4 - POliriCA * GOVERNO
JORNAl DO BRASU □ Segwnd«-I«lr<, 21/10)74 □ 1« C*d«xrx>
— Colinia do Caslello-
Distensuo e bom comportamento
Brasilia — Estarnos com o Senador Jarbas Passarinho ąuando declara ndo acrcditar em consequdncias negatloas para a meta do Presidente Celsel, de marchar rumo d distcnsdo politico-ins-tltucional, $e o MDB eleger cinco ou seit Scnadores a 1S de novembro. Murmura-sc muito que a foręa retducłondria di-/idimente absorperia derrotas govema-mentais em alguns Estados-chove como Rio Grandę do Sul, Sóo Paulo e Pernam• &uco e o próprio antigo Hinistro da Edu-caędo. apcsar do que disse e jol acima repetido, torna-se hesitante em prever o futuro, eertamente bascado na sua lon-ga ejperitnda como peęa de um processo politico cheio de marchas e contramar-chas. Sua crenęa referent a reaędes ime-diatas do Sistema, pois compreende que, numa scęunda fasę, "tudo tai depender do comportamento dos elcitos". Isso Ł o mesmo que antecipar que. na tigencia da Rcvołuędo, ndo te permltird o debate livre e amplo de todoi ot problemat, isto i, ndo te chegard a uma distcnsdo nem mesmo a lenta e segura, preconieada pelo Presidcnte da Republica, pois como dis-tensdo ndo te deterd entender o uso da trtbuna parlamentar tegundo atestadot de bom comportamento cmitidos pelo Poder Ezecutico.
O Senador Passarinho i notoriamen-te um liberał e a sua contrlbutędo a doit Gouernot rccolucionanos. embora acei-tando as regras do jogo, sempre vise a distcnsdo e ao contitio dat foręas poił-ticas em clima de liberdade. Estamos certol de que, mantfcstando sens rtceios, ndo compartilha da idćia de fazer de-pender a normalizaęóo democrdtica do comportamento dos Senador es que o MDB deterd eleger em notembro próii-mo. Nufnerosos candidalos da Arena se empenham, de resto, em remocer os ve-tos ao debate dos temat que afetem a zi-tuaędo retoluciondna. Candidatot a Senador, unanimemente, salto nos Estados cm que ndo ha campanha pela óbvta łne-zitUncla de condięóes oposidonistas para produędo de condidatos, se dęcia-ram tmpacientes com a persistłncia da leglslaęao retoluciondna e repudiam a palatra de ordem emanada da direędo da Arena de ndo impugnar o Ato 5 e o De-creto 477.
Oportuna tambem a declaraędo do Deputado Pana Lima de que, a Recołu-ęóo famais aleanęara scu alvo pela zub-sertiencia dos que a sercem. Com o veto ao debate dos temat poUticos. disse cle, ndo teremos representuntes do pozo. O decer da Arena, como Partido do Goter-no, e aceitar a dtscussao em torno dos atos rezoluciondriot, czplicar a necessi-dade da sua tmposiędo e manifestar a es-peranęa de que, em breve, teremos a nor-malidade. O jorem Deputado caracteriza etse debate como um dever a que repre-sentantes do Congresso ndo podem fugir nos seus contatos com o povo. Outra ob-senaędo importante felta por cle i a de que o baijo indicc de audiencia dos pro-gramat de propaganda eleitoral transmi-tidos pela teledsdo deve-se ao foto de que ot debates poUticos ndo foram ainda co-Jocarfoz no nivel do interesie popular. No dia em que isso acontecer, as novelas sardo rapidamente suplantadas, como de resto acontcceu em outros periodos da ni-da nacionat.
O parlamentar pauhsta, herdeiro de um nome ilustre, injormou ao próprio Presidente Geisel saber por ciincia pró-pria da apatia dos jovens em relaędo ao processo politico. "Eu sentia nos )ovens", disse, "um vazlo crescente, bem como um grandę abisrno entre eles e o Gotemo" Por isso mesmo adverte que ndo se deve subestimar a )uventude nem o poro acres-centando que os moęos, tó u cunam ó tntcligincla. Esta obsertaęńo ocorre dc resto a quem, por um motno ou outro, entra em contato com estudantes uniter-sitarios t Joucns professores, totalmente destnteressados da trama pariiddria, pois os Partidos ndo estóo estniturados para serem o que o Deputado chamou de "an-tccamaras dos grandes debates nacio-nais."
A inspiraędo do Presidente Geisel, ao proclamar seu objetito dc alcanęar uma djstensdo, dcve ter parttdo de um cuida-doso estudo da conjuntura nactonal e do estado de espirito de uma Naędo que ndo se conciUou com as inslituitfts que Ihe impuseram. Por isso mesmo, sua inicta• tira ndo dependerd indefinidamente do comportamento dos parlamentares elei-tos mas de uma conclliaędo nacional em que se restabeleęam Igualdade de opor• tunidade dos debates poUticos e liberdade deniro da lei para o cjercicio dos di-rcitos cofistitucłonals.
Car los (.mtrlln li run co
Saturnino Braga, do MDB
I*. — Como esta vendo a partłcl-
pafio popular na campanlta. n«tU
ultima flełęao riumlnamc?
Tarres — Bem. O povo porCclpo. polo qoc lenho prcionctado no Interior do lUUdo do Wo. da a próprlaa mutacóci qoe marcain o prescnU momrnto poUU-co. A Arena eśtd, lnchisive, atmvfo de eoiieentraęóea cm cldades do interior, rc-cuperando o eomkk) como tnateumento malor dc aę&o popular E em torno dos comiclci arenUtas JA reallzadoi podemos aenUr uma malor atcnęSo do povo pc-lot problemaa potiUooa. E‘ uma fórmuU qur objetlca o contaio mała direlo do eleitor com os Iłdcrct dos ParUdos. HA ainda. ty.c ano. como cxperlAncia nova. com rtpercuu&o no interior, a tclcrlsio quc A u ta da pela prlmeira tez. nos ho-rArku da propaganda eleitoral g/atuita. pęku candidalos flumlnenses.
Saturnino — Pelo quc tenho obser-vsdo. o MDB estt consegalndo mobłi:-ar a populaęio descrcnU pora rotor na OposlęAo como forma dc pcotesto, ao tn-rćs dc manlfcstar a sua deatsperanco atrarAa do roto branco ou nulo. Com isso. a parUcipaęio popular nesta campanha vcm aumentando subcitonelalmcn-te. a ponto de superar mesmo as nos-•as capectaUras otlmUtas. Aercdlto qur atA o dla 15 dc norembro o cntusiasmo do poro fluinlneiuc rai rtkrmbrar at urinćes campanha* dc lttt c IM2 t a dUputa pela ta ja dc Senador. sen do a uniCA rlclę&o majoritAriA quc nos rcata no amblto do EtUdo, tcnderA. natural-mcntc. a poiarlzar as oter.ęóes c as opi-nłócs Co cleltorado cm torno dos fran-dca temas do momento
p. — Qualt ii temat quc nuli c%tAo f*iui bil bando ot (IciUrft?
Torres — Eu acho quc os cnindes temat dcsla campanha. para nds quc InU-gramos os quadro« da Arcnn. porquc acre* diumosncla como Partido c como inrtru-mento aualibr dr todo um programa dc coatUuęAo da grandeza nacional. sio aln-di as obras inconteatArcis da RerolucAo. Haquese admlUr por excmploque os Go-tcmoi continuidos da RerohK&o. desde Castck) Branco a OeUeł. mudaram a face sodal c eeonómica desie pakt. HA erroa a eorrlglr c o Presidente Geisel odmite isto. O poro. Intellgentc. aa be quc o mun-do esu mcrgulhado cm crUe. E nAo tal >c deuar a ba lar petos que aponum problemat nacional* dccorrenlea dcasa crUc dc quc falo. tern opontar as soiuęócs que clcs rcclamam. Mos o prCprio Oortrno conhece c idcntlflca csses problemas e caminha para eorrlglr fałhas e n centra-do. E para Isso quc sc claborcu. paclcn-temente. o 2.* Piano Nacional dc Deaen-totrimenta As mcU* da RevoluqAo sio grandes temas dc campanha. porUnlo. NAo A Justo esqacccr programas como o do Pasep c do PIS: do Punrural, quc lerou, sem alardca dcmagóglcoa, os bcneflclo* da aposcnUdorla ao bomem do campo; ou. ainda. o desencadeamento dc gran-des projetos dc Interesie p\iblico. como o da Tranu ma idnlca e da Ponte Rio— NUcrdl. Seria canustlro fascr com part-cócs e mostrar a erołuędo, desdc 1144. do PIB. O bomem comum conhece es-•es temaa c sabc que mul to JA fol felto mas multo mali ainda poder A sc rcali-zar. O Bnul) continua cm crcscimcnto e isto A um outro grando tema dc campanha.
Saturnino — O tema da dlstribalę&o da renda nactonal. deadobrado nas quet-tócs rclativna a cleraęio do cutto dc ttda c a compreasio dos tal Ario* de um modo gcral. parccc aer o quc mali scnsibliba a malorla esmagadora da popuiaq&o. O poro. no en tanio. vexn cada tez rr.au dc-montlrando conadóncla poMUca. chcgnn-do A comprcens&o dc quc a rcatauranio das insuiulędct dcmocrAUcaa. dos liber-dades clrU. da liberdade sindieal c da 11-berdade dc Imprcnsa cm parUcular. A uma condl^Ao csscnclal para a obtenęAo dc um grau malor dc Justlęa soclal no piLs. Auim. a tcndAncia A pora a prepon-deranda. ao finał da campanha. dcasc Uma emtnentcmcntc pohUco. qur A a rcconiUtulc&o da dcmocracla no Brasll e>n loda a sua plenltude.
I*. — Q«r| (cm tido o comporla-mento partldario com rcltęao A siu candidatura?
Torrc* — Pcnso qu« A aqucie qoe cu eaperarn. NAo tomel conheclmento atA aqul dc nenhuma defocęAo do Partido. Aprcndl. ainda no EzAreito, quc a Ual-dade a uma cauta determinada littcre-ac entre as malorcs rlrtućcs do bomem. Eu aorcdlto no hoje e no amanbA. NAo tonho pola. por quc deserte de meua eot»-panhełros dc ParUdo. NctU momento, quando te aproatma o amanhA de um ideał que sempre mc encantou. cu iou a causa. A Arena cstA unlda c rai cuctl-nuar aaslm. Seus homent. dcadc os quc ocupam altoei cargas. atA os humUdta flu-ml nenaes quc fatem a iua prdprU e»-sAncla. dlriglndo auaa baies muntclpals.
Nitcrói (Sucwml) - O Sr. Ssturnłno Brsgs, ctndldifo do MDI so Sortodo no Budo do Rio, tftrmou qoo ”• fotio, crłtndo om Siudo polirłesment# muito forto, conforiri prothgio bom msior aot toui parUmonUrot." O candidato da A rana, Sr. Paulo Tócroi, por »ua vt«, dii qoo "ioi politkot cabtri a fonfio da ajudar Almiranto Farła Uma a fjiar o Siudo crouor.*
acredttam. sobretudo. no ŁsUdo do Rio. Nds, arcnUtas. tomos aaslm.
Saturnino — Eu acdtcl o desafio dc dlapuUr esta eleUAo para o Senado com 50 diaa apenas para fazer campanha. porąuc ten U quc. ao rcsponder k oonroca<io će mcu Partido, estara lado ao cnconlro dc um antek) comum a todoa os companhclros. pod en do con-tar com o apolo unanlme. ccrrado e en-tuslAstieo de todas as bases partldAriai. Pasta dos >0 dla*, tendo JA corrido os quairo cantos do Estado. rcrlfico que es-uva lntciramcntc certo quando prerl es-U comportamento Posso dlzer, com loda conrlcęAo. que *e hourtr faita dc cntusiasmo partldario cm qua!qucr dos lados. na sustcnUęAo da candidatura a Senador ncaaas cldęOea. nio aerA dc ma-nclra alguma do Udo do MDB.
P. — Houic alguma modlficacao. nestc piel to. com r clacio aot oąuc-mai Ac clcuócs passadas?
Torres — Hoavc. como JA afirmci, na tenUUra doa dols Partido* dc chcga-rten. outra cez. mals perto dos clcltorta. atrares da promoęAo dos cotniclos. Eu hoje dtiputo uma ekigio difcrtntc. ainda. porquc a antenor (1906) fol a prl-meira qur sc rcallzou no Brani, dopoit da dcflagraęAo da RcyoIu^Ao. A Arena, nas cielcócs de 1966. era encaroda a u certo ponto com odio. cm multo* setom. Agora. nAo. HA um programa fabukuo dc rcallwęócs publieas q\»e ela. como Parttdo do Oovcmo. ajudou a deseń* rolrcr. A TV muda, tambem. mullot oon-ccltos e pcrmltc qut a nosaa men sag cm chcguc um pouco mais longc. embora cu ainda ycJi. no contato dlrcto com o elcl-toc. a manlfcstaęAo malor dc uma campanha. desde quc esse contato. como cu o Anto. sc faęa cspontanco 5cm focma-lldades. Uma outra diferenca: depoU dc 1966. ja nos clettfts dc 1976 das quais nio ptrtldpd dlrctamcnte, porque o meu msndato. cm rlas de *c encerrar. A de oito ano*, nlngucm mais scnUu. por *cr da Arena, um efeima de prcvcnęAo em solu. Eu acho quc ajudel. Unęando-mc cm 1966 a dUputa do roto popular, a mu-dar case conceito
Saturnino — Houre. E algumas des-sas modlflcacdcs su o dc grandę im porta nc la A mais profunda. rem ddtida. A a u 11 lira (ao (tauc fabułom Ir.strumcnto dc comunlcaęlo quc A a tclevi«Ao. dlml-nulndo con*idcravclmcntc o poderto das chamada* mAqulnai partidirlas c redu-xindo UmbAm a imporuncła doc coral-cloa e da campanha dc rua. q»c calgtam um tempo reUUramcnte grandę para a dlYutgaęAo da* eandldaturas Com doii ou trw programa* de tckvi»ło. not bo-rArlos do TRE. cm 15 dla*, o mcu nome sc cspalhou cm todos oa ^munleipku c dLurltos do Kaudo. Outra alteracio ilg-nlftcaUra A a faita dc colncldćncla com as elelęóes munlcipois, qoc tornou facul-tativa, mas nAo obrlgatdrla. a partklpa-ęAo dos candidalos a prcfelto e candJ-datos a rcrcadore*. quc sempre consU-tuiram jus peęa* fundamrntais da* ma-quinas parUdirlas
P. — O Brasil prtciu Ac um mo-delo dcmocratico? Qual? Com que conotiędci?
Torres — E**c modclo democrAUco. pelo quol tan to* &c caaltom c chegam mesmo as rola* da lnsensatez. vlrA % seu tempo. EMA aendo moldado deadt 1964. na suceasio dc fato* soclal* c cco-nómlcos quc nio podcm jsc dissocłar dos fato* poUUcos. Po*xo AAsegurar quc. de-pendendo mesmo do próprio comporU-r.jeoto dos hemens que. tanto da Arena ou MDB. tAm reaponaabllldadcs efctl-va* com o Brasll c sua gcr.tc, cw modc-k» dcmocrAtko rlnl a prazo bem curto. Pooso adlantar quc csso modcio democrAUco *erA. no entanto. próprio. cunha-do na no&sa própria realldaóc. NAo va! center lmHoęóca ScrA bem nowo. Ma* eu nAo po&so aceitar e dero dlrcr U to. na oporturUdadc da pergunta. qi>6 o* que prtgam, boje. o reaUbclecimcnto pleno da* liberdade* quc negam. usandi pora isso reiculos da lmportancla dc uma redę dc klrvlsio, pr cci sam f02cr. com bre-rldadc. uma rtruAo dc con*ekncla c de conceito. O MDB. r os falo* proram luo. eonu. na campanha. com os mesmo* di-rcltoo da Arena. Isto A ou nio liberdade?
Saturnino — O Braall prreisa. antę* de tudo. de reaUurar alguma* partes c*-ccnclak do modclo democrAUco tradlclo-nal. A* prerrogalivas do Poder JudkiA-rlo. a liberdade de Imprensa e o ezerckio do* mandatoo IcgUlatlro* Uvre* de quals-quer ameaęaa sio. a mcu vcr. aa reaidl-ęóe* fur.damenuis a serem reatabekd-das prtoriurluncntc. Uma vex restaura-deu esm parte*, teremos entio a tran-quUldadc c o grau de parUctpaęio nc-CTAsArlo* i dUcuM&o da* dcmała i>cęw do modclo. Acho quc o papci do LegU‘>all-yo dcT< aer recxamlnado. no scntldo dc tomA-lo o grandę orgio dc confronto dc MAlai c o|knióe* naclonaU c <te cfcUra riscalltacio do EaecuUro: acho qoc o apcrfckoamcuto da rcprc&cnUtlvldndc da* congrcaatfcU* dcrc ser tentado com mai* Anfose e incUno-me a coiuldcrar o
Ot doii candidatot flumintntti ao Sanado Fodaral aproionUm um ponto om comom: confottam qua nio vao giitar dinhtiro na campanha. (, am mało a v4r»ai dłyarpindot, dtnoUm a matma atporan^a do yitdria num plaito qua aponta a d.yulgięao pało radio o TV no hor Ario do TRI como a nov>dad# qua podtrA dafłnir at Undanciat do olołlorado.
roto dUtellal mai* odcquado sob ease ponlo-dc-YUla; acho que mccanlsmoa cipecUl* dc seguranęa contra o* excca-sos de lnsUbllidadc potiUca derom ser Inaiłtiicłonallzado*. Mas acho que tudo lito dero aer dtscuUdo deniro de um cuma dc de*contraęio reaultante do rca-labelccimcnto doquela* condlędci minima* reforldos.
P. — A atual campanha eleitoral,
c a* elckóct. podcm ccntribulr para
a antiada resbertur* dcmocritlea?
Torres — Acredito quc *lm. A campanha. no mcu modo dc vrr a* colsos, desenroirc-*c deniro de rnn dlma de II-berdade Os pontos-de-vlsu dos ParUdos e candidalos estio tendo dlfundldos sem frontclras. Ha. lncluslvc. caccssos. Ma*
0 saldo de todo A bom. O poro cstA tendo a oportunUMde dc conhecer mułu genu qoc te dlapóc a ajudar o Bratil. Genie ale qu* fol Gorernoem periodos antcrtorc* a 1954 e pensa* a. pelo que se pode ócduzlr, de manclra diferente no pcuaaóo VeJo, a petar de tudo. bon* nome* no MDB. bomem que sio o faror do Brasłl. Eu pos-*o filar com autorldadc do quc dero *er entendldo por liberdade. Bel. por luo. escolher o camlnho quc pode kvar a ela, pok fol dc arroiu na mAo. em ternu es-tranha*. que mais a dcfcndL Era um nto-mento eruclinlc aquele para a liberdade ameaęnda no mundo. Mas ela fol aalva. na unlilo de multa*. E eu e*uvo entre etrs. Integr*va a FE8 e me orgulho dlsto.
Saturnino — A alual rsinpanha JA esia contrlbuindo para a abertura de-mocratłca. na medida em que esta se rca-
1 Iza ndo num ambiente de sc rłedade. de respelto e de maturldade. que *6 pode resuitar numa ekroęAo da consckncla PoiiUca do poro e do grau de rezponsa-billdadc soclal de loda a NaęAo. Com as Ti toru* expre«lva* do MDB esperada* em YArtos Estado*. o Gororno sera vlra-mente alertado para t necesaldade de rcsponder poaltlvamente ao* amcloi ge-rals pela rcdemocraUzaęAo do pala
P. — t cara a rleiciu para o Sens do?
Torres — Eu nAo po*so Jutgar. exa-Uinente. se uma campanha para cargo majon.Uno A cara. porque se Urosse de Inrostlr em poliUca. nao entrarta nela. Mlnha* origens aao por dcmaL* conbecl-das. Vlro do* solda* dc Mareehal e do* subsidłos de Senador. Minha campanha nio rai akm dos lim 1 te* permltldoe por lei. asalm mesmo porąuc n&o pono Im-pedlr quc a mig os leaU *e cncarreguem. por eonu própria. dc ajudar a Arena a rcallar com um pouco maU de brllho a niłnho propaganda eleitoral.
Saturnino — No meu csso. contan-do com este graUilto e extraordinAr*o mclo de comunlcaęio qoe A a televUAo. noa borlrio* do TRE. 111 mi Udo o tempo dc campanha a apenas 60 dias. a eklęAo rai icr bem baraU. Arrlsco-me a afirmar que nAo houve. nos ultimo* tempo*, ou-tra campanha lAo baraU para uma elei-ęoo de Senador.
P. — Aerediu na rltória. Por
quA?
Torres — Acredito na mlnlia recon-duęAo ao Senado. porąuc acredito. to-bretudo. na mcmória do poro flumlntn-se. Nio me apresento cm campanha para dlzer o que vou fazer. mas para tern-brar o que flz. Acho quc nAo desencan-tel ot quc Yotaram em mim. na* etei-ęóe* de 1966 Bstou certo de quc todos aąuelcs. aer esc id os de outros nul*, podem fazer uma aniilse sir.eera do quc tem sido a mlnha atuaęlo na rlda pu-bllca. Ful o !.• Oorornador do EiUdo do Rio. na fasę de apót-ReroliKAo. e pro-curei realtzar uma admlnUtraęio yoIU-da para oa anseio* evldentcs do poro fiu-minense. Procurel, ainda. paclflcar a familia poJitlca Como Senador. consagra-do numa elclędo direU que marcou uma nora fasę de aftrmaęoo potiUca no Estado do Rio. tenho procurado cumprlr. dlg-namente. com o mcu devcr. 8ou o l.° flumlnense a *e eleger presidente do Congresso Nactonal. E « meus pares me indlcanun. por unanlmldade. nio KrAo os meus cocsUduanoa que detxorAo dc me trtbuUr uma nova proca de eon-fUnęa.
Saturnino — Quando aceitci a Indl-caeAo acha ta peąuenas as chances de vl-lórta e pretendla apenas fazer uma campanha eaclarccedera e 9111 ao mcu ParUdo. Hoje, na metade do transcurso da campanha. tenho JA a certeza da tHó-rla. Esta oonvlcęAo adrAm da eatraordl-nArta recepUrtdade encontrada em todo o Estado e espeeUilmente na perlfcrta do Orande-Rlo e nos grandes centro* do Interior, como Campo*. VolU Redonda e PetrOpoli*. As pesqulaas de oplniio rra-lliadaj cm todas eaaas eldodoa conflr-mom tntelramente e*u imprcasAo. At rutócn deasa vUórla nAo tfm nada a rer oom at ąualtricaęócs de meu adrersi-rlo. quc todo* con*lderam um bomem honrado e liberał. O resulUdo iu»rA cun-teąuAncla da InsaUsfaęAo gera! e p:o-funds do puvo em rclaęAo ao Ooromo;
do apolo entuUatUco que vcnho rece-bendo de meus companhclros de Psrtldo: da honcstidade e da scrkdade com que procuro dlseutlr. na IckYisAo. ot grandę* temat naclonau.
T. — t‘ma rerelta para o bom rsercirlo do msndato dc Senador na alual realidadc brasilelra?
Torre* — Cumpnr com o seu de-ver, sem demagogia Ser pontuat Man-ler-se atualliado com a própria *pxa. Manlfcaur a tlberalldade de sua* klAla*. sem lemor a confronto* Cołocar o man-dato. efetiYomenk. a servieo da* causa* da detnocracia. Contrlbuir. na medl-da do poMirel. para qtie a* liuUtulęór* bul lar ci que dAo essAncia a dc moc rada. potkam ser prcservada.< Ha que >e ter. tambem a nuxima kaklade a* causa.* nas quaU acredltamo* e pela* qtial* no* lanęamo* (eloo caminhos da vida publlca.
Saturnino — Luta lnce.vante. sem dcaanimo e srn de*e*peranca. pelo resubekcimento das condięóes minima* quc cniarlerizarlam uma vt-da pomico-dcmocrAUra no pa U. a>-stm como pela rev;«Ao da poliUca eco-nónuca do Oorerno. no ronUdo de tor-nar mai* |u*U. mais equiUtlv(L a dbdrt« bmęio da rląoeza nactonal. En fasę e>-peeial na lula contra a censura dr Im-pren*a. quc corutltui. atualmente a malor llmiUcAo a efkkncia do excrrldo dos mandaios do* pariamenUm em gcral.
P. — (JujI a espoctatlra. de or-
dem pr>v<,j| f potitiea. com relaęao
a rtslldatle da fu**o?
Torres — As rxpccUtlvax, no campo politico ainda nio podem ser pred-sadas. Tudo vai depender do resulUdo da* clelcAcs de 15 de norombro. aeredt-tando-se. no entanto. quc ot represen-untes a terem eieito* pani o novo Estado. cm loda* as Area*. es te Jam A altu-ru das grandę* rcspomabćlidade* ąue cer-cario a* dlferentes fasę* de implanU-ęao da nora Unldade Federatlra. Acl>o ąue. pa rundo do zero. a Cirta Oonsti-lulntc do novo Estado passa ser vUU como modclo deniro do pais. Ev*c fato em k JA jiutUflearta o processo da fuiio. Pcasoalmcnte. eu veJo na escolha do Vi-ce-Alm Iran te Parła Lima para Oorcrna-doe do novo EsUdo do Rio. a qoem co-nhego ha bssunte tempo, um trunfo po-słUro para a coiwruęao do* objclłro* que o PreskienCr Ernesto Geisel opera alcanęar. R*rta Uma vcm dc uma adml-nhtraęAo prorollotA A Irente da Petro-brAs c sabera te descrapenhar das Ar-duas mUsóes ąue * ReroluęAo acaba dc Ihe conflar. agora num rampo onde po-deri demonstrar, atA mesmo, sua profunda vocaęAo de lider. E*|)cro que todos os homeiu dc boa Yunlade. acima das legenda* par udar las. lmbuldo* almples-menie do Interesse de scrvlr. renham a empreatar ao homcm encarregado de execuur o processo da lusAo. a colabo-raęAo que ele tanto val prcchur. pois as-•im o Brasll A qoc salra lucrando. Etu nAo sera uma empresa qualquer. NAo. No dla 15 de maręo de 1975 um Estado quo •erA o 2• do palt. cm termos pohtkoz e eco nornico*, comeęara a na*crr. A no*. poUticos, ca beri a funęAo de ajudar Parła Lima a fazA-io ctcsccr.
Saturnino — A fu*Ao. crlando um Estado pollticamente muito forte, cuule-rlrA um prestiglo bem malor ao* parlamentarna. ao» teua rcprejentantcJ. do quc aąuelc de quc desfrutam atualmente. Acredito ąue. em terma* de benetiełos coccreto*. a fu*Ao sera lincdiatamcntc vantajosa u populaęAo flumlnense e. a longo prazo. tcrA louvada UmbAm pelo* car loco*, na medldn em quc o Rio de Janeiro se lorne unu ddade menos eon-gcstlonada. como resuludo de um processo de dcKoncmtrnęAo da athrldade cconómlca da popobęuo que parecc Ine-YltArol e cada rox mau recomendavel.
Paulu Franci*** Torres, 71 anot, Alarecbsl do Eaerclto, Advog.ido. ProUstor de Malcmatira. «*x-Pre-felto-lnterrontof de Tere*opoM*, «x-Governad«r nomeado ilo terrt-t«kio do Acre. fx-Governsdor eklto , pela Atacinbielą do Kstsdo do RU. Senador da Republica. PrcnldenU do Congresso Narkmal A o eandl-dato ao Senado da RepuUUra pela Arena do Estado do Kk>. Roberto Saturnino Braga. 42 anos, Engc-nheiro, Economhta e Profnor da lfnlvertldad« Fedrral n«mlnen*c, tecnlco do Banro Nacional de Dc-senvolvimento F.conimlro, ex-Deputado Pederal eleilo em 1941 pela legenda do estlnto PSB, rem a prealdencia de dua« CPl'* que < a ii m rum tnolta diroussAo — que invc«Uga«4 a Inlerfereocta do grupo Ttmr-Ufe nos Ytbrule* de co-inunftcacAo do Itrasil e o tscandak da Hanna —- e o randUlato do MI9B.
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