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; K U l°cadcrno □ leręa-fcira, 10/12/91 Internacional JORNAL DO BRASIL

Gorbachey reieita fim da URSS e łuta para sobreviver

Ifsr • m O-ilEa1 ttfiftil I i ’ I y., ■ i    Mińsk. URSS —AFP


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MOSCOU — O prcsidcnlc soyićtico, Mikhail Gorbachey, lutava ontcm dcscs-pcradumentc para prcscrvnr o scu cargo c a Uniao Sovićtica, cujo ulestado dc obito foi assinado no domingo pelos diri-gentcs da Russia, Ucrania c Biclorrussia. as rcpublicas cs!uvas quc juntas rcuncm 70% da nopulaęao c a maioriu das rique-zns da URSS. Gorbachey chumou de "ilcgal e perigosa" a decluraęóo das tres rcpublicas, disse que nao prcicndc re* nunciar e convocou lima rcuniao ex-traordinaria do Congrcsso dos Depu-lados do l’ovo — cm rccesso desde agosto — para discutir a proclamuęao da Comunidade dc Estados Indcpcndcntes. sem governo central, fcita pelas tres re-piiblicas.

Em cnconlro com Gorbachcv no Krcndin, quc durou urna hora c 20 minu-los, o prcsidcnlc russo Boris Yeilsin aprcsentou o acordo assinado por cle e sens colcjjas ucraniano, Leonid Krav-chuk, e bielorrusso, Stunislav Shushkc-vich. Rcunidos nu yespera cm Mińsk, Capital da Biclorrussia, os trćs criaram a Comunidade dc Estados Indcpcndcntes, puscram fim a alividade de todos os organismos ccntrais da URSS e declara-ram quc a “Uniao das Rcpublicas Socia-listas Sovieticas, como sujeilo da lei internacional e realidade geopolilica, deixa de c.ristir". Scgundo os signaliirios do traiado, a nova Comunidade esta aberta as outras rcpublicas nao-eslavas da URSS, aos paises balticos — que se lor-naram indcpcndcntes logo depoisda lenta t i vu de golpe de Estado dc agosto — e inclusive a paises indcpcndcntes do unti-go hloco socialisla.

Numa dcclaraęao lida por um locutor dc TV na noilc de ontcm, Gorbachey alinnou que “o futuro do Estado niulti-nacional nao pode ser determinacjo pela vontade dc tres lideres rcpublicanos". Ele disse que comocara o Congrcsso dos Deputndos do Povo para discutir nao só a Comunidade dc Estados Indcpcndcntes triada pelas rcpublicas eslavas como tambćm o scu próprio projeto de Tratu-do da Uniao, quc prcve a transformaęiió da URSS numa confederaęuo de estados soberanos, com a manutenęao dc um poder central cncarregado da politica ex-terna, da defesa e da supcrvisao econó-mica. “Essa cjucstuo só pode ser decidida por meios eonstitucionais, com a partici-paęao dc todos os estados soberanos e

Ucrania

0    celeiro que se emancipou

A Ucrania e conhccida como o Celeiro da Uniao Soyietica devido a sua grandę produęao agricola. Localizada no Su-doesle da URSS, a Ucrania tern 600 mil quilómctros ąuadrados e 52 milhóes dc habitanlcs: 73,6% dc ucranianos, 21% dc russos e 5,4% de outras etnias. A Capital e Kiev, tcrceira maior cidade so-vietica com 2,6 milhóes de habitanlcs.

Os idiomas oliciais sao o russo e o ucraniano c as religiócs professadas a católicn e a oriodoxu. Esta rcpublica produz 25% dos cereais, frutas e legumes du U RSS e a produęao de ferro, carvao e magnesio representa muis ou menos 30% do lotal produzido na URSS. A Ucrania ja decidiu formar seu próprio exćrcito e esta cstabeleccndo unia legislaęao paru administrar o arsenał nuclear cm seu ter-ritório.

Ancxada a URSSem 1922, a Ucrania • uumentou seu terriiório com a anexaęao dos territórios polonescs. povoados por

1    ucranianos, da Bucovine c da Bessaru-I bia. A Ucrania declarou sua soberania

em 16 de junho dc 1990 e a independen-cia foi aprovada em plcbiscito em 1° dc novembro. quando tamhem Ibi eleito o presidentc Leonid Kravehuk. A ęxempło da Bielorrussiu. a Ucrania faz parte da Organizaęao das Naęoes Unidas desde 1945, mas apenas a Uniao Soyietica tem um assento pemianente no Conselho de Scguranęa.


Kiev quer 3 botoes nucleares


Kranchuk, Ucrania. Słiushkevich, Biclor russia, e Yeltśin


considcrando a vontadc do povo ... Eu nao excluo um referendo popular", cnfa-tizou Gorbachey.

“O documcnto (dus tres.republicas) ć de lal imporiancia e afcla o interesse de tania genie, induindo a comunidade internacional. que rcquer um acordo poli-lico e lega! abrangontc", afirmou o presi-dente soyićtico. “Nesse sentido, estou convencido dc que e necessario que todos os parlamenlos republicanos e o parła-mento nacional discutam tanio o projeto do Tratado da Uniao quunto o acordo

ałcunęudo em Mińsk."

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A tarde. ao chegar ao Krcmlin apre-sentar o acordo de criaęao da Comunidade de Estados Indcpendentes, o presi-denle russo Boris Yeltsin demonstrara seu desagrtido com as afiftniięóo feita ontcm cedo pelo porta-voz de Gorba-chev de que o presidentc nao pretendia renuneiar. "Durante dois dias eu estive num ótlmo humor. Agora ja nao esta tao bom", disse Yeltsin. quc desde o golpe de agosto acumulou niuitos poderes quean-tes pertenciam ao presidentc da URSS. Ja o presidentc do Cazaquistao, Nursul-


tan Nazarbaycv — quc participou da rcuniao com Yeltsin e Gorbachey —. defendeu o presidentc soyićtico e afirmou que seus planos para manier a Uniao nao estao mortos. “Nestes tempos dificeis, Gorbachey nao esgotou suas possibilidades. Acho que cle e necessa-rio", afirmou.

Na/.arbuyev demonstrou sua contra-riedadc por ter sido pego de supresii pela dccisao das rcpublicas esluvas c disse quc. independentementc do futuro da URSS, as quatro rcpublicas com armus nucleares instaladas em seus solo — Ca-zaquistao, Russia, Biclorrussia e Ucrania

—    dcvem assinar um acordo para um controle central do arsenał atómico do pais, “Tcmos que parar de amedrontar o mumio", afirmou. O presidenle ca/aque

—    scgundo o qual Gorbachey estava ‘*muito aborrccido" na rcuniao com Yeltsin — adyęrliu que e contra a divisao du URSS em buses etnicas. "Isso ć um relrocesso a Idade Media", enfatizou.

De acordo com Nazurbayev, o presi-dente russo Ihe anrmou quc o acordo assinado domingo ć urna "proposta" que

Henriauo Rulłato


Moldóva


Biolorrussia

Ucrania

. •Moscou

Georgia


Cazaguistao


Ażerbaijao


Armónia


Quirguteia

TajiguistAo

Uzbeguist&ó

Turguimenistao


Russia

Um gigante com mais de 100 etnias

A Eederaęao Russa, ou simplesmente Russia, e a maior e mais povoadu das 15 rcpublicas que Ibmiamu URSS. IntógRidu por 16 rcpublicas e cinco regióes autóno-mas, a Kederaęao Russa ocupa 76% da superficie lotal do pais e se limitu com as rcpublicas baltieas a Noroeste, com as rcpublicas do Caucaso e da Asia Central ao Norie e com o Mar de Bering a Lcste.


Russia

devera ser encaminhada aos parlamenlos das rcpublicas junto com o Tratado da Uniao proposto por Gorbachey. Esse, no entanlo, nflo era o tom das declaraęócs feitas omem por funcionarios do gover-no russo. O ministro do Exterior de Yeltsin, Andrei Kosyrev. disse que todos os funcionarios da "anligu Uniao" deve-rium parar suas atiVidudcs. "Isso tam-bem se aplica ao esefitório prcsidencial e a Gorbuchev". afirmou. acrcscentando quc o presidente savietico deyeria "cn-iregar os poderes que lhe rcstain a Comunidade de Estados lndepcndentes". “Quercmos umu transferencia dc poder civilizada. induindo o poder sobre o Exereito e as urmaS atómicas", disse Kosyrev.

O ministro do F.xterior da Russia disse que a maioria dos funcionarios pu-blicos teria empregos na nova Comunidade. Ele nao esclareceu se os dirigentes dus tres rcpublicas cslavas pretendiam ofereccr um cargo a Gorbachey, mas ironizou: "Gorbachey nao tem nenhuma docnęa contagiosa. Vamos arrumar um trabaiho para cle tambćm."

Bielorrussia

A sede da nova Comunidade


Tm da URSS


KIEV -- O presidente eleito da Ucrania, Leonid Krawhuk. qucr dividir o controle do arsenał nuclear spvietico com a Russia e a Biclorrussia. num sislc* ma de "tres botoes". Ele disse que o presidente soyićtico, Mikhail Gorbachey, pode convocar o parlamento, organizar um plębisciio ou apclar diretamente aos cidadaos, mas nuda fara a Ucrania desis-tir de ser um pais indcpcndcnic.

Kravchuk deu urna cntr’evista ao vol-tar da Biclorrussia, onde os presidentes das tres rcpublicas esluvas concordarum domingo em formar a Comunidade dc Estados Indcpcndcntes, declarando ex-tinta a Uniao Sovietica. O lider ucraniano defendeu a partillui do poder nuclear para quc nenhum dos tres presidentes possa lunęur um ataque sozinho.

Gorbachey, que lula para manier o que resta da URSS. propos ontcm convocar o Congrcsso dos Deputados do Povo para discutir a criaęao da Comunidade. Mas Kravchuk nao temc o uso da foręa: "Eu conhcęo Gorbachey. Ele só usara meios dcmocralicos". A


posięao do presidente soyićtico c do governo central nao foi diseutida no acordo entre Russia. Ucnińiu e Bielor* russia: **Nuo ć problemu nosso", alegou Kravchuk. O presidente da Comissao dc Rclaęócs Exteriores do Parlamento du Ucrania, deputudo. Dimitri Pavlich-ko, foi mais direlo: "Gorbachey dcve renuneiar imediatamente. Nao tem ou* tra saida".

Alguns nacionalistus reagiram negati* yamente. cotnparando o acordo a um tratado de 1654 quc abriu caminho para muis de 301) unos de controle russo sobre a Ucrania. O doputado linha-dura Ste-pan Khnuira Ibi duro: “Prendi u respira-ęao quando ouvi fular do acordo. ł: o primeiro grandę erro de Kravchuk. A Ucrania nao deve assinar nenhum acor-clo com u Russia". Mais moderado. Ivun Drach, presidentc do movimento de opo-sięao democratica Rukh, considcrou necessario negociar nosie memento cm que tentamos afirmar nossa independencia e uinda nao tcmos nem hanco nem Exerci-lo.


Moscou — AFP


A Russia produz 520 milhóes de to-neladas anuais de petróleo, 80% da pro-duęao soyietica e tambćm 70% do gas natural, alem dc metade da produęao agricola e industrial du URSS. Dos seus 145 milhdes de habitanlcs. 80% sao rus-sos e o restante pertenee a mais de 100 etnias espalłutdas pelos seus 17 milhóes de quilómetros quadrados.

A Capital e Moscou. ondc vivem 9 milhóes de pessous. O idiomu oficial e o russo e a religiao ortodoxa. A Russia czuristu abrangia mais ou menos o mes* mo terriiório da atuuł URSS. Boris Yeltsin loi eleito prcsidcnlc da rcpublica no diu 12 de junho de 1991 c u I" de novem-hro obtcve poderes cxcepoionuis pelo pra-zo de um ano para conduzir a transięao.


A Biclorrussia. conhccida como a Russia Branca. ć a menor das tres repu-blicas da nova Comunidade de Estados Independentes. Ela se limitu ao nor-te com a Federaęao Russa, a noroeste com a Letónia e a Lituania, a oeste com a Polonia e a Sudesle com a Ucrania.

Com umu superficie de 207 mil qui-lómetros quadrados, a Biclorrussia eontu com 10 milhóes de habitanlcs. 80% bie-lorrusos, 11.9% russos', 4.2% polonescs c 2,4% ucranianos, alem de 1,5% dc ou-tras etnias e nacionalidades. O idioma oficial 6 o russo, a Capital e Mińsk, com 1.5 milhao de habilantes. A Capital bielorrusa foi cscolhida como a Capital da nova comunidade de naęoes. A religiao predominante ć a ortodoxa. A Biclorrussia produz petróleo, papci, aęo. gas natural, trigo e batatas. Em seu terriiório se encontra parte do arsenał nu-clear da URSS, dividido com a Russia, a Ucrania e o Cazaquistao.

Historicamente a Biclorrussia foi aneaxada ao imperio russo em 1795. Como rcpublica naesceu em 1919 e, em 1922, foi agregada a UNiao So-yićtica. O parlamento presidido por Sta-nislav Shouchkevich aprovou no dia 25 de agosto passado a independencia da rcpublica. Desde 1945 a rcpublica da Biclorrussia esta filiada a ONU. Scu pri-inciro-minislro e Viatcheslav Kiebilch.


Bush promete aj udar a nova comunidade eslava


WASHINGTON — O presidenle Georgc Bush esta disposto a ajudar o sistenia politico que emergir do colupso da Uniao Soyietica e recebcu garantias de quc a criaęao de umu nova comunida-dc nao apresenta riscos a seguranęa das armas nucleares sos ieticas. "O presidente da Russia. Boris Yeltsin. lelelbnou domingo ao presidente Bush. usseguran-do-lhe que as armas nucleares continua-riam em maos responsaveis". declarou o poriu-yoz da Casa Branca. Marlin Fitz-wuter. Yeltsin e os lideres da Bielorrussiu e du Ucrania ammciaram domingo a criaęao de urna comunidade de Estados independentes e decretarani exlintu a Uniao Sovićtica. Fitzwuter disse que os Estados U indos preferem que o arsenał 1 nuclear soyićtico seja colocado sob um comando unilleado, mas nao necessaria-


mente na Russia. "Isso competc a des decidir”, declarou.

O ehele da Agencia Internacional de Energia Atómiea (AIEA) externou outem sua preocupaęao sohre a seguranęa das armas nucleares durante a transfor-maęao politica da Uniao Soyietica Hans B1ixi disse ainda quc a subslituięao du URSS por unia comunidade de Estados indcpcndcnic lcyantuva a questao de uucni seria rcsponsavel pelas promessas de Moscou sob o Tratado de Nuo-Proli-feraęao Nudcar. Em cutrcvisia concedi-da cm Estocołmo, Blixi disse quc as re-publicas que abandonassem a URSS teriam de negociar entre si sobre as obri-gaęóesdo tratado. Uniao Soyietica, Gra-Bretanha e Estados Unidos sao os tres guardiaes do tratado. assinado em 1968, qite hasca impedir a dissemiuaęao das armas nucleares. "Se a URSS nao twisiir


mais como um Estado, entao quem a subsiituira como guardia do tratado?", perguntou Blixi.

O futuro das armas nucleares sera o tema basico da viagem quc o secretario de Estado americano, James Baker, faz u URSS ncslc finał de semanu. Baker allr-mou domingo quc a Uniao Soyietica, como a conheciamos. deixou de existir. e adyertiu que sua desintegraęao podia re-sultar numa situaęao semelhutitc a da lugoslayia. mas com armas nucleares. "Corremos o riseo. ao menos em minha opiniao. de ver na URSS urna situaęao nao mimo difcrcntc da da lugoslayia. mus com armas nucleares, e isso consti-luiriu umu situaęao extraordinariumentc perigosa para a Europa c o resto do mundo". declurou Baker a cadeia de te-levisao amoricana CBS. Antes de se avis-


tar com o presidente da URSS, Mikhail Gorbachey, Baker yisitara a Bielorussia e u Ucrania. duas das rcpublicas sovieticus com armas nucleares.

Baker afirmou que os Estados Unidos utilizarao lodu a sua influencia para garanlir quc a transformaęao da URSS lenha lugar da manciru mais positiva e pacillca possivel. Preocupada com a pos-sibilidade de caos social na URSS, Washington quer que se garanta a seguranęa dus armas nucleares cstacionadas fora da Russia. A maioriu das 27 mil ogivas nucleares com que supostamentc consta a Uniao Soyietica se acha na Russia, mas umus 5 mil ogivas taticas e varios milha-res de ogivus estratćgicas se encontram na Ucrania, Bielorussia c Cazuąuistao. scgundo cdkulos de analistus america-nos.


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Oficiais da ex-KGB examinam manifesto contra preęos


Golpe branco dos eslayos


Luiz Rcccmt

Corrospondontc


MOSCOU — O presidentc Mikhail Gorbachey nao loi uvisado da preparaęao dc um acordo entre as rcpublicas da Russia, Ucrania e Bielorrussiu. A inlomiaęao consta da nota cscrita pelo presidente e divulgadu pelo telejomal das 21h, o Principal da TV sovietica. "Como presidente minha preocupaęao ć ver se esic documen-to responde aos imercsses do povo sovieli-co, dos cidadaos de lodo o pais". escreveu Gorbachey, que elegantemente dcscobriu pontos posilivos na proposta dos dirigentes eslayos: a adesao da Ucrania, que nos ultimos tempos adotou um tom indepeu-dentista radical; a manutenęao de um es-paęo económico-linanceiro e dc urna moe-da comuns: e "alguma forma de cooperaęao na eslera militar".

O rapido e habil politico argumentou, porem, quc o documento das tres rcpublicas apresenta alguns problcmas. "A Uniao Soyietica nao pode ser liquiduda pela von-tade de só tres rcpublicas’*. disse Gorbachey. para quem a dccisao foi "rapida dcmais, sem consultas a ninguem". Por isso, o iniciador da pmstroika propos que a qucslao fosse levada a discussao do Congrcsso nucionul e dos parlamenlos republicanos. E nao descartou a possibilidu-de de convocar um plcbiscito.

O presidente soyićtico foi surpreendi-do pelo acordo esluvo, urna lentaliva clara, ainda que branda. de golpe de Estado para tirur-lhc o poder. Mas rca-giu rapidamente, avisando quc vai lutur ulć o Hm por urna novu Uniao e pelo próprio espaęo de poder no futuro. Scgundo Gorbachey. o acordo da Comunidade de Estados Independentes, quc can-


cclou o tratado de criaęao da Uniao Soyietica em 1922. ć "apenas urna dęcia* raęao de intenęóes e nao um lato consu-mado". Gorbachey considcra que os trćs presidentes “nao estavam uutorizudos por seus parlamenlos a assinar acordos dessa natureza".

Mas os funcionarios do goyerno russo estao agindo como sc ja cstivcsscm realnienie representando um novo pais. Andrei Kozirev, ministro do E\terior, e Guenadi Burbulis, assessor de Yeltsin, se reuniram com embaixadores dos paises ricos do Oeldcnte, para informa-los sobre a nova Comunidade. Para um unalis-ta politico próximo ao góvcrno. o movi-mento eslavo prccipitou a discussao sobre o futuro do pais e. agora o projeto da nova Uniao, aprcsenludo por Gorbachey semuna passada e recusado pela maioriu dos presidentes, rccupcra sua imporiancia e passa a ser um a!lernativa ao desejo eslavo de hegemonia.

Nao ha inlbrmaęóes sobre o eompor-tamenlo das Foręas Armudas. Mas no ultimo fim de semuna Gorbachey trocou o comandante do Estado Maior. Saiu o generał Lobov, entrou o generał Sanso-nov. O primeiro estava na estrulura de poder militar ha mais tempo e foi pro-movido nos idos de agosto. O scgundo comandava Leningrado c foi contra o golpe desde o primeiro minuto. E da conlianęa do presidentc. No Krcmlin; o ehele da guarda pessoal de Gorbachey, coronel Guenadi Bashkin, foi aposenta-do e trocado por ter passado para as estruluras de scguranęa da Russia. No lugur dde entrou o coronel Mikhail Bar-sukoy.chefe da guurda da rcsidćncia prcsidencial. Pelo sim, pelo nao. Gorbachey toma suas prccuuęóes.


Preocupaęao

MAASTRICHT. Holanda — Os lideres mundiais, ainda surpresos com a formaęao de urna comunidade de Estu-dos entre Russia, Biclorrussia e Ucrania. externaram na abertura da rcuniao de cupula da Comunidade Europeia a espe-ranęa de que a Uniao Soyietica nao so desinlcgre c nao esconderum a apreensao antę a possibilidadc de se instalar o caos após dccisao tornada domingo em Mińsk. As duas potencias nucleares da CE. Franęa e Gra-Brelanha. realizaram conyersaęóes urgentes, e a CHE e o Ja-pao vao enviar emissarios espceiuis a Moscou e a Ucrania.

O primeiro-ministro britanico. John Major, manilestou sua preocupaęao antę o perigo dc uma violenta desintegraęao da URSS, dizendo quc "corlamenie ha-via essa possibilidadc. O ministro do Ex-terior frances, Roland Dumas, disse que a formaęao de uma comunidade de Esta-


e reaęao geral

dos independentes rcprcsenlava o "ates-tado de obito” da vellia Uniao e uma “ccrliduo dc nascimento" de algo noyę.

Fm Bonn, o porla-yoz do Minislerio do Extęrior alemfio, I lanns Scluimaehir. disse quc a URSS ainda nao morrera. tlestacundo que a Alemanha cstava aten-la aos acontccimentos nesse pais. A CE mandara um enviado especiul a Ucrania e possivclmenteu Biclorrussia ca Russia. O Japiió sc niostrou cauteloso. dizendo só que a dccisao de Mińsk aumenturia a confusao na URSS. Tóquio cnvi(J a Moscou um enviado especiul, Hirokazu Arai, que maniera consultas urgentes com o goyerno soyićtico. Um porta-voz da Oran disse quc embuixadores das 16 naęoes da organizaęao discutiram a queslao durante unia rcuniaoespecial em que foi debatido o controle das armas nucleares na anliga URSS.


Leilao da Pan Ani

A United Airlines oferccca USS 67.5 milhóes cm dinheiro para adquirir a maior parte das rotas latino-amcricunus operadas pela Pan Am. qae forum a leilao. A United, no Tribun.il de Falćn-cias de Novu lorque. admitiu que pode-ria tanibem eontratar funeionarios da empresa quc forani despedidos. Unia se-gunda compunhia aerea ameneunu, a American, ofcrcceu USS 50 milhóes por outras rotas — unia dclas a que liga o Brasil a Miami -, e u Delta propos l SS 15 milhóes pela linii.»entre Nova lorque e a Cidade do Me\ico. Mas. o I ribunal rccusou a proposta porque a empresa queria saear e»v dinheiro dos lundos quc havia imestido na Pan Am.


Iraque sem supereanhao


Umu equipc de inspeęao da ONU assistiu lecnicos iruquianos destruirem seu supercanhao. unia das armas mais lubulositii do mundo, capaz de atirur projeteis a I mil ąuilómetros de disian* eia. O lraque assombrou o mundo quan-do reyelou que tinha construido o "ca-


nhao do jui/.o finał" 50 quilómetros ao su) dc Bagdu. Com a destruięao do ca-nhao toda a eapucidude balislica declara-da pelo lraque deixou dc existir". afirmou o liseal das Naęoes Unidas, Panice Pal,mqueem Bagdu.


Indeuizaęao para Aldeticos


A primeira-ministru da Franęa, Edith Cresson. anunclou ontcm um novo piano para a conccssiło das In* denizaęócs a mllharcs de pessoas que contrairam o yirus da Aids atravćs de trmuifusóes de sangue. De acordo com


a nova proposta, o Estado deic desem-bolsar USS 220 milhóes. O piano ante-rior •— rcjeitudo j>c!a Camara na $e-mana passada -— prciia gastos entre USS1,8 hilhao e US$2,2 bilhóes.


Imelda inocente

A ex-primeira*dama das Filipinas. Imelda Marcos, comeęou a ser julga-da outem em Manila por evasao fis-cal e se declarou inocente, dizendo que as aeusaęóes sao urna perseguięao do go vemo contra eła. Com um rosario entre os anćis de diamantes. Imelda sacudiu a cabeęa varias vezes enquunto eram lidas as setc aeusaęóes de evusao fiscal envol-vendo USS 205 milhóes. lia 80 proccssos contra Imelda em tramitaęao nas cortes filipinas quc poderao condena-la a 400 anos de prisao, alem de pagar indeiii-zaęóes. O lotal exigido pelo governo em 12 casos sobc u USS 350 milhóes eioiados pelo faleeido Ferdinando Mar-eos para diversas contas na Suięa Em 33 outros casos, o goyerno exige urna inde-m/uęao de USS 100 milhóes.





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