

&'

. Este elemento 

&'

 é 

o  cruzamento  da  linha  i  com  a  coluna  j.  Por  exemplo,  o  elemento 

()

  é 

elemento que fica no cruzamento da segunda linha com a terceira coluna. 

Convencionamos que as linhas são numeradas de cima para baixo e as colunas 
da esquerda para a direita. Além disso, podemos utilizar colchetes, parêntesis 
ou barras duplas para representar matrizes. Por exemplo: 

**

*(

(*

((

)*

)(

= ,

**

*(

(*

((

)*

)(

- = .

**

*(

(*

((

)*

)(

Uma matriz M do tipo m x n (m linhas e n colunas) pode ser indicada por 
/ = (

&'

)

0×1

 

2.  Classificação das Matrizes 

 

Existem  diversas  classificações  das  matrizes.  Veremos  as  principais  e  mais 
conhecidas. Deixaremos de lado definições de matrizes nilpotente, ortogonais, 
anti-simétricas, periódicas, etc. 

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- Matriz Retangular é aquela cujo número de linhas é diferente do 
número de colunas. 

1 −4

7 √3

0 2

 

- Matriz Quadrada é aquela cujo número de linhas é igual ao número 
de colunas. Quando uma matriz quadrada é formada por 

2 linhas e 2 

colunas dizemos que ela é uma matriz quadrada de ordem 

2

!5 3

0 2" 

é

3

 

2     2ª

 

Os elementos 5 e 2 forma a diagonal principal e os elementos 3 e 0 formam a 
diagonal secundária. 

,

1 3 5

7 4 −2

6 2 1

é

3

 

3     3ª

 

Os números 1, 4 e 1 formam a diagonal principal e os números 5,4 e 6 formam 
a diagonal secundária. 

- Matriz Linha é a matriz que possui apenas uma linha. 

1 0 −2  

- Matriz Coluna é a matriz que possui apenas uma coluna. 

#

1

2

0

−5

- Matriz diagonal é a matriz quadrada cujos elementos que não 
pertencem à diagonal principal são iguais a 0. 

1 0 0

0 5 0

0 0 √5

 

- Matriz identidade é a matriz diagonal cujos elementos da diagonal 
principal são todos iguais a 1. Denotamos por 

6

2

 a matriz identidade de 

ordem n. 

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Percebam  as  condições  para  que  uma matriz  seja  denominada  de  identidade: 
deve ser uma matriz quadrada, todos os elementos fora da diagonal principal 
devem ser iguais a 0 e todos os elementos da diagonal principal são iguais a 1. 

7

)

=

1 0 0

0 1 0

0 0 1

 

7

(

= 81 0

0 19

 

7

:

= #

1 0 0 0

0 1 0 0

0

0

0

0

1 0

0 1

- Matriz Nula é aquela que tem todos os elementos iguais a 0. 

80 0 0

0 0 09

 

Exemplo 1. 

Construa a matriz 

; = (

&'

)

)×)

 definida por 

&'

=

(

+ 2= 

Resolução 

Tem-se  uma  matriz  quadrada  de  terceira  ordem.  A  matriz  tem  a  seguinte 
representação: 

; = ,

**

*(

*)

(*

((

()

)*

)(

))

 

Sabemos que 

&'

=

(

+ 2=. 

**

= 1

(

+ 2 ∙ 1 = 3,

*(

= 1

(

+ 2 ∙ 2 = 5,

*)

= 1

(

+ 2 ∙ 3 = 7 

(*

= 2

(

+ 2 ∙ 1 = 6,

((

= 2

(

+ 2 ∙ 2 = 8,

()

= 2

(

+ 2 ∙ 3 = 10 

)*

= 3

(

+ 2 ∙ 1 = 11,

)(

= 3

(

+ 2 ∙ 2 = 13,

*)

= 3

(

+ 2 ∙ 3 = 15 

Portanto, 

; = ,

3

5

7

6

8 10

11 13 15

3.  Igualdade de Matrizes 

 

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Duas matrizes 

; = (

&'

)

0×1

 e  

A = (B

&'

)

0×1

 são iguais quando todos os 

&'

 forem 

iguais aos 

B

&'

  para todo i e para todo j. Ou seja, para que duas matrizes sejam 

iguais, elas devem ser do mesmo tipo (ter o mesmo número linhas e o mesmo 
número  de  colunas)  e  todos  os  elementos  correspondentes  (com  mesmo 
índice) devem ser iguais. 

Exemplo: 

C1 √4 −(−3)

0 4

(

√25

D = 81 2 3

0 16 59

 

81 0

0 19 ≠ ,

1 0 0

0 1 0

0 0 1

81 −2

3 4 9 ≠ 8

1 2

3 49

 

4.  Adição de Matrizes 

 

Para  começo  de  conversa,  só  podemos  somar  matrizes  do  mesmo  tipo,  ou 
seja, para que seja possível somar matrizes, elas devem ter o mesmo número 
de  linhas  e  o  mesmo  número  de  colunas.  Esta  é  a  condição  de  existência  da 
soma de duas ou mais matrizes. 

Então  vamos  considerar  duas  matrizes  A  e  B  do  mesmo  tipo:  m  x  n.  Sejam 
 

; = (

&'

)

0×1

 e  

A = (B

&'

)

0×1

, chama-se soma 

; + A a matriz C do tipo m x n tal 

que 

&'

=

&'

+ B

&'

Vamos parar de falar em símbolos e vamos traduzir: 

i) 

Só  podemos  somar  matrizes  do  mesmo  tipo,  ou  seja,  as  matrizes 

obrigatoriamente devem ter o mesmo número de linhas e o mesmo número de 
colunas. 
ii) 

O  resultado  (a  soma)  será  uma  matriz  do  mesmo  tipo  das  matrizes 

originais. 
iii) 

Para  determinar  os  elementos  da  matriz  soma,  devemos  somar  os 

elementos correspondentes das matrizes originais. 

Exemplos: 

8 1 0 2

−3 5 39 + 8

2 4 7

4 6 99 = 8

1 + 2 0 + 4 2 + 7

−3 + 4 5 + 6 3 + 99 = 8

3 4

9

1 11 129

 

 

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3 −2

−4 1

5

6

+

−3 2

4 −1

−5 −6

=

0 0

0 0

0 0

 

Observe que, assim como os números reais, a adição entre matrizes também é 
associativa  e  comutativa.  Isto  quer  dizer  que,  se  A,B  e  C  são  matrizes  do 
mesmo tipo, então: 

(; + A) + G = ; + (A + G) 

; + A = A + ; 

5.  Matriz Oposta 

 

Observe novamente o exemplo que foi feito acima: 

3 −2

−4 1

5

6

+

−3 2

4 −1

−5 −6

=

0 0

0 0

0 0

 

A  matriz 

3 −2

−4 1

5

6

  é  a  matriz  oposta  da  matriz 

−3 2

4 −1

−5 −6

  e  reciprocamente,  a 

matriz 

−3 2

4 −1

−5 −6

 é a matriz oposta da matriz 

3 −2

−4 1

5

6

 porque a soma das duas 

matrizes é uma matriz nula, ou seja, com todos os elementos iguais a 0. 

Dada uma matriz A, sua matriz oposta é indicada por 

– ;. 

Se é dada a matriz A, para determinar a sua oposta deve-se multiplicar todos 
os elementos por 

−1, ou seja, trocar os sinais de todos os elementos. 

Desta forma, a matriz oposta da matriz 

; = !−5 0

1 2"

 é a matriz  

−; = ! 5

0

−1 −2"

 1. 

(AFC  2002/ESAF)  De  forma  generalizada,  qualquer  elemento  de  uma 

matriz M pode ser representado por m

ij

, onde i representa a linha e j a coluna 

em que esse elemento se localiza. Uma matriz = s

ij

, de terceira ordem, é a 

matriz resultante da soma entre as matrizes A = (a

ij

) e B = (b

ij

), ou seja, 

A + B.  Sabendo-se que (a

ij

) = i

2

 +  j

2

 e que bij =  (i + j)

2

, então a soma dos 

elementos da primeira linha da matriz é igual a: 
a) 17 
b) 29 
c) 34 
d) 46 
e) 58 

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Resolução 

Vamos construir as matrizes A e B. 
 

; =

**

*(

*)

(*

((

()

)*

)(

))

=

1

(

+ 1

(

1

(

+ 2

(

1

(

+ 3

(

2

(

+ 1

(

2

(

+ 2

(

2

(

+ 3

(

3

(

+ 1

(

3

(

+ 2

(

3

(

+ 3

(

=

2

5 10

5

8 13

10 13 18

 

 

A =

B

**

B

*(

B

*)

B

(*

B

((

B

()

B

)*

B

)(

B

))

= #

(1 + 1)

(

(1 + 2)

(

(1 + 3)

(

(2 + 1)

(

(2 + 2)

(

(2 + 3)

(

(3 + 1)

(

(3 + 2)

(

(3 + 3)

(

% =

4

9 16

9 16 25

16 25 36

 

 

I = ; + A =

2

5 10

5

8 13

10 13 18

+

4

9 16

9 16 25

16 25 36

=

6 14 26

14 24 38

26 38 54

 

 

A soma dos elementos da primeira linha é igual a 6 + 14 + 26 = 46. 

Obviamente não precisaríamos construir as matrizes completamente, apenas o 
fizemos para fins didáticos. 

Letra D 

 2. 

(SERPRO 2001/ESAF) Genericamente, qualquer elemento de uma matriz 

M pode ser representado por m

ij

, onde i representa a linha e j a coluna em que 

esse  elemento  se  localiza.  Uma  matriz  S  =  s

ij

,  de  terceira  ordem,  é  a  matriz 

resultante da soma entre as matrizes A = (a

ij

) e B = (b

ij

), ou seja, 

A + B

Sabendo-se  que    (a

ij

)  =  i

2

  +  j

2

  e  que  bij  =  (i  +  j)

2

,  então  a  razão  entre  os 

elementos s

31

 e s

13

 é igual a:

 

 
a) 1/5 
b) 2/5 
c) 3/5 
d) 4/5 
e) 1 

 

Resolução 

Questão praticamente idêntica! As matrizes utilizadas são idênticas! 

Se você nos permite, vamos dar um Ctrl+C / Ctrl+V... 

Vamos construir as matrizes A e B. 
 

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; =

**

*(

*)

(*

((

()

)*

)(

))

=

1

(

+ 1

(

1

(

+ 2

(

1

(

+ 3

(

2

(

+ 1

(

2

(

+ 2

(

2

(

+ 3

(

3

(

+ 1

(

3

(

+ 2

(

3

(

+ 3

(

=

2

5 10

5

8 13

10 13 18

 

 

A =

B

**

B

*(

B

*)

B

(*

B

((

B

()

B

)*

B

)(

B

))

= #

(1 + 1)

(

(1 + 2)

(

(1 + 3)

(

(2 + 1)

(

(2 + 2)

(

(2 + 3)

(

(3 + 1)

(

(3 + 2)

(

(3 + 3)

(

% =

4

9 16

9 16 25

16 25 36

 

 

I = ; + A =

2

5 10

5

8 13

10 13 18

+

4

9 16

9 16 25

16 25 36

=

6 14

JK

14 24 38

JK

38 54

 

 

Queremos  calcular  a  razão  entre  os  elementos  s

31

  (terceira  linha  e  primeira 

coluna) e s

13

 (primeira linha e terceira coluna). 

Colocamos estes números em vermelho. 

)*
*)

=

26

26 = 1

 

Letra E 

 3. 

(AFC-CGU  2003/2004  –  ESAF)  Genericamente,  qualquer  elemento  de 

uma matriz M pode ser representado por 

&'

, onde “i” representa a linha e “j” 

a  coluna  em  que  esse  elemento  se  localiza.  Uma  matriz 

L = M

&'

,  de  terceira 

ordem,  é  a  matriz  resultante  da  soma  das  matrizes 

; = N

&'

O  e  A = NB

&'

O. 

Sabendo que 

&'

=

(

 e que 

B

&'

= ( − =)

(

, então o produto dos elementos 

M

)*

  M

*)

 

é igual a: 

a) 16 
b) 18 
c) 26 
d) 65 
e) 169 

Resolução 

Não vamos mais construir a matriz completamente. Estamos interessados nos 
elementos 

M

)*

  M

*)

M

)*

=

)*

+ B

)*

= 3

(

+ (3 − 1)

(

= 9 + 4 = 13  

M

*)

=

*)

+ B

*)

= 1

(

+ (1 − 3)

(

= 1 + 4 = 5 

O produto dos elementos 

M

)*

  M

*)

 é igual a 

13 ∙ 5 = 65. 

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Letra D 

 4. 

(MPOG 2003/ESAF) Genericamente, qualquer elemento de uma matriz M 

pode  ser  representado  por 

&'

,  onde  “i”  representa  a  linha  e  “j”  a  coluna  em 

que  esse  elemento  se  localiza.  Uma  matriz 

L = M

&'

,  de  terceira  ordem,  é  a 

matriz  resultante  da  soma  das  matrizes 

; = N

&'

O  e  A = NB

&'

O.  Sabendo  que 

&'

=

(

− =

(

 e que 

B

&'

= ( + =)

(

, então a soma dos elementos 

M

)*

  M

*)

 é igual a: 

a) 20 
b) 24 
c) 32 
d) 64 
e) 108 

Resolução 

A resolução é praticamente idêntica à da questão anterior. 

M

)*

=

)*

+ B

)*

= 3

(

− 1

(

+ (3 + 1)

(

= 9 − 1 + 16 = 24  

M

*)

=

*)

+ B

*)

= 1

(

− 3

(

+ (1 + 3)

(

= 1 − 9 + 16 = 8 

A soma dos elementos 

M

)*

  M

*)

 é igual a 

24 + 8 = 32. 

Letra C 

 5. 

(AFC  –  SFC  2000/ESAF)  A  matriz 

I =

&'

,  de  terceira  ordem,  é  a  matriz 

resultante da soma das matrizes 

; = N

&'

O e A = NB

&'

O. Sabendo-se que 

&'

=

(

+

=

(

 e que 

B

&'

= 2 =, então a soma dos elementos 

)*

 

*)

 é igual a: 

 
a) 12 
b) 14 
c) 16 
d) 24 
e) 32 

Resolução 

Outra questão idêntica!! 

)*

=

)*

+ B

)*

= 3

(

+ 1

(

+ 2 ∙ 3 ∙ 1 = 9 + 1 + 6 = 16  

*)

=

*)

+ B

*)

= 1

(

+ 3

(

+ 2 ∙ 1 ∙ 3 = 1 + 9 + 6 = 16 

A soma dos elementos 

)*

 

*)

 é igual a 

16 + 16 = 32. 

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10 

 

Letra E 

6.  Produto de número real por matriz 

 

Para multiplicar uma matriz 

; por um número real P basta multiplicar todos os 

elementos de A por 

P. 

Exemplos: 

3 ∙

1 −2 4

5 3 8

0 2 6

=

3 −6 12

15 9 24

0

6 18

 

−2 ∙ !−5 4 1

0 −3 2" = !

10 −8 −2

0

6 −4"

 

 

 

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11 

 

7.  Produto de Matrizes 

 

Para  começo  de  conversa,  nem  sempre  é  possível  multiplicar  duas  matrizes. 
Para  que  exista  o  produto  de  uma  matriz  A  por  uma  matriz  B  é  necessário  e 
suficiente que o número de colunas de A seja igual ao número de linhas de B. 
Desta  maneira,  se  a  primeira  matriz  do  produto  é  do  tipo  m  x  n,  então  a 
segunda matriz deve ser do tipo     n x p. 

Pois  bem,  considere  então  uma  matriz 

;

0×1

  e  uma  matriz 

A

1×Q

.  Ao  efetuar  o 

produto da matriz A pela matriz B, o resultado será uma matriz do tipo m x p. 
Ou seja, o produto é uma matriz que tem o número de linhas de A e o número 
de colunas de B. 

Resumindo,  para  verificar  se  é  possível  multiplicar  duas  matrizes,  coloque  o 
tipo  da  primeira  matriz  à  esquerda  e  o  tipo  da  segunda  matriz  à  direita.  O 
produto existirá se  os “números do meio” coincidirem e o resultado será uma 
matriz do tipo m x p, onde m e p são os números das extremidades. 

 Por exemplo, será que é possível multiplicar uma matriz do tipo 2 x 4 por uma 
matriz   4 x 1? 

º

1

º

− 2 

 

2 × 4 4 × 1 

Os números do meio coincidiram? 

Sim! 

Então o produto existe! E o resultado é uma matriz de que tipo? Basta olhar os 
números das extremidades: será uma matriz do tipo 2 x 1. 

Vejamos outro exemplo: será que é possível multiplicar uma matriz 4 x 1 por 
uma matriz 2 x 4? 

º

1

º

− 2 

 

4 × 1 2 × 4 

Os números do meio coincidiram? 

Não!! 

Portanto, o produto entre essas duas matrizes não existe. 

Observe que existe o produto de uma matriz do tipo 2 x 4 por uma matriz  4 x 
1,  mas  não  existe  o  produto  de  uma  matriz  do  tipo  4  x  1  por  uma  matriz  do 
tipo 2 x 4. 

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12 

 

Bom, já sabemos verificar se  podemos ou não multiplicar duas matrizes e já 
sabemos identificar o tipo da matriz produto. 

Falta ainda o principal: aprender a multiplicar. 

Existe um processo muito fácil para multiplicar matrizes. É o seguinte: 

Desenhe uma cruz bem grande... Assim: 

 

 

 

 

 

 

 

 

É  óbvio  que  você  só  vai  desenhar  esta  cruz  depois  de  verificar  se  é  possível 
multiplicar as matrizes, pois se não for possível, nem perca o seu tempo. 

Bom,  e  o  que  fazer  com  esta  cruz?  No  “terceiro  quadrante”  (lembra  dos 
quadrantes  do  plano  cartesiano?)  você  escreverá  a  primeira  matriz  e  o  no 
primeiro quadrante você escreverá a segunda matriz. 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Beleza até agora? 

1ª matriz 

2ª matriz 

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13 

 

-  Beleza  não,  professor!  Chega  de  delongas  e  coloca  umas  matrizes  aí  para 
ficar claro. 

- Ok! 

Exemplo 2. Dadas  as  matrizes 

; = 81 3 −2 5

4 2 −1 09

 

A = R

1 2

3

0 5

6

3

4

−3

1

−4

2

S, 

determine, se existir, as matrizes 

; ∙ A e A ∙ ;. 

Resolução 

A matriz A possui 2 linhas e 4 colunas, portanto é do tipo 2 x 4. 

A matriz B possui 4 linhas e 3 colunas, portanto é do tipo 4 x 3. 

Será que existe o produto 

; ∙ A? 

1º

− 2º

 

2 × 4 4 × 3 

Os  números  do  meio  coincidem!  É  possível  multiplicar.  O  resultado  será  uma 
matriz do tipo 

2 × 3. 

Será que existe o produto 

A ∙ ;? 

1º

− 2º

 

4 × 3 2 × 4 

Os números do meio não coincidem, portanto não existe a matriz 

A ∙ ;. 

Bom, vamos agora calcular a matriz 

; ∙ A que já sabemos ser do tipo 2 x 3. 

 

 

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14 

 

Vamos desenhar a cruz e colocar a matriz A no terceiro quadrante e a matriz B 
no primeiro quadrante. 

 

 

 

 

 

 

 

 

O resultado do produto das matrizes ficará localizado no quarto quadrante. 

Sabemos que o resultado é uma matriz do tipo 2 x 3, ou seja, terá 2 linhas e 
três colunas. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1ª matriz 

2ª matriz 

1 3 −2 5

4 2 −1 0

 

1 2

3

0 5

6

3

4

−3

1

−4

2

 

RESULTADO 

1 3 −2 5

4 2 −1 0

 

1 2

3

0 5

6

3

4

−3

1

−4

2

 

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15 

 

Bom, e agora, como descobrimos cada uma destes números? 

Vejamos por exemplo o elemento que está na primeira linha e segunda coluna 
(a bolinha vermelha abaixo). 

 

 

 

 

 

 

Observe  que  esta  bolinha  vermelha  é  fruto  do  “cruzamento”  entre  a  primeira 
linha da matriz da esquerda com a segunda coluna da matriz de cima. 

Então  faremos  o  seguinte.  Multiplicaremos  os  elementos  correspondentes 
destas duas filas e somaremos os resultados. Assim: 

i) 

O primeiro elemento fila da esquerda é 1 e o primeiro elemento da fila 
de cima é 2. Multiplicamos 

1 × 2 = 2. 

ii) 

O segundo elemento da fila da esquerda é 3 e o segundo elemento da 
fila de cima é 5. Multiplicamos 

3 × 5 = 15. 

iii) 

O terceiro elemento da fila da esquerda é 

−2 e o terceiro elemento da 

fila de cima é 

−3. Multiplicamos −2 × (−3) = +6 

iv) 

O quarto elemento da fila da esquerda é 5 e o quarto elemento da fila 
de cima é 1. Multiplicamos 

5 × 1 = 5. 

v) 

Devemos somar estes resultados obtidos: 

2 + 15 + 6 + 5 = 28. 

Pronto! O número a ser colocado no lugar da bolinha vermelha é 28!! 

Será sempre assim... Multiplicando linha por coluna... 

 

 

1 3 −2 5

4 2 −1 0

 

1 2

3

0 5

6

3

4

−3

1

−4

2

 

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16 

 

Vamos  descobrir  agora  o  elemento  que  está  na  primeira  linha  e  na  primeira 
coluna. 

 

 

 

 

 

 

Devemos  multiplicar  os  elementos  correspondentes  e  somar  os  resultados. 
Vamos fazer um pouquinho mais rápido. Será assim: 1º x 1º + 2º x 2º + 3º x 
3º + 4º x 4º. 

1 × 1 + 3 × 0 + (−2) × 3 + 5 × 4 = 1 + 0 − 6 + 20 = 15 

Pronto! O número a ser colocado no lugar da bolinha vermelha é igual a 15. 

 

 

 

 

 

 

 

Vamos  calcular  o  elemento  da  primeira  linha  e  terceira  coluna.  Vamos  então 
multiplicar  a  fila  da  esquerda  pela  fila  de  cima.  Lembre-se:  multiplicamos  os 
elementos correspondentes (primeiro com primeiro, segundo com segundo, ...) 
e somamos os resultados. 

 

 

 

 

1 3 −2 5

4 2 −1 0

 

1 2

3

0 5

6

3

4

−3

1

−4

2

 

28 

28 

1 3 −2 5

4 2 −1 0

 

1 2

3

0 5

6

3

4

−3

1

−4

2

 

15 

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17 

 

1 × 3 + 3 × 6 + (−2) × (−4) + 5 × 2 = 3 + 18 + 8 + 10 = 39 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vamos agora determinar o elemento que está na segunda linha e na primeira 
coluna. 

Efetue  o  mesmo  processo.  Multiplicamos  os  elementos  correspondentes  das 
duas filas e somamos os resultados. 

4 × 1 + 2 × 0 + (−1) × 3 + 0 × 4 = 4 + 0 − 3 + 0 = 1 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vamos  calcular  o  número  que  está  na  segunda  linha  e  na  segunda  coluna 
(bolinha  vermelha).  Multiplicando  a  fila  da  esquerda  pela  fila  de  cima, 
elemento a elemento. 

4 × 2 + 2 × 5 + (−1) × (−3) + 0 × 1 = 8 + 10 + 3 + 0 = 21 

Vamos calcular o número que está na segunda linha e terceira coluna (bolinha 
azul). Multiplicamos a fila da esquerda pela fila de cima, elemento a elemento. 

39 

28 

1 3 −2 5

4 2 −1 0

 

1 2

3

0 5

6

3

4

−3

1

−4

2

 

15 

39 

28 

1 3 −2 5

4 2 −1 0

 

1 2

3

0 5

6

3

4

−3

1

−4

2

 

15 

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18 

 

4 × 3 + 2 × 6 + (−1) × (−4) + 0 × 2 = 12 + 12 + 4 + 0 = 28 

Terminamos! 

 

 

 

 

 

 

 

Desta  forma,  o  produto  da  matriz 

; = 81 3 −2 5

4 2 −1 09

  pela 

A = R

1 2

3

0 5

6

3

4

−3

1

−4

2

Sé a 

matriz 

G = 815 28 39

1 21 289

Ufa! Trabalhoso, não? 

Este mecanismo é bom porque faz com que as pessoas não confundam quais 
as linhas e quais as colunas que devem ser multiplicadas. 

 6. 

(LIQUIGAS 2007/CETRO) Se A= (a

ij

)3x3 é a matriz definida por a

ij

 = i + j 

e      B=(b

ij

)3x3 é a matriz definida por b

ij

= 2i –j, então o elemento localizado 

na terceira linha e segunda coluna da matriz A.B é 
(A) 28. 
(B) 34. 
(C) 31. 
(D) 22. 
(E) 44. 

Resolução 

O  problema  pede  apenas  um  elemento  do  produto  AB.  Vamos  determinar  os 
elementos  das  matrizes  A  e  B.  Lembrando  que  i  é  a  linha  e  j  é  a  coluna  do 
elemento. 

; =

**

*(

*)

(*

((

()

)*

)(

))

=

1 + 1 1 + 2 1 + 3

2 + 1 2 + 2 2 + 3

3 + 1 3 + 2 3 + 3

=

2 3 4

3 4 5

4 5 6

 

39 

28 

1 3 −2 5

4 2 −1 0

 

1 2

3

0 5

6

3

4

−3

1

−4

2

 

15 

21  28 

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19 

 

A =

B

**

B

*(

B

*)

B

(*

B

((

B

()

B

)*

B

)(

B

))

=

2 ∙ 1 − 1 2 ∙ 1 − 2 2 ∙ 1 − 3

2 ∙ 2 − 1 2 ∙ 2 − 2 2 ∙ 2 − 3

2 ∙ 3 − 1 2 ∙ 3 − 2 2 ∙ 3 − 3

=

1 0 −1

3 2 1

5 4 3

 

Estamos multiplicando uma matriz do tipo 3 x 3 por outra matriz do tipo 3 x 3. 
O  produto  existe  (porque  os  números  do  meio  coincidem)  e  o  resultado  será 
uma matriz do tipo 3 x 3 (números das extremidades). 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Queremos  calcular  o  elemento  localizado  na  terceira  linha  e  na  segunda 
coluna.   

Vamos multiplicar a fila da esquerda pela fila de cima. 

4 × 0 + 5 × 2 + 6 × 4 = 0 + 10 + 24 = 34 

Letra B 

Vale a pena notar que a multiplicação de matrizes não é uma operação 
comutativa,  ou  seja,  para  duas  matrizes  quaisquer  A  e  B  é  falso  dizer 
que necessariamente 

U ∙ V = V ∙ U

Note  também  que,  se  estivermos  trabalhando  com  números  reais,  é 
sempre  verdade  que  se 

W ∙ X = Y, Z2[ã] W = Y ]^ X = Y.  Isto  não  é  verdade 

quando  estivermos  trabalhando  com  matrizes.  Ou  seja,  é  possível 
encontrar matrizes não nulas cujo produto é a matriz nula. 

Experimente  multiplicar,  por  exemplo,  a  matriz 

8_ Y

Y Y9

  pela  matriz 

8Y Y

Y _9

 e verifique que o resultado é a matriz 

8Y Y

Y Y9

 

 

2 3 4

3 4 5

4 5 6

 

1 0 −1

3 2 1

5 4 3

 

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20 

 

8.  Matriz Transposta 

 

Considere uma matriz qualquer 

; = (

&'

)

0×1

. Chama-se transposta da matriz A 

a matriz 

;

`

 do tipo  n x m que se obtém trocando as linhas pelas colunas. Ou 

seja,  as  colunas  da  transposta  são  ordenadamente  iguais  às  linhas  de  da 
matriz original. 

Exemplos: 

; = 8

_ J a

b c d

9 ⇒ ;

`

= ,

_

b

J

c

a

d

; = ,

b c d

f Z g

h i j

- ⇒ ;

`

= ,

b

f

h

c

Z

i

d

g

j

Propriedades 

i) 

(U

[

)

[

= U 

Ou seja, a transposta da matriz transposta de A é a própria matriz A. 

; = ,

b c d

f Z g

h i j

- ⇒ ;

`

= ,

b

f

h

c

Z

i

d

g

j

- ⇒ (U

[

)

[

= ,

b c d

f Z g

h i j

ii) 

Se  A  e  B  são  matrizes  do  mesmo  tipo,  ou  seja,  com  o  mesmo 
número  de  linhas  e  o  mesmo  número  de  colunas,  então 
(U + V)

[

= U

[

+ V

[

Isto quer dizer que tanto faz: 

Somar duas matrizes e depois calcular a transposta do resultado. 

 Calcular as transpostas das matrizes e depois somar o resultado. 

iii)  Se 

k  é  um  número  real  qualquer  e  U  é  uma  matriz,  então 

(k ∙ U)

[

= k ∙ U

[

 

Isto quer dizer que tanto faz: 

 Multiplicar uma matriz por um número real e depois calcular a transposta do 

resultado. 

  Calcular  a  transposta  da  matriz  e,  em  seguida,  multiplicar  por  um  número 

real. 

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21 

 

iv) 

Se A e B são matrizes que podem ser multiplicadas, então 

V

[

 e 

U

[

 também podem ser multiplicadas e 

(UV)

[

= V

[

U

[

 

Isto quer dizer que tanto faz: 

  Multiplicar a matriz A pela matriz B e, em seguida, calcular a transposta. 
  Calcular  a  transposta  de  B,  calcular  a  transposta  de  A  e  multiplicar 

(nesta ordem). 
 

 7. 

(MPU 2004/ESAF) Sejam as matrizes 

; =

1 4

2 6

3 3

 e 

A = !1 3 4 5

1 2 3 4"

 e seja 

M

&'

 o elemento genérico de uma matriz X tal que 

L = (;A)

`

, isto é, a matriz X é 

a matriz transposta do produto entre as matrizes A e B. Assim, a razão entre 
M

)*

 e 

M

*(

 é igual a: 

a) 2 
b) ½ 
c) 3 
d) 1/3 
e) 1 

Resolução 

Vamos multiplicar as matrizes. Devemos multiplicar uma  matriz do tipo 3 x 2 
(3 linhas e 2 colunas) por uma matriz do tipo 2 x 4. O produto existe, porque 
os  números  do  meio  coincidem  e  o  resultado  é  uma  matriz  do  tipo  3  x  4 
(números das extremidades). 

 

 

 

 

 

 

Observe que não precisamos calcular todos os elementos do produto. 

O  nosso  objetivo  é  calcular  a  matriz  transposta  deste  resultado.  A  matriz 
transposta será: 

B

l

=

m ℎ

P

 

1 4

2 6

3 3

 

1 3 4 5

1 2 3 4

 

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22 

 

nB l =

m

Po

 

Queremos calcular  a razão entre 

M

)*

 e 

M

*(

. Ou seja, a razão entre o elemento 

que está situado na terceira linha e primeira coluna (elemento c) e o elemento 
que está situado na primeira linha e segunda coluna (elemento e). 

Portanto, queremos calcular c/e. 

Vamos voltar ao produto das matrizes. 

 

 

 

 

 

 

= 1 ∙ 4 + 4 ∙ 3 = 16 

= 2 ∙ 1 + 6 ∙ 1 = 8 

Portanto, 

=

16

8 = 2

 

Letra A 

9.  Determinantes 

 

O  nosso  intuito  é  fazer  com  que  o  candidato  se  sinta  seguro  para  fechar  as 
provas  de  Raciocínio  Lógico.  Portanto,  definiremos  determinantes  visando  às 
provas  de  concursos.  Na  realidade,  os  assuntos  da  presente  aula  (matrizes, 
determinantes  e  sistemas  lineares)  são  tópicos  da  “alfabetização”  para  uma 
cadeira  universitária  denominada  álgebra  linear.  Livros  universitários  de 
Álgebra  Linear,  como  o  de  Bernard  Kolman,  definem  determinantes 
genericamente sem fazer referências à ordem da matriz utilizando conceitos de 
permutações pares e ímpares, etc. 

B

l

=

m ℎ

P

 

1 4

2 6

3 3

 

1 3 4 5

1 2 3 4

 

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23 

 

Não seguiremos esta linha. Definiremos determinantes de matrizes quadradas 
de ordem 1, 2 e 3. Verificaremos diversas propriedades e teoremas de forma 
que  em  eventuais  casos  que  precisemos  calcular  determinantes  de  ordem 
maior que 3, o possamos fazer sem maiores esforços. 

Pois  bem,  para  começar,  devemos  frisar  que 

apenas  matrizes  quadradas 

admitem o cálculo de determinantes. 

O determinante da matriz A é denotado por 

det ;. 

i) 

Se a matriz quadrada é de ordem 1, então o determinante da matriz é o 

único elemento da matriz. 
 
Exemplo: Considere a matriz 

; = 2 . O determinante da matriz A é o número 

2. 

det ; = 2 

 
ii) 

Se  a  matriz  quadrada  é  de  ordem  2,  então  o  determinante  é  o  produto 

dos  elementos  da  diagonal  principal  menos  o  produto  dos  elementos  da 
diagonal secundária. 
 

; = !

B" ⇒ det; = s Bs = − B  

 
Observe que indicamos o determinante de uma  matriz A  com barras verticais 
ao lado dos elementos da matriz. 
 

Exemplo: Calcule o determinante da matriz 

; = !2 −3

5 4 "

Resolução 

s2 −3

5 4 s = 2 ∙ 4 − (−3) ∙ 5 = 8 + 15 = 23

 

 

iii)  Se  a  matriz  é  de  ordem  3,  o  determinante  é  calculado  com  o  auxílio  da 
regra de Sarrus. 

; =

**

*(

*)

(*

((

()

)*

)(

))

 

Devemos repetir as duas primeiras colunas.  

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24 

 

 

Multiplicamos os elementos na direção da diagonal principal de acordo com as 
flechas e somamos os 3 resultados. 

 

Multiplicamos os elementos na direção da diagonal secundária e 

trocamos os 

sinais dos produto e somamos os resultados. 

Em seguida somamos os dois resultados obtidos. 

Vejamos um exemplo: 

Exemplo 3. Calcule o determinante da matriz 

; =

−2 1 0

5 2 3

1 4 −1

Resolução 

det ; = t

−2 1 0

5 2 3

1 4 −1

Devemos repetir as duas primeiras colunas. 
 

det ; = t

−2 1 0

5 2 3

1 4 −1

t

−2 1

5 2

1 4

 

Multiplicamos os elementos no sentido da diagonal principal. 

 

 
 
 
 

−2 ∙ 2 ∙ (−1) + 1 ∙ 3 ∙ 1 + 0 ∙ 5 ∙ 4 = 7 

 

det ; = t

−2 1 0

5 2 3

1 4 −1

t

−2 1

5 2

1 4

 

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25 

 

 

Multiplicamos os elementos na direção da diagonal secundária e 

trocamos os 

sinais dos produtos e somamos os resultados. 

 
 
 
 
 
 

−(1) ∙ (5) ∙ (−1) − (−2) ∙ (3) ∙ (4) − (0) ∙ (2) ∙ (1) = 5 + 24 − 0 = 29 

 
Devemos somar os dois resultados obtidos. 

det ; = 7 + 29 = 36 

 

10.  Propriedades dos determinantes 

 

Vejamos algumas propriedades dos determinantes: 

i) Se os elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) de uma 
matriz M de ordem n forem todos nulos, então det M = 0. 

Exemplo. 

/ = #

2

√37 25

0

0

0

cos 57

x

−1,37 15

O  determinante  da  matriz  M  é  igual  a  0,  pois  a  matriz  possui  uma  fila 
composta por zeros. 

ii)  Se  uma  Matriz  M  tem  duas  filas  paralelas  (duas  linhas  ou  duas 
colunas) formadas por elementos respectivamente iguais, então det M 
= 0. 

Exemplo: 

/ = #

25 √37 25

1

2

1

15 −1,37 15

det ; = t

−2 1 0

5 2 3

1 4 −1

t

−2 1

5 2

1 4

 

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26 

 

Como  a  primeira  coluna  é  igual  à  terceira  coluna,  então  o  determinante  da 
matriz é igual a 0. 

iii)  Se  uma  matriz  M  tem  duas  filas  paralelas  (duas  linhas  ou  duas 
colunas)  formadas  por  elementos  respectivamente  proporcionais, 
então det M = 0. 

Exemplo: 

/ = #

4 √37 12

3

2

9

1 −1,37 3

 

Observe a primeira e a terceira coluna. Elas são proporcionais e a constante de 
proporcionalidade  é  igual  a  3  (ou  seja,  a  terceira  coluna  foi  produzida 
multiplicando  a  primeira  coluna  por  3).  Assim,  o  determinante  da  matriz  é 
igual a 0. 

iv)  Se  uma  matriz  quadrada  M  tem  uma  linha  (ou  coluna)  que  é 
combinação linear de outras linhas (ou colunas), então det M = 0. 

Deixe-me  falar  numa  linguagem  bem  coloquial  para  explicar  o  que  é 
combinação linear. 

Imagine que você vai “construir” uma matriz de terceira ordem. 

/ =

2 5

3 2

1 7

 

Você construiu a primeira coluna e a segunda coluna. E você resolveu ser um 
pouco  mais  criativo  para  construir  a  última  coluna.  E  o  que  você  fez?  Você 
multiplicou  a  primeira  coluna  por  2  e  multiplicou  a  segunda  coluna  por  3  e 
somou os dois resultados. O que você obteve? 

/ =

2 5 2 ∙ 2 + 5 ∙ 3

3 2 3 ∙ 2 + 2 ∙ 3

1 7 1 ∙ 2 + 7 ∙ 3

=

2 5 19

3 2 12

1 7 23

 

Pronto! A terceira coluna é uma combinação linear das duas primeiras colunas. 
Ou seja, você deve multiplicar uma fila por um certo número A e outra fila por 
qualquer  outro  número  B.  Somando  os  dois  resultados,  você  obtém  uma 
combinação linear das duas filas. 

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27 

 

Pense  bem,  uma  coisa  é  criar  a  matriz  e  saber  que  uma  fila  é  combinação 
linear das outras duas. Imagine que o quesito fosse assim: 

Calcule o determinante da matriz 

/ =

2 5 19

3 2 12

1 7 23

 

Obviamente  a  pessoa  que  criou  a  questão  sabe  que  a  terceira  coluna  é 
combinação linear das outras duas e, portanto, o determinante é zero. 

A dificuldade é “perceber” na hora da prova isso. Não será você o criador das 
questões!! 

Veja só outro exemplo. 

Calcule o determinante da matriz: 

/ =

16 3 2

24 2 4

15 5 1

 

Se você tiver um excelente olho e perceber que 

Primeira coluna = (Segunda coluna) x 2 + (Terceira coluna) x 5 

Você poderá concluir que o determinante é zero. Caso contrário, terás que usar 
a regra de Sarrus (o que é bem provável que aconteça. Não perca seu tempo 
tentando  achar  alguma  regra.  Faça  as  contas  que  em  muitos  casos  é  mais 
rápido!) 

v)  Se 

U  é  uma  matriz  quadrada  de  ordem  n  e  U

[

  é  a  sua  transposta, 

então 

yz{ U = yz{ U

[

vi)  Se  multiplicarmos  uma  fila  qualquer  de  uma  matriz  A  de  ordem  n 
por  um  número  real 

k, o determinante da nova matriz será o produto 

do determinante de A pelo número 

k

Exemplo: Já vimos que o determinante da matriz 

; =

−2 1 0

5 2 3

1 4 −1

 é igual a 36. 

Vamos multiplicar uma fila qualquer por 

−2, digamos a segunda coluna. 

;

*

=

−2 −2 0

5 −4 3

1 −8 −1

 

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28 

 

Para  calcular  o  determinante  desta  nova  matriz,  basta  multiplicar  o 
determinante da matriz original por 

−2. 

Desta forma, 

det ;

*

= −2 ∙ det ; = −2 ∙ 36 = −72. 

vii) Se uma matriz quadrada A de ordem n for multiplicada por uma 
constante k, então o seu determinante será 
 

yz{(k ∙ U) = k

2

∙ yz{ (U) 

 

Na  verdade,  esta  propriedade  vii  é  uma  decorrência  da  propriedade  vi.  Isto 
porque  multiplicar  uma  matriz  de  ordem  n  por  uma  constante  k  é  o  mesmo 
que multiplicar as n linhas por k (ou as n colunas). 

Ao multiplicar a primeira linha por k, multiplicamos o determinante por k. 

Ao multiplicar a segunda linha por k, multiplicamos o determinante por k. 

Ao multiplicar a terceira linha por k, multiplicamos o determinante por k. 

Se a matriz é de ordem n, então terá n linhas. 

Então, 

det(P ∙ ;) = P ∙ P ∙ P ∙ ⋯ ∙ P

}~~~•~~~€

1 •‚`xƒ„…

∙ det ; = P

1

∙ det ; 

 
viii)  Considere  uma  matriz  quadrada  de  ordem  maior  ou  igual  a  2.  Se 
trocarmos  a  posição  de  duas  filas  paralelas  (ou  duas  linhas  ou  duas 
colunas), então o determinante da matriz troca de sinal. 
 

Exemplo: Já vimos que o determinante da matriz 

; =

−2 1 0

5 2 3

1 4 −1

 é igual a 36. 

Se trocarmos a posição da primeira linha com a terceira linha, o determinante 
da matriz troca de sinal. 
 

;

(

=

1 4 −1

5 2 3

−2 1 0

 

 
O determinante desta matriz é igual a 

−36. 

 
ix) O determinante de qualquer matriz identidade é igual a 1. 
 
 8. 

(MPOG 2008 ESAF) Uma matriz X de quinta ordem possui determinante 

igual a 10. A matriz B é obtida multiplicando-se todos os elementos da matriz 
X por 10. Desse modo, o determinante da matriz B é igual a: 

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29 

 

 

a) 10

-6

 

b) 10

5

 

c) 10

10

 

d) 10

6

 

e) 10

Resolução 

Quando  multiplicamos  uma  fila  (linha  ou  coluna)  de  uma  matriz  por  um 
número real “a”, o determinante da matriz também será multiplicado por “a”. 
Nessa questão, quando multiplicamos todos os elementos da matriz X por 10, 
o que aconteceu? 
 

  Multiplicamos  a  primeira  linha  por  10,  assim  o  determinante  será 

multiplicado por 10. 

  Multiplicamos  a  segunda  linha  por  10,  assim  o  determinante  será 

multiplicado por 10. 

  Multiplicamos  a  terceira  linha  por  10,  assim  o  determinante  será 

multiplicado por 10. 

  Multiplicamos  a  quarta  linha  por  10,  assim  o  determinante  será 

multiplicado por 10. 

  Multiplicamos  a  quinta  linha  por  10,  assim  o  determinante  será 

multiplicado por 10. 

 
Assim, o determinante da matriz X, que é igual a 10, será igual a: 
 

det(10L) = 10 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10 ∙ det(M) = 10

∙ 10 = 10

 

 
É  válido  o  seguinte  teorema:  se  uma  matriz  quadrada  A  de  ordem  n  for 
multiplicada por uma constante k, então o seu determinante será 
 

det(P ∙ ;) = P

1

∙ det (;) 

 
Assim, como a matriz do problema é de 5ª ordem e foi multiplicada por 10, 
 

det(10 ∙ ;) = 10

∙ det(;) = 10

∙ 10 = 10

 

 

Letra D 

 

 9.  (ATA  –  MF  2009/ESAF)  Seja  uma  matriz  quadrada  4  por  4.  Se 
multiplicarmos os elementos da segunda linha da matriz por 2 e dividirmos os 
elementos da terceira linha da matriz por –3, o determinante da matriz fica 

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30 

 

a) Multiplicado por –1. 
b) Multiplicado por –16/81.  
c) Multiplicado por 2/3. 
d) Multiplicado por 16/81. 
e) Multiplicado por –2/3. 

Resolução 

Vamos relembrar uma das propriedades. 

vi)  Se  multiplicarmos  uma  fila  qualquer  de  uma  matriz  A  de  ordem  n 
por  um  número  real 

k, o determinante da nova matriz será o produto 

do determinante de A pelo número 

k

Ora, se multiplicarmos os elementos da segunda linha da matriz por 2, o 
determinante será multiplicado por 2. Se dividirmos os elementos da terceira 
linha da matriz por –3, o determinante será dividido por -3. Assim, juntando 
tudo, o determinante será multiplicado por –2/3. 

Letra E 

 10.  (MPOG 2002 ESAF) A transposta de uma matriz qualquer é aquela que 
se obtém trocando linhas por colunas. Sabendo-se que uma matriz quadrada 
de  segunda  ordem  possui  determinante  igual  a  2,  então  o  determinante  do 
dobro de sua matriz transposta é igual a: 
 
a) –2 
b)–1/2 
c)4 
d) 8   

 

 

e) 10 

Resolução 

O  determinante  da  matriz  transposta  é  igual  ao  determinante  da  matriz 
original.  Assim,  o  determinante  não  será  alterado.  Porém,  quando 
multiplicamos  uma  matriz  de  segunda  ordem  por  2  (já  que  queremos  o 
determinante do dobro da matriz), o determinante será: 
 

det (2 ∙ ;

ˆ

) = 2

1

∙ det(;

ˆ

) = 2

(

∙ det(;) = 4 ∙ 2 = 8 

 

Letra D 

 

 

 

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31 

 

 11.  (BNB 2002 VUNESP) Dadas as matrizes  





=





=

3

   

2

   

c

2

   

3

   

b

1

   

5

   

a

B

  

e

  

6

   

4

   

2

2

   

3

   

5

c

   

b

    

a

A

,  de  determinantes  não  nulos,  para  quaisquer 

valores de “a”, “b” e “c”, temos 
 
A) det(A) = det(B) 
B)  det(B) = 2.det(A) 
C) det(A) = 2.det(B) 
D) det(A) = –2.det(B)  
E)  det(A) = – det(B)  

Quais foram as transformações sofridas por A para “chegar” na matriz B? 

Observe que a primeira linha de A é igual à primeira coluna de B. A segunda 
linha de A é igual à segunda coluna de B. 

Vamos construir a matriz transposta de A. 

A  transposta  de  uma  matriz  qualquer  é  aquela  que  se  obtém  trocando  linhas 
por colunas. 
 

;

`

=

5 2

B 3 4

2 6

 

 
Observe agora a matriz B. 
 





=

3

   

2

   

c

2

   

3

   

b

1

   

5

   

a

B

  

 

A terceira coluna da matriz transposta de A é igual ao dobro da terceira coluna 

de  B.  Dessa  forma,  o  determinante  da  transposta  de  A  é  o  dobro  do 

determinante da matriz B.  

 

det (;

ˆ

) = 2 ∙ det(A) 

 
Como o determinante de A e de sua transposta são iguais, 
 

det (;) = 2 ∙ det(A) 

 

Letra C 

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32 

 

 12.  (AFC/STN  2005  ESAF)  Considere  duas  matrizes  quadradas  de  terceira 
ordem,  A  e  B.  A  primeira,  a  segunda  e  a  terceira  colunas  da  matriz  B  são 
iguais, respectivamente, à terceira, à segunda e à primeira colunas da matriz 
A. Sabendo-se que o determinante de é igual a x

3

, então o produto entre os 

determinantes das matrizes é igual a: 
a) –x

-6

 

 

 

 

 

b) –x

6

 

 

 

 

 

c) x

3

 

d) –1 
e) 1 

Resolução 

Considere a matriz A: 
 

; =

B

l

m ℎ

 

 
A  primeira,  a  segunda  e  a  terceira  colunas  da  matriz  B  são  iguais, 
respectivamente, à terceira, à segunda e à primeira colunas da matriz A
 

A =

B

l

ℎ m

 

 
Observe  que  as  segundas  colunas  das  matrizes  são  iguais.  Apenas 
permutamos a primeira com a terceira coluna.  
 
Quando  permutamos  (trocamos  de  lugar)  duas  filas  (linhas  ou  colunas),  o 
determinante troca de sinal. 
 
Como o determinante de A é igual a x

3

, então o determinante de B será igual a 

–x

3

 
O produto entre os determinantes das matrizes 

é igual a 

 

det(;) ∙ det(A) = M

)

∙ (−M

)

) = −M

 

 

Letra B 

 

 13.  (MPOG 2005 ESAF) O menor complementar de um elemento genérico x

ij

 

de uma matriz X é o determinante que se obtém suprimindo a linha e a coluna 
em que esse elemento se localiza. Uma matriz Y = y

ij

, de terceira ordem, é a 

matriz resultante da soma das matrizes A = (a

ij

) e B = (b

ij

).  Sabendo-se que 

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33 

 

(a

ij

)  =  (i+j)

2

  e  que  b

ij

  =  i

2

  ,  então  o  menor  complementar  do  elemento  y

23

  é 

igual a: 
 

a) 0 
b) -8 
c) -80 
d) 8 
e) 80 

Resolução 

Vamos construir as matrizes A e B. 

; =

**

*(

*)

(*

((

()

)*

)(

))

= #

(1 + 1)

(

(1 + 2)

(

(1 + 3)

(

(2 + 1)

(

(2 + 2)

(

(2 + 3)

(

(3 + 1)

(

(3 + 2)

(

(3 + 3)

(

% =

4

9 16

9 16 25

16 25 36

 

 

A =

B

**

B

*(

B

*)

B

(*

B

((

B

()

B

)*

B

)(

B

))

=

1

(

1

(

1

(

2

(

2

(

2

(

3

(

3

(

3

(

=

1 1 1

4 4 4

9 9 9

 

 

‰ = ; + A =

4

9 16

9 16 25

16 25 36

+

1 1 1

4 4 4

9 9 9

=

5 10 17

13 20 29

25 34 45

 

 
Se  quisermos  calcular  o  menor  complementar  do  elemento  y

23

,  devemos 

suprimir a segunda linha e a terceira coluna de Y. 
 

s 5 10

25 34s = 5 ∙ 34 − 10 ∙ 25 = 170 − 250 = −80

 

 
Lembre-se que para calcular o determinante de uma matriz de segunda ordem 
devemos  calcular  a  diferença  entre  o  produto  dos  elementos  da  diagonal 
principal e o produto dos elementos da diagonal secundária. 
 

Letra C 

 

 14.  (ANA 2009/ESAF) O determinante da matriz  

; =

2

1

0

B

4 +

2 + B

é: 

a) 2bc + c - a 
b) 2b - c 
c) a + b + c 
d) 6 + a + b + c 

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34 

 

e) 0 

Resolução 

Resolveremos esta questão de duas maneiras: a primeira usando a força bruta 
do braço e a segunda utilizando algumas propriedades dos determinantes. 

Um determinante de terceira ordem pode ser calculado com o auxílio da regra 
de Sarrus. 

Devemos repetir as duas primeiras colunas.  

; = t

2

1

0

B

4 +

2 + B

t

2

1

B

4 +

2 + B

 

Multiplicamos os elementos na direção da diagonal principal de acordo com as 
flechas. 

 

Obtemos 

2 ∙ B ∙ + 1 ∙ ∙ (4 + ) + 0 ∙ ∙ (2 + B) = 2B + 4 +  

Vamos multiplicar os elementos que estão na direção da diagonal secundária e 
trocar o sinal do resultado. 

 

Obtemos 

−1 ∙ ∙ − 2 ∙ ∙ (2 + B) − 0 ∙ B ∙ (4 + ) = − − 4 − 2B  

Para calcular o determinante da matriz A, devemos somar os dois resultados 
obtidos: 

; = 2B + 4 +

− 4 − 2B = 0 

Vamos voltar ao quesito: 

(ANA 2009/ESAF) O determinante da matriz  

A =

2

1

0

B

4 +

2 + B

é: 

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35 

 

a) 2bc + c - a 
b) 2b - c 
c) a + b + c 
d) 6 + a + b + c 
e) 0 

Ora,  perceba  que  multiplicando  a  primeira  linha  por  2  e  somando  com  a 
segunda linha, obtemos a terceira linha. 

Assim, a terceira linha é combinação linear das outras duas e o determinante é 
zero. 

Letra E 

 15. 

(Gestor  Fazendário  –  MG  2005/ESAF)  Considere  duas  matrizes  de 

segunda ordem, A e B, sendo que 

A = 2

*/:

∙ ;. Sabendo que o determinante de 

A é igual a 

2

•*/(

, então o determinante da matriz B é igual a: 

a) 2

1/2

 

b) 2 
c) 2 

-1/4

 

d) 2 

-1/2

 

e) 1 

Resolução 

As matrizes são de segunda ordem. 

Se uma matriz quadrada A de ordem n for multiplicada por uma constante k, 
então o seu determinante será 

 

det(P ∙ ;) = P

1

∙ det (;) 

 

Como a matriz A é de segunda ordem, então 

= 2. 

Estamos multiplicando a matriz A por 

2

*/:

, portanto, 

P = 2

*/:

detN2

*/:

∙ ;O = N2

*/:

O

(

∙ det (;) 

 

detN2

*/:

∙ ;O = N2

*/:

O

(

∙ 2

•*/(

 

 

det A = 2

(×*:

∙ 2

•*/(

= 2

*/(

∙ 2

•*/(

= 2

*

(Ž8•

*

(9

= 2

= 1 

Letra E 

 

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36 

 

 16. 

(AFC-STN 2000/ESAF) Uma matriz quadrada X de terceira ordem 

possui determinante igual a 3. Sabendo-se que a matriz Z é a transposta da 
matriz X, então a matriz 

‰ = 3• tem determinante igual a: 

 
a) 1/3 
b) 3 
c) 9 
d) 27 
e) 81 
 
Resolução 
 
A matriz é de terceira ordem, logo 

= 3. 

 
Estamos multiplicando a matriz Z por 3, logo 

P = 3. 

 
Sabemos também que 

• = L

`

 e sabemos que o determinante de uma matriz é 

igual ao determinante da sua transposta. 
 

det(P ∙ •) = P

1

∙ det (•) 

 

det(3 ∙ •) = 3

)

∙ det(•) = 27 ∙ det L

`

 

 
Sabemos que 

3 ∙ • = ‰   3 det L

`

= det L . 

 

det ‰ = 27 ∙

Como 

det L = 3, 

det ‰ = 27 ∙ 3 = 81 

Letra E 
 

 17.  (AFC-CGU  2008  ESAF)  Qualquer  elemento  de  uma  matriz  X  pode  ser 
representado  por  xij  ,  onde  i  representa  a  linha  e  j  a  coluna  em  que  esse 
elemento  se  localiza.  A  partir  de  uma  matriz  A  (aij),  de  terceira  ordem, 
constrói-se a matriz B (bij), também de terceira ordem, dada por: 

 

 

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37 

 

  Sabendo-se  que  o  determinante  da  matriz  A  é  igual  a  100,  então  o 
determinante da matriz B é igual a: 

a) 50  

 

b) -50 

 

 

c) 0 
d) -100 
e) 100 

Resolução 
 
A matriz A é dada por: 
 

; =

b

__

b

_J

b

_a

b

J_

b

JJ

b

Ja

b

a_

b

aJ

b

aa

 

 

A matriz B é dada por: 

A =

B

**

B

*(

B

*)

B

(*

B

((

B

()

B

)*

B

)(

B

))

=

b

a_

b

aJ

b

aa

b

J_

b

JJ

b

Ja

b

__

b

_J

b

_a

 

 
 
A matriz B foi construída a partir da matriz A a partir do seguinte processo: 
 

  Repetimos a segunda linha. 
  Trocamos a primeira linha com a terceira linha 

Vimos  na  propriedade  viii  que  se  trocarmos  a  posição  de  duas  filas 
paralelas  (ou  duas  linhas  ou  duas  colunas),  então  o  determinante  da 
matriz troca de sinal. 
 

Como o determinante da matriz A é igual a 100, então o determinante da 
matriz B é igual a 

−100. 

Letra D 

11. 

Teorema de Binet 

 

Se 

; e A são matrizes quadradas de ordem n, então: 

det(;A) = det ; ∙ det A 

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38 

 

Isto quer dizer que tanto faz: 

  Calcular o produto AB e calcular o determinante do produto. 
  Calcular o determinante de A, calcular o determinante de B e multiplicar 

os resultados. 

 

18.  (MPU 2004/ESAF) Considere as matrizes 

L =

1 2 3

2 4 6

5 3 7

‰ =

2 3

2 B 6

5 3

 

onde os elementos a,b e c são números naturais diferentes de zero. Então, o 
determinante do produto das matrizes X e Y é igual a: 

a) 0 
b)   
c) 

+ B +  

d) 

+ B 

e) 

+  

Resolução 

Queremos calcular 

(L‰). 

Pelo Teorema de Binet, sabemos que 

det(L‰) = det L ∙ det ‰ 

 

Dê uma olhada na matriz X. 

L =

1 2 3

2 4 6

5 3 7

 

 

Percebeu que a segunda linha é igual a primeira linha multiplicada por 2? 

Se uma matriz M tem duas filas paralelas (duas linhas ou duas 
colunas) formadas por elementos respectivamente proporcionais, 
então det M = 0. 

Podemos concluir que o determinante da matriz X é igual a 0. 

det(L‰) = det L ∙ det ‰ 

det(L‰) = 0∙ det ‰ = 0 

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39 

 

Letra A 

12. 

Matriz Inversa 

 

Considere uma matriz quadrada de ordem n. Vamos chamar esta matriz de A. 
Dizemos que a matriz A é inversível se existir uma matriz B tal que 

; ∙ A = A ∙

; = 7

1

Lembre-se que 

7

1

 é a matriz identidade de ordem n. 

Esta matriz B é chamada matriz inversa de A e é denotada por 

;

•*

Exemplo:  A  inversa  da  matriz 

; = !5 6

4 5"

  é  a  matriz 

;

•*

= ! 5 −6

−4 5 "

  porque 

!5 6

4 5" ∙ !

5 −6

−4 5 " = !

1 0

0 1"

Para verificar basta fazer: 

 

 

 
 

 

 

 

= 5 ∙ 5 + 6 ∙ (−4) = 25 − 24 = 1 

B = 5 ∙ (−6) + 6 ∙ 5 = −30 + 30 = 0 

= 4 ∙ 5 + 5 ∙ (−4) = 20 − 20 = 0 

= 4 ∙ (−6) + 5 ∙ 5 = −24 + 25 = 1 

Ora, sabemos que 

; ∙ ;

•*

= 7

1

Vamos aplicar o teorema de Binet. 

det(; ∙ ;

•*

) =

7

1

 

det ; ∙ det ;

•*

=

7

1

 

Lembre-se que o determinante da matriz identidade é igual a 1, portanto: 

5 6

4 5

 

5 −6

−4 5

 

B

 

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40 

 

det ; ∙ det ;

•*

= 1 

Este fato é muito importante. Pois se for dado o determinante de uma matriz, 
podemos automaticamente calcular o determinante da sua inversa e 
reciprocamente. 

Se a matriz A não admite inversa, a matriz A é chamada de matriz singular. 

Uma matriz quadrada não é inversível quando o seu determinante é igual a 0. 

Por exemplo, a matriz 

! 5 2

10 4"

 é uma matriz singular, isto é, não admite 

inversa.  Isto pode ser verificado calculando o seu determinante. 

s 5 2

10 4s = 5 ∙ 4 − 2 ∙ 10 = 20 − 20 = 0

 

Bom, podemos concluir que se o determinante da matriz quadrada é diferente 
de zero, então a matriz é inversível. E como calculamos a matriz inversa? 

Neste curso, ficaremos restritos ao cálculo de matrizes inversas de ordem 2. 

Considere uma matriz quadrada de ordem 2 com determinante diferente de 0. 

; = !

B" 

A inversa da matriz A é calculada da seguinte forma: 

;

•*

=

1

det ; ∙ !

−B

Ou seja, trocamos de posição os elementos da diagonal principal e mudamos o 
sinal dos elementos da diagonal secundária. Depois dividimos todos os 
elementos pelo determinante da matriz original. 

Exemplo 4. Determine, se existir, a inversa da matriz 

; = !4 6

5 8"

Resolução 
 
O primeiro passo é calcular o determinante da matriz A. 
 

det ; = 4 ∙ 8 − 5 ∙ 6 = 2 

 
Vamos trocar a posição dos elementos da diagonal principal e trocar o sinal 
dos elementos da diagonal secundária. 

! 8 −6

−5 4 "

 

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41 

 

O próximo passo é dividir todos os elementos pelo determinante da matriz 
original que é igual a 2. 

;

•*

= ’ 4

−3

−5/2  2 “ 

 

19.  (Oficial de Chancelaria – MRE 2002/ESAF) Dada a matriz 

!1 1

M 1"

 e 

sabendo que o determinante de sua matriz inversa é igual a 1/2, então o valor 
de 

M é igual a: 

a) 

−1 

b) 0 
c) 1/2 
d) 1 
e) 2 

Resolução 

Sabemos que 

det ; ∙ det ;

•*

= 1. O problema já forneceu o determinante da 

inversa que é igual a 1/2. 

det ; ∙

1

2 = 1

 

det ; = 2 

Ora, temos em mãos o determinante da matriz original. 

s1 1

M 1s = 2

 

1 ∙ 1 − 1 ∙ M = 2 

1 − M = 2 

−M = 1 

M = −1 

Letra A 

 

 

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42 

 

13. 

Sistemas Lineares 

 

Equação linear nas incógnitas 

M, ”, , … é toda equação do tipo 

M + B” + + ⋯ = P. 

Os números reais 

, B, , … (os números que multiplicam as incógnitas) são 

chamados de coeficientes e o número 

P é o termo independente da equação. 

É importante notar que os expoentes das incógnitas devem ser todos iguais a 
1 para que a equação seja considerada linear. 

São equações lineares: 

2M + 3” = −5 

−4M + 6” + 7 = 0 

Não são equações lineares: 

2M

)

− 5”

(

= 8 

√M + 6” = 0 

2M + 3M” = 7 

É importante também notar que não é permitido o produto de duas incógnitas 
em algum dos termos da equação. 

Vejamos alguns fatos que aprenderemos nas aulas de lógica. 

Veremos que uma sentença do tipo 

3M + 2” = 12 não é uma proposição lógica. 

Isto  porque  não  podemos  determinar  o  seu  valor  lógico  sem  que  sejam 
fornecidos os valores das incógnitas. 

Se alguém nos disser que 

M = 2   ” = 3, então a sentença 3M + 2” = 12 tornar-se-

á  verdadeira  porque 

3 ∙ 2 + 2 ∙ 3 = 12; ao passo que se M = 3   ” = 0, a sentença 

3M + 2” = 12 será classificada como falsa porque 3 ∙ 3 + 2 ∙ 0 ≠ 12. 

Pois bem, já que 

M = 2   ” = 3 torna a sentença 3M + 2” = 12 verdadeira, dizemos 

que a sequência (2,3) é uma solução da equação linear. 

Falamos em equações lineares. E o que vem a ser um  sistema linear? 

Nada mais nada menos que um conjunto de equações lineares! 

Por exemplo: 

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43 

 

–2M + 5” = 9

M − 3” = −1

 

Aqui,  dizemos  que  uma  sequência  de  números  é  uma  solução  do  sistema 
linear, se a sequência for solução de todas as equações lineares que compõem 
o sistema. 

Por exemplo: A sequência 

(2,1) é solução do sistema linear acima, porque: 

—2 ∙ 2 + 5 ∙ 1 = 9

2 − 3 ∙ 1 = −1

 

14. 

Classificação dos sistemas lineares 

 

Se um sistema linear admitir pelo menos uma solução, diremos que o sistema 
é  possível  (alguns  dizem  que  o  sistema  é  compatível).  Se  o  sistema  não 
admitir  soluções,  ou  seja,  não  existir  uma  sequência  que  satisfaça  todas  as 
equações do sistema, diremos que o sistema é impossível ou incompatível. 

 

Se  o  sistema  é  possível,  ainda  podemos  fazer  uma  subclassificação:  se  o 
sistema  admitir  apenas  uma  solução,  dizemos  que  o  sistema  é  possível  e 
determinado; se o sistema admitir infinitas soluções, dizemos que o sistema é 
possível e indeterminado. 

 

Sistema linear

Possível

(admite solução)

Determinado

(a solução é única)

Indeterminado

(existem infinitas 

soluções)

Impossível

(não admite solução)

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44 

 

Para  quem  nunca  estudou  este  assunto,  parece  um  pouco  estranho  que  um 
sistema  linear  não  possua  soluções  (impossível)  ou  que  possua  infinitas 
soluções (possível e indeterminado). 

Vamos ver alguns exemplos: 

Exemplo 5. Resolva o sistema linear 

– M − 2” = 5

3M + ” = 29

Resolução 

Vamos isolar a incógnita 

M na primeira equação. 

M = 2” + 5 

Vamos agora substituir esta expressão na segunda equação 
 

3M + ” = 29 

 

3 ∙ (2” + 5) + ” = 29 

 

6” + 15 + ” = 29 

 

7” = 14 

 

” = 2 

Como 

M = 2” + 5, então: 

M = 2 ∙ 2 + 5 = 9 

Portanto,  o  sistema  admite  apenas  uma  solução: 

M = 9   ” = 2.  O  sistema  é 

possível e determinado. 

Exemplo 6. Resolva o sistema linear 

– M − 2” = 5

3M − 6” = 10

Resolução 

Vamos isolar a incógnita 

M na primeira equação. 

M = 2” + 5 

Vamos agora substituir esta expressão na segunda equação. 

3M − 6” = 10 

3 ∙ (2” + 5) − 6” = 10 

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45 

 

6” + 15 − 6” = 10 

0” = −5 

Ora, devemos encontrar um número que multiplicado por zero seja igual a 

−5. 

Mas  sabemos  que  qualquer  número  multiplicado  por  0  obrigatoriamente  tem 
como  resultado  o  número  0.  Desta  forma,  não  existe  um  número 

”  tal  que 

0” = −5. 

O sistema é impossível. 

Exemplo 7. 

Resolva o sistema linear 

– M − 2” = 5

3M − 6” = 15

 

Resolução 

Vamos isolar a incógnita 

M na primeira equação. 

M = 2” + 5 

Vamos agora substituir esta expressão na segunda equação. 

3M − 6” = 15 

3 ∙ (2” + 5) − 6” = 15 

6” + 15 − 6” = 15 

6” − 6” = 15 − 15 

0” = 0 

Devemos  pensar  em  um  número  que  multiplicado  por  0  seja  igual  a  0.  Ora, 
qualquer  número  real  serve!!  Pense  em  um  número  qualquer,  digamos 

” = 1. 

Neste caso, 

0 ∙ 1 = 0. 

E já que 

M = 2” + 5, então 

M = 2 ∙ 1 + 5 

M = 7 

Portanto 

M = 7   ” = 1 é uma solução do sistema. 

Vamos colocar 

” = 5. Já que M = 2” + 5, então 

M = 2 ∙ 5 + 5 

M = 15 

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46 

 

Portanto, 

M = 15   ” = 5  é  outra  solução  do  sistema.  Na  verdade,  você  pode 

escolher  o  valor  que  quiser  para  a  incógnita 

”, substituir o valor na equação 

M = 2” + 5 e calcular o valor correspondente de M. 

O  sistema  admite  infinitas  soluções  e,  portanto,  é  possível  e 
indeterminado. 

15. 

Sistema Linear Homogêneo 

 

Um sistema linear é dito homogêneo se o termo independente de todas as 
equações é igual a 0. 

Exemplos: 

–2M + 5” = 0

M − 3” = 0

 

˜

M + 2” − 3 = 0

2M − 5” + = 0

M − 6” + 8 = 0

 

É fácil perceber que todo sistema linear é possível. Basta substituir todas as 
incógnitas por 0. Esta solução em que todas as incógnitas são iguais a 0 
é chamada de solução trivial. Se houver, as outras soluções são 
chamadas de não-triviais. 

Desta forma, todo sistema linear homogêneo é possível. Em breve 
aprenderemos a classificá-lo em determinado ou indeterminado. 

16. 

Teorema de Cramer 

 

O bem conhecido teorema de Cramer, publicado em 1750 por Gabriel Cramer 
(1704-1752)  provavelmente  era  conhecido  por  Maclaurin  desde  1729.  Isso 
ocorre com muita frequência na Matemática. Uma pessoa descobre algum fato 
e  outra,  vários  anos  depois,  leva  o  crédito.  Bom,  deixemos  a  História  da 
Matemática  de  lado  (quem  se  interessar,  depois  de  passar  no  concurso, 
pode comprar o livro História da Matemática de Carl B. Boyer). 

Vamos lá. Considere um sistema linear em que o número de incógnitas é igual 
ao número de equações. 

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47 

 

Como o nosso intuito é fechar as provas de concurso, vamos ficar restritos aos 
sistemas  com  2  equações  e  2  incógnitas  e  aos  sistemas  com  3  equações  e  3 
incógnitas. 

– M + B” = P

*

M + ” = P

(

˜

M + B” +

= P

*

M + ” + l = P

(

mM + ℎ” + = P

)

 

Estamos considerando que as incógnitas são as letras 

M, ”, . 

Vamos  considerar  alguns  determinantes  especiais  que  podem  ser  calculados 
com os coeficientes e com os termos independentes. 

Chamaremos  de 

™  o  determinante  da  matriz  formada  pelos  coeficientes  das 

incógnitas. 

No caso do sistema de segunda ordem: 

™ = s

Bs 

No caso do sistema de terceira ordem: 

™ = t

B

l

m ℎ

Chamaremos de 

š

 o determinante da matriz obtida da matriz dos coeficientes, 

substituindo  a  coluna  do 

M  pelos  termos  independentes.  No  caso, 

substituiremos  a  primeira  coluna  (a  do 

M)  pelos  termos  independentes 

(

P

*

, P

(

, …). 

Chamaremos de 

 o determinante da matriz obtida da matriz dos coeficientes, 

substituindo  a  coluna  do 

”  pelos  termos  independentes.  No  caso, 

substituiremos  a  segunda  coluna  (a  do 

”)  pelos  termos  independentes 

(

P

*

, P

(

, …). 

Chamaremos de 

œ

 o determinante da matriz obtida da matriz dos coeficientes, 

substituindo  a  coluna  do 

  pelos  termos  independentes.  No  caso, 

substituiremos a terceira coluna (a do 

”) pelos termos independentes (P

*

, P

(

, …). 

É óbvio que 

œ

 só existe em sistemas de terceira ordem. 

No caso de sistemas de segunda ordem, temos: 

š

= •P

*

B

P

(

•    ™

= •

P

*

P

(

• 

No caso de sistemas de terceira ordem, temos: 

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48 

 

š

= t

P

*

B

P

(

l

P

)

t ,  ™

= t

P

*

P

(

l

m P

)

t    ™

œ

= t

B P

*

P

(

m ℎ P

)

t  

Vamos ver alguns exemplos numéricos. 

 

Considere o sistema 

– M − 2” = 5

3M + ” = 29

Temos os seguintes determinantes relacionados a este sistema: 

™ é o determinante da matriz formada pelos coeficientes das incógnitas. 

™ = s1 −2

3 1 s = 1 ∙ 1 − (−2) ∙ 3 = 1 + 6

 

™ = 7 

š

 é o determinante da matriz obtida da matriz dos coeficientes, substituindo a 

coluna  do 

M  pelos  termos  independentes.  No  caso,  substituiremos  a  primeira 

coluna (a do 

M) pelos termos independentes. 

š

= s 5 −2

29 1 s = 5 ∙ 1 − (−2) ∙ 29 = 5 + 58

 

š

= 63 

Analogamente, temos: 

= s1 5

3 29s = 1 ∙ 29 − 5 ∙ 3 = 29 − 15

 

= 14 

O  Teorema  de  Cramer  afirma  que  se  um  sistema  linear  tem  o  número  de 
equações  igual  ao  de  incógnitas  e  se 

™ ≠ 0  o  sistema  será  possível  e 

determinado (apresenta solução única) e: 

M =

š

™  ,

” =

™  , …

 

No nosso exemplo: 

M =

š

™ =

63

7 = 9

 

” =

™ =

14

7 = 2

 

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49 

 

Já tínhamos resolvido este sistema pelo método da substituição anteriormente. 

Obviamente,  o  Teorema  de  Cramer  tem  mais  valor  teórico  que  valor  prático. 
Principalmente ao trabalhar com sistemas de ordem maior ou igual a 3. 

O  que  nos  interessa  é  que  o  Teorema  de  Cramer  afirma  que  se 

ž ≠ Y

então 

sistema 

é 

possível 

determinado. 

Isso 

é 

IMPORTANTÍSSIMO!!! Tem cheiro de ESAF no ar... 

E o que acontece se 

™ = 0 ?? 

Há duas possibilidades. 

Se todos os outros determinantes associados ao sistema forem iguais a 0, ou 
seja, 

š

= ™

= ⋯ = 0 

então o sistema é possível e indeterminado. 

Se  pelo  menos  um  dos  outros  determinantes  associados  ao  sistema  for 
diferente de 0, então o sistema é impossível. 

Resumindo: 

Se  você  estiver  trabalhando  em  um  sistema  de  equações  com  número  de 
equações igual ao de incógnitas, então ele pode ser: 

  Possível e determinado, se 

™ ≠ 0. 

  Possível e indeterminado, se 

™ = ™

š

= ™

= ⋯ = 0 

  Impossível, se 

™ = 0 e existir algum ™

&

≠ 0. 

Na verdade, o resuminho acima está incompleto.  É que  pode haver casos em 
que  todos  os  determinantes  são  nulos  e  o  sistema  ser  impossível.  São  casos 
excepcionais, raros de acontecerem. Só que, para efeito de concurso, podemos 
simplesmente ignorar esta exceção, pois nunca foi cobrado. Certo? 

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50 

 

 

E se o sistema for homogêneo? 

Ora,  já  vimos  que  um  sistema  linear  homogêneo  sempre  admite  solução. 
Portanto temos duas possibilidades: ser possível e determinado ou ser possível 
e indeterminado. 

Basta calcular o valor de 

™. 

O sistema é possível e determinado se 

™ ≠ 0. 

O sistema é possível e indeterminado se 

™ = 0. 

 20.  (LIQUIGAS 2007/CETRO) Para que o sistema abaixo seja possível e 
determinado, o valor de a deverá ser: 
 
ax + 3y = 7 
x +2y = 1 
 
(A) a = 3. 
(B) a = 3/2. 
(C) a 

≠ 3/2. 

(D) a 

≠ 5/2. 

(E) a 

≠2/5. 

 
Resolução 
 
Para  que  o  sistema  seja  possível  e  determinado  o  determinante  da 
matriz dos coeficientes das variáveis deve ser diferente de zero. 
 

™ ≠ 0 

 

Sistema linear

Possível

(admite solução)

Determinado

(a solução é única)

Indeterminado

(existem infinitas 

soluções)

Impossível

(não admite solução)

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51 

 

s

3

1 2s ≠ 0

 

 

2 ∙ − 3 ∙ 1 ≠ 0 

 

2 ≠ 3 

3

2

 

 

Letra C 

 

 21. (Técnico  MPU  Administrativa  2004  ESAF)  Um  sistema  de  equações 
lineares  é  chamado  “possível”  ou  “compatível”  quando  admite  pelo  menos 
uma  solução;  é  chamado  de  “determinado”  quando  a  solução  for  única,  e  é 
chamado de “indeterminado” quando houver infinitas soluções.  

=

+

=

+

4

2

0

3

mb

a

mb

ma

 

Assim,  sobre  o  sistema  formado  pelas  equações  em  que  a  e  b  são  as 
incógnitas, é correto afirmar que  

a) se m≠0 e a=2, qualquer valor de b satisfaz o sistema. 
b) se m=0, o sistema é impossível. 
c) se m=6, o sistema é indeterminado. 
d) se m≠0 e a≠2, qualquer valor de b satisfaz o sistema. 
e) se m≠0 e m≠6, o sistema é possível e determinado. 

Resolução 

Para que o sistema seja possível e determinado, o determinante da matriz dos 
coeficientes deve ser diferente de 0. 
 

s

3

2

s ≠ 0 

 

(

− 6 ≠ 0 

 

−(−6) ± (−6)

(

− 4 ∙ 1 ∙ 0

2 ∙ 1

 

 

6 ± 6

2

 

 
Assim, m≠6 e m≠0 fazem com o que o sistema seja possível e determinado. 
 

Letra E 
 

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52 

 

Vamos terminar de discutir o sistema. 
 
Vamos supor que 

™ = 0, ou seja,  = 6 ou  = 0. 

 

i) 

= 6 

 
O sistema ficará assim: 
 

—6 + 18B = 0

2 + 6B = 4

 

 
Neste caso: 
 

š

= s0 18

4 6 s = 0 ∙ 6 − 18 ∙ 4 = −72 ≠ 0

 

 

š

≠ 0 

 
Se 

¡ = K,  então ž = Y Z ž

W

≠ Y, portanto o sistema é impossível. 

 

ii) 

= 0 

 
O sistema ficará assim: 
 

—0 + 0B = 0

2 + 0B = 4

 

 
Da segunda equação, tem-se: 
 

2 + 0B = 4 

 

2 + 0 = 4 

 

= 2 

Vamos substituir este valor na segunda equação: 
 

2 + 0B = 4 

 

2 ∙ 2 + 0B = 4 

 

4 + 0B = 4 

 

0B = 0 

 
Portanto,  o  número  b  é  tal  que  multiplicado  por  0  é  igual  a  0.  Ora,  qualquer 
número multiplicado por 0 é igual a 0. Concluímos que se 

= 0, então  = 2 e 

B pode ser qualquer número real. Portanto, há infinitas soluções para o sistema 
e ele é possível e indeterminado. 

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53 

 

 

 22.  (TFC-CGU 2008 ESAF) Considerando o sistema de equações lineares  

=

+

=

q

px

x

x

x

2

1

2

1

2

2

 ,  

pode-se corretamente afirmar que: 

a) se p = -2 e q ≠ 4, então o sistema é impossível.  
b) se p ≠ -2 e q = 4, então o sistema é possível e indeterminado. 
c) se p = -2, então o sistema é possível e determinado. 
d) se p = -2 e q ≠ 4, então o sistema é possível e indeterminado. 
e) se p = 2 e q = 4, então o sistema é impossível. 

Resolução 

Para que o sistema seja possível e determinado, o determinante da matriz dos 
coeficientes das variáveis deve ser diferente de 0. 
 

•1 −1

2

• ≠ 0 

 

1 ∙ − 2 ∙ (−1) ≠ 0 

 

≠ −2 

 
Para que o sistema seja possível e indeterminado esse determinante deve ser 
igual a 0, ou seja, p=-2 ; e, além disso, o determinante de qualquer uma das 
variáveis deve ser igual a 0. 
 

•1 2

2 3• = 0 

 

3 − 4 = 0 

 

3 = 4 

 
Assim, o sistema é possível e indeterminado se 

= −2 e 3 = 4. 

 
Até agora não encontramos alternativas... 
 
Para que o sistema seja impossível, o  determinante dos coeficientes deve ser 
igual  a  0,  ou  seja,   

= −2; e o determinante de qualquer uma das variáveis 

deve ser diferente de 0, ou seja, q

≠4. 

 
Letra A 
 

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54 

 

 23.  (Analista  MPU  Administrativa  2004  ESAF)  Com  relação  ao  sistema 

=

+

=

0

2

0

a

x

y

ax

 de incógnitas x e y, é correto afirmar que o sistema 

 

a) tem solução não trivial para uma infinidade de valores de a. 
b) tem solução não trivial para dois e somente dois valores distintos de a. 
c) tem solução não trivial para um único valor real de a. 
d) tem somente a solução trivial para todo valor de a. 
e) é impossível para qualquer valor real de a. 

Resolução 

Da segunda equação já concluímos que 

M = −2 . 

 
Vamos substituir este valor na primeira equação. 
 

M − ” = 0 

 

∙ (−2 ) − ” = 0 

 

−2

(

− ” = 0 

 

” = −2

(

 

 
Portanto, o sistema possui solução não-trivial para uma infinidade de valores 
de  . 
 

Letra A 
 

 24.  (TFC 2000/ESAF) Um sistema de equações lineares é chamado “possível” 
ou  “compatível”  quando  admite,  pelo  menos,  uma  solução,  e  é  chamado  de 
“determinado” quando a solução for única e de “indeterminado” quando houver 
infinitas  soluções.  A  partir  do  sistema  formado  pelas  equações, 

M − ” = 2  e 

2M + ¢” = , pode-se afirmar que se ¢ = −2 e  = 4, então o sistema é: 
a) impossível e determinado. 
b) impossível ou determinado. 
c) impossível e indeterminado. 
d) possível e determinado. 
e) possível e indeterminado. 
 
Resolução 
 
A primeira equação já está pronta. Na segunda equação vamos substituir 

¢ por 

−2 e   por 4. 
 

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55 

 

Teremos o seguinte sistema: 
 

– M − ” = 2

2M − 2” = 4

 

 
Vamos calcular os determinantes associados a este sistema. 
 

™ = s1 −1

2 −2s = 1 ∙ (−2) − (−1) ∙ 2 = −2 + 2 = 0

 

 

™ = 0 

 

š

= s2 −1

4 −2s = 2 ∙ (−2) − (−1) ∙ 4 = −4 + 4 = 0

 

 

š

= 0 

 

= s1 2

2 4s = 1 ∙ 4 − 2 ∙ 2 = 4 − 4 = 0

 

 

= 0 

 
Como 

™ = ™

š

= ™

= 0, então os sistema é possível e indeterminado. 

 
Poderíamos tirar esta conclusão tentando resolver o sistema. 
 
Da  primeira  equação,  concluímos  que 

M = ” + 2.  Vamos  substituir  esta 

expressão na segunda equação. 
 

2M − 2” = 4 

 

2 ∙ (” + 2) − 2” = 4 

 

2” + 4 − 2” = 4 

 

2” − 2” = 4 − 4 

 

0” = 0 

 
Devemos  encontrar  um  número  que  multiplicado  por  0  seja  igual  a  0.  Ora, 
qualquer  número  multiplicado  por  0  é  igual  a  0,  portanto,  o  sistema  admite 
infinitas soluções sendo possível e indeterminado. 
 

Letra E 

 

 

 

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56 

 

 25.  (AFRFB 2009/ESAF) Com relação ao sistema, 

£

M + ” + = 1

2M − ”

3 + 2 =

+ 1

2M + ” = 1

 

Onde 

3 + 2 ≠ 0 e 2M + ” ≠ 0, pode-se, com certeza, afirmar que: 

a) é impossível. 
b) é indeterminado. 
c) possui determinante igual a 4. 
d) possui apenas a solução trivial. 
e) é homogêneo 

Resolução 

Esta  é  mais  uma  questão  que  a  ESAF  copia  da  coleção  Fundamentos  de 
Matemática  Elementar.  Na  prova  do  AFRFB  2009  foram  três  questões 
copiadas:  uma  questão  sobre  permutações  circulares (anulada),  uma  questão 
sobre  divisão  de  polinômios.  Eles  também  copiaram  a  primeira  questão  da 
prova da SUSEP 2010. 

Bom, quando você vai copiar alguma questão, você tem que saber copiar. Não 
basta copiar o enunciado e colocar algum trecho da solução nas alternativas. 

O enunciado do livro é o seguinte: 

Resolva o sistema pela regra de Cramer: 

 

£

M + ” + = 1

2M − ”

3 + 2 =

+ 1

2M + ” = 1

 

O  primeiro  passo  é  destrinchar  as  igualdades  do  segundo  conjunto  de 
equações. 

2M − ”

3 + 2 = 1 ⇔ 2M − ” = 3 + 2 ⇔ 2M − ” − 3 = 2

 

+ 1

2M + ” = 1 ⇔ + 1 = 2M + ” ⇔ −2M − ” + = −1

 

Temos o seguinte sistema: 

˜

M + ” + = 1

2M − ” − 3 = 2

−2M − ” + = −1

 

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57 

 

Vamos calcular o valor dos determinantes associados ao sistema: 

™ = t

1

1

1

2 −1 −3

−2 −1 1

t

1

1

2 −1

−2 −1

 

™ = 1 ∙ (−1) ∙ 1 + 1 ∙ (−3) ∙ (−2) + 1 ∙ 2 ∙ (−1) − 1 ∙ 2 ∙ 2 − 1 ∙ (−3) ∙ (−1) − 1 ∙ (−1) ∙ (−2) 

™ = −1 + 6 − 2 − 2 − 3 − 2 

™ = −4 

š

= t

1

1

1

2 −1 −3

−1 −1 1

t

1

1

2 −1

−1 −1

 

š

= 1 ∙ (−1) ∙ 1 + 1 ∙ (−3) ∙ (−1) + 1 ∙ 2 ∙ (−1) − 1 ∙ 2 ∙ 1 − 1 ∙ (−3) ∙ (−1) − 1 ∙ (−1) ∙ (−1) 

š

= −1 + 3 − 2 − 2 − 3 − 1 

š

= −6 

= t

1

1

1

2

2 −3

−2 −1 1

t

1

1

2

2

−2 −1

 

= 1 ∙ 2 ∙ 1 + 1 ∙ (−3) ∙ (−2) + 1 ∙ 2 ∙ (−1) − 1 ∙ 2 ∙ 1 − 1 ∙ (−3) ∙ (−1) − 1 ∙ 2 ∙ (−2) 

= 2 + 6 − 2 − 2 − 3 + 4 

= 5 

œ

= t

1

1

1

2 −1 2

−2 −1 −1

t

1

1

2 −1

−2 −1

 

œ

= 1 ∙ (−1) ∙ (−1) + 1 ∙ 2 ∙ (−2) + 1 ∙ 2 ∙ (−1) − 1 ∙ 2 ∙ (−1) − 1 ∙ 2 ∙ (−1) − 1 ∙ (−1) ∙ (−2) 

œ

= 1 − 4 − 2 + 2 + 2 − 2 

œ

= −3 

A solução do sistema é dada por: 

M =

š

™ =

−6

−4 =

3

2

 

” =

™ =

5

−4 = −

5

4

 

=

œ

™ =

−3

−4 =

3

4

 

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58 

 

O sistema admite uma única solução e é possível e determinado. 

Vamos analisar cada uma das alternativas de per si. 

a) é impossível 

(falso, pois o sistema é possível e determinado). 

b) é indeterminado 

(falso, pois o sistema é possível e determinado). 

c) possui determinante igual a 4 

(falso, pois nenhum dos 

determinantes associados ao sistema é igual a 4). 

d) possui apenas a solução trivial 

(falso, pois a solução trivial é o terno 

(0,0,0) que é solução dos sistemas lineares homogêneos). 

e) é homogêneo 

(falso, pois sistema linear homogêneo é aquele que 

tem todos os termos independentes iguais a 0). 

E agora? 

Bom, a ESAF considerou que a resposta correta é a letra C. Inclusive a questão 
não foi anulada!!! E por que isso aconteceu? 

Como comentamos no início da resolução, a ESAF copiou esta questão do livro 
Fundamentos de Matemática Elementar (volume 4, página 138). 

Na resolução deste sistema no referido livro aconteceu o seguinte. 

No início da resolução nós colocamos assim: 

O  primeiro  passo  é  destrinchar  as  igualdades  do  segundo  conjunto  de 
equações. 

2M − ”

3 + 2 = 1 ⇔ 2M − ” = 3 + 2 ⇔ 2M − ” − 3 = 2

 

+ 1

2M + ” = 1 ⇔ + 1 = 2M + ” ⇔ −2M − ” + = −1

 

O problema que aconteceu foi o seguinte. Os autores do livro multiplicaram a 
segunda equação por 

(−1). 

Então, no lugar de colocar 

−2M − ” + = −1, eles utilizaram 

2M + ” − = 1 

E o sistema obtido é o seguinte: 

˜

M + ” + = 1

2M − ” − 3 = 2

2M + ” − = 1

 

Desta forma, multiplicamos a terceira linha por 

(−1). 

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59 

 

Vimos na teoria dos determinantes que se multiplicamos uma fila qualquer por 
um número 

P, então o determinante da matriz será multiplicado por P. 

Como  multiplicamos  a  terceira  linha  por 

(−1),  todos  os  determinantes  serão 

multiplicados por 

−1. Os determinantes associados a este novo sistema serão: 

™ = 4 

š

= 6 

= −5 

œ

= 3 

A solução do sistema é dada por: 

M =

š

™ =

6

4 =

3

2

 

” =

™ =

−5

4 = −

5

4

 

=

œ

™ =

3

4

 

Como  pode  ser  visto,  a  solução  do  sistema  é  a  mesma  que  a  obtida 
anteriormente. Só que como multiplicamos a terceira linha por 

(−1), os sinais 

de todos os determinantes foram trocados. 

Neste caso, um dos determinantes é igual a 4. 

O problema é que a ESAF não soube nem copiar a questão do livro. 

Dependendo  da  maneira  como  o  sistema  é  “arrumado”,  o  determinante  da 
matriz dos coeficientes pode ser 

4 ou −4. 

Não podemos afirmar com certeza que o determinante é igual a 4. 

A questão deveria ser ANULADA. 

Todos  sabem  que  não  adianta  brigar  com  a  banca  na  hora  da  prova.  Deixe 
para brigar nos recursos. E é óbvio que você só brigará nos recursos SE errar a 
questão. 

Vamos analisar as alternativas novamente. 

a) é impossível   Esta aqui não tem como ser a resposta de jeito algum, já 
que 

™ ≠ 0. 

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60 

 

 
b) é indeterminado.   Esta aqui não tem como ser a resposta de jeito algum, 
já que 

™ ≠ 0. 

c) possui determinante igual a 4 (???????) 

d) possui apenas a solução trivial.   Esta aqui não tem como ser a resposta de 
jeito algum, já que encontramos solução não - trivial. 

e) é homogêneo   esta aqui não tem como ser a resposta de jeito algum, já 
que o sistema não é homogêneo. 

Montando  o  sistema  linear,  dá  para  ver  que  não  é  impossível,  nem 
indeterminado, nem homogêneo, nem tem solução trivial.  

Sobre o determinante, a questão foi totalmente lacônica. Há inúmeras matrizes 
associadas,  e  diversas  formas  de  montá-las.  Em  uma  delas,  realmente  o 
determinante é 4. Então não custa nada chutar letra "c" e torcer pra dar certo. 
Depois, durante os recursos, aí sim dá para brigar com a questão. 
 

Gabarito oficial: Letra C 

Questões ESAF 2012/2013 

 

26. (ATA-MF 2012/ESAF) Dadas as matrizes 

; = 82 3

1 39

 e 

A = 82 4

1 39

, calcule o 

determinante do produto A.B. 

a) 8 
b) 12 
c) 9 
d) 15 
e) 6 

Resolução 

Vamos começar calculando os determinantes das matrizes A e B. 

det ; = 2 × 3 − 3 × 1 = 3 

det A = 2 × 3 − 4 × 1 = 2 

Agora é só aplicar o teorema de Binet. 

det(;A) = det ; × det A = 3 × 2 = 6 

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61 

 

Letra E 

27. (ATA-MF 2012/ESAF) Dado o sistema de equações lineares 

˜

2M + 3” − 4 = 3

M − ” + 5 = 6

M + 2” + 3 = 7

 

O valor de x + y + z é igual a 

a) 8 
b) 16 
c) 4 
d) 12 
e) 14 

Resolução 

Poderíamos seguir uma solução “tradicional”. Resolver o sistema, encontrar os 
valores de x,y e z e depois somar tudo. Contudo, resolverei de uma maneira 
mais rápida. Veja o que acontece quando somamos as três equações membro 
a membro. 

˜

2M + 3” − 4 = 3

M − ” + 5 = 6

M + 2” + 3 = 7

 

2M + M + M + 3” − ” + 2” − 4 + 5 + 3 = 3 + 6 + 7 

4M + 4” + 4 = 16 

Dividindo os dois membros da equação, temos: 

M + ” + = 4 

Letra C 

28. (ATRFB 2012/ESAF) Dada a matriz 

; = 82 1

0 19

, o determinante de 

;

 é igual 

a) 20 
b) 28 
c) 32 
d) 30 
e) 25 

Resolução 

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62 

 

Comecemos calculando o determinante da matriz A. 

; = 2 × 1 − 1 × 0 = 2 

Agora aplicamos o teorema de Binet. 

det ;

= det(; ∙ ; ∙ ; ∙ ; ∙ ;) = (det ;)

= 2

= 32 

Letra C 

29.  (AFRFB  2012/ESAF)  As  matrizes,  A,  B,  C  e  D  são  quadradas  de  quarta 
ordem. A matriz B é igual a 1/2 da matriz A, ou seja: B = 1/2 A. A matriz C é 
igual a matriz transposta de B, ou seja: C = B

t

. A matriz D é definida a partir 

da matriz C; a única diferença entre essas duas matrizes é que a matriz D tem 
como primeira linha a primeira linha de C multiplicada por 2. Sabendo-se que o 
determinante  da  matriz  A  é  igual  a  32,  então  a  soma  dos  determinantes  das 
matrizes B, C e D é igual a 

a) 6 
b) 4 
c) 12 
d) 10 
e) 8 

Resolução 

Sabemos que o determinante da matriz A é igual a 32. 

As matrizes são de quarta ordem. 

Se uma matriz quadrada A de ordem n for multiplicada por uma constante k, 
então o seu determinante será 

 

det(P ∙ ;) = P

1

∙ det (;) 

Desta forma podemos calcular o determinante da matriz B. 
 

det A = det(1/2 ∙ ;) = (1/2)

:

∙ det(;) =

1

16 ∙ 32 = 2

 

 
A matriz C é a transposta da matriz B. Como o determinante de uma matriz e 
o determinante da sua transposta são iguais, então det C = det B = 2. 
 
A matriz D é definida a partir da matriz C; a única diferença entre essas duas 
matrizes  é  que  a  matriz  D  tem  como  primeira  linha  a  primeira  linha  de  C 
multiplicada por 2. 
 
Quando multiplicamos a primeira linha de C por 2, o seu determinante também  
é multiplicado por 2. Concluímos que det D = 2 x 2 = 4. 
 

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63 

 

A soma dos determinantes das matrizes B, C e D é igual a 2 + 2 + 4 = 8. 

Letra E 

30. (AFRFB 2012/ESAF) Considere o sistema de equações lineares dado por: 

˜

M + ” + = 0

M − ” +

= 2

M + 2” + = −1

 

Sabendo-se que o sistema tem solução única para 

≠ 0 e  ≠ 1, então o valor 

de x é igual a 

a) 2/r 
b) -2/r 
c) 1/r 
d) -1/r 
e) 2r 

Resolução 

Aplicação direta do teorema de Cramer. 

De acordo com Cramer, temos que x = Dx/D. 

š

= t

0

1 1

2 −1

−1 2 1

t = − + 1 

™ = t

1 1 1

1 −1

2 1

t =

(

−  

 

E assim ficamos com: 

 

M =

š

™ =

− + 1

(

− =

−( − 1)

( − 1) = −

1

 

Letra D 

31. (DNIT 2013/ESAF) A soma dos valores de x e y que solucionam o sistema 

de equações 

–M + 2” = 7

2M + ” = 5

 é igual a: 

a) 6 
b) 4 
c) 3 

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64 

 

d) 2 
e) 5 

Resolução 

Já dizia o velho ditado: nas provas de concurso, nada se cria.. tudo se copia… 

Por favor, meu amigo, leia novamente o enunciado da questão 27 (aquela do 
ATA-MF/2012). 

Questões idênticas ou não? 

Quase.. só que esta do DNIT foi bem mais fácil. A questão do ATA/MF envolvia 
3 incógnitas e 3 equações. Aqui só temos duas incógnitas e duas equações. 

Já que a ESAF copious e colou o enunciado, eu também vou copier e colar a 
minha resolução da questão 27. 

Poderíamos seguir uma solução “tradicional”. Resolver o sistema, encontrar os 
valores de x e y  e depois somar tudo. Contudo, resolverei de uma maneira 
mais rápida. Veja o que acontece quando somamos as duas equações membro 
a membro. 

–M + 2” = 7

2M + ” = 5

 

M + 2M + 2” + ” = 7 + 5 

3M + 3” = 12 

Agora dividindo os dois membros da equação por 3, temos: 

M + ” = 4 

E isso é justamente o que o problema pede: a soma dos valores x e y. 

Letra B 

Espero que tenham gostado da aula. Um abraço e até a próxima. 

Guilherme Neves 

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65 

 

17. 

Relação das questões comentadas nesta aula 

 

 1. 

(AFC  2002/ESAF)  De  forma  generalizada,  qualquer  elemento  de  uma 

matriz M pode ser representado por m

ij

, onde i representa a linha e j a coluna 

em que esse elemento se localiza. Uma matriz = s

ij

, de terceira ordem, é a 

matriz resultante da soma entre as matrizes A = (a

ij

) e B = (b

ij

), ou seja, 

A + B.  Sabendo-se que (a

ij

) = i

2

 +  j

2

 e que bij =  (i + j)

2

, então a soma dos 

elementos da primeira linha da matriz é igual a: 
a) 17 
b) 29 
c) 34 
d) 46 
e) 58 

 2. 

(SERPRO 2001/ESAF) Genericamente, qualquer elemento de uma matriz 

M pode ser representado por m

ij

, onde i representa a linha e j a coluna em que 

esse  elemento  se  localiza.  Uma  matriz  S  =  s

ij

,  de  terceira  ordem,  é  a  matriz 

resultante da soma entre as matrizes A = (a

ij

) e B = (b

ij

), ou seja, 

A + B

Sabendo-se  que    (a

ij

)  =  i

2

  +  j

2

  e  que  bij  =  (i  +  j)

2

,  então  a  razão  entre  os 

elementos s

31

 e s

13

 é igual a:

 

 
a) 1/5 
b) 2/5 
c) 3/5 
d) 4/5 
e) 1 
 
 3. 

(AFC-CGU  2003/2004  –  ESAF)  Genericamente,  qualquer  elemento  de 

uma matriz M pode ser representado por 

&'

, onde “i” representa a linha e “j” 

a  coluna  em  que  esse  elemento  se  localiza.  Uma  matriz 

L = M

&'

,  de  terceira 

ordem,  é  a  matriz  resultante  da  soma  das  matrizes 

; = N

&'

O  e  A = NB

&'

O. 

Sabendo que 

&'

=

(

 e que 

B

&'

= ( − =)

(

, então o produto dos elementos 

M

)*

  M

*)

 

é igual a: 

a) 16 
b) 18 
c) 26 
d) 65 
e) 169 

 

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66 

 

 4. 

(MPOG 2003/ESAF) Genericamente, qualquer elemento de uma matriz M 

pode  ser  representado  por 

&'

,  onde  “i”  representa  a  linha  e  “j”  a  coluna  em 

que  esse  elemento  se  localiza.  Uma  matriz 

L = M

&'

,  de  terceira  ordem,  é  a 

matriz  resultante  da  soma  das  matrizes 

; = N

&'

O  e  A = NB

&'

O.  Sabendo  que 

&'

=

(

− =

(

 e que 

B

&'

= ( + =)

(

, então a soma dos elementos 

M

)*

  M

*)

 é igual a: 

a) 20 
b) 24 
c) 32 
d) 64 
e) 108 

 5. 

(AFC  –  SFC  2000/ESAF)  A  matriz 

I =

&'

,  de  terceira  ordem,  é  a  matriz 

resultante da soma das matrizes 

; = N

&'

O e A = NB

&'

O. Sabendo-se que 

&'

=

(

+

=

(

 e que 

B

&'

= 2 =, então a soma dos elementos 

)*

 

*)

 é igual a: 

 
a) 12 
b) 14 
c) 16 
d) 24 
e) 32 
 
 6. 

(LIQUIGAS 2007/CETRO) Se A= (a

ij

)3x3 é a matriz definida por a

ij

 = i + j 

e      B=(b

ij

)3x3 é a matriz definida por b

ij

= 2i –j, então o elemento localizado 

na terceira linha e segunda coluna da matriz A.B é 
(A) 28. 
(B) 34. 
(C) 31. 
(D) 22. 
(E) 44. 

 7. 

(MPU 2004/ESAF) Sejam as matrizes 

; =

1 4

2 6

3 3

 e 

A = !1 3 4 5

1 2 3 4"

 e seja 

M

&'

 o elemento genérico de uma matriz X tal que 

L = (;A)

`

, isto é, a matriz X é 

a matriz transposta do produto entre as matrizes A e B. Assim, a razão entre 
M

)*

 e 

M

*(

 é igual a: 

a) 2 
b) ½ 
c) 3 
d) 1/3 
e) 1 
 

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67 

 

 8. (MPOG 2008 ESAF) Uma matriz X de quinta ordem possui determinante 

igual  a  10.  A  matriz  B  é  obtida  multiplicando-se  todos  os  elementos  da 
matriz X por 10. Desse modo, o determinante da matriz B é igual a: 

 

a) 10

-6

 

b) 10

5

 

c) 10

10

 

d) 10

6

 

e) 10

 9. (ATA  –  MF  2009/ESAF)  Seja  uma  matriz  quadrada  4  por  4.  Se 

multiplicarmos  os  elementos  da  segunda  linha  da  matriz  por  2  e 
dividirmos  os  elementos  da  terceira  linha  da  matriz  por  –3,  o 
determinante da matriz fica 

a) Multiplicado por –1. 
b) Multiplicado por –16/81.  
c) Multiplicado por 2/3. 
d) Multiplicado por 16/81. 
e) Multiplicado por –2/3.  

 10. 

(MPOG 2002 ESAF) A transposta de uma matriz qualquer é aquela 

que se obtém trocando linhas por colunas. Sabendo-se que uma matriz 
quadrada  de  segunda  ordem  possui  determinante  igual  a  2,  então  o 
determinante do dobro de sua matriz transposta é igual a: 

 
a) –2 
b)–1/2 
c)4 
d) 8   

 

 

e) 10 

 11. 

(BNB 2002 VUNESP) Dadas as matrizes  





=





=

3

   

2

   

c

2

   

3

   

b

1

   

5

   

a

B

  

e

  

6

   

4

   

2

2

   

3

   

5

c

   

b

    

a

A

,  de  determinantes  não  nulos,  para  quaisquer 

valores de “a”, “b” e “c”, temos 
 
A) det(A) = det(B) 
B)  det(B) = 2.det(A) 
C) det(A) = 2.det(B) 
D) det(A) = –2.det(B)  
E)  det(A) = – det(B)  

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68 

 

 12. 

(AFC/STN  2005  ESAF)  Considere  duas  matrizes  quadradas  de 

terceira  ordem,  A  e  B.  A  primeira,  a  segunda  e  a  terceira  colunas  da 
matriz são iguais, respectivamente, à terceira, à segunda e à primeira 
colunas da matriz A. Sabendo-se que o determinante de é igual a x

3

então o produto entre os determinantes das matrizes 

é igual a: 

a) –x

-6

 

 

 

 

 

b) –x

6

 

 

 

 

 

c) x

3

 

d) –1 
e) 1 

 13. 

(MPOG  2005  ESAF)  O  menor  complementar  de  um  elemento 

genérico x

ij

 de uma matriz X é o determinante que se obtém suprimindo 

a linha e a coluna em que esse elemento se localiza. Uma matriz Y = y

ij

de terceira ordem, é a matriz resultante da soma das matrizes A = (a

ij

) e 

B  =  (b

ij

).  Sabendo-se  que  (a

ij

)  =  (i+j)

2

  e  que  b

ij

  =  i

2

  ,  então  o  menor 

complementar do elemento y

23

 é igual a: 

 

a) 0 
b) -8 
c) -80 
d) 8 
e) 80 

 14. 

(ANA 2009/ESAF) O determinante da matriz  

; =

2

1

0

B

4 +

2 + B

é: 

a) 2bc + c - a 
b) 2b - c 
c) a + b + c 
d) 6 + a + b + c 
e) 0 

 15.  (Gestor  Fazendário  –  MG  2005/ESAF)  Considere  duas  matrizes  de 

segunda  ordem,  A  e  B,  sendo  que 

A = 2

*/:

∙ ;.  Sabendo  que  o 

determinante  de  A  é  igual  a 

2

•*/(

,  então  o  determinante  da  matriz  B  é 

igual a: 

a) 2

1/2

 

b) 2 
c) 2 

-1/4

 

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69 

 

d) 2 

-1/2

 

e) 1 

 16.  (AFC-STN 2000/ESAF) Uma matriz quadrada X de terceira ordem 

possui determinante igual a 3. Sabendo-se que a matriz Z é a transposta 
da matriz X, então a matriz 

‰ = 3• tem determinante igual a: 

 
a) 1/3 
b) 3 
c) 9 
d) 27 
e) 81 

 17. 

(AFC-CGU  2008  ESAF)  Qualquer  elemento  de  uma  matriz  X  pode 

ser representado por xij , onde i representa a linha e j a coluna em que 
esse  elemento  se  localiza.  A  partir  de  uma  matriz  A  (aij),  de  terceira 
ordem,  constrói-se  a  matriz  B  (bij),  também  de  terceira  ordem,  dada 
por: 

 

 

  Sabendo-se  que  o  determinante  da  matriz  A  é  igual  a  100,  então  o 
determinante da matriz B é igual a: 

a) 50  

 

b) -50 

 

 

c) 0 
d) -100 
e) 100 

 18. 

(MPU 2004/ESAF) Considere as matrizes 

L =

1 2 3

2 4 6

5 3 7

‰ =

2 3

2 B 6

5 3

 onde os elementos a,b e c são números naturais diferentes de 

zero. Então, o determinante do produto das matrizes X e Y é igual a: 

a) 0 
b)   
c) 

+ B +  

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70 

 

d) 

+ B 

e) 

+  

 19. 

(Oficial de Chancelaria – MRE 2002/ESAF) Dada a matriz 

!1 1

M 1"

 e 

sabendo que o determinante de sua matriz inversa é igual a 1/2, então o 
valor de 

M é igual a: 

a) 

−1 

b) 0 
c) 1/2 
d) 1 
e) 2 

 20. 

(LIQUIGAS 2007/CETRO) Para que o sistema abaixo seja possível e 

determinado, o valor de a deverá ser: 

 
ax + 3y = 7 
x +2y = 1 
 
(A) a = 3. 
(B) a = 3/2. 
(C) a 

≠ 3/2. 

(D) a 

≠ 5/2. 

(E) a 

≠2/5. 

 

 21. 

(Técnico MPU Administrativa 2004 ESAF) Um sistema de equações 

lineares  é  chamado  “possível”  ou  “compatível”  quando  admite  pelo 
menos uma solução; é chamado de “determinado” quando a solução for 
única,  e  é  chamado  de  “indeterminado”  quando  houver  infinitas 
soluções.  

=

+

=

+

4

2

0

3

mb

a

mb

ma

 

Assim,  sobre  o  sistema  formado  pelas  equações  em  que  a  e  b  são  as 
incógnitas, é correto afirmar que  

a) se m≠0 e a=2, qualquer valor de b satisfaz o sistema. 
b) se m=0, o sistema é impossível. 
c) se m=6, o sistema é indeterminado. 
d) se m≠0 e a≠2, qualquer valor de b satisfaz o sistema. 
e) se m≠0 e m≠6, o sistema é possível e determinado. 

 

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71 

 

 22. 

(TFC-CGU  2008  ESAF)  Considerando  o  sistema  de  equações 

lineares  

=

+

=

q

px

x

x

x

2

1

2

1

2

2

 ,  

pode-se corretamente afirmar que: 

a) se p = -2 e q ≠ 4, então o sistema é impossível.  
b) se p ≠ -2 e q = 4, então o sistema é possível e indeterminado. 
c) se p = -2, então o sistema é possível e determinado. 
d) se p = -2 e q ≠ 4, então o sistema é possível e indeterminado. 
e) se p = 2 e q = 4, então o sistema é impossível. 

 23. 

(Analista  MPU  Administrativa  2004  ESAF)  Com  relação  ao  sistema 

=

+

=

0

2

0

a

x

y

ax

 de incógnitas x e y, é correto afirmar que o sistema 

 

a) tem solução não trivial para uma infinidade de valores de a. 
b) tem solução não trivial para dois e somente dois valores distintos de a. 
c) tem solução não trivial para um único valor real de a. 
d) tem somente a solução trivial para todo valor de a. 
e) é impossível para qualquer valor real de a. 

 24. 

(TFC  2000/ESAF)  Um  sistema  de  equações  lineares  é  chamado 

“possível” ou “compatível” quando admite, pelo menos, uma solução, e é 
chamado  de  “determinado”  quando  a  solução  for  única  e  de 
“indeterminado”  quando  houver  infinitas  soluções.  A  partir  do  sistema 
formado pelas equações, 

M − ” = 2 e 2M + ¢” = , pode-se afirmar que se 

¢ = −2 e  = 4, então o sistema é: 

a) impossível e determinado. 
b) impossível ou determinado. 
c) impossível e indeterminado. 
d) possível e determinado. 
e) possível e indeterminado. 
 

 25. 

(AFRFB 2009/ESAF) Com relação ao sistema, 

£

M + ” + = 1

2M − ”

3 + 2 =

+ 1

2M + ” = 1

 

Onde 

3 + 2 ≠ 0 e 2M + ” ≠ 0, pode-se, com certeza, afirmar que: 

a) é impossível. 
b) é indeterminado. 

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72 

 

c) possui determinante igual a 4. 
d) possui apenas a solução trivial. 
e) é homogêneo 

26. (ATA-MF 2012/ESAF) Dadas as matrizes 

; = 82 3

1 39

 e 

A = 82 4

1 39

, calcule o 

determinante do produto A.B. 

a) 8 
b) 12 
c) 9 
d) 15 
e) 6 

27. (ATA-MF 2012/ESAF) Dado o sistema de equações lineares 

˜

2M + 3” − 4 = 3

M − ” + 5 = 6

M + 2” + 3 = 7

 

O valor de x + y + z é igual a 

a) 8 
b) 16 
c) 4 
d) 12 
e) 14 

28. (ATRFB 2012/ESAF) Dada a matriz 

; = 82 1

0 19

, o determinante de 

;

 é igual 

a) 20 
b) 28 
c) 32 
d) 30 
e) 25 

29.  (AFRFB  2012/ESAF)  As  matrizes,  A,  B,  C  e  D  são  quadradas  de  quarta 
ordem. A matriz B é igual a 1/2 da matriz A, ou seja: B = 1/2 A. A matriz C é 
igual a matriz transposta de B, ou seja: C = B

t

. A matriz D é definida a partir 

da matriz C; a única diferença entre essas duas matrizes é que a matriz D tem 
como primeira linha a primeira linha de C multiplicada por 2. Sabendo-se que o 
determinante  da  matriz  A  é  igual  a  32,  então  a  soma  dos  determinantes  das 
matrizes B, C e D é igual a 

a) 6 

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73 

 

b) 4 
c) 12 
d) 10 
e) 8 

30. (AFRFB 2012/ESAF) Considere o sistema de equações lineares dado por: 

˜

M + ” + = 0

M − ” +

= 2

M + 2” + = −1

 

Sabendo-se que o sistema tem solução única para 

≠ 0 e  ≠ 1, então o valor 

de x é igual a 

a) 2/r 
b) -2/r 
c) 1/r 
d) -1/r 
e) 2r 

31. (DNIT 2013/ESAF) A soma dos valores de x e y que solucionam o sistema 

de equações 

–M + 2” = 7

2M + ” = 5

 é igual a: 

a) 6 
b) 4 
c) 3 
d) 2 
e) 5 

 

 

 

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74 

 

18. 

Gabaritos 

 

01. 

02. 

03. 

04. 

05. 

06. 

07. 

08. 

09. 

10. 

11. 

12. 

13. 

14. 

15. 

16. 

17. 

18. 

19. 

20. 

21. 

22. 

23. 

24. 

25. 

26. 

27. 

28. 

29. 

30. 

31.